O volume agrega «A Mocidade de Antero» (interessante opúsculo que fôra a estreia de Vítor de Sá), «Antero no Pensamento e na Acção» e a mais extensa secção de capítulos «Proudhon e Antero de Quental», a quem o biógrafo, não deixando de o louvar, começa a opor reticências marxistas: “A importância actual de Antero reside exactamente nessa significação de crise, nessa expressão individual de um estado de doença que é colectivo. Através da sua experiência podemos melhor iluminar a nossa própria, e aprender a afastar-nos – sobretudo afastar-nos – dos baixios em que Antero se quedou, ou dos mares sem fundo para onde foi atraído por aquelas sereias tentadoras, aquelas enganosas sereias que ainda hoje encantam os frustadores [sic] ideólogos do nosso frustrado pequeno-burguesismo”, assim terminava a introdução.
Edição do próprio autor, já de si não muito vulgar, e estando o exemplar valorizado por uma dedicatória que nele manuscreveu “Para o nóvel [sic] e distinto Romancista da minha geração e da minha amizade pessoal, Armando Sá Coimbra, com a velha camaradagem”, datada de Junho de 63.
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