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António Ambrósio — Almada Negreiros Africano

1979 / Editorial Estampa, Lisboa. In-8º de 191, [I] págs. Br. 

Após a introdução «Almada Negreiros, Africano: filho de S. Tomé e neto de Angola», seguem-se capítulos como «O casamento de António Lobo e Elvira», «A Roça Saudade: Um sonho e um berço», «O nascimento de José de Almada Negreiros», «Almada Negreiros: escritor, poeta e publicista (Catálogo Bibliográfico)», «Do administrador colonialista ao democrata antifascista», «Almada: o Poeta-Pintor», «O que Almada Negreiros não disse (ou disse): traços autobiográficos», «José de Almada Negreiros e «os do seu Grupo».  

Exemplar com ligeiro desgaste exterior.

12€

Maria José de Almada Negreiros — Sarah Affonso

Imprensa Nacional – Casa da Moeda. (1989). In-8º de 43, [29] págs. Br.

Preparada pela filha, a edição, integrada na colecção «Arte e Artistas», inclui a reprodução de um belo retrato da pintora e de dezenas dos seus trabalhos, entre desenhos e quadros; consistindo o texto, sobretudo, na sua biografia artística, praticamente interrompida, como se sabe, durante toda a vida de casada. 

12€

Maternidade: 26 desenhos de Almada Negreiros

Maternidade: 26 desenhos de Almada Negreiros (texto de Ernesto de Sousa)

colecção arte e artistas / Imprensa Nacional - Casa da Moeda. (Direcção gráfica de Armando Alves, Execução da Inova/Artes Gráficas - Porto). In-8º de 31, [V] págs. + 26 ff. de estampa. Br.

É bastante extenso o estudo preliminar que o autor do recentemente reeditado Ser Moderno em Portugal dedicava a este nome indiscutivelmente fundamental do nosso modernismo; adiantando que esta série de desenhos (reproduzidos em folha inteira, impressas sobre papel ainda mais encorpado) foi feita num dia só, na residência do famoso casal em Bicesse, possivelmente após o nascimento do filho mais velho. [Decerto segundo a indicação de Sara Afonso, que afirma isso no conhecido livro de entrevistas à filha Maria José] 

15€

Almada Negreiros — ver (notas e prefácio de lima de freitas)

arcádia (1982). In-4º quadrado de 272, [VIII] págs. Cart.

"Reúnem-se neste volume vários cadernos, na sua maioria inéditos, de José de Almada Negreiros. Desde 1943, ano que o Autor inscreveu na página liminar de vários dos cadernos, uma longa série de obstáculos condenou à ocultação quase total este extraordinário conjunto de textos e manteve-os fechados numa gaveta durante cerca de quarenta anos, à espera de um dia virem a ser conhecidos pelos portugueses e pelo mundo", assim iniciava o organizador e essoutro belo pintor o seu extenso (quase três dezenas de páginas) prefácio, logo derivando para a filiação iniciática e interpretação esotérica que lhe era tão típica, e à qual consigna este conjunto de textos - abundantes, por exemplo, em remissões para a Antiguidade e mitologia gregas.

O álbum foi abundantemente ilustrado, incluindo as reproduções dos desenhos e portadas compostos por Almada nos manuscritos originais. 

40€

Lima de Freitas — o labirinto

arcádia (Maio de 1975 / Esta edição de que se tiraram 2.000 exemplares foi composta e impressa em Gris Impressores - Cacém). In-4º q/quadrado de 348, [IV] págs. Cart.

"O labirinto impõe-se, obsessivamente, à imaginação contemporânea. Sob mil aspectos diversos, o complexo labiríntico manifesta-se no pensamento e na arte do nosso tempo. Que tarefa pode ser mais urgente do que tentar descortinar as raízes profundas da obsessão e encontrar o fio condutor que nos abra a saída do labirinto?"
Abundantemente ilustrado por gravuras, esculturas, pinturas, desenhos e motivos simbólicos diversos, o álbum foi dividido nos capítulos «Cidade e Labirinto», «O Minotauro», «Natureza e Propriedades do Símbolo», «Analogia e Causalidade», «Notas para uma História do Labirinto», «A Espiral», «A Invenção do Centro», «O Fio de Ariadne», «A Evasão de Dédalo», «O Labirinto do Tempo e a Visão», «Espaço e Mapa», «Mandala e Cidade Celeste», «O Mito» e «Dilúvio e Apocalipse». 

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Celso Cruzeiro — Coimbra, 1969

Coimbra, 1969: A crise académica, o debate das ideias e a prática, ontem e hoje

Edições Afrontamento, 1989. In-4º de 264, [8] págs. Br.

Capítulos: «Onde tudo começava», «O furacão ideológico da década de sessenta», «As grandes transformações económicas da década de 60 em Portugal», «Coimbra à entrada da 2.ª metade da década de 60», «Uma nova estratégia estudantil», «Os primeiros afloramentos do novo caminho», «O 17 de Abril», «A greve aos exames», «Aspectos políticos fundamentais da direcção da luta», «Nos quartéis da Metrópole», «A guerra colonial em África», «De ontem até hoje». Ilustrações num conjunto de folhas centrais à parte, impressas em papel couché.

Edição original de um livro entretanto já voltado a publicar pelo menos duas vezes.

12€

Dossier Coimbra – 1969

Dossier Coimbra – 1969 (A crise de Coimbra vista por observadores estranhos aos acontecimentos)

Livraria Sampedro Editora. (Composto e impresso nas oficinas da Empresa do Diário do Minho – Braga). In-8º peq. de 227, [7] págs. Br.

No prefácio, os autores do volume (António Cruz Rodrigues, José e Joaquim Maria Marques) apresentavam-se na qualidade de «estranhos»: “Alheios ao meio de Coimbra, uma qualidade, ao menos, poderíamos apresentar para justificar termo-nos abalançado a este trabalho: a independência de quem nem de longe esteve ou está envolvido nos acontecimentos”. O trabalho foi dividido nos capítulos «Eclodir dos acontecimentos: a inauguração do edifício das Matemáticas», «Desenrolar da contestação: o boicote das aulas», «Nova fase da contestação: o boicote dos exames» e «A evolução do boicote dos exames».

10€

Eleições 75 (primeiras edições livres)

Eleições 75 (primeiras edições livres): O Programa do MFA e dos Partidos Políticos

Edições Acrópole, lda. (1975). In-8º de 346, [2] págs. Br.

Importante como documento histórico, o volume recolhe os programas dos principais partidos pós-revolução preparados no âmbito das eleições para a Constituinte – aos de P.P.D., P.C.P., P.S. e C.D.S. foram juntados os do M.D.P. e do P.P.M., ficando de fora, entre outros de menor expressão, os do M.R.P.P. e do M.E.S. por, alegavam os editores, não terem ainda um programa definitivo –, sendo mais extensos os de P.S. e P.P.D., a meio-termo o do P.C.P. e consideravelmente mais pequeno o do C.D.S. (destes quatro partidos principais apresentava-se ainda um retrato e uma biografia dos respectivos líderes, esta última de todo lacónica no caso de Cunhal, com apenas duas linhas; o que deixa supor terem sido pedidos aos próprios partidos, sabendo-se como o dirigente comunista era avesso à exposição pessoal). Muito imbuídos, menor ou maior a convicção, do espírito de um tempo ainda todo revolucionário, os textos – salvo o dos centristas, como é natural – apontavam todos para o socialismo, regalando a prosa decidida com que sociais-democaratas e socialistas vituperavam o capitalismo, o P.S. com particular denodo: defendendo a “edificação em Portugal de uma sociedade sem classes”, usando termos como “democracia burguesa”, jurando-se marxista (má leitura, ausência ainda de melhor referente ou conveniência momentânea) e dizendo lutar pela “total destruição” do capitalismo, “força opressora e brutal”; toda uma panóplia que deveria ser dada a ler, às cegas, a vários secretários-gerais destas quatro décadas, só para ver se um único que fosse conseguiria identificar a procedência e não a atribuir, por exemplo, ao P.C.P. O livro inclui ainda uma nota prévia de Vítor Dimas, que apostava ficar ele “como testemunho futuro da primeira etapa democrática de um povo inteiro”, ou “como juíz das tentações e desvios” em que os promotores destes programas pudessem vir a incorrer.

14€

Pacheco Pereira — Conflitos Sociais nos Campos do Sul de Portugal

Conflitos Sociais nos Campos do Sul de Portugal (2.º volume de A Reforma Agrária / Série dirigida por António Barreto)

Publicações Europa-América. [S/d - pref. 1982]. In-8º de 237, [3] págs. Br.

"Quais terão sido os antecedentes remotos da Reforma Agrária e das ocupações de terras no Alentejo, em 1975? Haverá alguma relação entre estes acontecimentos recentes e os conflitos sociais que, desde o princípio do século, tiveram lugar na região que hoje é conhecida por «Zona de Intervenção»? Eis os pontos de partida deste trabalho, no qual o autor, pela primeira vez, nos desvenda um longo e pormenorizado inventário das lutas e conflitos sociais rurais".
No seu prefácio a este segundo volume da colecção, o autor do primeiro (Memórias da Reforma Agrária), o próprio António Barretto, explicava por que solicitara a Pacheco Pereira este trabalho, no sentido de investigar até que ponto o conflito associado à reforma agrária teria antecedentes na nossa história, nomeadamente a do início do século passado

10€

O Fracasso de um Processo: A Reforma Agrária no Alentejo

O Fracasso de um Processo: A Reforma Agrária no Alentejo // Prefácio de: Raul Miguel Rosado Fernandes

(Edição do Autor ---- Composto e impresso nas Oficinas Gráficas da Tipave -- Tipografia de Aveiro, Limitada / 1977). In-8º de 342, [II] págs. Br.

O prefácio daquele que viria a integrar o CDS ideologicamente oposto sustentava que de uma "época de invasão e violência, de roubo e de poder arbitrário, prelúdios da sociedade planificada e normalizada dos chamados países socialistas, provém grande parte dos textos ora publicados em livro por António Vacas de Carvalho, que coligia as informações sobre os atropelos, desvarios, e prepotências que era dado observar nestas regiões"; sendo um deles as agressões e os espancamentos que terão decorrido da ocupação da herdade alentejana da família do autor, que se lamentava de poucos meses depois lhe ter morrido a mãe que já não chegaria a lá voltar. Por menos agrado que nos mereçam a posição ideológica do prefaciador e a latifundiária do autor, não há como negar tais excessos, praticados e organizados nos meios rurais em grande parte por meninos de cidade armados-ao-revolucionário.

Exemplar usado.

10€        

Edmundo Pedro — O Processo das Armas

Editorial Inquérito Limitada, Lisboa. (DL 1987). In-8º de 277, [39] págs. Br.

“Este livro é um testemunho indispensável para a compreensão da História de Portugal depois de Abril. (…) Os factos que se relatam e os comportamentos que se reportam são indispensáveis para traçar um retrato rigoroso de algumas das mais importantes personalidades da nossa cena política”.
Alguns dos capítulos: «A entrega das armas ao Partido Socialista», «Busca, apreensão e prisão das armas – uma operação marcada pela singularidade», «A atitude dos militares em geral e do general Ramalho Eanes em particular», «O comportamento dos juízes», «A posição do Partido Socialista». No final do volume reproduz-se documentação variada.  

10€ 

José Freire Antunes — O Segredo do 25 de Novembro

Publicações Europa-América. [S/d]. In-8º de 371, [I] págs. Br.

O prefácio de Vasco Graça Moura (de 1980) começava por sublinhar que falar do 25 de Novembro, a cinco anos de distância, era algo que não convinha nem à direita nem à esquerda radicais, defendendo que “ambas tiveram papéis tristes nesse ensejo” e que “nenhuma delas está empenhada, ou sequer interessada, numa fórmula democrática”: “o 25 de Novembro, sendo já História, é ainda experiência vivida, memória e sobretudo autoridade moral de quantos se bateram contra a ameaça totalitária que em 1975 nos rondou de perto” (muito haveria a dizer sobre isto); dizendo depois que este livro tentou “desfiar a trama daquilo que veio a culminar nos acontecimentos (…), isolar as suas componentes principais ao longo de vários meses, pôr à mostra a dinâmica e a interacção das suas múltiplas peças, integrando o puzzle, recompondo-lhe a imagem e tornando-a criticamente inteligível com todos os elementos que o autor soube e pôde carrear. [Pelo contrário, Donald? Chilcote, na sua imprescindível recolha de bibliografia relativa ao 25 de Abril, pré e pós, dizia que o livro era interessante pelo anedótico e pitoresco, mas sem grande base documental...]

Terceira edição.

10€

Otelo — Acusação e Defesa em Monsanto

Editorial Inquérito Limitada, Lisboa. [S/d – DL 1987]. In-8º de 235, [I] págs. Br.

Há quem afirme que sentar Otelo Saraiva de Carvalho no banco dos réus corresponde a julgar o 25 de Abril. O que é, evidentemente, uma falácia. No mínimo, um exagero, pois que a grandeza do acto transcende largamente a figura do homem que o praticou, por mais emblemática que ela seja. / Uns dirão que será, em qualquer caso, uma perseguição política. Outros chamar-lhe-ão um acto normal de justiça num Estado de Direito. / Do que ninguém duvida é de que, pela sua importância, o processo que neste momento caminha para o epílogo no Tribunal de Monsanto ficará a constituir um marco na galeria dos grandes casos jurídico-políticos portugueses. / «Acusação e Defesa em Monsanto» representa um contributo importante para o esclarecimento do intrincado processo que envolveu Otelo Saraiva de Carvalho com as FP25. Neste livro, Otelo baliza o passado próximo, expõe-se, confronta-se com a acusação e apresenta a sua defesa. Define as suas posições, perante o tribunal, perante a opinião pública, perante a História. / Otelo Saraiva de Carvalho, figura destacada do processo que conduziu à democratização de Portugal, militar que se entregou por inteiro ao serviço a uma causa, teve desde o 25 de Abril um papel relevante, mesmo que controverso, na cena política portuguesa. O seu julgamento constitui, por isso, um facto político importante, sejam quais forem os fundamentos legais que a ele tenham conduzido”, assim rezava a nota editorial na face inferior da capa.

12€

Fernando Luso Soares — Vasco Gonçalves: Perfil de um Homem

Gleba (1979). In-8º de 237, [3] págs. Br.

De escrita enredada, demasiado palavrosa, e muito mais um programa político, com seu desfilar de juízos e de proclamações, do que propriamente biografia, tem o livro ainda assim vários apontamentos de interesse, sobre história geral como sobre a do período que se esperaria aqui tratado. Consta dos capítulos «O Eu e o Nós», «A Sinceridade dos Responsáveis», «A Política e a Moral», «Um Capitalismo Selvagem», «A Morte Política do Poder Económico», «Estar na Revolução», «A Questão da Vanguarda» e «Que Cultura «Dirigida»?».

O exemplar foi valorizado pelo autor com a dedicatória de oferta que assinou “Para o Urbano Tavares Rodrigues, ao escritor que admiro, ao camarada de luta, ao velho irmão ­­­­­­­­­­ — com um estreito abraço do ____”

12€

Constitution de la Republique Portugaise

Constitution de la Republique Portugaise (na capa: avant propos par M. Vasco da Gama Fernandes / presentation par M. Maurice Duverger // Edição do Centro Nacional de Estudos e Planeamento 1976 )

(Composto e impresso na Gráfica J. Veiga, Montijo). In-8º de 207, [I] págs. Br.

Além da nota preliminar do então presidente da Assembleia da República em funções e da breve apresentação ao público francês pelo famosíssimo professor de Ciência Política na Sorbonne (começava com esta nota curiosa, tradução nossa: “A Constituição portuguesa de 2 de Abril de 1976 vira as costas à regra enunciada por Napoleão 1º, que dizia: «Uma Constituição deve ser curta e obscura». Ela é clara e longa (311 artigos, 139 páginas na edição oficial). Talvez isso seja mais conforme aos princípios da democracia: os cidadãos devem compreender as regras dispostas na lei fundamental e as competências dos órgãos públicos devem ser bem delimitadas”); o volume contou ainda com a contribuição de vários académicos mais da Sorbonne e a tradução para francês do nosso texto constitucional por Chauveau-Biberfeld, do Centro Cultural Português da Gulbenkian em Paris.

Exemplar com nota de oferta do tipógrafo, que pelos vistos ainda dispunha de exemplares em 1979.

15€

Constituição da República Portuguesa e Declaração Universal dos Direitos do Homem

Constituição da República Portuguesa e Declaração Universal dos Direitos do Homem // edição especial com indices elaborados por Carlos Candal

(Composto e impresso nas oficinas gráficas da Tipave – Tipografia de Aveiro, Lda. Fevereiro – 1978). In-8º esguio de 431, [1] págs. Br.

Editado decerto pelo próprio Candal, o livro é já hoje invulgar, reportando-se o trabalho do aveirense, sobretudo, à correlação do texto aprovado com os debates e as votações na Constituinte e ao longuíssimo índice ideográfico, que ocupa, só por si, cerca de metade do volume. São ainda reproduzidos, após a Lei Fundamental, o D.L. 621-B/74 (relativo às incapacidades cívicas eleitorais de quem tivesse desempenhado durante o Estado Novo alguma das funções elencadas, depressa revogado e logo depois, no espírito, facilmente fintado pelas proverbiais adesões em massa ao P.S. ...) e a L. 8/75 (incriminação e julgamento dos agentes e responsáveis da PIDE/DGS; que também podem agradecer - mas nunca agradecem - aos brandos costumes democráticos a rápida mudança de ideias em relação a esse ponto).

Exemplar com a capa já um quanto marcada, embora ainda em boa condição geral no miolo, sem defeitos minimamente significativos a assinalar.

15€

Manuel de Lucena — O Estado da Revolução: A Constituição de 1976

Edições Jornal Expresso (of. gráf. OPV). In-8º de 246, [II] págs. Br.

O autor dividiu o seu trabalho nas duas grandes secções de capítulos «A Revolução Portuguesa: do desmantelamento da organização corporativa ao duvidoso fim do corporativismo» (ainda hoje…) e «A Constituição da República Portuguesa (1976)».

10€

Francisco Sá-Carneiro — As Revisões da Constituição Política de 1933

Brasília Editora, Porto. (1971). In-8º de 196, [4] págs. Br.

Primeira e hoje pouco frequente edição em volume, saída na série «Estudos Sociais e Filosóficos» e reproduzindo no seu conjunto toda a sequência de artigos publicados pelo autor no Diário Popular em finais de 1970 – “sem outras alterações que não sejam a da reposição das escassas linhas que o lápis censório havia eliminado, e alguns meros retoques, com acréscimo da maioria das citações que evitara no jornal”, segundo explicava na «Nota de abertura». Escritos na defesa de que seria já então o tempo de tirar de uma suposta “maturidade política do povo português” “consequências políticas, essenciais para a normalização da vida nacional que se quer fazer sair do seu subdesenvolvimento a caminho de uma integração europeia, a qual se não apresenta como possível sem uma rápida evolução democratizante”, foram alguns dos textos  «O mecanismo das revisões», «O Plebiscito para aprovação da Constituição», «A Assembleia Nacional», «A eleição presidencial», «Os debates de 1951».

17€

Francisco Sá-Carneiro — Revisão da Constituição Política:

Revisão da Constituição Política: Discursos dos Deputados Subscritores do Projecto

Figueirinhas/Porto. (1971). In-8º de 275, [5] págs. Br.

Ao amplo prefácio, «Nota explicativa», de Sá Borges segue-se a transcrição de discursos de Sá Carneiro, Mota Amaral, Pinto Machado, Balsemão, Alberto Alarcão, Magalhães Mota, Miller Guerra, Correia da Cunha, Joaquim Macedo e Martins da Cruz.
Exemplar com algum desgaste exterior, tendo a capa já várias marcas, vincos e pequenos rasgões. 

14€

Fr. Sá-Carneiro — Poder Civil, Autoridade Democrática e Social-Democracia

Publicações Dom Quixote. Lisboa. 1975. In-8º de 182, [2]. Br.

Primeira edição, publicada pela Dom Quixote – ao tempo, dirigida por Snu Abecasis, sua mulher –, de um volume em que Sá-Carneiro reunia entrevistas por si concedidas, conferências de imprensa e documentos vários (da sua lavra e dos orgãos do partido, como os textos emitidos pelo Conselho Nacional após o seu regresso – que tanta celeuma viria a dar, provocando a cisão do grupo afecto a Mota Pinto), a que acrescentou uma longa introdução em que fazia a defesa do P.P.D. e da social-democracia contra o comunismo.

12€

Maria João Avillez — Soares

Círculo de Leitores. (1996-1997). 3 vols. in-8º gr. de 543, [III]; 355, [III]; e 447, [III] págs. Enc.

“Apesar de o título genérico – Soares – de algum modo inculcar nesse sentido, não se trata de uma biografia nem, menos ainda, de um livro de memórias. Trata-se de uma amplíssima entrevista sobre um longo percurso pessoal e político, mais ou menos conhecido, conduzida por uma hábil e experiente jornalista, em que o pobre do entrevistado, objecto de inquérito, procurou responder de imediato às curiosidades insaciáveis, sempre legítimas mas por vezes indiscretas, outras, ligeiramente impertinentes, como é de regra neste tipo de jogo, que lhe foram apresentadas”, escrevia o biografado no seu prefácio.  
Conjunto de entrevistas fundamental para a história política portuguesa da segunda metade do século passado, mesmo dando o devido desconto à pose amiúde enviesada e matreira do entrevistado, a quem porém ninguém discutirá um lugar entre os quatro (para não dizer dois) principais do nosso séc.XX – com Afonso Costa, Salazar e porventura Cunhal. Além do interesse indiscutível do texto, merece ainda destaque a abundante ilustração, que funciona como uma espécie de fotobiografia a entremear a conversa; devendo também sublinhar-se as úteis notas biográficas finais acerca das personagens de quem se fala em cada um dos volumes.

Todos os volumes encadernados em tela com sobrecapa de papel, num trabalho supervisionado pelo atelier de Henrique Cayatte; todos, nestes exemplares, permanecendo por estrear.

30€

Mário Soares — Portugal Amordaçado

Portugal Amordaçado (depoimento sobre os anos do fascismo)

arcádia (1974). In-8º de 728, [VIII] págs. Br.

Dispensará apresentações o livro mais conhecido do autor, que no final da vida ainda pretendia reeditá-lo, e cuja publicação original, em França, faz agora meio-século (Le Portugal Baillonée, 1972). Segundo o próprio Mário Soares, terá sido composto entre 1968 e 1972 no exílio parisiense. 

24€

Mário Soares — Democratização e Descolonização

Democratização e Descolonização: Dez Meses no Governo Provisório

Publicações Dom Quixote (1975). In-8º de 290, [II] págs. Br.

Para o bem e para o menos bem, um documento incontornável sobre o processo de descolonização que teria o seu remate com os acordos do Alvor, em Janeiro de 1975 - ano politicamente mais agitado da nossa República desde que foi mais ou menos suprimida em 1926. Ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo Provisório, e chamando para a sua equipa Victor Cunha Rego, Sá Machado e Bernardino Gomes, entre outros nomes secundários, foi este o dossier a que Mário Soares, por todas as razões, quis dar prioridade imediata.

Volume inaugural da colecção «participar».

10€