Além de alguns textos preliminares e relações variadas que apresenta, o principal do volume, levado a cabo pela comissão de homenagem que (re)constituiu a casa de Camilo pós-incêndio, é um «díptico»: a indicação e breve descrição das cartas manuscritas por remetentes variados que constavam do seu espólio; e o catálogo da sua biblioteca pessoal, levado à venda por Matos Moreira em 1883, que já não estaria completo porque o romancista tinha promovido ele próprio uma venda anterior, além das esporádicas que ia fazendo sempre que mais necessitado de dinheiro.
A palavra a Alexandre Cabral, que dedicou ao livro um verbete de uma página no seu Dicionário de Camilo Castelo Branco: “A publicação (...) tem uma história bonita de contar. E conta-se em breves palavras: o abnegado esforço de um grupo de pessoas que meteram ombros à tarefa de reedificar a casa onde viveram Camilo e Ana Plácido no decurso de 26 anos, devastada pelo incêndio de 17-3-1915. Foi convocada uma «assembleia de pessoas gradas», com o objectivo de consagrar a memória de um escritor que ali escreveu a parte mais importante da sua obra e onde sofreu as angústias dos últimos anos da sua existência. A consagração significava reedificar o prédio, comprar os salvados e instalar no edifício reconstruído o Museu-Camilo – hoje Casa –Museu de Camilo; nos baixos da casa funcionaria a Escola Primária de São Miguel de Ceide.” [etc.]
45€ (reservado)