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Teixeira Gomes — Regressos

«Seara Nova» / Lisboa, 1935. In-8º de 326, [6] págs. Br.

“Reverter à nossa própria terra, de memória, e sem outro auxílio além do precário interêsse que deriva da renovação caprichosa de velhas sensações pitorescas, e isso quando vivemos longe, em ambiente de costumes e cenário muito diversos, e nos referimos particularmente a povoações ou sítios vistos de fugida, constitui uma espécie de «exotismo às avessas». Vamos fazer a experiência dêsse novo, ou ainda mal explorado género literário, e como êste começo de primavera, na região enevoada onde me encontro, seja mais desconsolado e frio do que um rigoroso português, lembrarei certa semana santa, assoalhada, quási tórrida, embora caísse no princípio de Abril, de que passei três dias em Évora, cidade que nunca visitara nem tornei mais a vêr”; seguindo-se à capital alentejana Alcobaça, Sintra, a Batalha, o Museu dos Coches, o Algarve, o Porto em 1893, Braga e o Bom Jesus, Coimbra, Lagos e Lisboa em 1895. Para muita gente, e com compreensível critério, foi este o melhor livro - aqui em segunda edição - da longa bibliografia de Teixeira Gomes.
O exemplar, bem cuidado, pertenceu à magnífica biblioteca de Laureano Barros, de quem tem a lápis a indicação de compra num leilão em 1966.
 
17€

Teixeira Gomes — Londres Maravilhosa

Londres maravilhosa e outras páginas dispersas

Seara Nova. Lisboa, 1942. In-8º de 143, [1], XVI, [IV] págs. Br.

Além do titular «Londres maravilhosa: Fantasias sôbre um Tema Infinito (fragmento)», o volume recolhe ainda «Diálogos impertinentes», o excerto de um discurso pronunciado em Stratford-on-Avon, «Apontamentos», «Carta a Castelo Branco Chaves sôbre a génese de um romance», «Filosofia de trazer por casa», «Novela imperfeita» e, no final, um posfácio escrito pelo mesmo Castelo Branco Chaves.
 
15€

Feira do Livro de Natal

Decorre até dia 24 em Guimarães, numa loja em frente à nossa Almanaque23, um Mercado de Natal que é quase em exclusivo Feira do Livro - com a participação da bibliographias, da Cólofon e da Snob.
Horário e restantes coordenadas podem ser consultados aqui

Teixeira Gomes — Novelas Eróticas

«Seara Nova» / Lisboa, 1934 [na capa e na nota de impressão: 1935]. In-8º de 212, [4] págs. Enc. 

O volume integra «Deus ex-machina», «A Cigana», «Margareta», «Cordélia», «?» e «O Sítio da Mulher Morta», que viria a conhecer publicação independente ainda há pouco tempo.
Primeira edição, declarando “Leitura para adultos – tiragem de 300 exemplares fora do comércio”, tendo este sido encadernado na casa portuense de Silvestre Pinto com lombada em pele gravada a ouro conservando ambas as faces da capa de brochura. Assinatura de Joaquim Barbosa, presumível primeiro proprietário, sobre essa justificação de tiragem e ex-libris de António da Silva Guimarães nas guardas. 
 
40€

Teixeira Gomes — Cartas sem Moral Nenhuma

Cartas sem Moral Nenhuma (3.ª edição)

«Seara Nova»/Lisboa, 1934. In-8º de 256, [4] págs. Br.

O livro, primeiramente publicado em 1903, engloba um conjunto de cartas/narrativas de viagem, meio biográficas, meio ficcionadas – em várias, talvez mais esta última –, no género costumeiro do Presidente-Escritor.
 
10€

Teixeira Gomes — Miscelânea (volume I)

«Seara Nova» / Lisboa, 1937. In-8º de 348, [4] págs. Br.

O livro recolhe cartas escritas pelo autor a António Patrício, João de Barros, Cortesão, António Sérgio, Câmara Reis e Sousa Lopes, entre alguns outros (delas se costumando destacar, compreensivelmente, uma das enviadas a João de Barros, longuíssima digressão auto-biográfica que bastante serviu às biografias depois ensaiadas do 7º presidente da 1ª República).
Edição original do primeiro e único volume publicado com este título - depois complementado com Carnaval Literário.
 
18€

Teixeira Gomes — Carnaval Literário

Carnaval Literário (2.ª parte de «Miscelânea» / 2.ª edição)

Portugália Editora, 1960. In-8º de 222, [X] págs. Br.

“Tão fielmente retratado me vejo neste livro que o ofereço aos meus amigos, como bilhete de despedida ... para o outro mundo”, rezava a advertência preliminar a um  hoje injustamente esquecido que, se não for o melhor, é certamente um dos mais interessantes da bibliografia do nosso Presidente-Escritor – aliando a fina sensibilidade à desenvoltura da prosa, sobretudo no primeiro conjunto de textos «Variações sobre velhíssimos temas», ao qual se somam «Figuras e quadros de pouca monta», «De tudo um pouco» e o também, como ele dizia, pleasant «Em pleno absurdo (Do canhenho de um louco)»; tendo quase sempre como pano de fundo temas e outros escritores da literatura nossa e alheia.

Exemplar em muito bom estado, quase imaculado, mas assinado na folha de guarda e rubricado na folha de rosto.
 
12€

Teixeira Gomes — Gente Singular

Lisboa: Livraria Clássica Editora de A. M. Teixeira & C.ia, 1909. In-8º de 273, [3] págs. Br.

São já pouco frequentes os exemplares desta primeira edição de um livro de contos e novelas, que coligiu «D. Joaquina Eustachia Simões d'Aljezur (historieta quasi romantica)», «Jogos de bôlsa», «Gente singular», «O album (conto grotesco)», «Sêde de sangue» e «O triste fim do major Tatibitate (conto symbolico)».

Exemplar francamente acima da média, padecendo apenas de pequenos defeitos.
 
27€

Teixeira Gomes — Gente Singular (2.ª edição)

«Seara Nova» / Lisboa, 1931. In-8º de 266, [4] págs. Br.

Acrescenta à original a short-story «Profecia Certa», a terminar a volume.
 
Exemplar em boa condição, apesar de alguma normal acidez pontualmente dispersa ao longo do volume.
 
18€

Teixeira Gomes — Cartas a Columbano

«Seara Nova» / Lisboa, 1932. In-8º de 212, [4] págs. Br.

“Estas cartas, escritas em viagem, ao correr da pena, e sem outra pretensão além de entreter o endereçado, deviam, assim mesmo singelas e correntias, ser acompanhadas de um estudo sobre a sua obra. Isso daria talvez algum interêsse ao livro em que aparecem reünidas. Mas ainda quando me sentisse com pulso para empreender e levar a cabo trabalho semelhante, recusar-me-ia a fazê-lo. E não era sòmente pelas sérias dificuldades que êle ofereceria, a quem se encontra impossibilitado de rever e considerar novamente a grande quantidade de pinturas, em tão diversos géneros e maneiras, que deixou. / Para escrever desafogadamente àcerca do Columbano, não omitindo a rasteira verdade a par da brilhante, seria preciso que eu morresse e ressuscitasse já livre da amizade que lhe dedicava, mas sem a sensibilidade embotada. Escrever agora sôbre o homem, sôbre o artista, equivaleria a desfazer-me da sua imagem, liquidar recordações que me andam no tesouro da alma, separar-me para sempre de alguém que, por excepção talvez única, a morte não conseguiu afastar da minha companhia”, assim começava Teixeira Gomes as suas extensas «Notas Ensartadas a Modo de Posfácio» desde Bougie no final do volume, aqui publicado em primeira edição.
 
20€

Teixeira Gomes — Cartas a Columbano

Cartas a Columbano (2.ª edição / Com três retratos do autor, por Columbano / Vinheta, na capa, de Bernardo Marques)

Portugália Editora, Lisboa. (1957). In-8º de 238, [10] págs. Br.

Um quarto de século depois, comemorava esta edição, inaugural das «Obras Completas de M. Teixeira Gomes», o centenário do nascimento de Columbano – que deve a este escritor e Presidente da República seu amigo, assim como a Raul Brandão (igualmente seu amigo, e de quem igualmente pintou vários geniais retratos), o principal da sua bibliografia na nossa literatura.
Apesar de estas epístolas ensaiarem sobretudo digressões acerca da arte em geral, há também apontamentos sobre arte portuguesa e, em particular, de Columbano – como por exemplo no posfácio já referido.
O exemplar conserva o folheto promocional que assinalava a inauguração da colecção e que em regra já não aparece.
 
14€

Teixeira Gomes — Inventário de Junho

Lisboa: Seara Nova, 1933. In-4º de 160, [4] págs. Br.

Outro exemplar, que pertenceu ao escritor 
José Loureiro Botas - de quem tem a indicação de propriedade e a assinatura na folha de rosto.

17€

Teixeira Gomes — Inventário de Junho

Lisboa: Seara Nova, 1933. In-4º de 160, [4] págs. Br.

Terceira edição, a mais esmerada do livro, impressa em bom papel e valorizada pelas ilustrações alusivas de Jorge Pinto gravadas no texto, em frontão e em vinheta. 

17€

Urbano Rodrigues — A Vida Romanesca de Teixeira Gomes

A Vida Romanesca de Teixeira Gomes (Notas para o estudo da sua personalidade e da sua obra)

1946 / Editora Marítimo-Colonial, Lda. (Rua do Comércio, 8, 1.º), Lisboa. (Composto e impresso na Sociedade Industrial de Tipografia). In-8º de 329, [3] págs. Br.
 
Não pretendendo, dizia, tirar importância às precedentes, mormente à de Norberto Lopes, justificava o autor esta sua biografia, por um lado, com o facto de ter convivido de perto com o Presidente-Escritor durante décadas, desde que o conheceu em Londres ainda nos tempos da Grande Guerra; por outro, mote imediato, com o fim de publicar uma série de cartas que dele recebeu, e que o próprio manifestara desejo de publicar. Além de muitas notas relativas à Guerra e à Primeira República, o volume trata também de figuras como Columbano, António Patrício, Sidónio Pais e Sacadura Cabral; e apresenta como ilustração, entre outras coisas, vários retratos de Teixeira Gomes na infância, na juventude e nos primeiros tempos de funções públicas.
 
15€

Norberto Lopes — O Exilado de Bougie: Perfil de Teixeira Gomes

O Exilado de Bougie: Perfil de Teixeira Gomes (Com um estudo de João de Barros)

Parceria António Maria Pereira, Lisboa // 1942. In-8º de 302, [2] págs. Br.
 
Edição original da ainda hoje mais conhecida biografia do presidente algarvio, entremeada por ilustrações em folhas destacadas de papel couché. “Êste perfil de Teixeira Gomes abrange a vida do falecido chefe de Estado desde a sua infância, em Portimão, até à sua morte no exílio de Bougie. Narram-se factos passados em Londres, durante o período em que êle foi ministro de Portugal, e faz-se um relato dos acontecimentos políticos que agitaram a sua breve passagem pela Presidência da República. Uma boa parte do livro ocupa-se da sua vida no exílio, que é quási totalmente ignorada”. Não adiantando muito, não se estranhará porém o prefácio de João de Barros, o também escritor por Teixeira Gomes indigitado como ministro para o governo da nação.

18€

João de Barros — Anteu

F. França & Armenio Amado – Editores / Coimbra, 1912. In-8º de 89, [5] págs. Enc.

Um dos primeiros de tantos livros publicados pelo autor, que já aqui começava a demonstrar a afeição depois tão recorrente pela Grécia Antiga. Edição princeps.

Exemplar bem encadernado com lombada em pele gravada a ouro, conservando ambas as faces da capa de publicação e tendo as guardas revestidas de um bonito papel decorativo em motivo floral; e ainda valorizado por dedicatória de oferta manuscrita pelo próprio João de Barros na primeira folha, de anterrosto.
 
28€

Homenagem a Dr. João de Barros e ao Visconde da Marinha Grande

Figueira da Foz, 1970. (Composto e impresso na Escola Gráfica Figueirense). In-8º gr. de 100, [4] págs. Br.
 
Ilustrado em folhas à parte por fotogravuras a sépia variadas. Transcreve a comunicação de Vitorino Nemésio e os discursos de Henrique de Barros e Jaime Lopes Dias, além de textos saídos na imprensa local. 

10€

João de Barros: evocação

João de Barros: evocação // (Discursos proferidos em Sessão realizada no Palácio Foz a 4 de Novembro de 1977 por iniciativa da Secretaria de Estado da Juventude e Desportos para apresentação do «Caderno FAOJ» / Cidadão João de Barros / prefácio e selecção de textos por Manuela d’Azevedo)

Lisboa, 1978. (Executado na Santelmo, Cooperativa de Artes Gráficas). In-8º gr. de 73, [3] págs. Br.

Reproduz as comunicações de Manuela de Azevedo («Perfil Humano de João de Barros»), David Mourão-Ferreira («Sobre a Poesia de João de Barros»), Manuel Alegre («João de Barros: Notas Precursoras da sua Poesia»), Romero de Magalhães («João de Barros: o Poeta metido a Pedagogo») e Henrique de Barros («Testemunho Porventura Suspeito mas sem Dúvida Sincero»). Com algumas fotogravuras do homenageado e desta sessão de homenagem bastante póstuma, o volume apresenta na capa o retrato do republicano composto por Columbano.
 
7€   

O Livro na Arte (XIII)

Atribuído numa página de arte ao pintor russo Vasily Perov (permitimo-nos duvidar), num séc.XIX que quer na Rússia quer em Portugal era ainda monárquico, este porém republicaníssimo quadro será a capa do nosso próximo catálogo - dedicado justamente à Primeira República. Para o «ilustrar», as palavras que ocorrem são de um vagamente monárquico contemporâneo português do pintor, Alexandre Herculano, que hoje continuaria céptico mas republicanérrimo:
 
"A instrucção tem por alvo o benefício do cidadão e a utilidade da Republica"