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Pascoaes — Poesia I

Poesia I // Sempre · Terra Proibida / Belo · À Minha Alma · À Ventura / Embriões · Cantigas para o Fado e para as «Fogueiras» do São João · Profecia // Edição: José Rui Teixeira

Officium Lectionis edições. (2023). In-8º gr. de 276, [IV] págs. Br.

Primeiro volume publicado de uma projectada e ambiciosa série de cinco, estando o segundo já em preparação; retomando o fio à meada do poeta e de Jacinto do Prado Coelho nas duas séries das «Obras de Teixeira de Pascoaes» (a Assírio & Alvim segui-la-ia nos anos 80 num formato interessante mas algo diverso), só que acrescentando-lhe algumas peças menos conhecidas e nunca (ou quase nunca) entretanto reeditadas, como neste caso o embrionário Embriões (de que apenas saiu um fac-simile), Profecia (de par com Afonso Lopes Vieira) e as pueris cantigas que apenas talvez um em cada dez adeptos «Pascoaes» conheça.
Parece muito bem apanhada esta divisão em três, assumidamente despreocupada de cronologias, juntando as duas primeiras peças-fortes Sempre e Terra Proibida, depois os livrinhos preliminares, e depois as primícias, por ordem decrescente de importância. E recorde-se a este respeito o arco de 180 graus que a opinião do poeta mais velho Guerra Junqueiro percorreu, porque como é sabido só os burros não o fazem: após a publicação de Embriões, o parecer dado ao pai do estreante (o seu amigo Conselheiro Teixeira de Vasconcelos) foi “Dize a teu filho que se deixe de versos”; lido alguns anos mais tarde o Sempre, passou a “Dize a teu filho que breve vou a Amarante para o conhecer e abençoar a mãe” – o mesmo critério que serve para insultar os árbitros de futebol, mas ao contrário. E, já agora, a propósito do mesmo Sempre, a impressão de outro poeta, este o mais novo José Gomes Ferreira: “juro que, na minha vida de leitor, nunca senti maior choque, como naquela manhãzinha no parque de entrada para a aula do sétimo ano do Liceu de Gil Vicente, quando li, pela primeira vez, uma das edições do Sempre (Teixeira de Pascoaes emendava, emendava, emendava sem descanso), impresso com palavras fantasmáticas que me abriram as portas da manhã para outra visão do mundo e da Arte. / Mal acabei de lê-lo senti que nascia um deus novo não sei onde.”  
Fosse onde fosse, não será boa ideia perder isto.

21€ (PVP)

Pascoes — Quem Sonha é um Lar Aceso (pensamentos e máximas)

Quem Sonha é um Lar Aceso (pensamentos e máximas) / António Cândido Franco [selecção e apresentação]

Officium Lectionis edições. (2022). In-8º gr. de 213, [III] págs. Br.

Teixeira de Pascoaes nunca “escreveu um livro de aforismos, mas toda a sua obra, do verso à prosa, esconde nos intervalos asserções de pensamento com valor aforístico. Seja num diálogo dramático, seja num poema lírico em verso, seja num romance em prosa, seja ainda em qualquer outro texto mais ou menos identificável, nós deparamos sempre com essa frase explosiva de sentido, lapidada até ao osso, que faz a vez da concisão. O aforismo significa em simultâneo uma suspensão e um arranque, pois nele o pensamento concentra e expande, quer dizer, encontra a sua máxima expressão e ao mesmo tempo o seu esgotamento. (…) Sem momentos desses, o ritmo de Pacoaes não seria o que é de maravilha e excepção”. [E pensemos por exemplo nas biografias, onde parecem amiúde bem mais do que um “intervalo”: o texto «principal» é que quase o parece…].
Reedição revista e aumentada da que saíra em 2010, na anterior editora deste editor (a Cosmorama).

18€ (P.V.P.)

Boletim bibliográfico 4/23

Preparado na maioria em Julho, mês da França, exactamente a meio das comemorações dos 240 anos do nascimento de Stendhal, já era altura de um boletim mais reforçadinho em literatura francesa; ei-lo. Stendhal, Balzac, Daudet (Alphonse), os Goncourt, etc. Mas há mais literatura além da francesa; e mais coisas além da literatura, "há mais vida além da literatura", como já deverá ter dito algum qualquer presidente de República - mas não talvez o nosso Teixeira Gomes, que ainda chamaremos a comemoração este ano.

A consultar

Boletim Bibliográfico 3/2023

Composto quase todo em Maio de 2023, o terceiro deste ano anda à volta dos 125 anos de Ferreira de Castro, que os teria completado a 25 de Maio; e dos centenários de Francisco Salgado Zenha e Eduardo Lourenço (2 e 23 de Maio, respectivamente). 
Juntou-se-lhes compagnons-de-route mais ou menos inescapáveis: os resistentes aveirenses Rodrigues Lapa e Mário Sacramento, Mário Soares, Fernando Namora, Joaquim Paço d'Arcos, José Cardoso Pires, etc.

Pode (e deve) consultar-se

Federico García Lorca

5-6-1898 / 5-6-2023

Comemoram-se hoje os 125 anos do nascimento na hoje mítica Fuentevaqueros do maior poeta de Espanha, o mesmo que disse "Como não me preocupou nascer, também não me preocupa morrer" [mas qualquer leitor minimamente atento sabe que a sua poesia desmente q.b. a segunda parte desta frase de efeito]

Nós por cá continuamos nos pouquíssimos tempos livres a traduzi-lo, e a traduzi-lo, e a traduzi-lo... E a rever as traduções, e rever, e rever, e rever, e rever, e rever... Mas a coisa há-de sair; e, modéstia à parte, não desmerecerá demasiado do maravilhoso original. 

[Na imagem: Federico no dia do primeiro aniversário]