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Jonathan Swift — Viagens de Gulliver: adaptação livre (...) por João de Barros

Viagens de Gulliver: adaptação livre da obra de Jonathan Swift por João de Barros / ilustrações de Sara Sá da Costa

Livraria Sá da Costa, editora. In-8º de 285, [iii], [II] págs. Br.

João de Barros dividiu esta sua versão em quatro partes, cada qual com vários capítulos: «Viagens a Liliputia e a Blefusco», «Viagem a Brobdignac», «Na terra dos Cavalos Civilizados (Honyhnhnms)» e «Acabam as aventuras e aprendo a amar os Portugueses» (!); justificando no seu prefácio esta última patrioteira partição, espécie de maxi-capítulo 11 (já de si dos mais pequenos do livro...), “em que a generosidade e a lhaneza dos Portugueses, simbolizados na figura simpática do comandante do Galeão que salva Gulliver de perigoso acidente, prova e demonstra de incisiva maneira a opinião favorável (e aliás jamais desmentida) dos estrangeiros a nosso respeito, quando mantínhamos ainda supremacia marítima na Europa e no Globo” – o que, convenhamos, já não era há muito o caso. 
[Recorde-se, já agora, que noutro livro contemporâneo «semelhante», o Cândido, de Voltaire, há também um capítulo «português», com a descrição de um auto-de-fé em Lisboa, que por si só complica bastante esta tese da “opinião favorável dos estrangeiros a nosso respeito” – João de Barros também o isolaria aumentado em secção principal?] 
Quanto às boas ilustrações de Sara Costa, além das da capa há mais uma a cores, na anteportada, sendo as restantes a p/b em friso nas páginas capitulares.

10€

Jonathan Swift — As Viagens de Gulliver

As Viagens de Gulliver (Tradução e Prefácio de Luzia Maria Martins)

1964 / Editorial Presença (Composto e impresso na Tipografia Rios & Irmão, L.da / Santa Maria de Lamas). In-8º peq. de 413, [ii], [IX] págs. Br.

“Grande estilista, Swift adoptou, nas «Viagens de Gulliver», um estilo conciso, um estilo que definiremos como «staccato», se nos é permitida a utilização de um termo musical. Perpassam nestas páginas – dominadas por um pessimismo aparente – uma lucidez e uma coerência impressionantes, dirigidas contra alvos eternos”.  

8€

Daniel Defoe — A Vida e as Aventuras de Robinson Crusoe

A Vida e as Aventuras de Robinson Crusoe (traducção de Pinheiro Chagas / com 42 illustrações)

Livrarias Aillaud, Bertrand (Paris, Boulevard Montparnasse / Lisbonne, Rue Garrett). In-8º peq. de 358 págs. Enc.

Volume publicado na «Bibliotheca Rosa Illustrada» - a cor da encadernação em percalina; que apresenta algum desgaste, como por regra sucede, o mesmo se podendo dizer das notas de oxidação típicas do papel utilizado na impressão.
Relativamente invulgar.

20€

Daniel Defoe — A Vida Amorosa de Moll Flanders

Publicações Europa-América (Abril de 1998). In-8º de 312, [IV] págs. Br.

“As aventuras e desventuras da famosa Moll Flanders que nasceu em Newgate e, durante uma vida de sessenta anos, além da infância, foi doze anos cortesã, cinco vezes mulher casada (uma delas com o seu próprio irmão), doze anos ladra, oito anos delinquente deportada na Virgínia e, finalmente, enriqueceu, viveu com honestidade e morreu arrependida. Escrito a partir das suas próprias notas por / Daniel Defoe”

“O que é uma vida, quando vista à distância? Duas datas, um nome e alguns adjectivos. É assim com Moll Flanders: mulher dissoluta, ladra, incestuosa e, por fim, penitente. A sua vida é feita de eternos recomeços que a transformam num exemplo superior de humildade e de vontade férrea: nascida na prisão, educada por caridade e seduzida aos dezasseis anos, Moll Flanders conhece, ao longo da sua vida, três ligações irregulares e cinco maridos, alternando sucessivamente entre a miséria e a fortuna... Mais do que um romance de aventuras, o retrato de uma personalidade única e uma acerba crítica de costumes."

10€

Frank Harris — Bernard Shaw

Bernard Shaw (Traduit de l'anglais par Madeleine Vernon et H. D. Davray) / Sixième édition

Gallimard, Paris — 43, Rue de Beaune. (Achevé d'imprimer en mars 1938 par les Établissements Busson). In-8º de 289, [1], [II] págs. Cart.

Esta biografia da autoria daquele que, na juventude amigo de ambos, dedicara já um trabalho semelhante a Oscar Wilde, mereceu de Shaw escritos autónomos e cartas de desaprovação - por entre mútuos remoques truculentos q.b., à boa maneira irlandesa, no caso de Harris com manifesto exagero, dando quase a impresão de ter escrito isto só para irritar o (ex-) amigo...
Não existe, salvo erro, edição portuguesa.

Exemplar artesanalmente cartonado parecendo aproveitar, colada sobre a pasta superior, a frente da capa primitiva; desvalorizado por marca a esferográfica na folha de rosto.

10€

Samuel Beckett — En attendant Godot

Les  Éditions  de  Minuit  (cet  ouvrage  a  été  achevé d’imprimer le 12 juin 1973sur les presses de l’Imprimerie Corbière et Jugain a Alençon). In-8º peq. de 134, [II] págs. Br.

Sobre esta casa, o seu editor e a sua publicação em França das peças do dramaturgo irlandês, leia-se uma  crónica de Pedro Mexia na revista do Expresso. (A edição original foi na década de 50, assim mesmo em francês)

Exemplar com marcas de uso.

5€

Samuel Beckett — Últimos trabalhos

Últimos trabalhos (Tradução de Miguel Esteves Cardoso)

O Independente / Assírio & Alvim. (Concepção editorial e produção: Vasco Rosa. Impressão: Inova, Artes Gráficas (Porto). 1996). In-8º de 63, [I] págs. Br.

Edição publicada a pretexto da Feira do Livro de Frankfurt desse ano, que teve a Irlanda como país convidado. Os três escritos aqui reunidos são «Worstward ho / Pioravante marche», «Stirrings still / Sobressaltos» e «What is the word / Que palavra será».

Exemplar usado, com algumas marcas de desgaste.

10€  

Oscar Wilde — o retrato de Dorian Gray

o retrato de Dorian Gray (Tradução de Januário Leite)

Portugália Editora, Lisboa (composto e impresso (...) na Empresa Norte Editora, Póvoa de Varzim / Dezembro de 1969). In-8º de 370, [V], [i] págs. Br.

43.º título publicado na colecção «Os Romances Universais: os grandes mestres do romance clássico e contemporâneo», com capa de Câmara Leme, aqui já em quinta edição/reimpressão.

Muito bom exemplar, só com as quase inevitáveis pequenas notas de oxidação na capa e nas margens do papel.

12€ 

Oscar Wilde — O Retrato de Dorian Gray

O Retrato de Dorian Gray (Tradução de Rodrigues Rocha)

Editorial «Gleba», L.da / Lisboa. (Composto e impresso no Centro Tip. Colonial. In-8º de 283, [ii], [III] págs. Br.

“Os que encontram feias intenções nas coisas belas estão corrompidos e não encantam, o que é um defeito. Os que descobrem belas intenções em coisas belas são cultos. A estes fica a esperança. Os eleitos são os únicos para quem as coisas belas significam simplesmente beleza. Um livro nunca é moral ou imoral. Está bem escrito ou mal escrito. E é tudo”. 
Volume publicado na colecção «Romances Célebres».

Exemplar nas mesmas circunstâncias do anterior. 

12€

Oscar Wilde — O Retrato de Dorian Gray (romance)

Romano Torres (Comp. e Imp. na Gráfica Santelmo, Lda. – Lisboa – 1971). In-8º peq. de 255, [I] págs. Br. 

O volume foi o 72.º título publicado na colecção «Obras Escolhidas de Autores Célebres».

Tradução de Maria Lígia Guterres.

6€

Oscar Wilde — Contos

Contos de (…) / Traduzidos do inglês por Cabral de Nascimento

Portugália Editora, Lisboa. (Composto e impresso (…) na Tipografia Garcia & Carvalho, Lda.). In-8º de 227, [iii], [II] págs. Br.

Integra “Esfinge sem segredo», «O Reizinho», «O Aniversário da Infanta», «O Pescador e a Alma», «Filho de Estrela», «O Príncipe Feliz», «O Rouxinol e a Rosa», «O Gigante Egoísta», «O Amigo Fiel», «O Foguete de Lágrimas», «O Modelo Milionário» e «O Espectro de Canterville».

Exemplar com carimbo de “Oferta dos editores”, decerto à Brotéria, de cuja biblioteca tem também o carimbo na página de frontispício. 

10€

Oscar Wilde — Le Crime de Lord Arthur Saville

Le Crime de Lord Arthur Saville, par (...) / Traduit de l'anglais par Albert Savine

1923 / douzième édition (na capa: quatorzième édition). Librairie P. - V. Stock / Delamain, Boutelleau et Cie, Éditeurs - Paris. In-8º de 259, [III] págs. Br. 

Além da que lhe deu título, o volume recolhe um conjunto de novelas e short-stories como «L'Ami Dévoué», «Le Prince Heureux», «Le Rossignol et la Rose», «Le Géant Égoïste», «Old Bishop's», «La Peau d'orange».

10€

Oscar Wilde — O Crime de Lord Artur Savile

O Crime de Lord Artur Savile (Tradução de Vergílio Mendes)

Editorial «Gleba». Lisboa. (1943). In-8º de 158, [2] págs. Br.

Publicado na colecção «Contos e Novelas», o volume inclui os conhecidos «O Crime de Lord Artur Savile» e «O Fantasma de Canterville», a que se seguem «A Esfinge sem Segredo», «O Modêlo Milionário», «A Casca de Laranja», «Poemas em Prosa» e «A Santa Cortesã».

Exemplar com pequenas falhas na capa e vestígios de acidez nas folhas iniciais e finais.

7€

Oscar Wilde — Three Tales by (…)

London: Oxford University Press / Geoffrey Cumberlege. (Published 1937 / Ninth impression 1952). In-8º peq. de 46 págs. Br.

O volume, graciosamente ilustrado, recolhe «The Happy Prince», «The Nightingale and the Rose» e «The Star-Child».

Este exemplar tem na capa o carimbo da Livraria Figueirinhas – primeira que o livreiro frequentou, ainda na tenríssima infância.

7€

Edgar Allan Poe em Portugal

Biblioteca Nacional de Portugal / Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa / Fundação para a Ciência e a Tecnologia (Setembro 2009). In-8º de 84, [I], [iii] págs. Br.

A edição contou com um extenso e importante texto introdutório da académica, poeta e tradutora Margarida Vale de Gato, que no entanto bem poderia ter evitado não assim tão pequenos lapsos como o de chamar Paul Breton a André Breton e o de omitir na recensão bibliográfica a edição em volume, nos anos 90, de um dos textos a que dá merecido destaque. A essa introdução, abundante de notas úteis, juntou-se a reprodução de trabalhos artísticos de Filipe Abranches e de Júlio Pomar, de capas de livros e de ilustrações variadas – resultando o conjunto mais rico do que os pequenos catálogos do mesmo género que a BN tem (felizmente) editado, aqui talvez apelativo para o público leitor em geral e não só para os bibliófilos e bibliógrafos em particular.

Exemplares novos, com o marcador próprio da edição. 

5€

Edgar Allan Poe — O Mistério de Maria Roget

O Mistério de Maria Roget (Tradução de Jorge de Sena)

Crime imperfeito (Relógio d’Água, 1988). In-8º de 65, [iii] págs. Br.

Salvo erro, esta primeira edição na Relógio d’Água, que muito mais tarde reeditaria o volume com uma nova capa também a partir de um quadro de Füssli, aproveitava uma tradução deste exercício policial que Sena publicara na Portugália.

Exemplar aparentemente por estrear, embora com ligeiríssimas marcas na capa.

9€

Edgar Allan Poe — Contos Completos

Contos Completos (1.º volume) / Tradução e prefácio de Manuel Barbosa (Licenciado em Direito e Ciências Históricas e Filosóficas)

Editorial «Saber» / Coimbra – 1941. (Composto e impresso nas oficinas da Coimbra Editora. In-8º de 219, [iii], [II] págs. Br.

Do prefácio do tradutor: “Não se procure na obra de ficção de Poe qualquer preocupação moral ou doutrinária. O seu credo artístico é a arte pela arte. Na poesia, o objectivo essencial a atingir é a beleza suprema, principalmente através da música - «the rhytmical creation of beauty», nas suas palavras; no conto, são efeitos de terror, paixão e assombro, mediante a subordinação de todos os factores ao resultado em vista. Não há um sucesso, um pormenor do ambiente nem, por assim dizer, uma simples palavra que não tenda para o mesmo fim.” 
Este volume integrou «Ligeia», «Morella», «O Encontro», «A Máscara da Morte Vermelha», «A Sombra», «Descida ao Maelström», «Ms. encontrado numa garrafa», «A queda da Casa de Usher» e «O poço e o pêndulo».

12€

Edgar Allan Poe — Nouvelles Histoires Extraordinaires

Nouvelles Histoires Extraordinaires (Préface et Traduction de Charles Baudelaire / introduction et notes de Léon Lemonnier)

Paris: Librairie Garnier Frères (1947). In-8º de [VI], XXIX, [I], 297, [3] págs. Br.

É conhecida esta história do estudo de Baudelaire, que começou por fazer um bastante descarado plágio – no séc.XIX, prática corrente, veja-se o nosso Eça… – para depois, nestas «Notes Nouvelles sur Edgar Poe», meter finalmente não só as mãos mas a própria cabeça à obra. A longa introdução de Lemonnier abunda em considerações sobre Poe e Baudelaire e a actividade tradutora deste, em geral, e do escritor norte-americano em particular.

Pequena rubrica de propriedade, a tinta, na primeira página justamente da introdução. 

15€  

Baudelaire — Os Paraísos Artificiais

Editorial Estampa (2010). In-8º de 167, [1] págs. Br.

Quinta edição destas versões de José Saramago de um conjunto de conhecidos textos do poeta francês sobre o ópio, o haxixe e o vinho.

Exemplar novo.

10€

Saint-John Perse — Pássaros (Tradução de Aníbal Fernandes)

(Hiena Editora / Lisboa, Janeiro de 1986). In-8º de 52 págs. Br.

O primeiro parágrafo do prefácio do [bom] tradutor: “Saint-John Perse não fala de si próprio em nenhum ponto da sua obra; e em nenhum ponto da sua obra a si próprio recorre como auto-afirmação. E também nunca acedeu a publicar qualquer texto em prosa que pudesse, de perto ou longe, ficar ligado a uma poesia que já era, à nascença, independente da biografia. Nenhum rosto, nenhuma data, nenhum ponto de contacto; que bem pode, a obra ideal, ser anónima”.

10€ 

Victor Segalen — Estelas seguido de Terra Amarela

Estelas seguido de Terra Amarela / Tradução de Pedro Tamen

Cotovia / Fundação Oriente. (Acabou de imprimir-se em Maio de 1996 na Tipografia Guerra (Viseu) numa tiragem de 1200 exemplares). In-8º de 154, [II], [iv] págs. Br.

Exemplar novo, embora já «batido» de diversas feiras do livro nas quais ninguém – orientalista algum – lhe pegou.

8€

Anaïs Nin — Uma Espia na Casa do Amor

Editorial vega (Composto e impresso na: Tipografia Lousanense, Lousã). (1979). In-8º de 133, [iii] págs. Br.

Sobre um livro que deu uma canção dos Doors, tendo honras de ser cantado por Jim Morrison, talvez nada mais seja preciso dizer; excepto que terá sido este o primeiro livro da escritora francesa publicado em Portugal, e que para ele Mário Jorge Torres redigiu 2-em-1 textos de apresentação: «Para uma biografia (ou a propósito da escrita?) de Anaïs Nin» e «Algumas notas para uma proposta de leitura de «Uma Espia na Casa do Amor»».

10€

Jean-Jacques Pauvert — A Literatura Erótica

A Literatura Erótica (Tradução de Serafim Ferreira)

teorema (Impressão e acabamento: Rainho & Neves, Lda. / Santa Maria da Feira // Setembro de 2001).In-8º de 109, [III] págs. Br.

"Jean-Jacques Pauvert, nascido em 1926, percorreu, a partir de 1942, todos os caminhos que conduzem ao livro. Excelente escritor e polémico editor, é, sem dúvida, um dos maiores especialistas mundiais em literatura erótica. (...) como escritor publicou, entre outras, as seguintes obras: Sade vivant, Nouveaux et moins nouveaux visages de la censure, Anthologie historique des lectures érotiques". 

Vários exemplares disponíveis.

10€

Boris Vian — O Outono em Pequim (Tradução de Luísa Neto Jorge)

Editora Ulisseia, Lisboa. (1965). In-8º de 320 págs. Enc.

Título publicado na «Série Literatura» da Ulisseia, com uma das (muitas) traduções para o pão nosso de cada dia que a mais interessante – no feminino – poeta portuguesa teve de fazer.
Capa de José Cândido, neste exemplar acusando algum desgaste, sobretudo no encaixe e na face inferior; marcas de ligeiro escurecimento marginal das folhas.

14€

Marguerite Duras — O Amante

O Amante (14.ª Edição / Tradução de Luísa Costa Gomes e Maria da Piedade Ferreira)

Difel / Difusão Editorial, Lda. Lisboa. (Impressão e acabamento: Tipografia Guerra, Viseu). In-8º de 98, [ii] págs. Br.

Vencedor por unaninimidade do Goncourt, ia já aqui na 14ª de ainda muitas mais edições – num tempo não assim tão distante em que por cá se ligava alguma coisa à literatura, em geral, e ao principal prémio das letras francesas em particular. Vendidos quase 3 milhões de exemplares só em França, viria a ter adaptação cinematográfica, supervisionada pela própria Duras, já na década de 90.

8€

Marguerite Duras — Olhos Azuis Cabelo Preto

Olhos Azuis Cabelo Preto (Tradução de Tereza Coelho)

Difel / Difusão Editorial, Lda. Lisboa. (Impressão e acabamento: Tipografia Guerra, Viseu). In-8º de 109, [iii] págs. Br.

“É a história de um amor, o maior e mais aterrador que me aconteceu escrever. Sei-o. Sabemo-lo para nós mesmos. Trata-se de um amor jamais nomeado nos romances, inominado até por aqueles que o vivem, de um sentimento que de algum modo não encontrou ainda o seu próprio vocabulário, os seus hábitos, os seus ritos. Um amor perdido. Perdido enquanto perdição.” (Marguerite Duras)
Olhos Azuis Cabelo Preto é um texto nos limites do confessável. O mais irredutivelmente durasiano que Duras publicou. Por isso mesmo o mais notável: simultaneamente misterioso e de uma terrível clareza” (Teresa Coelho)

Primeira edição portuguesa deste título recuperado mais recentemente pela Relógio d’Água. 

10€

Marguerite Yourcenar — Fogos

Fogos (Tradução de Martha Calderaro / 2.ª edição)

Editora Nova Fronteira. (Esta obra foi impressa na editora Vozes (…) em novembro de mil novecentos e oitenta e três). In-8º de 191, [I] págs. Br.

É a própria Yourcenar quem define Fogos como produto de uma crise passional, sendo – por assim dizer – uma série prosas líricas, ou poemas em prosa, interliagadas por uma certa noção de amor”, por vezes prosas aforísticas, curtas, e tomando quase todas como mote temas da Antiguidade Clássica, naquele que será porventura o livro mais interessante da escritora francesa: «Fedra ou o desespero», «Aquiles ou a mentira», «Pátroclo ou o destino», «Antígona ou a escolha», «Lena ou o segredo», «Maria Madalena ou a salvação», «Fédon ou a vertigem», «Clitemnestra ou o crime», «Safo ou o suicídio». 

10€

Marguerite Yourcenar — Fogos

Fogos (Tradução de Maria da Graça Morais Sarmento)

DIFEL / Difusão Editorial, S. A. (Impressão e acabamento: Tipografia Guerra, Viseu, 1995). In-8º de 155, [v] págs. Br.

“Aqui não há sublimação, como pretende uma fórmula decididamente infeliz e insultuosa para a própria carne, mas sim percepção obscura de que o amor por uma determinada pessoa, por muito dilacerante que pareça, muitas vezes não é mais do que um belo acidente passageiro, menos real em certo sentido do que as predisposições e as escolhas que o antecedem e que lhe sobreviverão” [sem mais considerações, substitua-se é nessa ideia «amor» por «paixão»].

12€

Boletim bibliográfico 2/2025

O segundo deste ano está finalmente pronto, após vários meses de atraso; tem em destaque o Vaticano e os seus papas, aflorando ainda os centenários de Luís Pacheco e Isabel da Nóbrega e os 60 anos da fundação da Dom Quixote pela escandinava Snu. 
Pode ser enfim consultado

Marguerite Yourcenar — A Obra ao Negro

Editorial Inova sarl (composto e impresso na Emp. Gráfica Feirense, L.da — Março 1973). In-8º gr. de 348, [X] págs. Br.

Começava assim a nota final da própria Yourcenar: "O romance que se acaba de ler tem, como ponto de partida, uma narrativa de cinquenta páginas, D'après Dürer, publicada juntamente com duas outras novelas, também de fundo histórico, no volume intitulado La Mort conduit l'Attelage, ed. Grasset, 1934. Essas três narrativas, unificadas e ao mesmo tempo contrastantes (...), mais não eram, afinal, que fragmentos isolados de um enorme romance concebido e parcialmente escrito entre 1921 e 1925" e só três décadas mais tarde, após a conclusão das Memórias de Adriano, começado a recuperar até esta muitíssimo aumentada forma definitiva.  

Primeira edição portuguesa, com tradução de António Ramos Rosa, revisão tipográfica de João de Almeida Arrepia e composição gráfica de Armando Alves.

15€

Marguerite Yourcenar — de olhos abertos

distri editora (Impressão e acabamento: Edições Asa – Porto). [S/d – DL 1984]. In-8º de 230, [I], [i] págs. Br.

“Pela primeira vez, Yourcenar dá-nos os elementos para compreendermos a profundidade e a clareza do seu pensamento. Sem reticências, com a simplicidade de uma sabedora que se sente vinda de muito longe, interessada por todos os aspectos do mundo”; puxada a conversa por Matthieu Galay, crítico literário, aqui ficava um longo conjunto de impressões acerca da infância, do pai, da génese de alguns dos livros, de planos por concretizar, da literatura em geral, da tradução (ofício que Yourcenar praticou, desde logo com Virginia Woolf), racismo, feminismo e outros assuntos políticos, etc. Para citações e sentenças, é o livro mais óbvio da escritora francesa, não por acaso já mencionado várias vezes por Ana Cristina Leonardo nas suas já algo repetitivas – até nisso – crónicas no Público. Enfim, se há escritoras e escritores chatíssimos sobretudo quando falam, há outros – como Yourcenar, como Borges – cujas entrevistas dão uma leitura abençoada.  
Tradução de Maria Eduarda Correia (uma edição mais recente na Relógio d'Água teve tradução diversa). 

Dois exemplares disponíveis.

10€

Lídia Jorge — Misericordia (Traducción de María Jesús Fernández)

La Umbría y La Solana (abril de 2024). In-8º de 417, [xiii], [II] págs. Br.

"Misericordia se publicó recientemente en Portugal, pero en poco tiempo ha llegado a lectores de todo el mundo seducidos por una narrativa de singular intensidad lírica y dramática. Se trata del diario del último año de la vida de una mujer en el que se narra también la historia de otras vidas en el escenario de una residencia de ancianos y en el contexto del desafío al que se enfrentó la humanidad a lo largo de 2020. La voz de la protagonista, en su lucha por el conocimiento, conduce al lector, desde la primera hasta la última página, a un magnífico testimonio de alguien que busca el sentido de la vida sin renunciar nunca a entenderlo.  Entre lo real y lo onírico, Misericordia es la historia de una vida que sobrevive gracias al espíritu y a la fuerza de la resistencia."

Último exemplar disponível.

23€

Lídia Jorge — Los tiempos del esplendor

Los tiempos del esplendor (Traducción de Martín López-Vega / Ilustraciones de Arturo Revuelta)

La Umbría y La Solana (julio de 2020). In-8º de 203, [iv], [I] págs. Br.

"Los tiempos del esplendor son nueve relatos en los que se mezclan historias de amor y desconcierto, un discurso sobre el rumbo de la humanidad."
O título desta recolha publicada no país vizinho baseia-se num dos contos, que em português foi O Tempo do Esplendor.

Dois exemplares ainda disponíveis.

17€

Lídia Jorge — La costa de los murmullos (Traducción de Felipe Cammaert)

La Umbría y La Solana (septiembre de 2021). In-8º de 324, [I], [i] págs. Br.

“La costa de los murmullos, novela publicada en 1988, ocupa un destacado lugar en la historia de la literatura en lengua portuguesa. Es, en effecto, uno de los primeros que se adentra en el período histórico del fin del imperio colonial portugués desde la perspectiva de las mujeres que estuvieron presentes al lado de sus compañeros soldados en territorio africano”.

Dois exemplares restantes na livraria.

17€

Lídia Jorge — A Costa dos Murmúrios

Publicações Dom Quixote / Lisboa, 1988. In-8º de 259, [1] págs. Br.

Edição original do mais conhecido romance da actual Conselheira de Estado, passado no estertor dos tempos coloniais em Moçambique que ela própria lá viveu, entretanto adaptado para cinema com o casal Beatriz Batarda (interpretação) e o já falecido Bernardo Sassetti (música); sendo o par da actriz o também já falecido Filipe Duarte.
Foi o primeiro livro da romancista na Dom Quixote, para onde foi levada pelo agora igualmente falecido editor Nélson de Matos.

15€

Gomes de Amorim — Os Lusíadas de Luís de Camões

Os Lusiadas de Luiz de Camões (edição crítica e annotada em todos os logares duvidosos, restituindo, quanto possivel, o texto primitivo pela correcção de erros que nunca se tinham expungido), por (...) /  
(Socio correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa e honrado por ella com o premio D. Fernando, destinado ao melhor trabalho sobre a vida e obras de Garrett; membro do Instituto de Coimbra; da Academia Real das Sciencias da Belgica; da Academia Hespanhola, e por esta laureado com a medalha de oiro, no concurso internacional de poesia no segundo centenario da morte de Calderon de la Barca; da Academia Real de Historia, de Madrid; do Instituto Historico, Geographico e Ethnographico do Brazil, etc.

Lisboa: Imprensa Nacional, 1889. 2 vols. in-8º gr. de 526, [ii] e [I], [i], 453, [iv], [I] págs. Enc.

É verdadeiramente caudaloso o aparato crítico do biógrafo, discípulo e secretário do cantor de Camões – Garrett – a esta edição, começando com centena e meia de páginas de considerações e investigações bibliográficas que, embora um tanto especulativas, ainda hoje interessarão os camonianos; e com mais outra centena e meia terminando, num apêndice de informações e documentos que frequentemente se afasta do assunto mas contém igualmente informação útil, interessante ou apenas engraçada.
Resumindo, a teoria de Gomes de Amorim para justificar este folegante empreendimento era a de que ao longo dos séculos o texto primitivo do poema fôra frequentemente adulterado por editores e tipógrafos, tentando ele aqui apresentar correcções – novamente bastante especulativas, mas nem sempre impertinentes – decorridas dos seus estudos sobre o tema.

Ambos os exemplares revestidos da mesma encadernação com lombada em pele gravada a ouro; ambos conservando ambas as faces da capa de publicação.

85€ 

Luís de Camões — Os Lusiadas

Os Lusiadas, poema epico de Luiz de Camões. Nova edição mais correcta.

Lisboa: Na Impressão Regia. 1827. In-16º de 377, [1] págs. Enc.

Uma das primeiras das muitas edições oitocentistas em pequeno formato do poema, dada a lume sem qualquer tipo de aparato crítico (nem prefácios, nem notas, nem variantes, nem glossário), reproduzindo apenas e só os dez cantos do texto.

Exemplar revestido de uma bela encadernação da época com cantos e lombada em pele, esta última gravada a ouro.

60€

Luís de Camões — Os Lusiadas

Os Lusiadas (segundo o têsto da primeira edição de 1572, com as variantes da 2ª edição impressa por Manoel de Lyra em 1584, e acrecentada com dois apêndices por A.J.Gonçálvez Guimarãis)

Coimbra: Imprensa da Universidade & Braga: Livraria Cruz – Editora. M DCCCC XXIII. In-8º de XIX, [III], 448, [IV] págs. Br.

Importante edição, reconhecido marco da bibliografia camoneana, preparada por Gonçalves Guimarães a partir da 1ª, que reproduz. Inclui a abrir um competente prefácio, da sua pena, em que são deixados apontamentos sobre a prioridade temporal das edições iniciais do poema e as várias alterações introduzidas; e, a fechar, uma nota com as variantes da 2ª edição, a que se seguem os dois apêndices (I – Sobre a pronúncia geral do português no tempo de L. de Camões. II – Algumas reflexões sobre a métrica) de aspectos técnicos gramaticais, com curiosas estatísticas e quadros vários. Inclui ainda uma gravura com a reprodução do frontispício da 1ª edição, além da reprodução do alvará com a licença de impressão passado em nome do rei (Sebastião) e do parecer de Fr. Bertholameu Ferreira, pela Inquisição.

Exemplar da tiragem corrente; encadernado em pele com lombada gravada a dourado.
 
30€ 

Oliveira Simões — As Armas nos Lusíadas

alfa [s/d]. In-4º de 163, [i] págs. Cart.

“Fazendo a sua resenha, encontramos no poema referencias mais ou menos numerosas a: armas brancas, armas de haste, armas de arremesso, armas defensivas, artilharia neurobalística, armas de fogo, munições e engenhos de fogo, instrumentos e insígnias bélicas. Ocupar-nos-emos, sucessivamente, do que haja a considerar em cada uma destas categorias”.
Cartonado e abundantemente ilustrado, o álbum foi impresso sobre folhas de papel couché.

Exemplar por estrear.

12€

Reis Brasil — O Amor em Camões

O Amor em Camões (Nova interpretação de tipo psicológico) / 3.ª edição

1957. (Composto e impresso em Outubro de 1957 na Tip. do «Jornal do Fundão»). In-8º de 160, [4] págs. Br.
 
Edição com um prefácio próprio e aumentada de um novo capítulo, passando aqui a ter XI: entre eles, «Valor e sentido do platonismo», «Conceito geral do amor camoniano», «Camões e o sentimento do Divino» e «Visão global da personalidade camoniana». Várias composições do vate foram seleccionadas para irem entremeando o volume.

Exemplar desvalorizado por uma nota de compra escrita a tinta, embora engraçada.
 
10€ 

Poesias Lyricas Selectas de Luiz de Camões

Poesias Lyricas Selectas de Luiz de Camões publicadas pela V. de V. M.

Coimbra: Imprensa da Universidade. 1876. In-8º de XL, 225, [III] págs. Enc.

O volume, preparado pela Viscondessa de Vila-Maior – cujo longo estudo proemial, algo monótono, fornece alguns dados biográficos sobre o poeta e se estende pelas quarenta páginas prévias –, recolhe uma selecção de «Sonetos», «Canções», «Odes», «Elegias», «Eclogas», «Redondilhas», «Estancias», «Voltas» e «Endeixas», a que é no final acrescentado um «Additamento» de dois sonetos mais.

Exemplar guarnecido de uma boa encadernação com a lombada em pele gravada a ouro (não conservando, ao menos de modo visível, a capa de brochura); em muito bom estado no miolo, mantendo-se o papel ainda praticamente limpo. 

25€

Luís de Camões: Monumentos Literários

Luís de Camões: Monumentos Literários (Colectânea das obras atribuídas ao Épico, organizada e anotada por José Pedro Machado)

Sociedade de Língua Portuguesa / Edição comemorativa do quarto centenário d’Os Lusíadas. [S/d – 1972?]. In-8º gr. de 445, [III] págs. Enc.

De forma um tanto confusa, a edição é exactamente o que não sugerem subtítulo e mote editorial: uma recolha das líricas, seguindo fielmente a original de 1595 (sonetos, canções, sextinas, odes, elegias, éclogas, redondilhas e várias).

Exemplar da biblioteca de Danilo Barreiros, que lhe apôs na guarda o respectivo ex-libris e o mandou encadernar em tecido sintético imitando pele, sem a capa de publicação.

20€ (reservado)

Eleutério Cerdeira — Duas Grandes Fraudes Camonianas

Duas Grandes Fraudes Camonianas (documentadas com ilustrações)

1946 / Companhia Editora do Minho, Barcelos. (Composto e impresso nas oficinas gráficas da (...) Acabou de se imprimir aos 4 de Outubro de 1946). In-8º de 111, [I] págs. Enc.

Na «justificação prévia», os editores explicavam ter a edição resultado de um convite ao autor para rever e ampliar o estudo publicado na também sua edição monumental ilustrada d’Os Lusíadas, publicada no ano dos centenários (1940), e que tivera por título «As duas edições de Os Lusíadas datadas de 1572»; resolvendo ele acrescentar-lhe aqui ainda um outro texto acerca de outra mistificação, a de uma suposta assinatura de Camões.
 
Tiragem declarada de 1572 exemplares numerados, tendo esta casa dois deles, de uma tiragem encadernada sem a capa de brochura. 

14€