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Rocha Martins — Pimenta de Castro

Edição do Auctor ― Composto e Impresso nas Oficinas Gráficas do «ABC», Lisboa. [S/d]. In-8º gr. de [4], 319, [1] págs. Enc.
 
Ainda que de pouco valessem os apontamentos (tendenciosos q.b.) espalhados por centenas de páginas – sob os capítulos «O Movimento das Espadas», «Os Democraticos e o Novo Governo», «Em Volta do Parlamento Fechado», «A Agitação e suas Origens», «Na Atmosfera Conspiratória», «Duelos na Sombra e na Claridade», «Monarquicos e Republicanos», «Os Passos da Ditadura», «Deus Super Omnia», «Balanço de Duas Forças», «O Entrechoque», «O Fim do Entre-Choque», «A Politica do 14 de Maio» e «As Consequencias do 14 de Maio (epilogo) – acerca de um período bastante agitado da 1ª República (e tratando amiúde, em panorâmica, a história europeia do tempo), sempre valeria a publicação deste volume como documento iconográfico, pela reprodução em gravura de numerosas fotografias da época: muitas, de Joshua Benoliel, e muitas outras hoje difíceis de encontrar seja onde for.
Exemplar encadernado inteiramente em tela, gravada a ouro sobre a lombada; conservando a frente da capa original.

30€

Tomás da Fonseca — Águas Novas (peça em 4 actos)

Edição do Autor - Lisboa, 1950. (Composto e impresso na Tipografia Freitas Brito, Lda., Rua do Ferregial, 12). In-8º de 199, [1] págs. Br.

Dizia o autor do seu título, no prefácio, ser ele "pretencioso [sic] certamente. Mas, ou águas do Outono ou orvalhos de Maio, elas aí vão, na esperança de que possam servir de refrigério, tanto aos humildes que têm fome de pão, como aos vencidos com sede de justiça". Primeira edição, rara, proibida pela Censura pouco depois de publicada.

Exemplar valorizado por dedicatória manuscrita de Tomás da Fonseca, no anterrosto, “Ao seu velho amigo Antonio Lelo”, o conhecido «Irmão» da ainda mais conhecida firma «Lello & Irmão».

38€

Tomás da Fonseca — Na Cova dos Leões

Na Cova dos Leões (Para mostrar / Que a gente pela Verdade / Se deve deixar matar (João de Deus) // Edição destinada ao Brasil)

Lisboa – 1958. (Composto e impresso na: Emp. Téc. de Tipog., Lda. – Vila Franca de Xira). In-8º de 458, [6] págs. Br.

Primeira edição de um dos mais célebres livros dedicados às alegadas aparições de Fátima – nas quais Tomás da Fonseca obviamente não cria, fazendo um ataque cerrado ao seu aproveitamento pela hierarquia da Igreja Católica e, mais amplamente, pelo regime (louvando os “verdadeiros cristãos” que negam “o embuste de Fátima”). É ainda hoje considerado um dos documentos mais corajosos da oposição ao Estado Novo (que o proibiu), independentemente do estrito anti-clericalismo radical que mais tornou conhecido este velho republicano; e ainda há pouco foi uma vez mais reeditado.

Exemplar da tiragem destinada ao Brasil (mas que acabaria, em grande parte ou totalmente, por ficar por cá), que se distingue da outra por essa indicação.

33€

Tomás da Fonseca — O Diabo no Espaço e no Tempo

O Diabo no Espaço e no Tempo (Se o Diabo lê, muito se há-de rir com o que escrevem os teólogos (Michelet) / Edições destinadas ao Brasil)

Lisboa, 1958. (Acabou de imprimir-se em Fevereiro de 1959 na Sociedade Progresso Industrial – Lisboa). In-8º de 359, [1] págs. Br.

Embora a carta-prefácio a Lopes de oliveira date da década de 30, suponho esta a primeira edição – que talvez estivesse prevista antes sem ter chegado a sair (em todo o caso, não lhe encontro referência). O livro é um dos habituais libelos anti-clericais que distinguiram o autor, e foi também proibido pela Censura.
 
18€

Tomás da Fonseca — Sermões da Montanha

Sermões da Montanha (Conhecereis a Verdade e a Verdade vos fará livres (Evangelho, segundo João) // 2.ª edição brasileira – 1953 // Edição destinada ao Brasil)

1909 + 1959. (Composto e impresso na Gráfica do Areeiro). In-8º de 409, [7] págs. Br.
 
Além de reproduzir os prefácios da segunda edição portuguesa e das duas edições brasileiras autorizadas, reproduz igualmente o texto «Razões da Edição Brasileira» e transcreve uma entrevista mantida com o autor.
Como de costume, também este livro esteve proibido pela Censura.
 
15€

Tomás da Fonseca — Bancarrota

Bancarrota (Exame à Escrita das Agências Divinas / Edição destinada ao Brasil)

Edição do Autor – Lisboa 1962. (Comp. e Imp. na Gráfica do Areeiro). In-8º de 285, [3] págs. Br.

“A lenta mas persistente investida com que a Igreja Católica, durante e após a primeira Grande Guerra, procurou demolir a obra social que, em poucos anos de República, conseguimos erguer, impõe-me o dever de recordar, tanto aos novos agentes dessa Igreja, como à descuidosa geração que ela traz empenhada em ambiciosos devaneios – as razões que tivemos para falar e agir como adiante pode verificar-se”, assim começava o autor a sua introdução, «Palavras Necessárias», a esta recolha de textos que têm em comum o bem conhecido anti-clericalismo que sempre exibiu, e que ditou a sua proibição pelo Lápis Azul do Estado Novo.

20€ 

Aquilino Ribeiro & Ferreira de Mira — Brito Camacho

Livraria Bertrand * Lisboa (2.ª edição). [S/d – 1942?]. In-8º de 295, [5] págs. Cart.
 
No prefácio conjunto datado de 1942, diziam os autores que ainda então o nome de Brito Camacho suscitava alvoroço de partidários e detractores, mas que eles, apesar de amigos do visado, fugiriam o mais possível a julgá-lo – pretendendo apenas carrear «matéria» para crítica futura: “Fornecem-se alguns dados; é o mais capital do livro. A homenagem essa passa tão breve e escoteira que mal se vê.”

Exemplar artesanalmente cartonado aproveitando a frente da capa de publicação.

10€

Brito Camacho — Ao de Leve

1913 / Livraria Editora Guimarães & C.a, (68, R. do Mundo, 70) Lisboa. In-8º de 141, [3] págs. Br.

Embora não apareça indicado, nota-se bem que os textos aqui reproduzidos teriam conhecido publicação prévia, principalmente no jornal A Lucta – e na maior parte reportando-se ainda aos tempos da monarquia. O volume foi um dos títulos iniciais (salvo erro, o oitavo) da longa bibliografia do republicano alentejano.

10€

Brito Camacho — Por Ahi Fóra (Notas de Viagem)

1916 / Livraria Editora Guimarães & C.ª, Lisboa.

“Estamos em Paris. Não ha que perder tempo com a revisão da bagagem, impertinente formalidade que dispõe mal quem chega e que só deveria cumprir-se na fronteira, para evitar o contrabando. Chamo um trem, ao acaso, e só quando vou dizer o adresse ao cocheiro é que reparo que elle era... uma cocheira. Não ha duvida que o feminismo ganha terreno. Eu acho bem que as mulheres reclamem os direitos dos homens; mas que haja homens que reclamem os mesmos direitos, é que me parece indecente”. Primeira edição.

15€

Brito Camacho — Longe da Vista

1918 / Guimarães & C.a – Editores, (68, R. do Mundo, 70) Lisboa. In-8º de 226, [2] págs. Br.

Livro de viagens por terras espanholas, francesas e italianas, no habitual registo – impressivo e descritivo – do autor.

Algumas manchas e pequenos defeitos, de corte e exteriores.

12€

Brito Camacho — Pó da Estrada

Livraria Editora Guimarães & C.ª / (68, Rua do Mundo, 70) Lisboa. (1930). In-8º de 264 págs. Br.

No prefácio, Brito Camacho (apresentado na folha de rosto como “Sócio do Gremio Alentejano, da Universidade Popular, de A Voz do Operário, da Sociedade de Geografia, da Liga de Profilaxia Social, etc., etc.”) explicava terem estes textos procedido da Lucta, onde foram publicados entre 1906 e 1920, quase ou só na secção Echos – que assim conhecia edição autónoma.

O exemplar, em relativo bom estado, está assinado precisamente na folha de prefácio mas conserva ainda a maior parte dos cadernos por abrir.

10€ 

Oliveira Marques — Afonso Costa

Editora Arcádia (1972). In-8º de 429, [3] págs. Br.

“Há cem anos que nasceu Afonso Costa. Foi, porventura, entre 1910 e 1930, o mais querido e o mais odiado dos Portugueses. O seu nome simbolizou toda uma política, mesmo um regime, até. Endeusaram-no como talvez ninguém neste país, desde D. Miguel e até Salazar. Como eles, tornou-se um mito, um Messias, depois de ter sido arauto de uma situação e o estadista que, acaso mais a radicou em sete anos apenas de acção intermitente, mas fecunda. Esteve sempre entre os dois mais votados candidatos republicanos ao Parlamento, onde quer que se propusesse jamais perdendo uma eleição desde 1906. Ninguém lhe levou a palma em popularidade real e persistente, em presença viva junto de todas as camadas populares, do Minho ao Algarve, nem sequer Bernardino Machado com seu chapéu pronto a cumprimentar ou António José de Almeida com sua honestidade proverbial e seus arroubos de alma mística. O seu retrato apareceu reproduzido milhares e milhares de vezes, em livros, em jornais, em cartazes, em panfletos, em azulejos, em pratos de barro e de latão, em bustos que se vendiam nas lojas de Lisboa e nas feiras de Trás-os-Montes (...) O ódio que lhe tiveram também não conheceu limites”, assim começava a introdução desta que é ainda hoje a principal biografia de referência sobre o porém fugaz (1910-1917) estadista, entre «velhas» e «novas» (das quais foi a primeira); integrada na colecção «a Obra e o Homem».
 
18€

Afonso Costa — Discursos Parlamentares 1900-1910

(Complilação, prefácio e notas de A. H. de Oliveira Marques)

Publicações Europa-América (1973). In-8º de 617, [7] págs. Br.

“Notabilíssima foi a sua acção como deputado, e a sua obra parlamentar revela a espantosa capacidade de Afonso Costa em lidar, profunda e subtilmente, com os mais diversos aspectos da coisa pública, desde o problema dos salários dos carteiros às grandes questões internacionais da intervenção na Primeira Grande Guerra”.
Primeiro de três volumes publicados.

15€

Afonso Costa — Discursos Parlamentares 1911-1914

(Compilação, prefácio e notas de A. H. de Oliveira Marques)

Livraria Bertrand (Apartado 37) – Amadora. (1976). In-8º de 679, [1] págs. Br.
 
O volume abrange os discursos proferidos na Assembleia Constituinte (1911) e durante a primeira legislatura da República (1911-1915); seguindo-se ao que fôra publicado em 1973, sob o título Obras de Afonso Costa, que acima apresentamos.

15€

Sarmento de Beires — De Portugal a Macau (A Viagem do «Pátria»)

Porto (na Imprensa Social da Cooperativa do Povo Portuense). 1968. In-4º de 237, [19] págs. Br.

Terceira edição, do autor, com dedicatória impressa a Brito Pais – o companheiro de viagem, entretanto falecido – e reprodução do texto de dedicatória da edição original «Ao Povo de Portugal», além do texto panegírico de Gago Coutinho. Inclui uma série de curiosas gravuras, em folhas destacadas, com mapas e fotografias dos aviadores, dos aviões (desta e de outras expedições), de locais de passagem, etc. A terminar, tem ainda um apêndice de «Recapitulação técnica da viagem» - uma tabela de várias páginas com todas as indicações técnicas de aeronáutica.

Exemplar em muito bom estado, sem defeitos de relevo.

12€

Sarmento de Beires — Asas que Naufragam

Asas que Naufragam (de como o avião Argos, ao fim de dezasseis mil quilómetros de voo, se perdeu ao largo das costas da Clevelândia e do mais que durante a viagem se passou) // (2.ª edição) / (3.º milhar)

1955 – Porto. (Acabou de imprimir-se esta segunda edição aos quatro de Novembro de mil novecentos e cinquenta e cinco, na Tipografia da Oficina de S. José, Rua Alexandre Herculano, 123-Porto. // As fotogravuras foram realizadas por Simão Guimarães, Filhos, Rua Miguel Bombarda, 465 – Porto). In-8º gr. de 364 págs. Br.

Impressa a duas cores sobre bom papel, “a presente edição compõe-se de seiscentos e vinte e cinco exemplares numerados e rubricados pelo autor”, que a este fez caber o n.º 093 e com efeito o assinou a tinta.

15€

Sarmento de Beires — Asas que Naufragam

Asas que Naufragam (de como o avião Argos, ao fim de dezasseis mil quilómetros de vôo, se perdeu ao largo das costas da Clevelândia e do mais que durante a viagem se passou)

Depositários: Livraria Clássica Editora de A. M. Teixeira & C.ª (filhos) – Lisboa, MCMXXVII. In-8º de 367, [1] págs. Br.

Primeira edição, ilustrada em folhas couché à parte, com tiragem indicada de 2000 exemplares; estando este bem conservado no miolo, mas com falhas de papel e vincos na capa.

20€