livraria on-line

Livraria / Editora / Alfarrabista } { Porto bibliographias@gmail.com / 934476529

.

.

Antero de Quental ― Esparsos e Traducções

Porto: Companhia Portugueza Editora, 1918. In-8º de 96 págs. Br.
 
São aqui os «Esparsos» as composições em quadra «Os Captivos», «Os Vencidos», «Entre Sombras», «Hymno da Manhã» e «A Fada Negra»; ocupando a parte maior do volume a série de traduções (de alguns dos «Sonetos», sobretudo) feitas por tradutores vários – Storck e Curros Enriquez à cabeça.

Exemplar em brochura, sem defeitos de relevo.
 
20€

Antero de Quental ― Odes Modernas

Odes Modernas – Terceira Edição (contendo varias composições ineditas)

Porto: Livraria Chardron, de Lello & Irmão, editores – 1898. In-8º de 190, [2] págs. Enc.

A edição, significativamente aumentada em relação às anteriores, apresenta no final uma folha com alguns títulos em destaque do catálogo da editora portuense.

Exemplar recoberto de boa encadernação com cantos e lombada em pele, a qual infelizmente padece de alguma descoloração decerto devida a exposição à luz solar. Conserva por inteiro a capa primitiva.
 
25€

Antero de Quental ― Odes Modernas

Odes Modernas / edição organizada, prefaciada e anotada por António Sergio

Propriedade e Edição de Couto Martins. 1952. Lisboa. In-8º gr. de 207, [1]. Br.

O prefácio de Sérgio estende-se até à pág.33, tratando sobretudo da influência de correntes e autores vários no pensamento político de Antero e transcrevendo excertos de cartas suas a Storck, Canizzarro e Manuel Sardenha.

Exemplar em bom estado, descontando só alguma acidez na capa e uma pequena assinatura de propriedade (nas primeiras páginas do prefácio e do texto).
 
20€

Antero de Quental ― Zara

1943. Propriedade e Edição de Couto Martins. Rua da Prata, 178-2.º Lisboa. In-4º de 78, [2] págs. Br.

Edição publicada em fac-simile da original, de 1894. O livro, organizado por Joaquim de Araújo a título de homenagem póstuma a Antero, inclui um prefácio em que dizia aquele ser esta a “mais formosa Antologia de versões que uma poesia portuguesa tem conquistado”, explicando a dívida de gratidão contraída desde quando o poeta compusera, a seu pedido, os versos que seriam a inscrição tumular da irmã, a Zara aludida; e integra as traduções, quase todas para o efeito, de, entre outros (e num total de dezenas), Wilhelm Storck, Alfredo Testoni, Joseph Bénoliel, Curros Enriques e Edgar Prestage.

Exemplar nº39 da tiragem especial de 100, com o carimbo e a assinatura do editor.

30€

Antero de Quental ― Oliveira Martins

Oliveira Martins (O critico litterario – O economista – O historiador – O publicista – O politico)

Lisboa: Typographia da Companhia Nacional Editora. 1894. In-8º de 52, [4] págs. Br.

Preparado como homenagem a Oliveira Martins, que morrera nesse ano, o volume reúne vários artigos de Antero na imprensa da época (1872 e 1884) sobre o amigo, em recensão crítica a livros por ele publicados, e uma interessantíssima carta a Sebastião Botelho por ocasião do ingresso do escritor nas listas do Partido Progressista, que o faria Ministro do Reino (e louvando o seu passo e defendendo-o dos ataques do Partido Republicano a esse propósito). Dos artigos - «Os Lusiadas, ensaio sobre Camões e a sua obra, em relação á sociedade portugueza e ao movimento da Renascença», «Theoria do socialismo, evolução politica e economica das Sociedades da Europa» e «Le Portugal contemporain – Oliveira Martins» – merece destaque o primeiro, particularmente lúcido, em que se salienta uma espécie de dissimulado fascínio e, ao mesmo tempo, de censura aos Descobrimentos (“Tinha fatalmente de se corromper essa orgulhosa idéa nacional, fundada na violencia da conquista, na intolerancia religiosa e no despotismo politico”, dissolução essa já prevista pelo próprio Camões em “estrophes sombrias, que são como um lugubre eras enim moriebur lançado no meio das alegrias daquelle festim heroico. Era o futuro velado e lutuoso que o poeta entrevia num deslumbramento prophetico. A nação estava, com effeito, condemnada”).

Exemplar ainda em boa condição, tendo só um ligeiro escurecimento das margens do papel, mas com alguma fragilidade exterior – não estando já os cadernos perfeitamente conjuntados –, pelo que, tarde ou cedo, deverá precisar de encadernação.
 
18€  

Rui Galvão de Carvalho ― Antero Vivo

Edição de Álvaro Pinto (‘Ocidente’) – Lisboa. (1950). In-4º de 193, [7] págs. Br.

Primeira edição em volume independente de uma série de artigos, conferências e comunicações várias proferidas pelo autor e em parte ainda por publicar, tendo por fio condutor o poeta de Primaveras Romanticas. Por exemplo: «Linha geral do Pensamento filosófico de Antero», «O culto do Ideal em Antero», «Presença espiritual da França na obra de Antero», «Antero, crítico de Oliveira Martins», «Considerações gerais à margem do suicídio de Antero», «Duas cartas de Oliveira Martins sobre o suicídio de Antero», «Antero na obra de Unamuno» e, a terminar os anexos, «Fontes bibliográficas das leituras filosóficas de Antero».

Bom exemplar, sem defeitos notáveis, e valorizado por uma dedicatória de oferta manuscrita pelo editor Álvaro Pinto, sem indicação nominal do destinatário.

24€

Antero

Colóquio | Letras (número 123/124 Janeiro-Junho 1992). In-4º de 418, [2] págs. Br.

Especial volume duplo dedicado ao poeta, a quem, depois de dois textos introdutórios In Memoriam Álvaro Salema da autoria de David Mourão-Ferreira e Jorge Amado, são dedicados os muitos e normalmente longos artigos: «O legado clássico em Antero de Quental», Maria Helena Rocha Pereira; «A doença de Antero», Pedro Luzes; «Algumas notas em torno do «Tesouro Poético da Infância»», Maria Aliete Galhoz; «Antero: destino individual e destino colectivo», Carlos Felipe Moisés; «Antero e a filosofia ou a filosofia de Antero», Eduardo Lourenço; «Poesia e «filosofia» (1875-80) – uma sondagem», Joel Serrão; «Amorim Viana, Antero e Bruno: algumas conexões», Óscar Lopes; «Antero: o futuro que a poesia portuguesa lhe deu», José Carlos Seabra Pereira; «Régio e Antero: as encruzilhadas de Deus», Eugénio Lisboa; etc. Especialmente interessante é o repositório apresentado por Beatriz Berrini: «Correspondência inédita de Eça para Antero», ocupando só por si centena e meia de páginas.

O volume foi entremeado por dezenas de ilustrações em hors-texte, incluindo trabalhos artísticos especialmente compostos para o efeito.

20€

António Sérgio ― Antero de Quental e António Vieira

Antero de Quental e António Vieira perante a civilização cristã dos seus próprios tempos (Conferência lida em de 5 [sic] Fevereiro de 1948, no Salão Nobre do Clube Fenianos Portuenses)

Biblioteca Fenianos. Porto – 1948. In-8º de 32, [2] págs. Br.

Primeira edição, já invulgar. Da conferência – vigorosa, revolucionária – de Sérgio ressaltava a radical ideia de nunca ter existido, em lado algum, uma «civilização» cristã, fazendo a crítica global da sociedade europeia até ao séc.XX, apoiada no pensamento de Antero e do Padre António Vieira (este, abundantemente citado).

Exemplar um quanto manchado na capa. Miolo em relativo bom estado, apesar de pequenas marcas pontuais e de algum escurecimento marginal das folhas, natural dado o tipo de papel usado.

10€

Joel Serrão ― Antero e a Ruína do seu Programa (1871-1875)

Livros Horizonte, 1988. In-8º de 111, [1] págs. Br.

Primeira edição, com dedicatória impressa a Joaquim de Carvalho, Leonardo Coimbra e António Sérgio. Inclui, a terminar, centenas de notas, um quadro cronológico e uma tábua de bibliografia activa e passiva.

Exemplar em bom estado, com pequenos defeitos decorrentes da qualidade do papel e da impressão, além de um pequeno rasgão na base da capa e uma assinatura de anterior propriedade no frontispício.
 
7€

Vítor de Sá ― Antero de Quental

Braga  1963 (Composto e impresso nas Of. Gráficos Reunidos, Porto). In-8º de 339, [5] págs. Br.

O volume agrega «A Mocidade de Antero» (interessante opúsculo que fôra a estreia de Vítor de Sá), «Antero no Pensamento e na Acção» e a mais extensa secção de capítulos «Proudhon e Antero de Quental», a quem o biógrafo, não deixando de o louvar, começa a opor reticências marxistas: “A importância actual de Antero reside exactamente nessa significação de crise, nessa expressão individual de um estado de doença que é colectivo. Através da sua experiência podemos melhor iluminar a nossa própria, e aprender a afastar-nos – sobretudo afastar-nos – dos baixios em que Antero se quedou, ou dos mares sem fundo para onde foi atraído por aquelas sereias tentadoras, aquelas enganosas sereias que ainda hoje encantam os frustadores [sic] ideólogos do nosso frustrado pequeno-burguesismo”, assim terminava a introdução.

Edição do próprio autor, já de si não muito vulgar, e estando o exemplar valorizado por uma dedicatória que nele manuscreveu “Para o nóvel [sic] e distinto Romancista da minha geração e da minha amizade pessoal, Armando Sá Coimbra, com a velha camaradagem”, datada de Junho de 63.
 
18€    

Ana Maria Oliveira Martins ― Antero de Quental: Fotobiografia

colecção presenças da imagem

Imprensa Nacional Casa da Moeda * Secretaria Regional da Educação e Cultura – Direcção Regional dos Assuntos Culturais. (1986). In-4º gr. de 330, [6] págs. Br.

“Antero de Quental é o representante máximo, o guia, de uma das mais brilhantes gerações intelectuais portuguesas de sempre – a chamada Geração de 70. / O fascínio que exerceu sobre todos os que o conheceram e dele deram testemunho, resistiu à passagem do tempo, e ainda hoje é praticamente impossível não ficar rendido perante a originalidade do seu génio, o fulgor da sua personalidade e encanto pessoal, a grandeza moral que marcou todos os actos da sua vida”. Interessante, mais não fosse, pelo riquíssimo repositório iconográfico (retratos de época, fotogravuras variadas, portadas de livros, etc.), o volume integra ainda uma longa tábua cronológica de sucessos e algumas indicações bibliográficas.

Primeira edição, devida a sugestão de Vasco Graça Moura e entretanto reeditada noutro formato.

Exemplar por estrear.
 
30€

(Do bom senso e do bom gosto?)

"As Odes de Anthero de Quental são a aurora da poesia moderna. Os imitadores não tem podido estragal-as. O dia alvorecêra formoso; depois nublou-se o céo; a ventania varejava os ramos onde as aves tinham cantado o repontar da manhã; cahiu chuva grossa, que fez muita lama. Não importa. A belleza do amanhecer não esqueceu. As Odes de Anthero de Quental ficaram emperladas dos orvalhos da estrella d'alva; e as imitações para ahi se espapam nos marneis que fizeram."

[Camilo Castelo Branco, Cancioneiro Alegre de Poetas Portuguezes e Brazileiros]

Vida Devota (III)

"Os livros antigos pagam liberalmente a quem os atura. Não há velhice mais dadivosa e agradecida do que a deles. Sentam-se connosco à sombra de árvores, suas coevas, e contam-nos coisas que viram os plantadores das árvores. Nos silêncios das noites geadas dos nossos janeiros, eles, que os contam aos centos, aconchegam-se de nós e conversam com o mesmo afecto das tardes estivas, embora o frio lhes esteja orvalhando os pergaminhos das capas. Óptimos amigos que nem quando nos adormecem se agastam, e até sofrem ser ouvidos sem ser escutados!
(...) O Presente é este sincero desgosto de muitos e intermitente embriaguez da felicidade de poucos. O Futuro é um descuido do maior número e uma aflição de poucos espíritos que vieram sãos a um mundo cheio de aleijados. O Passado, o passado, é já agora o único, seguro e abençoado refúgio de quem pode ir por trevas adentro a bater asas de luz e a poisar-se lá sobre ruínas, onde não chega a pedra destes fundibulários que têm seus arsenais nos enxurdeiros das cidades florentes."

[Camilo Castelo Branco, começando o prefácio de «Cavar em Ruinas».]

Camilo Castelo Branco ― Delictos da Mocidade

Delictos da Mocidade (Primeiros attentados litterarios de (...))

Porto: Livraria Civilisação , Eduardo da Costa Santos & Sobrinho – Editores (4 – Rua de Santo Ildefonso – 12) —— MDCCCLXXXIX. In-8º de XII, [IV], 269, [3] págs. Enc.

Edição original de um volume que recolhe “Os pundonores desaggravados», «O juizo final e o sonho do inferno», «Communicado», «Principios para uma consequencia», «Sentimento», «Uma noite no cemiterio», «Algumas flores para um triumpho», «A Julio do Carvalhal Sarmento e Pimentel» e «Um dia depois de Val-Passos». Integra textos introdutórios do editor, de Freitas Fortuna e do próprio Camilo, numa mise-en-scène fingindo dever-se a edição a insistências de Fortuna junto de Camilo, afinal o promotor dela – cfr., por exemplo, Dicionário de Camilo Castelo Branco, de Alexandre Cabral. Foi este o penúltimo livro publicado em vida do escritor, então já praticamente cego, que se viria a suicidar no ano subsequente.

Exemplar revestido de uma boa encadernação ao tipo inglês, com a lombada em pele gravada a ouro, o qual reveste também as demarcações das pastas. Conserva por inteiro a capa primitiva, incluindo – recortada – a tira que revestia o encaixe.
 
55€

Camilo Castelo Branco ― O Romance de um Homem Rico

O Romance de um Homem Rico (terceira edição com um prologo de Thomaz Ribeiro)

Porto: Livraria Elysio de Joaquim Elysio Gonçalves – Editor. 1890. In-8º de 308 págs. Enc.

Publicada já no ano da morte do romancista, a edição inclui um longo prefácio para ela preparado (logo em 1889) pelo velho amigo Tomás Ribeiro, que, entre a habitual largueza de considerações, opunha ao decadentismo do fim-de-século (“grandes talentos só cultivarem nos seus jardins as flôres do mal”) a arte de Camilo, essa que “deixava o coração dictar os seus livros, e d’ahi o segredo da popularidade que adquiriam. Fazia chorar e rir, indignar ou amar. Cobria as suas lagrimas com um véo de scepticismo que o mostrava mais viril”; e reproduz, de seguida, o conhecido prefácio da segunda (1863), ainda da pena do próprio escritor, em que se queixava ele da saudade dos dias e das noites na Cadeia da Relação, onde compusera este romance (o seu mais querido, como aqui confessava), o «Amor de Perdição» e os «Doze Casamentos Felizes», preferindo – assim dizia – a inspiração do infortúnio, aviventada por “uma grande dôr e uma grande esperança”, ao silêncio e à paz (“quietação de sepulturas”) então em redor do seu espírito.

Exemplar revestido de uma boa encadernação com cantos e lombada em pele, já um quanto puída; sem capa de brochura. Em relativo bom estado no miolo, apesar de marcas de acidez, mais pronunciadas em algumas folhas, e de um pequeno texto manuscrito, datado de 1896, sobre o anterrosto.
 
23€

Camilo Castelo Branco ― Novelas do Minho (segunda edição)

Lisboa: Parceria Antonio Maria Pereira, livraria editora (Rua Augusta, 50, 52 e 54) / 1903. 3 vols. in-8º de 244; 200; e 220 págs. Enc.

Edição publicada na primeira colecção popular da Parceria, vulgarmente chamada «das três caras», por ter a capa ilustrada em composição alegórica na qual se reproduzem três retratos de Camilo (em 1857, 1870 e 1886); capa essa que se conserva neste conjunto encadernado com lombada em pele, à excepção do primeiro volume, que a não tem. 
Foram as novelas aqui apresentadas «Gracejos que matam», «O commendador», «O cego de Landim», «A Morgada de Romariz», «O filho natural», «Marya Moysés», «O degredado» e «A viuva do enforcado».
 
27€