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De volta, com livros

Depois de um mês em terras castelhanas, onde teve a cargo o Pavilhão de Portugal na Feira do Livro de Madrid representando a Rede de Livrarias Independentes, a vossa livraria está de regresso - e os vossos livros podem voltar a ser consultados no Porto ou encomendados online, quer aqui, nesta página principal, quer na plataforma.

Vieram connosco os livros de algumas das melhores editoras independentes espanholas, que passam assim a ter casa portuguesa a representá-las: esta vossa, à vossa espera.

25 de Abril, 50 anos, 100 livros: Catálogo

Nos 50 anos do 1.º de Maio de 1974, eis enfim o catálogo de livros seleccionados entre os muitos que sobre o tema esta casa tem sempre em acervo, dedicado aos 50 do 25 de Abril.
Seguiu-se o critério já mais ou menos fixado na bibliografia alusiva - antecedentes, período revolucionário propriamente dito e consequentes, neste caso ainda para lá do habitual limite da nossa abençoada Constituição de 76.
Cem peças à vossa escolha, entre literatura e poesia, trabalhos documentais, ensaios históricos, recriações mais ou menos «livres», etc.
Várias pertenceram à biblioteca do escritor Urbano Tavares Rodrigues, ele mesmo resistente à ditadura, e algumas têm dedicatórias dos respectivos autores mencionando o facto.
De resto, Henrique Galvão, Humberto Delgado, Álvaro Cunhal, Francisco Salgado Zenha, Mário Soares, Manuel Alegre, Francisco Sá-Carneiro, etc. etc.

Na capa, uma das variantes em forma de cartaz pintadas por Maria Helena Vieira da Silva sob o mote «A Poesia está na Rua», verso que faz hoje 50 anos a compagnonne-de-route Sophia dedicava numa composição aos militantes do Partido Socialista.

Pode e deve ser desde já consultado

Quem liam os modernistas? O «saudosista» Pascoaes

[Lidas há pouco as memórias lorquianas de Rafael Alberti, uma das mais recentes entre as múltiplas leituras a que um tradutor português de um gigante como Federico García Lorca se deve entregar - não tem a desculpa da dificuldade do idioma. A páginas tantas, conta das sessões que o grupo da «Resi» (a madrilena Residencia de los Estudiantes), incluindo ele próprio, Lorca, Aleixandre, Guillen, Salinas e outros membros da «Geração de 27», o ex-estudante Juan Ramón Jiménez, etc., fazia pelos serões poéticos. Liam: Gide, Valéry, Aragon, Eluard e... "Teixeira de Pascoaes", que aliás os viria a visitar in loco / in Lorca 1 ou 2 vezes, uma das quais correspondendo ao convite para lá pronunciar uma conferência (1923). 4 franceses e... Pascoaes. Nem este vosso amigo, adepto devoto e confesso do amarantino, faz às vezes perfeita ideia do prestígio naquela época do nosso génio Europa fora, Espanha em particular - quando nele se falava para o Nobel, em cuja short list viria mesmo a figurar. Depois, muito pouco depois, começou o investimento do Estado Novo na monomania pessoana, que após o tão ou mais centralista 25 de Abril ainda aumentaria, e juntando isso à estreiteza de vistas (salvo raríssimas excepções) da Academia e ao golpe-de-sorte brasileiro (via Adolfo Casais Monteiro e Cecília Meireles, principalmente), foi o que se sabe. 
Eis o pouco interesse dos «cânones», literários ou religiosos. Valem o que valem, e com frequência espalham-se ao comprido, sendo disso bom exemplo o descaso do «saudosismo» e «passadismo» que atribuem a Pascoaes, e que significa apenas ou que não sabem ler, ou que não perceberam nada.
Os modernistas portugueses liam Pascoaes (é aludindo a Pascoaes que Pessoa se anuncia como "Super-Camões", porque seria deselegante anunciar-se como Super-Pascoaes...). Pelos vistos, os modernistas espanhóis também. Um surrealista como Cesariny considerava-o mesmo "o mais importante poeta português". Mas a douta academia lusa decreta que Pascoaes é do passado, e a douta academia é que sabe.]

Aitor Francos — Las gafas de Pessoa

Fundación José Manuel Lara / Vandalia (se terminó de imprimir esta primera edición de Las gafas de Pessoa, de Aitor Francos, obra galardonada con el VIII Premio Iberoamericano de Poesía Hermanos Machado, en Sevilla, el día 3 de Mayo de 2018). In-8º de 127, [IV], [v] págs. Br.

"Los poemas de Las gafas de Pessoa hablan del desdoblamiento, de esa pérdida de identidad que encontramos detrás de toda escritura y que hace que el poeta sea alguien que casi no se reconoce en sus palabras, que juega a ser a la vez otro y el mismo, en diferentes y paralelas realidades accesorias / Fernando Pessoa vigila estos poemas, pero no está solo; y, en cualquier caso, cada lector puede proponer nuevas compañias".

8€

António Muñoz Molina — El invierno en Lisboa

Seix Barral (octubre 1988). In-8º de 187, [I], [vi] págs. Br.

El invierno en Lisboa es al mismo tiempo un homenaje al cine «negro» americano (y a sus antecedentes lierarios) y al mundo del jazz. Pero es también, y ante todo, sobre el cañamazo de una historia de amor e intriga, una singular y poderosa creación literaria, cuya concisión casi sentenciosa propicia un envolvente aliento poético con escasos parangones en nuestra narrativa reciente. El invierno en Lisboa confirma plenamente las cualidades de un autor que se cuenta ya por derecho propio entre los valores más firmes de la novela española", assim rezava a nota da capa a este célebre romance que ia já aqui na oitava edição e nesse mesmo ano de 1988 obtinha em Espanha o Prémio Nacional de Literatura e o da Crítica. [Várias das capas, como esta, têm aliás o «jazz» por fundo]

8

Histoire de la Littérature Américaine de langue Espagnole

Librairie Hachette. (1953). In-8º de [4], 354, [2] págs. Br. 

Dedicado pelo autor a Marcel Bataillon e aqui publicado em primeira edição, o trabalho foi dividido nas secções «Conditions spécifiques des littératures hispano-américaines», «La génération 1800-1830» (Olmedo, Heredia, etc.), «La génération 1830-1870» (Mármol, Sarmiento, Estanislao del Campo, etc.), «La génération 1870-1900» (José Martí, Rubén Dario, Amado Nervo, Leopoldo Lugones, etc.) e, em apêndice, «Coup d'oeil sur les littératures contemporaines» e «Les littératures nationales».

Exemplar por estrear, conservando os cadernos por abrir. 

15€

Nueve Poetas Cubanos del Siglo XX (Selección de Rolando Sánchez Mejías)

Mondadori (Impreso y encuadernado en Mateu Cromo, Artes Gráficas). (2000). In-12º de 141, [i], [II] págs. Br.

Esta antologia, a cargo de um ensaísta e xadrezista cubano fixado em Espanha (desconhecemos se há ligação familiar ao toureiro cantado por Lorca e compagnon-de-route da Geração de 27 - caso atípico de toureiro com queda para as letras), contemplou Dulce María Loynaz (cá editada pelos nossos jovens e recomendáveis colegas da Flanêur), Emilio Ballagas, José Lezama Lima, Virgilio Piñera (outro nome publicado em Portugal nos últimos anos), Gastón Baquero, Roberto Fernández Retamar, José Kozer e Reina María Rodríguez.
Em 2000, ano da transição para o euro, a coisa custava 495 pesetas / 2,98€. Compreender-se-á que aumente agora significativamente este preço e far-se-á o favor de nem por isso ser esta casa acusada de especulação - porque ainda assim esta edição primitiva, de um trabalho que teve aliás continuação, costuma ser vendida mais cara.

10€      

Juan Gómez Casas — Histórias do Cárcere (tradução de José Rolim)

1970 (Distribuição: Ulmeiro – Livraria e Distribuidora) (Este livro, edição do tradutor foi composto e impresso na Prensa Ferro & Peres, Lda.). In-8º peq. de 156, [I], [iii] págs. Br.

Lia-se no texto de apresentação por Carmen Ruiz: "Ao terminar a leitura destas histórias podemos sentir-nos amargurados, oprimidos com a falta de ar livre em que o autor respira... Juan Gomez Casas quebrou os muros da sua prisão para nos contar como as coisas s passam por dentro. Devemos ouvi-lo e que, pelo menos uma noite, não durmamos tranquilos, porque para que uns vivam, outros morrem lentamente".

Quarto título publicado na colecção «Cadernos Peninsulares». 

8€

Miguel Angel Asturias — O Senhor Presidente

Romances exemplares n.º 9 / Publicações Dom Quixote. (Este livro foi composto e impresso na Sociedade Industrial Gráfica Telles da Silva, Lda. em Março de 1968). In-8º de 358, [VI] págs. Br.

O livro que consagrou aquele que viria a obter o Prémio Nobel da Literatura em 1967, nesta primeira edição portuguesa com tradução de Lopes de Azevedo e capa de Lima de Freitas.

10€

Alejo Carpentier — Literatura e Consciência Política na América Latina

publicações dom quixote. (Lisboa, 1971). In-8º de 144, [4] págs. Br.

Primeira edição portuguesa deste interessante conjunto de textos do escritor cubano, publicada na série «Cadernos de Literatura» dois anos após a original espanhola. O volume reúne «Problemática do actual romance latino-americano», «Do folclorismo musical», «Literatura e consciência política na América Latina», «Ser e estar», «Do real maravilhoso americano» e «Papel social do romancista», ensaios que tomam o contexto ibero-americano como simples mote para digressões bem mais largas sobre a literatura de todos os tempos e continentes - quer respigando escritores e livros, quer deixando notas mais teóricas sobre a natureza e função do romance enquanto género literário.
8€

Octavio Paz — El Arco y La Lira

El Arco y La Lira (El poema. La revelación poética. Poesía e historia)

Fondo de Cultura Economica, México (1982). In-8º de 305, [3] págs. Br.

Com tiragem de 3000 exemplares, foi mais uma reimpressão de um trabalho dedicado a Alfonso Reyes e já então pela oitava vez dado a lume desde 1956. Os ensaios, com variadíssimas digressões e remissões, foram agrupados nas secções de capítulos indicadas no subtítulo.


10€

Octavio Paz — Signos em Rotação

Editôra Perspectiva São Paulo. (1972). In-8º de 319, [I] págs. Br.

"Octavio Paz é o mais importante poeta-crítico da América Espanhola e um dos nomes mais significativos da literatura contemporânea. Esta coletânea de ensaios, a primeira de Paz que se publica em língua portuguesa, dá-nos uma visão radial e radical do pensamento crítico desse grande mexicano e cidadão do mundo". Textos ensaísticos mais ou menos digressivos ou evocativos sobre/de Matsuo Bashô, Mallarmé, André Breton, e.e.cummings, Buñuel e Fernando Pessoa - o famoso «Fernando Pessoa, o Desconhecido de Si Mesmo»; entre outros mais teóricos e abstractos, incluindo o que deu título a este volume. Tradução de Sebastião Uchoa Leite e revisão a meias de Celso Lafer e nada menos que Haroldo de Campos, o qual assina ainda o posfácio final sobre o poeta mexicano, seguindo-se a outros dois mais.

14€

Gabriel García Márquez — Ninguém escreve ao coronel (Romance)

Publicações Europa-América (composto e impresso na Sociedade Astória, em Lisboa, e concluiu-se em Dezembro de 1972). In-8º de 144, [V], [iii] págs. Br.

"Simbiose de contradições humanas, o velho e maníaco Coronel, veterano das memoráveis guerras de Aureliano Buendía, espécie de menino prodígio envelhecido,  louco e sensato, duro e comovedor, maravilhado e tragicómico, é uma daquelas figuras que rasgam um sulco dificilmente apagável na memória do leitor".
Terminado em Paris em 1957 mas apenas publicado em 1961, foi o segundo título publicado pelo romancista colombiano.  

8€

Gabriel García Márquez — A Incrível e Triste História da Cândida Eréndira e da sua Avó Desalmada

Publicações Europa-América (1974). In-8º de 167, [5] págs. Br.

Primeira edição portuguesa deste outro livro de contos, a saber «Um senhor muito velho com umas asas muito grandes», «O mar do tempo perdido», «O afogado mais famoso do mundo», «Morte constante para além do amor», «A última viagem do navio fantasma», «Blacamán, o bom vendedor de milagres» e o que lhe deu título.

10€

Gabriel García Márquez — Os Funerais da Mamã Grande (Contos)

Publicações Europa-América (1972). In-8º de 184, [4] págs. Br.

“É este o único livro de contos do autor de Cem Anos de Solidão e O Veneno da Madrugada, já publicados nesta mesma colecção. Narrativas que datam de 1952, respira-se a inquietante atmosfera de Macondo em todas elas: nas flores trazidas para a cova do ladrão embrulhadas em jornais, na singular cena do dentista, no sumiço das bolas de bilhar, no esplendor da gaiola de Baltasar, na tristeza da viúva Montiel, na melancolia dos pássaros que morrem e dos ratos dizimados e, finalmente, nos pomposos funerais da fabulosa Mamã Grande, a que comparecem o Presidente da República e Sua Santidade o Papa”. 

Presumível primeira edição portuguesa, publicada na «colecção século XX».

10€

Gabriel Garcia Márquez — El General en su Labirinto

Mondadori (1989). In-8º de 286, [4] págs. Enc.

Primeira edição espanhola, simultânea da original colombiana, do que foi o último romance do autor - no seu posfácio, explicava ter «roubado» a ideia (a última expedição de Símon Bolívar, já doente, ao longo do rio Madalena) a Álvaro Mutis, que chegara a começar o seu esboço mas depois o interrompera e deixara em pousio durante vários anos; e ter feito questão de a «roubar» dada a sua ligação àquele rio, que lhe vinha desde a infância. Após esse posfácio há ainda uma não tão «Sucinta cronología de Simón Bolívar», elaborada por Romero Martínez, que ocupa o final do volume, rematado por um mapa da expedição.

Encadernação do editor em tela com sobrecapa ilustrada de papel. No exemplar, a tela está já um pouco manchada e a sobrecapa marcada por alguns picos de acidez; acresce uma nota de compra (embora muito engraçada) a discreta tinta de anteriores proprietários, que o terão vendido ao alfarrabista galego que o vendeu depois a esta casa.

14€

Pablo Neruda — Confesso que Vivi (Memórias)

Confesso que Vivi (Memórias) / 2.ª edição

Publicações Europa-América (1979). In-8º de 339, [9] págs. Br.

“As memórias do memorialista não são as memórias do poeta. Aquele viveu talvez menos, mas fotografou muito mais, recreando-nos com a perfeição dos pormenores. Este entrega-nos uma galeria de fantasmas sacudidos pelo fogo e pela sombra da sua época”: entre os quais Garcia Lorca, Rafael Alberti, Miguel Hernández, Paul Éluard, Pierre Reverdy, Cesar Vallejo, Gabriela Mistral, Vicente Huidobro; e falando também de políticos como Videla, Estaline, Fidel Castro e Salvador Allende, cuja campanha presidencial aborda brevemente (recorde-se que Neruda fôra ele próprio «pré-candidato» em 1969 e que seria assassinado após o golpe de Estado em que as forças armadas chilenas, lideradas por Pinochet e apoiadas pelos EUA, também num 11 de Setembro também terrorista, depuseram o democrático vencedor de 1973).  

Uma primeira edição saíra em 1975, e uma segunda, na tiragem anterior a esta, em 1976.

12€

Jorge Luis Borges — O Aleph

Editorial Estampa (1976). In-8º de 150, [2] págs. Br.

Publicada numa das melhores colecções de que há memória na edição portuguesa («novas direcções»), a edição aproveita a tradução para o Brasil de Flávio Cardoso, aqui adaptada para português de Portugal pelo nosso bom surrealista Mário-Henrique Leiria (que na mesmíssima colecção publicara os seus «Velhos» e «Novos Contos do Gin-Tonic»). 
Nada distingue esta tiragem da predecessora senão a nova capa de José Luís Tinoco. 
Alguns dos capítulos: «Os Teólogos», «Biografia de Tadeo Isidoro Cruz», «A Busca de Averróis», «O Zahir», «A Escrita do Deus», «Os Dois Reis e os Dois Labirintos», «O Homem no Umbral», «O Aleph».

10€

Jorge Luis Borges — O Livro de Areia

Editorial Estampa (1981). In-8º esguio de 133, [1] págs. Br.

Volume saído na colecção, bastante propensa ao fantástico e agora recentemente recuperada, «Livro B»; com tradução de Antonio Sabler. O livro integra os seguintes contos: «Ulrica», «O Congresso», «There Are More Things», «A Seita dos Trinta», «A Noite das Mercês», «O Espelho e a Máscara», «UNDR», «Utopia de um Homem que Está Cansado», «O Suborno», «Avelino Arredondo», «O Disco» e o titular «O Livro de Areia»; terminando por um epílogo do próprio Borges.

7€

As Doze Figuras do Mundo

As Doze Figuras do Mundo

Crime imperfeito (Relógio d'Água). [S/d]. In-8º de 133, [III] págs. Br.

Conjunto de cinco pequenos textos compostos pelo famoso par de amigos Adolfo Bioy Casares e Jorge Luis Borges, algures entre o conto e a novela, com aquela extensão a que no mundo anglófono e anglófilo tão caro a Borges se costuma chamar short story: «As Doze Figuras do Mundo», «As Noites de Goliadkin», «O Deus dos Touros», «As Previsões de San Giácomo» e «A Prolongada Busca de Tai An»; os três primeiros traduzidos por Miguel Serras Pereira, o quarto pelo próprio editor Francisco Vale e o quinto por Carlos Pessoa.

Exemplares novos, em fundo de edição (sobram 3).

9€

Adolfo Bioy Casares — O herói das mulheres

O herói das mulheres / Tradução do castelhano (Argentina): David Machado

cavalo de ferro (2008). In-8º de 175, [I] págs. Br.
 
"Um jornalista perseguido por um regime opressivo, um estudante que foge dos exames por um túnel impossível, um jovem aldeão ansioso por conhecer a cidade ou um empregado de sanatório que descobre que a dor dos pacientes pode ser usada para produzir eletricidade: com a sua escrita elegante e hipnótica, (...) Casares apresenta nestas histórias uma galeria de personagens únicas que parecem partilhar um estranho destino, na fronteira entre o sonho e a realidade."
Nota preliminar do próprio autor: "Este volume reúne os contos e os romances curtos que escrevi depois de El gran serafín (1967)"

Último exemplar disponível.

10€

Adolfo Bioy Casares — dormir ao sol

Editorial Estampa (1980). In-8º de 176, [IV] págs. Br.

Com tradução também de António Sabler e capa também de José Luís Tinoco, foi este o 39.º título da colecção «novas direcções»; a edição original argentina  saíra em 1973.

Exemplar igualmente novo, igualmente fundo de edição.

8€

José Agustín Goytisolo — Palabras para Julia y otros poemas

Palabras para Julia y otros poemas / Colección dirigida por Ana María Moix / Selección de Ana María Moix

Plaza & Janés Editores, S. A. (1997). In-8º peq. de 90, [IV], [ii] págs. Br.

Um de vários irmãos de uma família com genética literária acentuada, José Agustín, porventura dos três Goytisolo’s o menos conhecido em Portugal, é descrito aqui assim: “una de las personalidades literarias e intelectuales más importantes de la generación de los 50, o del medio siglo, constituye, junto a Carlos Barral y Jaime Gil de Biedma, uno de los pilares fundamentales de la llamada escuela poética de Barcelona”, que de resto publicou Borges em Espanha e traduziu para o idioma castelhano os italianos Pavese, Quasimodo e Pasolini, além dos compatriotas catalães Espriu e Vinyoli, entre alguns outros.  

7€

Jorge Guillén — antología

antología / Aire Nuestro: Cántico, Clamor, Homenaje / Selección y prólogo de Manuel Mantero

Plaza & Janés, S. A.  Editores. (Cuarta edición: Abril, 1980). In-8º de 316, [II], [iv] págs. Cart.

É bastante extenso o prólogo de Mantero – quase cinco dezenas de páginas.

Exemplar com uma discreta mancha marginal na frente da capa, além das habituais de escurecimento nas margens das folhas, praticamente inevitáveis dado fraco tipo de papel utilizado.

8€

Jorge Guillén — Antología poética

Antología poética (Selección e introducción de Francisco Javier Díez de Revenga)

El libro de bolsillo / Literatura española / Alianza Editorial (2010). In-8º peq. de 252, [iv] págs. Br.

Estende-se por quatro dezenas de páginas o longo estudo introdutório de Revenga acerca de mais um dos membros da chamada «Geração de 27» que gravitava à volta do génio de Lorca, incluindo uma útil recolha bibliográfica no final. A antologia contempla composições dos livros «Cántico», «Clamor», «Homenaje», «Y Otros Poemas» e «Final».

8€

Emilio Prados — Cancionero Menor para los combatientes (1936-1938)

Editorial Hispamerca, Madrid. (1977). In-8º peq. de 60 págs. Br.

Edição fac-similada de 1.100 exemplares numerados, tendo a este cabido o nº988.
Fique já agora a transcrição do frontispício da original: "(...)seleccion y notas por Manuel Altolaguirre, la impresion en campaña con papel fabricado exprofeso por soldados de la Republica para las Ediciones Literarias del Comisariado del Ejercito del Este / Guerra de Independencia, año de 1938".
Mesmo que nunca tenham lido Prados, os leitores habituais de Lorca lembrar-se-ão da dedicatória em que classifica este seu amigo de "caçador de nuvens".

Bom exemplar.

10€

Federico Garcia Lorca — A Sapateira Prodigiosa

C.I.T.A.C / Coimbra (Dactilografou: António da Silva / Rua Tenente Valadim. Coimbra). In-8º de 51, [I] págs. Br.

Como habitualmente em edições dactilografadas, a tiragem desta, do Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, deverá ter sido relativamente exígua - e daí aparecer tão pouco, sendo uma «peça» quase desconhecida do "Respeitável público" com que começa a peça propriamente dita.

Ou toda, ou este exemplar ostenta o carimbo - branco, em relevo - do referido CITAC. 

15€

Federico García Lorca — Yerma: poema trágico en tres actos y seis quadros

Editorial Losada, S. A. / Buenos Aires. In-8º peq. de 101, [XI], [ii] págs. Br.

"Presentamos hoy la decimoquinta edición de Yerma que, en la obra dramática de García Lorca, representa una de las culminaciones decisivas. Fue estrenada en el Teatro Español de Madrid en abril de 1934 por Margarita Xirgu, alcanzando luego numerosas representaciones. Yerma es la tragedia de la esterilidad, de la maternidad frustrada, envuelta en una atmósfera de poesía tan elemental como profunda". 

5€

Juan Ramón Jiménez — Conciencia Sucesiva de lo Hermoso: Antolojía

Consejería de Cultura / Centro Andaluz de las Letras (2008). In-8º de 95, [i] págs. Br.

Edição de larga tiragem, sendo a antologia da mão de Javier Blasco, que assina o prólogo e que a dividiu numa distribuição meta-«temática» das composições agrupadas sob títulos que aproveitam versos: «Contar, cantar, llorar, vivir, acaso»; «El nombre exacto de las cosas»; «Estos asombrados ojos míos»; e «Un dios de lo hermoso conseguido». 

5€

Juan Ramón Jiménez — Poesia: Árbol joven y eterno

Poesia: Árbol joven y eterno (Selección y prólogo: Carmen Bravo-Villasante)

Montena (Mondadori, 1988). In-8º de 149, [I], [ii] págs. Br.

A antologia abarca boa parte dos títulos publicados pelo poeta, seleccionando poucas composições (o máximo são as 5 de Baladas de Primavera) de cada um.

Primeira edição.

10€

Juan Ramón Jiménez — Platero e Eu

Livros do Brasil, Limitada / Lisboa. [S/d]. In-8º de 139, [5] págs. Br.

Foi a mais conhecida incursão em prosa do poeta modernista - ela mesma constituída por curtos capítulos que em muitos trechos são prosa quase poética.
Tradução do castelhano por José Bento e ilustrações a toda a extensão do volume de Bernardo Marques.

Exemplar por estrear.

8€

Antonio Machado — Antología poética

libros Rio Nuevo (1999). In-8º peq. de 223, [i] págs. Br.

Com um extenso texto preliminar (uma dezena de páginas) de Virgilio Bejarano, o volume recolheu composições dos livros «Soledades (1899-1907)», «Campos de Castilla (1907-1917)», «Nuevas Canciones» (1917-1930») e «Poemas de la Guerra (1936-1939)».

8€

Ortega y Gasset 1883-1955: centenario de su nacimiento

Ministerio de Educacion y Ciencia / Servicio de Publicaciones, 1983. [D.L. 1984]. 12 fascículos in-4º gr. Br.

Uma dúzia de fascículos de paginação variada agrupados em estojo de cartolina, com os seguintes títulos/assuntos: «Ortega y su tiempo», «Retrato de Ortega», «Ortega visto por sus contemporaneos», «Ortega visto por si mismo», «Ortega, filosofo», «Ortega, politico», «Ortega y la Educacion», «Ortega, periodista», «Ortega ante las letras y las artes», «Ortega, editor», «Ortega, viajero» e «Ortega y El Escorial».

Exemplar por estrear, adquirido embalado directamente na fonte.

20€ 

Miguel de Unamuno — Antología Poética

Espasa-Calpe, S. A. (1955). In-8º peq. de 157, [VIII], [iii] págs. Br.

Selecção e prólogo de José María de Cossío, que ainda chegou a ser editor do antologiado – de quem aqui escolhia composições dos livros de poesia que publicou, Rosario de Sonetos Líricos, Andanzas y Visiones de España, etc.; além de algumas composições de aparecimento póstumo.

5€ 

Miguel de Unamuno — Por Tierras de Portugal y de España

Por Tierras de Portugal y de España (cuarta edición)

Espasa-Calpe, S. A. (1955). In-8º peq. de 188, [ii] págs. Br.

Dispensará apresentações este livro cujos capítulos iniciais, mais de um terço do volume, são dedicados ao nosso país, que o autor dizia fazer questão de visitar ao menos uma vez por ano: «Eugenio de Castro», «La literatura portuguesa contemporánea», ««Las sombras», de Teixeira de Pascoaes», «Epitafio», «Desde Portugal», «Las ánimas del purgatorio en Portugal», «La pesca de Espinho», «Braga», «O Bom Jesus do Monte», «Guarda»,  «Un pueblo suicida» e «Alcobaça».

5€

Vicente Blasco-Ibáñez — La Barraca (novela)

F. Sempere y Compañía, Editores / Valencia || Madrid. [S/d]. In-8º de 313, [i], [VI] págs. Br.

O final do volume apresenta um catálogo de «Libros Populares da Casa», seis páginas.

Belo exemplar.

15€

Lope de Vega — Poesías (Edición: Fco. Javier Díez de Revenga)

Bruguera (enero, 1982). In-8º peq. de 426, [II], [ii] págs. Br.

A recolha foi dividida nas secções «Canciones y romances (Primeros años) (1579-1600)», «Rimas (1602-1609)», «Poesía sacra (1612-1619)», «Epístolas (1621-1624)», «Triunfos divinos (1625)», «Canciones procedentes del teatro (1597-1634)», «Sonetos procedentes de obras mayores (1594-1632)», «Poemas sobre su vida (Ultimos años)» e «Rimas humanas y divinas del licenciado Tomé de Burguillos (1634)».

8€

Garcilaso de la Vega — Poesía castellana completa

Poesía castellana completa (Edición de Consuelo Burell) / vigésima edición

Catedra, Letras Hispanicas. (1997). In-8º peq. de 209, [i], [XIII], [i] págs. Br.

Foram agregados no volume três églogas, duas elegias, uma epístola, cinco canções, sonetos e, a terminar, «Obras menores. Coplas».

7€

Fray Luis de León — Poesías (Edición preparada por Miguel de Santiago)

Ediciones 29, Barcelona (España). (1989). In-8º peq. de 143, [i] págs. Br.

É bastante extensa a introdução a esta sua própria edição destoutro poeta do Siglo de Oro, que entre muitas outras notas nos indica que a mais completa biografia dedicada ao agostinho foi escrita pelo lusófilo – e iberista – Aubrey Bell. Há nestes poemas várias alusões ao nosso país, o que aliás nunca seria de estranhar pois o autor viveu ainda uma década do domínio espanhol em Portugal. 

5€ 

Contos Espanhóis

Contos Espanhóis: Linares Rivas ≈ Pedro Mata ≈ Pio Baroja ≈ Concha Espina ≈ Peres Galdós  Martinez Sierra ≈ Miguel Unamuno  Eugenio Sellés ≈ Emilio Carrere ≈ Blasco Ibañez ≈ Felipe Trigo ≈ J. Dicenta ≈ L. Araguistan ≈ Palacio Valdés / Prefácio de Francisco Carvajal Capella / Selecção e tradução de Isolino Caramalho

Editorial «Gleba», L.da, Lisboa. (Acabou de se imprimir no Centro Tip. Colonial, L. Rafael Bordalo Pinheiro, 27 e 28–Lisboa —— aos 25 de Abril de 1945). In-8º de 339, [V] págs. Br.

É bastante extenso o prefácio de Capella, com apontamentos bio-bibliográficos sobre os autores aqui recenseados, a quem também dedica apresentações individuais nos capítulos respectivos. 

15€  

Três Novelistas Espanhóis: Unamuno, Pio Baroja, Valle-Inclán

Três Novelistas Espanhóis: Unamuno, Pio Baroja, Valle-Inclán (Selecção, Tradução e Notas de Carlos F. Barroso)

Enciclopédia Portuguesa, Limitada / Pôrto / 1945. In-8º de 190, [2] págs. Br.

Uma das «Edições Altura», recolhendo duas novelas de cada um destes três vultos da chamada «Geração de 98»: de Unamuno, «Um pobre homem rico ou O sentimento cómico da vida» e «O marquês de Lumbria»; de Baroja, «Os cinifes» e «Os sacrificados»; e de Valle-Inclán «A condessa de Cela» e «Augusta». A todos dedicou o tradutor competentes notas bio-bibliográficas preliminares. O volume inaugurou a «Antologia do Conto e da Novela».

Exemplar por abrir, que apenas deslustram pequenos picos de acidez na capa.

15€

Fèlix Cucurull (antologia do conto moderno)

Fèlix Cucurull / tradução e prefácio de Manuel de Seabra

atlântida – livraria editora, l.da / coimbra, 1959. In-8º de 195, [V] págs. Enc.

O volume recolhe «Toque de finados», «Clovis Atlant», «Carta de despedida», «Episódio», «14 resultados», «O Sinal», «Ninguém romperá a noite» e «Agora, adeus».
A bela capa de brochura visível na imagem é da quase inconfundível autoria de Victor Palla.

Vários exemplares disponíveis.

12€

Felix Cucurull — Quase uma Fábula

Quase uma Fábula (novela)

(Composto e impresso na Gráfica de Coimbra). [S/d - 1969?]. In-8º q/esguio de 93, [I] págs. Br.

Tradução de Fernando Mendes Madeira revista pelo escritor Carlos Loures, que se encarregou das notas e do prefácio: "Se algumas palavras se justificam no limiar desta novela, elas serão para chamar a atenção de alguns leitores menos avisados (...) quer para a Catalunha, quer para a vitalidade de uma literatura que, excepção feita a Cucurull e a Pere Calders (do qual existe uma antologia de contos traduzidos), ignoramos totalmente".  

12€

Felix Cucurull — O Deserto

O Deserto (contos e novelas) / Prefácio de Fernando Namora

Portugália Editora (1965). In-8º de 161, [VII] págs. Br.

71.º título da profusa colecção «Contemporânea», o volume recolhe «O Deserto», «Companheiro», «O Sangue e o Lodo», «A Paciência» e «Ainda Estamos a Tempo» de ler este "conjunto de contos e novelas de uma severidade de processos que mais acentua o dramatismo dos seus temas", "uma das obras mais representativas da moderna ficção peninsular". É bastante extenso o prefácio em que Namora apresentava este livro e Cucurull a quem ainda não o conhecesse. 

Exemplar com ligeiro desgaste exterior. 

10€

Enrique Vila-Matas — Marienbad Eléctrico

Marienbad Eléctrico (Tradução de Maria Manuel Viana)

teodolito (Impressão e acabamento: Rainho & Neves / Setembro de 2016). In-8º de 111, [i] págs. Br.

“Desde 2007, Enrique Vila-Matas reúne-se com Dominique Gonzales-Foerster em diferentes lugares, mas especialmente no café Bonaparte, em Paris, onde experimentam «a alegria imparável da troca de ideias sem inibições». Dessas conversas foi surgindo a amizade de enorme poder criativo de que fala Marienbad Eléctrico, um livro cativante, escrito a pedido de Dominique Bourgois, a editora francesa de Vila-Matas: um livro sobre as colaborações do escritor barcelonês com «uma das artistas francesas mais reconhecidas da cena internacional» (Le Monde)”  
“«Uma excursão à arte contemporânea de vanguarda, com piscadelas de olho aos suspeitos do costume (Rimbaud, Beckett, Walser, Duchamp, Sebald, Perec, Bolaño). (...) Com Marienbad, Vila-Matas não só defende uma nova forma de escrever “novelas” como apresenta um excelente exemplo dessa nova forma» (Edmundo Paz Soldán)”

12€

Enrique Vila-Matas — O Mal de Montano

O Mal de Montano (Tradução: Jorge Fallorca)

teorema (Outubro de 2004). In-8º de 313, [III] págs. Br.

"Vila-Matas é alguém que olha sempre o mundo a partir da literatura, dos seus arquétipos, sortilégios e maldições. Nunca porém terá levado a sua ambição tão longe como neste fabuloso «O Mal de Montano», que recebeu em Espanha o Prémio Nacional da Crítica e o Herralde, para além do Femina para o Melhor Romance Estrangeiro publicado em França. O mal de Montano do título não é mais do que a doença da literatura, a incapacidade de viver fora da órbita do que é literário." (José Mário Silva)

Em entrevista recente, e para valorizar o seu último romance, o escritor catalão dizia ser o único que punha ao nível deste em toda a sua carreira.

Vários exemplares ainda disponíveis em fundo.

15€

Boletim bibliográfico 2/2024

Preparado tendo em vista o centenário de nascimento de Fernando Campos (no passado dia 22 de Março) e os 175 anos do nascimento de Alberto Pimentel (que se assinalaram anteontem), o segundo deste ano é principalmente dedicado ao romance histórico, género que o primeiro praticou quase em exclusivo e o segundo também q.b.
Além desses dois senhores, entram romances mais ou menos históricos de outros afamados praticantes como Garrett, Herculano, Camilo, Arnaldo Gama, Pinheiro Chagas, Campos Júnior e Saramago, entre muitos outros.
Mas como a vida não é só romance (a bem dizer, raramente o é...), mistura-se também alguma História, privilegiando a bastante romanceada (muitas vezes praticada por... romancistas). 

Pode consultar-se