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Vida Devota (IV)

Uma pastora meio-selvagem das Ardenas, que nunca vira outro espectáculo mais grato ao seu coração do que as cabras que guardava, foi um dia trazida das suas serranias a Paris, quando no boulevard passava, com a tricolor ao vento, um regimento em marcha. A pobre donzela fez-se branca como a cera, e só pôde murmurar, numa beatitude suprema:
- Jesus! tanto homem!
Eu sei que estou aqui fazendo o papel ridículo desta pastora, e balbuciando, com a boca aberta como se chegasse também das Ardenas:
Jesus! tanto livro!
Mas não é este grito, como o da pastora, natural?
O beduíno do deserto de Oeste, que, passando a Serrania Líbica, avista pela primeira vez, imenso, lento, enchendo um vale, o rio Nilo, exclama espantado:
- Alá! tanta água!
A água é a sua preocupação: todas as tristezas das areias que habita vêm da falta da água: mais que ninguém sente as maravilhas que a água produz; e no seu grito há uma tímida repreensão a Alá! "Tanta água aqui, e tão pouca lá de onde eu venho!..."
Assim eu venho... Mas o resto da comparação complete-a, antes, o leitor astuto.
 

(Eça de Queirós, Acerca de Livros, in Cartas de Inglaterra. Mas está bom de ver que tudo isto já foi mais assim.)

Discursos a Eça de Queiroz

A Eça de Queiroz (Na inauguração do seu monumento, realisada em Lisboa a 9 de Novembro de 1903) / Discursos do Conde d’Arnoso, Marquez d’Avila, Ramalho Ortigão, Luiz de Magalhães, Annibal Soares, Antonio Candido, Conde de Rezende. Poesia de Alberto de Oliveira.

Porto: Livraria Chardron, De Lello & Irmão, Editores / 1904. In-8º de [IV], 90, [II] págs. Enc.

São bastante extensas as alocuções de Luís de Magalhães, Ramalho e António Cândido – a segunda altamente elogiosa (dizendo ter sido Eça na segunda o que fôra Garrett na primeira metade do século, mas com ainda mais mérito) e a terceira, curiosamente, quase só de exegese literária. A conhecida escultura de Teixeira Lopes é reproduzida em fotogravura sobre folha preliminar de papel couché.

Exemplar da típica série encadernada pelo editor.
 
15€ 

Eça de Queirós ― A Illustre Casa de Ramires

Porto: Livraria Chardron, De Lello & Irmão, editores / 1900. In-8º de IV, 543, [1] págs. Br.

Primeira edição de um dos principais títulos queirosianos, saída dos prelos pouco antes da morte do escritor.

Exemplar em brochura, relativamente bem conservado, apesar de uma assinatura (discreta) de propriedade no anterrosto e de algumas esparsas marcas de acidez ao longo do volume.

175€ (indisponível)

Eça de Queirós ― A Illustre Casa de Ramires (segunda edição)

Porto: Livraria Chardron / Lello & Irmão, editores, 1904. In-8º de 547, [3] págs. Enc.

São já bastante invulgares também os exemplares desta segunda edição; tendo este sido encadernado em tecido sintético imitando pele, sem as capas de publicação – e conservando-se bem cuidado, salvo uma assinatura de propriedade sobre a folha de rosto.

25€

Eça de Queirós ― Cartas de Inglaterra

Porto: Livraria Chardron, de Lello & Irmão – editores – 1905. In-8º de [4], 242, [2] págs. Br.

Edição original de um livro que recolhe os textos «Afghanistan e Irlanda», «Ácerca de livros», «O inverno em Londres», «O Natal», «Litteratura de Natal», «Israelismo», «A Irlanda e a Liga Agraria», «Lord Beaconsfield», «Os inglezes no Egypto», «O Brazil e Portugal», «A festa das creanças» e «Uma partida feita ao Times». Em folha preliminar de papel couché, na anteportada, reproduz-se o monumento a Eça esculpido por Teixeira Lopes.

Exemplar em brochura, muito bem conservado. Tem aposto o ex-libris (pequeno) da livraria portuense Manuel Ferreira.

25€

Eça de Queirós ― Prosas Barbaras

Prosas Barbaras (Com uma Introducção por Jayme Batalha Reis)

Porto: Livraria Chardron, Lello & Irmão, editores. 1903. In-8º de LIII, [III], 246, [2] págs. Enc.

Primeira edição em volume de uma série de textos da produção temporã de Eça, originalmente publicados em folhetins na Gazeta de Portugal (salvo o último, e mais longo, «A morte de Jesus», escrito já alguns anos depois, na ressaca da viagem ao Médio-Oriente, e dado a lume na Revolução de Setembro) e aqui reunidos pela mão de Chardron e do amigo Batalha Reis, três anos passados sobre a morte do romancista; sendo do escritor a longa – ocupa as cinquenta páginas iniciais – «Introducção. Na primeira phase da vida litteraria de Eça de Queiroz.» em que, na qualidade eventual de “testemunha mais proxima da redacção dos escriptos agora reunidos em volume, e por esse tempo, o amigo mais inseparavel do author”, dava conta da convivência com ele nessa década de 1860, narrando vários episódios curiosos da boémia pela Lisboa de então e deixando para a posteridade apontamentos que forçosamente interessam à biografia queirosiana, desde a enumeração das primeiras influências literárias aos pequenos (grandes no rebuscamento) tiques e manias que já então se manifestavam e célebres ficariam, até pela dose de ridículo envolvida. O volume integra, além da mesma «Introducção» inicial e do referido «A morte de Jesus» final, «Notas marginaes», «Macbeth», «A ladainha da dôr», «Entre a neve», «Os mortos», «A Peninsula», «O «Miautonomah», «Mysticismo humoristico», «O milhafre», «Lisboa» (a ler bem por aqueles que tanto gostam de citar o «Portugal é Lisboa», após isso devendo rever a posição, esquecendo a cronologia), «O Senhor Diabo», «Uma Carta», «O lume», «Mephistopheles» e «Memorias d’uma forca».

Exemplar da série encadernada pela editora em percalina com gravações a ouro na lombada e na pasta superior, incluindo aqui os relevos com o seu emblema.
 
45€   

Eça de Queirós ― A Cidade e as Serras

A Cidade e as Serras / quinta edição

Porto – 1917 / Livraria Chardron, de Lello & Irmão, editores / (Rua das Carmelitas, 144). In-8º de 385, [3] págs. Enc.

Exemplar da série encadernada pelo editor em percalina com gravações a ouro (lombada e pasta frontal) e a seco desenhando ornamentos em relevo: a efígie do romancista à frente e o emblema da Lello atrás destacando-se. Série que, nesse modelo habitual, tem aqui uma apresentação preliminar de Eça (ilustrada por um retrato igualmente sobre as guardas) que em regra não aparecia, e salvo erro depois deixou de todo de aparecer.

15€

Eça de Queirós ― Correspondência

Porto: Livraria Chardron, de Lello & Irmão. 1925. In-8º de XVI, 312 págs. Enc.

Primeira edição, ilustrada pelo conhecido retrato do escritor desenhado por António Carneiro e prefaciada pelo seu filho, José Maria – que, na «Introducção», justificava a publicação em volume de uma série de cartas “escolhidas com paciencia e escrupulo, e que, pela elegancia da forma ou os assumptos que versam, (me) pareceram dignas de publicidade”. Dessas 84 missivas destacam-se, em número, as enviadas a Ramalho e, mais ainda, a Oliveira Martins, além das outras aos condes de Arnoso, Ficalho e Sabugosa e a Luís de Magalhães, Mariano Pina, Alberto de Oliveira, etc.; salientando-se uma, muito reverencial, a Camilo, em que lhe pedia colaboração para a projectada Revista de Portugal que depois viria a dirigir.
 
Exemplar da série encadernada pelo editor.

28€

Eça de Queirós ― Correspondência

Porto: Livraria Chardron, de Lello & Irmão. 1925. In-8º de XVI, 312 págs. Enc.

Exemplar revestido de uma encadernação da época com a lombada (levemente solta na metade inferior) em percalina gravada a ouro. Bom estado, sem falhas de maior: apenas alguns vincos e muito pontuais vestígios de acidez.

25€

Eça de Queirós ― Correspondência

Porto: Livraria Chardron, de Lello & Irmão. 1925. In-8º de XVI, 312 págs. Br.
 
Exemplar da série comum, em brochura, prejudicado por defeitos exteriores e frequentes manchas de acidez ao largo do volume.
 
15€

Eça de Queirós ― Cartas Inéditas de Fradique Mendes

Cartas Inéditas de Fradique Mendes e mais Paginas Esquecidas

Porto: Livraria Chardron, de Lello & Irmão, L.da / editores – (Rua das Carmelitas, 144) – 1929. In-8º de XLVII, [I], 298, [2] págs. Enc.

O volume abre com um In Memoriam de José Maria de Eça de Queirós (filho), cuja morte temporã os editores assim assinalavam em página preliminar; seguindo-se o longo prefácio que o primogénito do escritor ainda chegou a deixar pronto para publicação, e no qual, entre outras coisas, defendia Eça das acusações de plágio – sabemos hoje que em vão, por já ter sido suficientemente demonstrado.
São as «Paginas Esquecidas» a justificar e a ocupar a esmagadora maioria da edição, recolhendo textos e artigos dispersos como «Poetas do mal» (sobre Poe, Baudelaire e Flaubert), «Idealismo e realismo», «Os «Vencidos da Vida»», «El-rei D. Luiz», «A revolução do Brazil», «O ultimatum».
 
Exemplar da série encadernada pelos editores em percalina, mas padecendo já de alguns defeitos: assinatura de propriedade no anterrosto, pequeno rasgão no rosto, esparsas marcas de acidez, ligeiro amarelecimento do papel nas margens, etc.
 
20€

Eça de Queirós ― Cartas Inéditas de Fradique Mendes

Cartas Inéditas de Fradique Mendes e mais Paginas Esquecidas

Porto: Livraria Chardron, de Lello & Irmão, L.da / editores – (Rua das Carmelitas, 144) – 1929. In-8º de XLVII, [I], 298, [2] págs.
 
Exemplar da série comum em brochura, excepcionalmente bem conservado.
 
25€ 
 

Eça de Queirós ― Ultimas Paginas

Ultimas Paginas (manuscriptos ineditos): S. Christovam – S.to Onofre – S. Frei Gil – Artigos Diversos / segunda edição

Porto: Livraria Chardron, de Lélo & Irmão, editores – 1917. In-8º de VII, [I], 500, [4] págs. Enc.
 
Para além das biografias que viriam a dar origem ao volume independente «Lendas de Santos», o livro inclui ainda um longo artigo («O Francezismo», alegado mal do nosso país, “traduzido do francez em vernaculo”), uma das crónicas inglesas («Testamento de Mecenas»), uma «Ultima carta de Fradique Mendes» e, chamariz principal, uma extensa, curiosíssima e descaradamente hipócrita carta a Camilo – pretendendo, ou nem isso, convencê-lo de que a sátira publicada num artigo aos escritores ditos «românticos» que, vituperando o realismo, escreviam depois nas capas dos seus livros o apelativo «romance realista», para não dizer «romance obsceno», não era para ele (nem para «A Corja», nem para o «Eusebio Macario»…).
   
Exemplar da série encadernada pelo editor em percalina gravada a ouro (lombada e pasta superior) e a seco, tendo à frente a efígie de Eça.
 
17€

Eça de Queirós ― Ultimas Paginas

Ultimas Paginas (manuscriptos ineditos): S.Christovam – S.to Onofre – S.Frei Gil – artigos diversos / sexta edição

Porto: Livraria Chardron, de Lello & Irmão, editores – (Rua das Carmelitas, 144) – 1937. In-8º de VII, [I], 425, [3] págs. Enc.

Exemplar revestido de uma boa encadernação em material sintético a imitar pele. Conserva a bonita frente da capa de brochura (que parece aguarela de Alberto Sousa) e foi aparado por inteiro.
 
15€

Eça de Queirós ― O Conde d'Abranhos

O Conde d’Abranhos: notas biographicas por Z. Zagallo e A Catastrophe

Porto, Livraria Chardron, 1925. In-8º de XXXI, [I], 290 págs. Enc.

Primeira edição, com a reprodução hors-texte de um retrato de Eça por António Carneiro e uma introdução intitulada “Dous Manuscriptos a Lapis”, assinada por José Maria de Eça de Queirós, filho homónimo do escritor. Os “Dous Manuscriptos” são os dois títulos aqui reunidos em publicação póstuma, sabendo-se ter sido O Conde d’Abranhos burilado e retocado, para o efeito, por José Maria, pretendendo atenuar “o seu excesso critico, o seu exagero caricatural” e torná-lo, apesar de tudo, mais brando. Acompanha a introdução o fac-simile de uma carta enviada por Eça a Ernesto Chardron com a apresentação e o resumo do livro.
 
Exemplar encadernado com lombada e cantos em percalina. Não conserva a capa de publicação e apresenta assinatura de propriedade. De resto, bem conservado. 

35€

Eça de Queirós ― O Conde d'Abranhos

O Conde d’Abranhos: apontamentos biographicos e reminiscencias intimas por Z. Zagallo seu secretario particular e A Catastrophe (setima edição)

1945 / Livraria Lello & Irmão – editores (144, Rua das Carmelitas) – Pôrto. In-8º de XXI, [I], 290, [2] págs. Enc.

Aproveita as edições anteriores, de que é praticamente decalcada – incluindo o conhecido retrato de Eça desenhado a sanguínea por António Carneiro e apresentado em folha destacada de papel couché na anteportada.

Exemplar bem encadernado em pele pontilhada com gravações a ouro na lombada. Conserva ambas as faces da capa original e foi aparado por inteiro.
 
10€

Eça de Queirós ― O Egypto: Notas de Viagem

Porto: Livraria Chardron, de Lello & Irmão, L.da/1926. In-8º de XXVII-[I]-354 págs. Enc.

Na «Introducção» ao volume que preparou com a colaboração do irmão Alberto, contava José Maria d’Eça de Queirós (filho) serem estas notas, por si encontradas 57 anos depois entre os papéis do pai, o fruto das impressões colhidas pelo escritor na viagem que empreendera com o Conde de Resende rumo a Oriente - chegariam mesmo a Jerusalém e à Palestina -, aproveitando o pretexto da abertura do Canal de Suez (a cujas festas viriam a assistir). Escritas numa altura em que Eça, então com 23 anos, era “mais notavel pelas suas gravatas do que pelas suas obras”, poderiam ler-se, ainda segundo o filho,  como o melhor testemunho a revelar “a sua expontaneidade, a facilidade do termo, a propriedade da expressão, a abundancia do commentario”, pretendendo desmentirem a ideia de ter sido ele “um escriptor lento, torturado, produzindo pouco – e que esse pouco o concebia com esforço e devagar”.

Primeira edição, já relativamente invulgar; reproduz um retrato do romancista em 1875 em folha destacada junto ao frontispício.

Exemplar revestido de encadernação recente em tecido sintético imitando pele; ainda bem cuidado e conservando por inteiro a capa de brochura. Miolo também em boa condição geral, descontando alguns irregulares vestígios de acidez.
 
36€

Eça de Queirós ― O Egypto: Notas de Viagem

O Egypto: Notas de Viagem (Quinta Edição)

1943. Livraria Lello & Irmão, Editores. Pôrto. In-8º de XXVII, [I], 354, [2] págs. Br.

Em bom rigor, não foi esta uma nova edição, mas mais uma das várias reimpressões da edição original, reproduzindo o mesmo e conhecido retrato de «Eça de Queiroz em 1875», a mesma introdução e, de fio a pavio, as mesmíssimas paginação e mancha tipográfica.

10€  

Eça de Queirós ― Contos

1934 / Livraria Lello, Limitada – Editora, Proprietária da Livraria Chardron (144, Rua das Carmelitas) – Pôrto. In-8º peq. de [8], 331, [1] págs. Enc.

Colectânea de contos organizada postumamente e pela primeira vez publicada em 1903 – sendo dessa edição original aqui transcrito o prefácio. O livro começa com o mais conhecido “Singularidades de uma rapariga loura”, que aliás inspirou e deu título a um dos últimos filmes de Manoel de Oliveira; seguindo-se-lhe «Um poeta lírico», «No moinho», «Civilização», «O tesoiro», «Frei Genebro», «Adão e Eva no Paraíso», «A aia», «O defunto», «José Matias», «A perfeição» e, também badalado, «O suave milagre».

Exemplar revestido de boa encadernação em material sintético imitando pele, com a lombada gravada a dourado. Conserva a frente da capa de brochura.

15€

Eça de Queirós ― Contos

1946 / Livraria Lello & Irmão, Editores (Proprietários da Livraria Chardron) – Porto. In-8º de [8], 331, [1] págs. Enc.

Exemplar revestido de sóbria encadernação com lombada em pele gravada a ouro. Conserva a frente da capa original e foi aparado por todo. Picos de acidez ao longo do volume e sobre o papel nas folhas iniciais.

14€

Eça de Queiroz Entre os Seus

Eça de Queiroz Entre os Seus (apresentado por sua filha) / Cartas Íntimas (3.ª edição)

1958 / Lello & Irmão – Editores (144, Rua das Carmelitas) – Porto. In-8º de 441, [3] págs. Enc.

Publicada por iniciativa principal da filha Maria, de quem são também as notas explicativas e parafrásticas que entremeiam as cartas, o livro foi, salvo erro, a primeira recolha sistemática da correspondência entre Eça e a mulher Emília (que tinha, como correspondente, a sua graça...); no âmbito da profusa série de edições que saíram nesse ano (58) do centenário do nascimento do romancista. Recorde-se que a mesma Lello publicaria já no final do século um álbum monumental (Correspondência Epistolar), também várias vezes reeditado, organizado por Campos Matos a partir daqui.
As epístolas, por ordem cronológica, foram enquadradas nos capítulos «Noivos (um desenho luminoso)», «Bristol (A afeição e dedicação de uma vida inteira)», «Paris (Felizes aqueles que não precisam de andar longe de quem amam)», «Neuilly (Arte e Amor com A grande)», «Avenue du Roule (...um cantinho de fogão...)» e «Trágico 1900 (Recolho a Paris)».

O volume foi coberto de uma boa e modesta encadernação em percalina, que porém suprimiu a (embora desinteressante) capa de brochura.
 
14€

Livro do Centenário de Eça de Queiroz

Edições Dois Mundos (Livros do Brasil, Lda. – Lisboa / Livros de Portugal, Lda. – Rio). In-4º de 716, [4] págs. Br.

Com organização de Lúcia Miguel Pereira (parte brasileira) e Câmara Reis (parte portuguesa), o volume, conforme explicava a primeira no seu prefácio, resultou de um convite que lhe foi feito por Jaime Cortesão, reunindo “Homens de gerações e de tendências diversas” que aqui “trazem o seu depoïmento sobre Eça de Queiroz, com aquela sinceridade que é a melhor homenagem a um artista de seu porte, a quem não diminuem as divergências” – entre os brasileiros, Gilberto Freire, Álvaro Lins, Aurélio Buarque de Holanda, José Lins do Rego, Manuel Bandeira, Gilberto Amado, por exemplo; portugueses, Hernâni Cidade, Ferreira de Castro, António Sérgio, Jaime Brasil, Fidelino de Figueiredo, Adolfo Casais Monteiro, João de Barros, Sant’Anna Dionísio, João Gaspar Simões, Roberto Nobre, Manuel Mendes, Adriano de Gusmão, João Pedro de Andrade, etc.; e «internacionais» da craveira de Roberto Giusti, Roberto Ibañez, Raimundo Lazo, Antonio Espina, Aubrey Bell e Philèas Lebesgue. Do prefácio da ensaísta saliente-se também a ideia de uma influência de Eça nos escritores brasileiros superior à do próprio Machado de Assis, durante as décadas finais de XIX e as iniciais de XX. Como será de salientar o retrato, então inédito e ainda hoje pouco conhecido, de Eça composto por Abel Salazar e reproduzido em folha preliminar de papel couché (outras são apresentadas ao longo do volume com manuscritos, fotogravuras e ilustrações).  
 
Bom exemplar.

35€

Livro do Centenário de Eça de Queiroz

Edições Dois Mundos (Livros do Brasil, Lda. – Lisboa / Livros de Portugal, Lda. – Rio). In-4º de 716, [4] págs. Br.

Outro exemplar da mesma edição, este tendo uma assinatura de propriedade do bibliófilo, político e activista cultural Rui Feijó (da conhecida família alto-minhota do poeta António Feijó) - fundador, entre outras coisas, do Auditório Nacional Carlos Alberto, no Porto.

35€