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João Gaspar Simões — A Arte de Escrever Romances

A Arte de Escrever Romances (Conferência lida no salão do teatro de S. Luís na «tarde literária» de 8 de fevereiro de 1947)

Edições Ática (1947). In-4º de 29, [III] págs. Br.

"Provocadoramente, escolhi este título para a minha conferência do S. Luís, esperançado ao mesmo tempo, [sic] de que, graças a ele, a casa não estaria vazia (...) Pois não é verdade que há em Portugal, cada vez mais, quem queira escrever romances?", perguntava no início alguém que da missa nem chegou a ver metade...

Exemplar com a frente da capa descorada pela luz solar; em bom estado no miolo, mas com duas pequenas marcas a tinta, uma delas para corrigir (bem) a citação de Oscar Wilde.

8€

João Gaspar Simões — Crítica

Crítica. I (A Prosa e o Romance Contemporâneo)

Livraria Latina Editora Porto. (1942). In-8º de 499, [3] págs. Enc.

Após uma lamurienta «Explicação prévia» acerca das inimizades a que um crítico fica ipso facto sujeito, foi o livro dividido nas quatro partições «Preâmbulo», «A Prosa e o Romance Contemporâneos» (ocupa a grande maioria do volume, com capítulos dedicados a nacionais como Aquilino, Teixeira Gomes, Carlos Malheiro Dias, Nemésio, Torga, Marmelo e Silva, Almada, Joaquim Paço de Arcos, Namora, Redol, Loureiro Botas, etc.; e a brasileiros como Lins do Rego, Graciliano Ramos, Ciro dos Anjos e Erico Veríssimo) e «O Problema do Romance», terminando por um apêndice «Considerações melancólicas a propósito de uma carta do Sr. Aquilino Ribeiro».

Exemplar forrado de uma boa encadernação com cantos e lombada em couro, esta última gravada a ouro, e as pastas em «pele-de-cobra»; mas que infelizmente o desproveu da capa original.


20€ (reservado)

António Carneiro ― Solilóquios

Solilóquios: Sonetos Póstumos [sic]

1936. (Na Tipografia Costa Carregal). In-4º peq. de XXII, [VI], [IV] págs. + 71 ff. nums. Enc.

Edição muito esmerada, impressa sobre bom papel e limitada a 320 exemplares numerados e assinados pelos dois filhos do artista (Cláudio, como se sabe igualmente artista, um deles). O prefácio, longo, foi do amigo Júlio Brandão.
Exemplar n.º 260, enriquecido por uma excelente encadernação com largos cantos e lombada em pele bastante gravada a ouro; conservando por inteiro a capa primitiva e mesmo a tira que revestia o encaixe.
 
45€ (reservado)

António Carneiro ― Solilóquios

1980. (Este livro foi composto, assim como o primeiro, no Porto, na Tipografia Costa Carregal, Lda., onde acabou de se imprimir no dia treze de Junho de mil novecentos e oitenta. A reprodução do auto-retrato de António Carneiro foi feita nas oficinas da Empresa do Bolhão, Lda., da mesma cidade). In-4º de XXII, [VI], [IV] págs. + 71 ff. nums. Enc.

"Destes sonetos póstumos fizeram os filhos do artista uma primeira edição em 1936, limitada a trezentos e vinte exemplares, numerados e que rubricaram. / Esta segunda edição, de quinhentos exemplares, todos numerados, realiza-se no ano do 1.º cinquentenário da morte do pintor", tendo a este exemplar, ainda por estrear, conservando os cadernos por abrir, sido atribuído o n.º 091; com duas manchas de amarelecimento na frente da capa que se deverão provavelmente a alguma cinta editorial que cobrisse a parte em «reserva», tendo em conta que outros exemplares que já vimos as apresentavam também.

De resto com a mesmíssima composição gráfica da edição original, a diferença desta vai para o magnífico auto-retrato do amarantino impresso sobre delicada folha preliminar em anteportada.


25€

Joaquim Freitas Gonçalves ― O Natal

Porto, na Typographia Costa Carregal, 1928. In-8º gr. de 52, [4] págs. Br.
 
Edição do autor, primeira e única, valorizada pelos desenhos de António Carneiro e impressa em bom papel de linho. Com uma dedicatória impressa “Á memória gentilíssima de D.João da Câmara”. Pouco vulgar.
 
Exemplar em muito bom estado, salvo leve desgaste da capa e marcas mais pronunciadas de acidez em três folhas.
 
15€

A festa do Natal: Arranjos Ornamentais de Mesas e Interiores

A festa do Natal: Arranjos Ornamentais de Mesas e Interiores / De Guiomar Motta Marques / Fotografias de Carlos Vasconcellos e Sá / Com Introdução e Selecção de quadras de António Manuel Couto Viana

Edições inapa / Lisboa, 1993. In-4º de 95, [1] págs. Cart.

Cólofon: "A partir de arranjos ornamentais de Guiomar Motta Marques e de fotografias de Carlos Vasconcellos e Sá, com textos e selecção de quadras de António Manuel Couto Viana compostos em tipo Futura por Expressão - Artes Gráficas que também executou as selecções de cor; com montagem de Sociedade Tipográfica, S.A., que procedeu aos trabalhos de impressão e acabamento; com arranjo gráfico de Martim Lapa e a colaboração de João Paulo de Abreu e Lima; sobre papel Inagloss de 150 gramas, fabricado por papéis Inapa, SA, este livro acabou de se imprimir aos 14 dias do mês de Novembro de 1993, com a tiragem de 4.000 exemplares"; este por estrear.

Nota para o facto de autora e fotógrafo serem gente muito fina, ainda com dois T's e L's nos respectivos matronímico (?) e patronímico, oito décadas passadas sobre a primeira convenção ortográfica da língua portuguesa; dois fidalgos num livro (de finais do séc.XX) só, é obra.

14€

Natal: Armindo Rodrigues ● Graça Pina de Morais ● Taborda de Vasconcelos

(na capa:) Natal // originais: Armindo Rodrigues ● Graça Pina de Morais ● Taborda de Vasconcelos

(Maquete de Edmundo Muge / Composto e impresso em Bertrand (irmãos), Lda. Lisboa). In-8º de págs. inums. Br.

Foi o volume relativo a 1969 desta publicação destinada a médicos e constituída por textos originais de médicos escritores. Armindo Rodrigues apresentava o conto «A Única Mulher do Barba-Azul»; a ultimamente recuperada Graça Pina de Morais o conto «Serenidade»; e Taborda Vasconcelos a short-story «O Evangelho».

Exemplar com a capa (em cartolina) algo marcada.

8€

Natal: Orlando de Albuquerque / Pedro Mayer Garção / Teixeira de Sousa

(na capa:) Natal // originais: Orlando de Albuquerque / Pedro Mayer Garção / Teixeira de Sousa

(Maqueta de Edmundo Muge Impressão da Tipografia Comelita). In-8º de [2], 32, [2] págs. Br.

Volume relativo a 1970, com a capa em cartolina revestida a dourado, apresentando os textos inéditos, respectivamente, «O Cego», «A Alma Prisioneira» e «Na Corte d'El-Rei D. Pedro».

7€

A. M. Couto Viana — Retábulo para um Íntimo Natal

MCMLXXX. (Composição e impressão: Oficinas Gráficas da Livraria Editora Pax, Limitada / Rua do Souto, 75 – Braga (Portugal)). In-8º gr. de 32, [8] págs. Br.

Edição do autor, com tiragem de 600 exemplares.


10€


A. M. Couto Viana — As (e)vocações literárias (estudos & memórias)

Lisboa, 1980. (Composição e impressão: Oficinas Gráficas da «Livraria Editora Pax, Lda.» - Braga). In-8º de 255, [5] págs. Br.

“O livro que, semelhante a este, publiquei em 1977, intitulado Coração Arquivista, teve a simpatia dos críticos e a de muitos leitores que me agradou o tenham lido e apreciado. Daí que novo conjunto de memórias e novo esboço de estudos literários se reunam [sic] e se dêem à estampa”; precisamente desse livro anterior sendo transcritas nas dobras apreciações elogiosas de Mourão-Ferreira, Pinharanda Gomes, Gaspar Simões, Bigote Chorão e Álvaro Salema. Textos de crónica literária quase sempre interessantes e ricos em apontamentos sobre Lopes Vieira, Alberto de Oliveira, António Correia de Oliveira, António Patrício, Camilo, Eça, João de Deus, Almada, Régio, Júlio Brandão, Pascoaes e Nemésio, entre outros – nomeadamente integralistas, alguns quase irrelevantes mas aqui chamados por afinidade ideológica. No final do volume há ainda alguns acerca de temas vários, mais ou menos peregrinos: «Cancioneiros Galantes», «A Poesia Viaja de Comboio», «Os Poetas e o Comércio», «Poesia Militante», «A Sátira à Política na Poesia Portuguesa» e «Queixas contra a Inglaterra na Poesia Portuguesa».

Tiragem de 1000 exemplares, dos quais temos ainda vários.


14€

Líricas Portuguesas (2.ª série)

Líricas Portuguesas (2.ª série / Selecção, prefácio e notas de Cabral do Nascimento / 2.ª edição)

Portugália Editora, Lisboa (1957). In-8º de 352, [4] págs. Br.

Esta segunda série contemplou a poesia então contemporânea entre parnasianos, simbolistas, modernistas e presencistas, grosso modo; começando em António Feijó e terminando em Adolfo Casais Monteiro.

10€

Líricas Portuguesas (1.ª série)

Líricas Portuguesas (1.ª série / 3.ª edição, corrigida e aumentada / Selecção, prefácio e notas de José Régio)

Portugália Editora, Lisboa (1959). In-8º de 408, [6] págs. Br.

Reproduz o mais longo prefácio da segunda edição e acrescenta um novo, aquele sobretudo explicando as opções tomadas e este, além disso, respondendo a críticas que Régio dizia ter por elas recebido. Esta primeira série abarcou poemas e poetas desde o rei Dinis até ao imperador Pascoaes.

Exemplar com leve rasgão na face inferior da capa e assinatura de propriedade, conservando-se grande parte dos cadernos ainda por abrir.

10€

José Régio — Fado : versos de José Régio e desenhos de Júlio

Arménio Amado, Editor – Coimbra. (1941). In-8º de 173, [3] págs. Br.
 
Primeira edição, já significativamente rara; impressa em bom papel e ilustrada, a cada uma das 15 canções, com um desenho a tinta de Júlio (dos Reis Pereira, o irmão do autor, a.k.a. Saul Dias nas letras). Inclui, entre outras, «Romance de Vila do Conde», «Fado Português», «Balada de Coimbra», «Toada de Portalegre», «Os Cristos».
 
Exemplar revestido de uma encadernação relativamente recente; não conserva a capa de brochura (de que apenas apresenta uma cópia entretanto acoplada) e tem algumas marcas de acidez.
 
100€

Jose Régio — Há Mais Mundos (contos)

Portugália Editora (1962). In-8º de 264, [8] págs. Br.

Com capa de Câmara Leme, foi esta a edição original de um volume que agrega «Os Três Vingadores ou Nova História de Roberto do Diabo», «O Fundo do Espelho», «Conto do Natal», «Os Paradoxos do Bem», o conhecido «Os Três Reinos», «Os Alicerces da Realidade» e o mais conhecido ainda «As Historietas dum Coleccionador de Antiguidades».

Bom exemplar, sem defeitos significativos.

25€

José Régio — As Encruzilhadas de Deus

As Encruzilhadas de Deus: poema de José Régio (segunda edição)

Editorial Inquérito Limitada, Lisboa. (1946). In-8º de 206, [VI] págs. Br.

A edição original deste que foi o terceiro título de poesia de Régio saíra dez anos antes na Presença; aparecendo esta indicada como a sua oitava de poesia, entre edições e reedições.

Exemplar com algum desgaste na capa, que na face inferior tem uma pequena marca de incisão e na superior também de amarelecimento na margem lateral.


15€

José Régio — Mas Deus é Grande

Mas Deus é Grande: Líricas de José Régio

Editorial Inquérito Limitada, Lisboa. (1945). In-8º de 110, [6] págs. Br.

Edição original do quinto livro em verso de Régio, por ele consagrado à memória de Miguel de Sá e Melo, que lhe dedicara, pouco antes da morte temporã, um estudo crítico, e de quem entretanto se tornara amigo.

35€

José Régio — Mas Deus é Grande (2.ª edição)

Mas Deus é Grande: Líricas de José Régio (2.ª edição)

Portugália Editora, Lisboa. (1961). In-8º gr. de 83, [9] págs. Br.

Edição impressa em bom papel, com capa de Câmara Leme.

Bom exemplar.

20€ 

Na Mão de Deus: Antologia da Poesia Religiosa Portuguesa

Na Mão de Deus: Antologia da Poesia Religiosa Portuguesa / Organizada por José Régio e Alberto de Serpa / Ilustrada por Guilherme Camarinha

Portugália Editora (1958). In-8º de 383, [1] págs. Br.

“(...) tendo de procurar, no tesoiro da nossa poesia, os poemas inspirados pela vida religiosa, achámos que a nossa antologia teria de abarcar a distância entre a concepção dum poeta como Antero e a dum anónimo poeta popular”, o que explica que o volume – começando com o século XV e arrolando uma excessiva falange presencista, e todo ele muito ao gosto de Régio – termine pela recolha de meia-dúzia de quadras populares. Dos antologiados, foram os mais representados Camões, Agostinho da Cruz (o mais), Baltazar Estaço e Bocage.

Exemplar em muito boa condição, quase impoluto e inteiramente por aparar.
 
30€

Poesia de Amor: Antologia Portuguesa

Poesia de Amor: Antologia Portuguesa / selecção e prefácio de José Régio e Alberto de Serpa / ilustrações de Paulo

1945, Livraria Tavares Martins – Pôrto. In-8º peq. de 301, [3] págs. Br.

Divide-se a recolha em secções respeitantes aos séculos XII a XVI, XVI, XVII e XVIII, XIX, XIX e XX; começando em Sancho I e terminando com Francisco Bugalho, um mais entre dez exagerados presencistas. O curto prefácio dos antologiadores destaca o móbil amoroso como propriamente definidor do «sentimento» e da «raça» (duvidosa que seja a palavra) portugueses; as ilustrações de Paulo, a pena e tinta, aparecem a página inteira em folhas contadas.

25€

Lopes Rodrigues — Nótulas Florbelianas (I. Florbela na Intimidade)

Matosinhos, 1956. (Na «Papelaria e Tipografia Leixões»). In-4º de 53, [3] págs. + [10] ff. de estampa. Br.

Podendo não ser de muito interesse a generalidade das nótulas biográficas sobre Soror Saudade aqui reunidas (salvo para os adeptos), são-no pelo menos as fotogravuras apresentadas à parte nas folhas centrais. 
Edição independente de um trabalho publicado no Boletim da Biblioteca Pública Municipal de Matosinhos, que à poetisa tomaria o nome. 

14€    

Carlos Passos — Em Louvor e Memória de Soror Saudade

Litografia Nacional / Porto – 1950. In-8º peq. de [14] págs. + [3] ff. de estampa. Br.

Transcreve o texto lido pelo autor na sessão de homenagem a Florbela levada a cabo nos Fenianos Portuenses em 1946, a que acresce no final uma útil recolha bibliográfica. Edição cuidada e impressa sobre bom papel, hoje já nada vulgar, reproduzindo nas folhas couché destacadas três retratos da poetisa: dois fotográficos, e o belo óleo pintado por Demóstenes Espanca.

16€

Florbela Espanca — Sonetos Completos

Sonetos Completos (Livro de Mágoas/Livro de Sóror Saüdade/Charneca em Flor/Reliquiae) / 4.ª edição

Coimbra MCMXXXVI – Livraria Gonçalves (Rua Sá de Miranda, 60). In-8º de 211, [1] págs. Br.

A edição apresenta em hors-texte preliminar um busto de Flobela da autoria do escultor Diogo de Macedo.

Exemplar bem conservado, apenas com ligeiríssimo desgaste exterior.

10€

Florbela Espanca — Sonetos (Edição Integral)

Livraria Tavares Martins, Porto / 1960. In-4º de 190, [2] págs. Br.

Edição dada a lume assinalando os “trinta anos após a morte da poetisa”, impressa sobre bom papel encorpado nas oficinas da portuense Imprensa Portuguesa e muito enriquecida pelos «brindes» gráficos que a entremeiam: vários clichés fotográficos recortados sobre algumas das composições, com retratos de Florbela ao longo da curta existência terrena, num deles acompanhada do irmão de ainda mais curta Apeles; um folheto reproduzindo uma análise grafológica publicada num número de 1929 da Civilização; e uma cópia da certidão de baptismo da então recém-nascida FlorBella em folha desdobrável também à parte.

O exemplar tem uma nota de compra na Feira do Livro do Porto de 1960.


15€

Miguel de Unamuno — Soledad

Espasa – Calpe Argentina S. A. / Buenos Aires – México. (1946). In-8º peq. de 167, [9] págs. Br.

Edição primitiva, de publicação já póstuma, saída na «Colección Austral». O volume recolhe os escritos «!Ramponería!», «Soledad», «Sobre la erudición y la crítica», «Poesía y oratoria», «La crisis actual del patriotismo español», «Sobre el rango y el mérito (Divagaciones)», «La patria y el ejército» e «Qué es verdad?».

Exemplar com manchas de acidez que deverão ser típicas, dada a qualidade do papel; e plausível falta da típica sobrecapa original. Pertenceu a José Eugénio de Castro, de quem tem manuscrita a lápis a assinatura.

12€

Miguel de Unamuno — Do Sentimento Trágico da Vida

Do Sentimento Trágico da Vida (tradução de Cruz Malpique, professor do liceu de Alexandre Herculano, do Porto)

1953, Editora Educação Nacional de Adolfo Machado / Rua do Almda, 125 – Porto. In-8º de 387, [5] págs. Br.

Apresentado na badana pelo editor como “uma extraordinária e apaixonada série de meditações em torno dos problemas fundamentais do espírito e do destino humanos. No conceito unânime da crítica, afirma-se este livro com a obra capital do grande pensador espanhol”; apresentando-o o tradutor com aquela clássica técnica de engodo “O leitor tem, na sua frente, um livro perturbador, pelos angustiosos problemas que nele são debatidos. Não é livro para gente que, no cérebro, tenha vazios interplanetários. Lá isso não! Exige o agudo trinchar do espírito. Ora, se o leitor não possui esse dom, desista. É o conselho que lhe dá / O Tradutor”.

Alguns dos capítulos: «A Fome de Imortalidade», «A Essência do Catolicismo», «Amor, Dor, Compaixão e Personalidade», «Fé, Esperança e Caridade», «Religião, Mitologia de Além-Túmulo e Apocatástase».

10€

Miguel de Unamuno — Por Terras de Portugal e Espanha

Por Terras de Portugal e Espanha (tradução e notas: José Bento)

assírio & alvim (1989). In-8º gr. de 155, [1] págs. Br.

Logo no início do prefácio, o recém-finado José Bento dava justamente conta do espanto que merece o facto de este livro ter esperado 78 anos até conhecer aqui a sua primeira edição portuguesa – sobretudo se tivermos em conta que, desmentindo q.b. a geografia ibérica, a este rectângulo à beira-mar plantado é muito irmamente dedicada metade do volume: com capítulos como «Eugénio de Castro», «A literatura portuguesa contemporânea», «As Sombras de Teixeira de Pascoaes» (ao Solar de Gatão do nosso génio amarantino, que chegou a hospedar nele o amigo espanhol, foi a capa aproveitar um pormenor da Fonte dos Golfinhos), «As almas do purgatório em Portugal», «A pesca de Espinho» (na praia do livreiro várias vezes passou férias Unamuno com o amigo residente Manuel Laranjeira e veraneantes tão famosos como Amadeo, só por exemplo), «Braga», «O Bom Jesus do Monte», «Guarda», o célebre «Um povo suicida» e «Alcobaça».

Exemplar ainda por estrear.

10€

Manuel Laranjeira — Cartas (com prefácio e cartas de Miguel de Unamuno)

Interiores (Relógio d'Água, 1990). In-8º de 153, [7] págs. Br.

"Foi Laranjeira quem me ensinou a ver a alma trágica de Portugal, não direi de todo o Portugal, mas do mais profundo, do maior. E foi ele quem me ensinou a ver não poucos recantos dos tenebrosos abismos da alma humana. (...) O seu livro «Comigo (Versos de Um Solitário)» dá-nos toda a sua alma. O seu pensamento está aí demasiado concentrado. Era preciso ouvi-lo falar. (...) Iluminou a cabeça, que era poderosíssima a pensar, com a chama do seu próprio coração ardente. Poucos homens conheci que tenham juntado a uma inteligência tão clara e penetrante um sentimento tão profundo. Nele, como em Antero, a cabeça e o coração travaram renhida batalha" (do prefácio de Unamuno, que esta reedição reproduz).

Exemplar novo; de uma plausível tiragem inicial que supomos ter sido replicada.

8€

Manuel Laranjeira — Cartas (com prefácio e cartas de Miguel de Unamuno)

Portugália Editora, Lisboa. (1943). In-8º de 183, [5] págs. Br.

O volume, inaugural da colecção «Documentos Humanos», foi preparado por Ramiro Mourão e Alberto de Serpa e apresenta, nas folhas preliminares, uma curta nota biográfica acerca do autor de Commigo e a reprodução de um conhecido retrato seu executado por António Carneiro. Das cartas, interessarão maiormente, em extensão e conteúdo, as várias aqui transcritas em conjunto que foram enviadas a Pascoaes, Amadeo e ao próprio António Carneiro (contando-se ainda entre os restantes destinatários, por exemplo, o próprio Unamuno, João de Barros e António Patrício). Constou a edição de 2.230 exemplares numerados - a este coube o nº1188, da série corrente - e rubricados pelo filho de Manuel Laranjeira, Flávio.

Primeira edição, replicada pela Relógio d'Água décadas mais tarde.

23€

Manuel Laranjeira — Diário Íntimo

Diário Íntimo (introdução e notas de Alberto de Serpa)

Portugália Editora, Lisboa. (1957). In-8º de 210, [6] págs. Br.

No seu texto inicial, apontava Alberto de Serpa este diário e as cartas como o mais apreciável de tudo o que Laranjeira deixara escrito – um, pelo “abandono confidencial que só se há consigo mesmo”, e outras pela “improvisação transcendente à conversa «dum grande pensador que foi acaso um sentidor maior ainda»”. Publicada na série «Documentos Humanos», a edição reproduz, em folhas couché destacadas, um retrato do espinhense e três caricaturas dele compostas, duas por um então novíssimo Amadeo de Souza Cardoso e uma outra por Diogo de Macedo.


20€

Manuel Laranjeira — Prosas Perdidas

Prosas Perdidas (Selecção, Introdução e Notas de Alberto de Serpa)

Portugália Editora, Lisboa (1958). In-8º de 264, [4] págs. Br.

Terceiro e último dos volumes preparados por Alberto de Serpa a coberto da Portugália, recolhendo alguns dos muitos textos de Laranjeira dispersos pela imprensa da época e ainda não publicados em livro: sobre literatura (Camilo, Junqueiro, João de Deus, etc.), artes plásticas, religião, medicina, etc. etc.

O exemplar apresenta uma dedicatória de oferta daquelas que quase valem mais – ou valem mesmo... – do que a peça; manuscrita e assinada pelo próprio Alberto de Serpa a Cupertino de Miranda, que porém não o chegou a ler, conservando-se ainda com os cadernos por abrir: “Ao belo e largo espírito de Arthur Cupertino de Miranda, com muita estima e admiração, estes papéis que lhe lembrarão saudosos tempos”. Capa e folhas iniciais e finais com ligeiras marcas marginais de escurecimento.


35€

Manuel Laranjeira — Commigo (versos d’um solitario)

Composto e Impresso Na Tipografia de A Intermediária, Limitada. Porto. (1929). In-8º de 138, [6] págs. Br.

Edição póstuma, publicada pela família do escritor; a abrir o volume, integra uma reprodução (em folha destacada de papel couché) de um retrato a sanguínea de Laranjeira pelo amigo António Carneiro desenhado em 1912, retrato de que, salvo lapso de memória, o espinhense falava longamente numa das cartas que se conhece enviadas a Amadeo de Souza-Cardoso.

Exemplar com alguns defeitos exteriores.

12€


Mário Sá Carneiro — Juvenília Dramática

Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda. 1995. In-8º peq. quadrado de 100, [4] págs. Br.

Primeira edição de três peças inéditas do poeta, escritas entre 1907 e 1908 e só em 1992 descobertas num envelope perdido na famosa «arca» de Pessoa. Inclui uma «Introdução» da sobrinha deste último, Manuela Nogueira, que encontrou os manuscritos, e uma «Nota à Juvenília Dramática de Mário de Sá-Carneiro» da autoria de Maria Aliete Galhoz. 

Tiragem de 1300 exemplares, encadernados pelos editores em tela com sobrecapa ilustrada.


10€

Mário Sá Carneiro — Poemas Juvenis (1903-1908): inéditos

Porto, Centro de Estudos Pessoanos, 1986. In-8º de 129, [7] págs. Br.

Primeira edição de um conjunto de inéditos do poeta, a partir de um caderno manuscrito, tardiamente descoberto, com tentativas poéticas da juventude e versões do alemão (Goethe, Schiller, Heine, etc.) e do francês. Preparada pelo investigador François Castex, que na sua longa – estende-se até à pág.40 – introdução, e após contar da descoberta e aquisição do caderno ao alfarrabista lisboeta Óscar Rodrigues, trata do aparato crítico a cada um dos textos que, segundo diz, fornecerão “a todos os que se interessam por Sá-Carneiro elementos novos e inéditos que permitirão melhor apreciar a sua caminhada para o génio.” Inclui, ainda a abrir, uma extensa tábua de bibliografia passiva sobre o «Esfinge-Gorda».


12€

Paul Celan: centenário do nascimento

23 de Novembro: dá-se esta curiosa circunstância de o poeta maior do século XX e o maior poeta português da mesma centúria terem nascido no mesmo dia. Paul Celan faria hoje 100 anos e Herberto Helder 90. A curiosidade aumenta se tivermos em conta que o segundo era leitor devotado do primeiro, e que o conhecimento de Celan em Portugal é em boa medida a Herberto que se deve (podemos falar por nós). 
Uma dupla homenagem, com prioridade ao senhor de quem hoje se comemora o centenário, e de quem acaba de sair na Antígona a correspondência trocada com a alemã Ingeborg Bachman. Se se despacharem, talvez ainda consigam obter da Cotovia - que neste mesmo Novembro encerrará actividade - algum exemplar de «Sete Rosas Mais Tarde: antologia poética», «A Morte é uma Flor» e «Meridiano», os três fundamentais volumes que editou em Portugal com versões de João Barrento e Yvette K. Centeno.
De Celan vamos aqui deixar um dos seus primeiros e ainda não tão interessantes poemas (deu título ao primeiro livro: Papoila e Memória), o agora apropriadíssimo «Corona» (outra coisa curiosa: reparem como começa e como termina a composição...). A rápida tradução é nossa, ontem, domingo.

"O Outono vem comer a sua folha à minha mão: somos amigos.
Descascamos das nozes o Tempo e ensinamo-lo a andar:
o Tempo regressa à sua casca.

No espelho é domingo, 
no sonho adormecemos,
a boca diz a verdade.

Meu olhar desce ao sexo dos amantes:
olhamo-nos, 
dizemo-nos a escuridão,
amamo-nos como papoila e memória,
dormimos como vinho nas conchas,
como o mar no brilho-sangue do luar.

Ficamos abraçados à janela, as pessoas vêem-nos da rua:
é bem tempo de saberem!
É tempo de a pedra se resolver a dar flor,
de o desassossego palpitar num coração.
É tempo de o tempo ser.

É tempo."

Fernando Pessoa — Obra Poética e em Prosa

Obra Poética e em Prosa (Introduções, organização, biobibliografia e notas de António Quadros e Dalila Pereira da Costa)

1986 / Lello & Irmão – Editores, Porto. 3 vols. in-8º de 1212; 1352; e 1502 págs. Enc.

Edição monumental, daquelas típicas da Lello em papel-bíblia (a.k.a. papel-da-índia), com encadernação em pele profusamente gravada a ouro na lombada e na pasta superior – complementando, por via da prosa, as que no mesmo género Maria Aliete Galhoz preparara para a brasileira Aguilar na década de 60. A introdução de António Quadros, «Introdução Cronológico-Biográfica», espécie de biografia (demasiado psicologizante mas rica de apontamentos com interesse) do poeta, é extensíssima, espraiando-se pela primeira centena de páginas; seguindo-se a da escritora portuense, «Uma Demanda», com três dezenas. O resto do primeiro volume foi ocupado pela antologia poética, sendo o segundo e o terceiro dedicados à prosaica: «Páginas Íntimas», «Cartas», «Ficção», «Textos de Intervenção na Vida Cultural e Literária Portuguesa» (vol.II); «Estética, Teoria e História da Literatura», «Páginas de Reflexão Filosófica», «A Realidade Transcendente», «Sobre Portugal e o homem português», «Pensamento Político (Páginas Polémicas e Doutrinárias)», «Teoria Económica», «Poemas Traduzidos do Inglês», «Biobibliografia», «Apêndice» (vol.III).

Bom conjunto, globalmente por estrear, apesar de ligeiros vestígios de manuseio no início do vol.I.


75€

Fernando Pessoa — Obra Poética

Círculo de Leitores (1986). 3 vols. in-4º. Enc.

Encadernados pelo editor com gravações a dourado, impressos sobre bom papel canelado e ilustrados por Ilda David e Manuel Rosa, com organização e prefácio, cronologia e bibliografia de João Gaspar Simões no primeiro, os volumes recolhem respectivamente: Mensagem, À Memória do Presidente-Rei Sidónio Pais, Quinto Império e Cancioneiro; Poemas de Alberto Caeiro, Odes de Ricardo Reis, Poesias de Álvaro de Campos e Para Além Doutro Oceano de Coelho Pacheco; Poemas Dramáticos (O Marinheiro / Primeiro Fausto), Poesias Inéditas, Novas Poesias Inéditas, Poemas Ingleses, Poemas Franceses, Poemas Traduzidos e Quadras ao Gosto Popular.


40€

Cartas de Amor de Ofélia a Fernando Pessoa

Cartas de Amor de Ofélia a Fernando Pessoa (organização de Manuela Nogueira / Maria da Conceição Azevedo)

Assírio & Alvim (1996). In-8º gr. de 334, [2] págs. Br. 

Textos introdutórios da sobrinha do poeta e da académica, aquela explicando que apenas ultrapassou os pruridos em publicar estas cartas pela insistência da segunda; pruridos que dizia herdados da mãe (irmã de Fernando Pessoa), que desde sempre se opusera à publicação e já não terá achado graça nenhuma à edição das inversas cartas do fingidor à pobre «namorada», pela Ática, em 1978. 16 anos passados sai este volume igualmente fundamental para qualquer pessoana, bastante ilustrado num conjunto de folhas destacadas com fotografias de ambos (algumas aparentemente inéditas) e de cartas e castiços postais e bilhetes postais usados, incluindo o repetido que serviu para a capa do livro. “Ao ler estas cartas ingénuas, patéticas, apaixonadas e um pouco obsessivas sentimos os meandros dolorosos das disparidades humanas”, assim bem resumia Manuela Nogueira, porventura com alguma deselegância, a coisa; indicando depois que estas mesmo assim três centenas de páginas correspondem apenas a uma selecção dentre um total de “230 cartas, 46 postais, vários pequenos bilhetes e 2 telegramas”. 

Edição original, entretanto reeditada no ano passado. 

Exemplar muito bem conservado, talvez por estrear; com o selo da livraria cooperativa portuense Unicepe. 

 23€

Cartas de amor de Fernando Pessoa

Cartas de amor de Fernando Pessoa (Organização, prefácio e notas de David Mourão-Ferreira / Preâmbulo e estabelecimento do texto de Maria da Graça Queiroz)

Edições Ática, Lisboa. (1978). In-8º de 222, [6] págs. Br.

São bastante extensos os textos da própria destinatária Ofélia Queirós e sobretudo o de David Mourão-Ferreira que, respectivamente, abrem e encerram o volume: «O Fernando e Eu» (estruturado pela sobrinha-neta Maria da Graça) e «Estas «Cartas de Amor» de Fernando Pessoa»; um e outro já não reproduzidos na edição posterior dada a lume pela Assírio & Alvim que também apresentamos.

16€

António Quadros — Fernando Pessoa: Vida, Personalidade e Génio

Fernando Pessoa: a obra e o homem / Nova versão // I Volume: Vida, Personalidade e Génio

arcádia (1981). In-8º de 316, [IV] págs. Br.

Volume publicado na conhecida colecção de biografias da Arcádia, embora neste caso menos biográfico e mais exegético, como seria de esperar tratando-se do esotérico-compulsivo Quadros – que após uma «Introdução cronológica à vida e à obra» dividiu o seu estudo principal, «Personalidade, génio e destino», em nove secções de capítulos, uma delas «O Poeta visto pelos seus contemporâneos (Um retrato-robot), entre os quais Almada, Ofélia e Carlos Queirós, Pierre Hourcade, etc.). Como de costume, há um conjunto de folhas centrais ilustradas, impressas sobre papel couché.

Em complemento a este primeiro volume, independente por si só, sairia depois um ainda mais exegético Iniciação Global à Obra ; salvo erro, um caso único na série.

14€

Fernando Pessoa — Odes de Ricardo Reis

Lisboa: Editorial Ática, 1946. In-8º de 170, [3] págs. Br.

Primeira edição, impressa em bom papel e incluindo no final uma lista das variantes apostas por Pessoa nos manuscritos, até então inéditos.

Exemplar ainda em muito bom estado, salvo pontuais e pouco pronunciados vestígios de acidez.

30€


O Livro de Cesário Verde

Edições Ática, Lisboa (1959). In-8º de 211, [9] págs. Br.

Primeira das várias edições que a Ática publicou, reproduzindo como habitualmente o prefácio de Silva Pinto para a edição original.

Exemplar com alguns defeitos na capa e discreta assinatura sobre o frontispício.

12€


Obra Completa de Cesário Verde

Obra Completa de Cesário Verde (Organizada, prefaciada e anotada por Joel Serrão)

Portugália Editora, Lisboa. (1964). In-8º de 264, [VI] págs. Br.

Além de «O Livro de Cesário Verde», engloba «Poesias não incluídas em «O Livro de Cesário Verde»», «Cartas» e um «Apêndice» com a composição «O Desastre», uma tábua biobiliográfica e bibliografia propriamente dita. É importante o texto preliminar de Serrão, «Fundamentos e critérios da edição da Obra Completa de Cesário Verde», perorando sobre o velho problema da efectiva intervenção de Silva Pinto na preparação do livro original.


12€