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Marguerite Duras — O Amante

O Amante (14.ª Edição / Tradução de Luísa Costa Gomes e Maria da Piedade Ferreira)

Difel / Difusão Editorial, Lda. Lisboa. (Impressão e acabamento: Tipografia Guerra, Viseu). In-8º de 98, [ii] págs. Br.

Vencedor por unaninimidade do Goncourt, ia já aqui na 14ª de ainda muitas mais edições – num tempo não assim tão distante em que por cá se ligava alguma coisa à literatura, em geral, e ao principal prémio das letras francesas em particular. Vendidos quase 3 milhões de exemplares só em França, viria a ter adaptação cinematográfica, supervisionada pela própria Duras, já na década de 90.

8€

Marguerite Duras — Olhos Azuis Cabelo Preto

Olhos Azuis Cabelo Preto (Tradução de Tereza Coelho)

Difel / Difusão Editorial, Lda. Lisboa. (Impressão e acabamento: Tipografia Guerra, Viseu). In-8º de 109, [iii] págs. Br.

“É a história de um amor, o maior e mais aterrador que me aconteceu escrever. Sei-o. Sabemo-lo para nós mesmos. Trata-se de um amor jamais nomeado nos romances, inominado até por aqueles que o vivem, de um sentimento que de algum modo não encontrou ainda o seu próprio vocabulário, os seus hábitos, os seus ritos. Um amor perdido. Perdido enquanto perdição.” (Marguerite Duras)
Olhos Azuis Cabelo Preto é um texto nos limites do confessável. O mais irredutivelmente durasiano que Duras publicou. Por isso mesmo o mais notável: simultaneamente misterioso e de uma terrível clareza” (Teresa Coelho)

Primeira edição portuguesa deste título recuperado mais recentemente pela Relógio d’Água. 

10€

Marguerite Yourcenar — Fogos

Fogos (Tradução de Martha Calderaro / 2.ª edição)

Editora Nova Fronteira. (Esta obra foi impressa na editora Vozes (…) em novembro de mil novecentos e oitenta e três). In-8º de 191, [I] págs. Br.

É a própria Yourcenar quem define Fogos como produto de uma crise passional, sendo – por assim dizer – uma série prosas líricas, ou poemas em prosa, interliagadas por uma certa noção de amor”, por vezes prosas aforísticas, curtas, e tomando quase todas como mote temas da Antiguidade Clássica, naquele que será porventura o livro mais interessante da escritora francesa: «Fedra ou o desespero», «Aquiles ou a mentira», «Pátroclo ou o destino», «Antígona ou a escolha», «Lena ou o segredo», «Maria Madalena ou a salvação», «Fédon ou a vertigem», «Clitemnestra ou o crime», «Safo ou o suicídio». 

10€

Marguerite Yourcenar — Fogos

Fogos (Tradução de Maria da Graça Morais Sarmento)

DIFEL / Difusão Editorial, S. A. (Impressão e acabamento: Tipografia Guerra, Viseu, 1995). In-8º de 155, [v] págs. Br.

“Aqui não há sublimação, como pretende uma fórmula decididamente infeliz e insultuosa para a própria carne, mas sim percepção obscura de que o amor por uma determinada pessoa, por muito dilacerante que pareça, muitas vezes não é mais do que um belo acidente passageiro, menos real em certo sentido do que as predisposições e as escolhas que o antecedem e que lhe sobreviverão” [sem mais considerações, substitua-se é nessa ideia «amor» por «paixão»].

12€

Marguerite Yourcenar — O Quê? A Eternidade

(O Labirinto do Mundo III) O Quê? A Eternidade / Tradução de Helena Vaz da Silva e Alberto Vaz da Silva

DIFEL / Difusão Editorial, Lda. Lisboa. (Impressão e acabamento: Tipografia Guerra, Viseu, 1990). In-8º de 236, [I], [iii] págs. Br.

"Depois de Memórias e Arquivos do Norte, eis O Quê? A Eternidade, o terceiro volume da história familiar que Marguerite Yourcenar intitula «O Labirinto do Mundo». O primeiro dedicado à sua família materna e a sua mãe, o segundo à sua família paterna e a seu pai. Neste último volume, a própria Marguerite, criança e adolescente, começa a aparecer, mas o eixo da narrativa é ainda novamente a personagem do seu pai"

12€

Marguerite Yourcenar — de olhos abertos

distri editora (Impressão e acabamento: Edições Asa – Porto). [S/d – DL 1984]. In-8º de 230, [I], [i] págs. Br.

“Pela primeira vez, Yourcenar dá-nos os elementos para compreendermos a profundidade e a clareza do seu pensamento. Sem reticências, com a simplicidade de uma sabedora que se sente vinda de muito longe, interessada por todos os aspectos do mundo”; puxada a conversa por Matthieu Galay, crítico literário, aqui ficava um longo conjunto de impressões acerca da infância, do pai, da génese de alguns dos livros, de planos por concretizar, da literatura em geral, da tradução (ofício que Yourcenar praticou, desde logo com Virginia Woolf), racismo, feminismo e outros assuntos políticos, etc. Para citações e sentenças, é o livro mais óbvio da escritora francesa, não por acaso já mencionado várias vezes por Ana Cristina Leonardo nas suas já algo repetitivas – até nisso – crónicas no Público. Enfim, se há escritoras e escritores chatíssimos sobretudo quando falam, há outros – como Yourcenar, como Borges – cujas entrevistas dão uma leitura abençoada.  
Tradução de Maria Eduarda Correia (uma edição mais recente na Relógio d'Água teve tradução diversa). 

Dois exemplares disponíveis.

10€

Lídia Jorge — Misericordia (Traducción de María Jesús Fernández)

La Umbría y La Solana (abril de 2024). In-8º de 417, [xiii], [II] págs. Br.

"Misericordia se publicó recientemente en Portugal, pero en poco tiempo ha llegado a lectores de todo el mundo seducidos por una narrativa de singular intensidad lírica y dramática. Se trata del diario del último año de la vida de una mujer en el que se narra también la historia de otras vidas en el escenario de una residencia de ancianos y en el contexto del desafío al que se enfrentó la humanidad a lo largo de 2020. La voz de la protagonista, en su lucha por el conocimiento, conduce al lector, desde la primera hasta la última página, a un magnífico testimonio de alguien que busca el sentido de la vida sin renunciar nunca a entenderlo.  Entre lo real y lo onírico, Misericordia es la historia de una vida que sobrevive gracias al espíritu y a la fuerza de la resistencia."

Último exemplar disponível.

23€

Lídia Jorge — Los tiempos del esplendor

Los tiempos del esplendor (Traducción de Martín López-Vega / Ilustraciones de Arturo Revuelta)

La Umbría y La Solana (julio de 2020). In-8º de 203, [iv], [I] págs. Br.

"Los tiempos del esplendor son nueve relatos en los que se mezclan historias de amor y desconcierto, un discurso sobre el rumbo de la humanidad."
O título desta recolha publicada no país vizinho baseia-se num dos contos, que em português foi O Tempo do Esplendor.

Dois exemplares ainda disponíveis.

17€

Lídia Jorge — La costa de los murmullos (Traducción de Felipe Cammaert)

La Umbría y La Solana (septiembre de 2021). In-8º de 324, [I], [i] págs. Br.

“La costa de los murmullos, novela publicada en 1988, ocupa un destacado lugar en la historia de la literatura en lengua portuguesa. Es, en effecto, uno de los primeros que se adentra en el período histórico del fin del imperio colonial portugués desde la perspectiva de las mujeres que estuvieron presentes al lado de sus compañeros soldados en territorio africano”.

Dois exemplares restantes na livraria.

17€

Lídia Jorge — A Costa dos Murmúrios

Publicações Dom Quixote / Lisboa, 1988. In-8º de 259, [1] págs. Br.

Edição original do mais conhecido romance da actual Conselheira de Estado, passado no estertor dos tempos coloniais em Moçambique que ela própria lá viveu, entretanto adaptado para cinema com o casal Beatriz Batarda (interpretação) e o já falecido Bernardo Sassetti (música); sendo o par da actriz o também já falecido Filipe Duarte.
Foi o primeiro livro da romancista na Dom Quixote, para onde foi levada pelo agora igualmente falecido editor Nélson de Matos.

15€

Bernardo Xavier Trindade — Camões, Arte e História Portuense

Ensaios III: Camões, Arte e História Portuense

1975 / Livraria Fernando Machado, Porto. In-8º de 791, [XII], [i] págs. Br.

O autor, Bernardo Xavier Coutinho, dividiu os estudos aqui publicados em volume (quase todos já antes na imprensa: n’O Tripeiro, que dizia prestes a falecer, no que felizmente se enganou, e no Boletim Cultural da CMP, que parece a destinatária da «bicada» preliminar criticando a falta de apoio à edição) nas secções aparentemente inconciliáveis* «Estudos Camonianos e Outros Estudos» e «Subsídios para a História do Porto»; contando-se entre os primeiros, por exemplo, «Os mais antigos retratos de Camões e a sua cegueira», «Para a história da palavra «Lusíadas»», «O Infante D. Henrique impulsionador da vocação marítima e ecuménica de Portugal». 
* [Mas não foi o Infante que motivou o advérbio “aparentemente”, e sim o próprio Camões. Apesar de um investigador das coisas do Porto – Germano Silva – asseverar peremptório que ele nunca terá estado na cidade, há boas razões para supor o contrário, além da já por si significativa de parte da família do poeta, quando desceu da Galiza, ter (naturalmente) ficado cá pela galaica capital. Razões que levaram até um insuspeito alemão camonianista conimbricense, não portuense, a defender a tese bastante arriscada de que teria cá nascido. A verdade, tal a virtude, veritas/virtus, como habitualmente nestas coisas, deverá andar algures a meio-termo – e editar um repositório disso é um dos (demasiados) projectos cá da casa]

20€ (reservado)

Reis Brasil — O Amor em Camões

O Amor em Camões (Nova interpretação de tipo psicológico) / 3.ª edição

1957. (Composto e impresso em Outubro de 1957 na Tip. do «Jornal do Fundão»). In-8º de 160, [4] págs. Br.
 
Edição com um prefácio próprio e aumentada de um novo capítulo, passando aqui a ter XI: entre eles, «Valor e sentido do platonismo», «Conceito geral do amor camoniano», «Camões e o sentimento do Divino» e «Visão global da personalidade camoniana». Várias composições do vate foram seleccionadas para irem entremeando o volume.

Exemplar desvalorizado por uma nota de compra escrita a tinta, embora engraçada.
 
10€ 

Oliveira Simões — As Armas nos Lusíadas

alfa [s/d]. In-4º de 163, [i] págs. Cart.

“Fazendo a sua resenha, encontramos no poema referencias mais ou menos numerosas a: armas brancas, armas de haste, armas de arremesso, armas defensivas, artilharia neurobalística, armas de fogo, munições e engenhos de fogo, instrumentos e insígnias bélicas. Ocupar-nos-emos, sucessivamente, do que haja a considerar em cada uma destas categorias”.
Cartonado e abundantemente ilustrado, o álbum foi impresso sobre folhas de papel couché.

Exemplar por estrear.

12€

Gonçalves Rodrigues — Camões e a sua Vera Efígie

Camões e a sua Vera Efígie (a propósito de um retrato desconhecido)

Lisboa, 1968. (Composto e impresso nas oficinas da Gráfica de Coimbra). In-4º de 65, [II], [iii] págs. + [XI?] ff. de estampa. Br.

Depois de longo arrazoado, que tem porém várias notas de interesse para os camoneanos, chegava o autor ao ponto desta publicação: um longo estudo acerca do quadro a óleo que adquirira na Feira de Antiguidades lisboeta, aventurando-se até a escrutinar os seus antepassados proprietários [nota: quem Camões faz lembrar, neste quadro supostamente encomendado por Gonçalo Coutinho, é o antigo editor da antiga - a bem dizer, já não existe... - Assírio & Alvim - o saudoso Manuel Hermínio Monteiro].  
"Desta obra fez-se uma tiragem de seiscentos exemplares, dos quais foram postos à venda quinhentos, numerados de 1 a 500" - sendo aqui (re) posto à venda o nº 190, com o selo da portuense Livraria Académica, onde aliás foi adquirido directamente por estoutra livraria portuense quase-vizinha.

20€  (reservado)

Luís de Camões: Canção X

Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1983. In-8º esguio de [16] págs. inums. Br.

Edição especial – não terá chegado sequer a entrar no mercado – comemorativa do septuagésimo aniversário (1913-1983) da Livraria Sá da Costa.

Exemplar ainda por estrear e em condição quase impecável, descontando apenas um leve escurecimento marginal da frente e do verso, respectivamente, das folhas de guarda inicial e final.

5€ (reservado)

Exposição Camoniana IV Centenário da Publicação de “Os Lusíadas”

Exposição Camoniana IV Centenário da Publicação de “Os Lusíadas” / Catálogo

Coimbra, 1972. (Este livro acabou de se imprimir em Dezembro de 1972 nas oficinas gráficas da «Coimbra Editora, Lda.»). In-4º de 181, [ii], [I] págs. Br.

Interessante repositório bibliográfico dividido em duas secções: uma primeira relativa às dezenas de edições de Os Lusíadas existentes nos fundos da Biblioteca Geral da Universidade (estrangeiras incluídas); e uma segunda, ainda maior, a trabalhos e estudos camonianos variados de alguma forma ligados à Universidade de Coimbra igualmente disponíveis no acervo.
São reproduzidas ao longo do volume as portadas de muitas das espécies em causa.
Prefácio de Guilherme Braga da Cruz.

Bom exemplar, tendo colado no anterrosto o selo da nossa boa concidadã e boa Livraria Manuel Ferreira.

20€ (reservado)

Luís de Camões: Monumentos Literários

Luís de Camões: Monumentos Literários (Colectânea das obras atribuídas ao Épico, organizada e anotada por José Pedro Machado)

Sociedade de Língua Portuguesa / Edição comemorativa do quarto centenário d’Os Lusíadas. [S/d – 1972?]. In-8º gr. de 445, [III] págs. Enc.

De forma um tanto confusa, a edição é exactamente o que não sugerem subtítulo e mote editorial: uma recolha das líricas, seguindo fielmente a original de 1595 (sonetos, canções, sextinas, odes, elegias, éclogas, redondilhas e várias).

Exemplar da biblioteca de Danilo Barreiros, que lhe apôs na guarda o respectivo ex-libris e o mandou encadernar em tecido sintético imitando pele, sem a capa de publicação.

20€ (reservado)

Eleutério Cerdeira — Duas Grandes Fraudes Camonianas

Duas Grandes Fraudes Camonianas (documentadas com ilustrações)

1946 / Companhia Editora do Minho, Barcelos. (Composto e impresso nas oficinas gráficas da (...) Acabou de se imprimir aos 4 de Outubro de 1946). In-8º de 111, [I] págs. Enc.

Na «justificação prévia», os editores explicavam ter a edição resultado de um convite ao autor para rever e ampliar o estudo publicado na também sua edição monumental ilustrada d’Os Lusíadas, publicada no ano dos centenários (1940), e que tivera por título «As duas edições de Os Lusíadas datadas de 1572»; resolvendo ele acrescentar-lhe aqui ainda um outro texto acerca de outra mistificação, a de uma suposta assinatura de Camões.
 
Tiragem declarada de 1572 exemplares numerados, tendo esta casa dois deles, de uma tiragem encadernada sem a capa de brochura. 

14€   

José Gomes Ferreira — O Enigma da Árvore Enamorada

O Enigma da Árvore Enamorada: divertimento em forma de novela quase policial (1980)

Moraes editores (Composição: Gris Impressores, SARL). In-8º de 87, [iv], [I] págs. Br.

Além da principal peça que deu título ao volume, inclui depois «Diálogo de Cosme com o Diabo», um texto de 1923 que o escritor apresenta no intermezzo «Papéis Velhos»: “Não há escritor em que o tempo, sujo de pó e traças, não acumule nas gavetas, nos armários, nas malas e arcas, para confundir o futuro, papéis velhos do tamanho da indisciplina dos pesadelos de cada um”.

Primeira edição.

Exemplar quase impecável.

14€

José Gomes Ferreira — Revolução Necessária

Diabril (1975). In-8º de 243, [9] págs. Br.

Extensa recolha de peças antes publicadas na imprensa («O Primeiro de Janeiro», «Vida Mundial», «Diário de Notícias», «Diário Popular» e «Seara Nova»), infelizmente sem data assinalada, aqui agrupadas nas secções «Construção do Presente» (25 de Abril), «Intervalo, para recordar alguns amigos mortos», «O Passado, Memórias da 1.ª República», «Outro Intervalo, para meditações jornalísticas», «Tirania Ilúcida» e «Regresso à Luta Presente». Algumas das crónicas: «O meu 25 de Abril», «Reportagem do Rossio em 1974», «Memórias do M.U.D.», «O M.U.D. Juvenil», «A minha proposta de Constituição», etc.

Primeira edição.

15€

José Gomes Ferreira — Imitação dos Dias

Diabril (Este livro foi composto e impresso na Sociedade Industrial Gráfica Telles da Silva, Lda. (...) e acabou de se imprimir em Maio de 1977). In-8º de 190, [II] págs. Br.

Terceira edição desta heterodoxa espécie de diário, que o autor poderia ter dedicado a um futuro livreiro nascido no início do mês – este vosso. Não dedicou a edição, mas dedicou o livro aos netos Sílvia e Pedro José, acompanhando a dedictória de dois desejos, um bastante realizável e outro bastante irrealizável: que ele (o livro) ainda fosse legível no tempo deles, e que nesse tempo não houvesse já tiranos no mundo (temo-lo notado...).

Exemplar com ligeiro desgaste da capa; miolo em bom estado.  

10€ 

José Gomes Ferreira — Poesia (- I e – II)

Portugália Editora. (1972). 2 vols. in-8º de 170, [14] e 206, [6] págs. Br.

O primeiro volume teve aqui a 5.ª edição e o segundo a 4ª, ambas com a mesma capa de João da Câmara Leme. Vale a pena transcrever a dedicatória que abre o primeiro (sairiam seis, no total): “À memória de meu Pai, Alexandre Ferreira, mestre de virtudes republicanas, com quem aprendi tudo o que sei da Vida, da Morte, da Liberdade e do Amor. Foi para ele que reuni estes versos, depois de 27 anos de silêncio, quando o senti perto da Morte – que encarou com coragem exemplar”.

Exemplares com marcas de uso, o segundo sobretudo. 

20€

José Gomes Ferreira — O Mundo dos Outros

Publicações Europa-América, Lisboa (Este livro foi composto e impresso na Sociedade Industrial Gráfica (...) e concluiu-se em Junho de 1961). In-8º peq. de 173, [i], [II] págs. Br.

Foi salvo erro a segunda edição, publicada na colecção «os livros das três abelhas» com capa do pintor António Domingues, de uma recolha de textos originalmente publicada em 1950 pelo Centro Bibliográfico – nome hoje bastante implausível. Algumas das peças soarão familiares, até porque pelo menos duas tiveram edição autónoma: «A Boca-Enorme» e «O barbeiro de má-morte».

17€

Natália Correia — O Encoberto

Galeria Panorama. [1969?]. (Composto e impresso na Soc. Ind. Gráfica Telles da Silva, Lda.). In-8º de 122, [4], [II] págs. Br.

Proibindo a encenação, a censura marcelista proibiu também a circulação do livro, de nada servindo a carta de reclamação que a autora enviou (como outras) directamente a Marcelo Caetano já quase um ano decorrido nem o tom bastante (demasiado) respeitoso que nela usou; a peça apenas viria a ser reeditada pela Afrodite de Ribeiro de Melo em 1977. O parecer do  sempre doutíssimo censor: “É uma peça sobre o “mito” do regresso de D Sebastião, o “Encoberto”. / Trata-se do desenvolvimento em estilo de “paródia” de assunto histórico, com não poucas pinceladas pornográficas, à maneira de “Natália Correia”, com alusões ao povo português ou a figuras históricas com expressões de chacota e uma clara intenção de ridicularizar. / Conclusão: Julgo ser de proibir, por inconveniência política e ser pornográfica”. 
Este livro integrou precisamente a colecção de «obras visadas pela Censura» que saiu há tempos (em fac-simile) com o jornal Público

Exemplar com pequenas marcas na face superior da capa e ainda algo amolgado no topo ao longo de grande parte do volume; conservando-se todavia as folhas limpas.

17€

Natália Correia — Antologia da Poesia do Período Barroco

Círculo de Poesia ——————— Moraes Editores, Lisboa / 1982. In-8º de 342, [II] págs. Br.

A introdução de Natália Correia espraia-se por mais de três dezenas de páginas, constituindo nas palavras da própria “uma proposta de reabilitação da nossa poesia barroca que terá de ser lograda por críticos que se especializem não em denegrir o Seiscentismo mas em compreendê-lo e estimá-lo”, estimando ela e recenseando aqui, entre outros, Tomás de Noronha, Violante do Céu, Francisco Manuel de Melo, Frei António das Chagas, Gregório de Matos, Soror Maria do Céu, Ribeiro da Costa.

20€