livraria on-line

Livraria / Editora / Alfarrabista } { Porto bibliographias@gmail.com / 934476529

.

.

Deux Mémoires Sur l’Evolution de Rio de Janeiro.

- 1909 – Publie par la Mission d’Expansion Economique du Brésil a Anvers. (Imprimerie Cl. Thibaut). In-4º de 42, [II] págs. + [2] mapas desdobráveis. Enc.
 
Os dois livrinhos aqui reunidos sob a égide da Missão em causa foram «Sur L’Evolution d’une Ville du Nouveau-Monde», de M. de Oliveira Lima (apresentado na qualidade de Ministro do Brasil na Bélgica), e «La Metamorphose d’une Ville du Brésil», de M. F. A. Georlette (Vice-Cônsul dos Estados Unidos do Brasil). Ambas as monografias ilustradas por belas fotogravuras, no primeiro caso a partir de duas estampas da primeira metade do séc.XIX e três já contemporâneas, a que se somam na segunda ainda mais duas da época. Merecem também destaque os dois mapas inclusos, um da «Bahia do Rio de Janeiro» e o outro com as «Obras de Melhoramento do Porto do Rio de Janeiro». Interessante e obviamente invulgar, decerto até mesmo em França.

Exemplar encadernado com cantos e lombada em pele e filetes de demarcação a ouro, tendo as pastas sido revestidas de «pele-de-cobra» (ligeiro esboroamento da lombada sobre o encaixe); conservando a face superior da capa de publicação; dezenas de folhas em branco acrescentadas no final do volume para notas, como era então frequente; ex-libris de Aurélio P. Martins («Lumen et Libertas») na folha de guarda.
 
25€

O Rio de Janeiro como é: 1824-1826

O Rio de Janeiro como é: 1824-1826 (Huma Vez e Nunca Mais) // Contribuições dum diário para a história atual, os costumes e especialmente a situação da tropa estrangeira na capital do Brasil. // Tradução de Emmy Dodt e Gustavo Barroso, apresentada, anotada e comentada por êste.

Editora Getúlio Costa, Rio de Janeiro. [S/d]. In-8º gr. de 300, [4] págs. Enc.

Primeira edição em língua portuguesa de um volume originalmente publicado na Alemanha, em alemão, 1829, com tiragem restrita e por isso até então quase desconhecido – um dos vários testemunhos de mercenários estrangeiros alistados por D. Pedro IV (no Brasil Pedro I) e depois pelo filho sobretudo para as guerras com Argentina e pontualmente Uruguai; descrevendo este o nosso primeiro monarca constitucional em vários passos, começando assim: “D. Pedro é um belo homem, de estatura mediana e rosto marcado pela varíola, com esplêndida barba negra. Porte naturalmente altivo. Fala depressa e decidido. Os olhos pretos e brilhantes não se fixam muito tempo em um lugar. Percebe tudo o que se passa em volta dêle e gosta de intercalar uma piada num assunto sério. Ri frequentemente, mostrando dentes alvíssimos”.
Interessantes gravuras com aspectos da cidade quer à época da composição, quer à desta publicação, entremeiam em folhas destacadas o texto.
 
Mais um exemplar da rica brasiliana de Aurélio P. Martins, que o mandou encadernar com cantos e lombada em pele gravada a ouro (incluindo as suas iniciais A. P. M.), preservando ambas as faces da capa de brochura; e lhe apôs o seu ex-libris.
 
25€

Palácio e Fortaleza da Conceição

Secção de Relações Públicas da DSG, 1959. In-4º gr. de 14, [12] págs. Br.
 
“O então Tenente Coronel Armando de Carvalho Dias, foi encarregado em 1 946 pelo Diretor do Serviço Geográfico, para apurar a situação das construções particulares existentes na área de domínio útil da antiga Fortaleza da Conceição. Realizou êle ampla devassa, examinando tôda a documentação existente da Divisão do Património do Exército, nos Arquivos do Exército e Nacional. / Como resultado de suas pesquisas, apresentou circunstanciado relatório, onde não só abordou a matéria para que fôra designado, como fez um ótimo estudo sôbre o Histórico do Palácio e Fortaleza da Conceição”.
Promovida pela referida Diretoria do Serviço Geográfico do Estado-Maior do Exército brasileiro, é uma edição de tipo policópia – se a praxe for no Brasil como cá, a tiragem terá sido presumivelmente reduzida e os exemplares serão portanto raríssimos.
 
14€

Alcântara Machado ― Vida e Morte do Bandeirante

Vida e Morte do Bandeirante (introdução de Sérgio Milliet « desenhos de J. Wasth Rodrigues) 

Livraria Martins Editora, São Paulo. (1943). In-8º gr. de 236, [8] págs. Enc.

No prefácio, Milliet sublinhava neste um título pioneiro na história social do Brasil, precursor directo (a publicação original fôra em 1929) de Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freire. Dedicado aos familiares e antepassados paulistas “desde Antônio de Oliveira chegado a S. Vicente em 1532”, o estudo conta capítulos como «O que dizem os inventários», «As fortunas coloniais», «O sítio da roça», «Educação e cultura», «Médicos, doenças e remédios», «Índios e tapanhunos», «As devoções dos bandeirantes», «Em face da morte», «O sertão».

Exemplar encadernado na casa carioca Vallelle ao estilo amador; não apresentando a capa de brochura, aparentemente aproveitada para as guardas; pertenceu à brasiliana de Aurélio P. Martins, de quem ostenta o ex-libris e as iniciais gravadas a ouro na lombada.

23€    

Viana Moog ― Bandeirantes e Pioneiros (Paralelo entre duas culturas)

Editôra Globo (Rio de Janeiro – Pôrto Alegre – São Paulo). (1954). In-8º gr. de 413, [3] págs. Br.

“Depois de prolongada ausência nas montras das Livrarias, brinda Vianna Moog os seus leitores com Bandeirantes e Pioneiros, a grande obra de sua maturidade. Livro corajosamente polêmico, nêle estuda o autor as características étnicas, geográficas, religiosas, econômicas e sociais que mais respondem pela diferença entre a civilização brasileira e norte-americana. (...) De Bandeirantes e Pioneiros o mínimo que se pode dizer é que é o melhor livro de Vianna Moog, uma vez que aqui o ensaísta de Heróis da Decadência e Uma Interpretação da Literatura Brasileira, o biógrafo e o crítico de Eça de Queirós e o Século XIX, o analista e o pensador político de O Ciclo do Ouro Negro e Novas Cartas Persas, bem como o romancista e o historiador social de Um Rio imita o Reno, encontram-se admiràvelmente amalgamados”. A mesma nota de apresentação inscrita nas dobras citava a opinião exageradamente encomiástica de Erico Veríssimo: “Penetrante, revelador, corajoso, êste livro provocará discussões apaixonadas e ficará na nossa história literária ombro a ombro com Casa Grande & Sanzala, de Gilberto Freyre”.

Exemplar com algum desgaste e manchas na capa; pertenceu à brasiliana de Aurélio Martins, de quem ostenta o habitual ex-libris na folha de guarda.
 
17€  

Viana Moog — Eça de Queiroz e o Século XIX

1938, Edição da Livraria do Globo (Barcellos, Bertaso & Cia. – Pôrto Alegre). In-8º de 356 págs. Enc.

Começava o escritor brasileiro o prefácio deste seu terceiro livro escrevendo que “As biografias constituem, desde Plutarco, a grande paixão das épocas em que determinado tipo de civilização está prestes a corromper-se. Nos tempos que correm, chega-se a ter a impressão de que os escritores, pressentindo que a decadência é fatal e talvez irremediável, já não se preocupam com outra coisa que não seja fazer o inventário dos grandes nomes de uma cultura em pleno naufrágio. Dir-se-ia não haver tempo para mais nada”, considerando Eça um daqueles fantasmas que “Resistem sobranceiros a tôdas as investidas, como se os anos nada tivessem podido contra sua atualidade e sedução. Para nos libertarmos dêles só há um caminho a seguir: escrever-lhes a biografia”, e garantindo com graça que nesta, para o caso de mais não ter conseguido, anexou “prudentemente uma boa cópia de fotografias (...) isto agrada o leitor, aproveita ao editor e a mim não me prejudica”.
Edição original, a que muitas se seguiram,  de um dos títulos fundamentais da  bibliografia queirosiana, pertencendo este exemplar à série - mais valiosa - encadernada pelo editor em tela.
 
24€

Plínio Salgado ― Como Nasceram as Cidades do Brasil

Edições Ática, Lisboa / MCMXLVI. In-8º gr. de 166, [2] págs. Br.

Escrito todo no habitual tom de excessivo apreço pelo colonialismo dos portugueses, que fez deste um dos autores a que se opuseram com sucesso os igualmente excessivos anti-lusitanistas como Buarque de Holanda, e na habitual toada conservadora que o actual governo brasileiro subscreveria por inteiro 3/4 de século depois (“Agora, mais do que nunca, é preciso amar o Brasil. Engrandecê-lo sem artifícios; livrá-lo de todo o veneno da decadência; salvá-lo de toda a desfiguração que o cosmopolitismo opera deprimindo-nos”), e palavroso como habitual – mesmo assim não deixa o livro de ter bastante interesse e de apresentar apontamentos desconhecidos até de um conhecedor razoável da história da nossa principal ex-colónia. Com ilustrações também interessantes no texto e em encorpadas folhas à parte, apresenta por capítulos «Panorama da terra e da gente do Brasil», «Muros de fortes e perfis de igrejas», «Piratininga», «Matrimónio das raças», «Mistérios da toponímia brasileira», «São Sebastião do Rio de Janeiro», «No tempo do açúcar», «As águias partem do planalto», «As cidades nasceram no sertão», «O ouro da montanha», «Domínio da Grande Terra» e «As cidades brasileiras no século XIX».

Alguma acidez na capa; miolo em bom estado.
 
20€

J. Capistrano de Abreu ― Caminhos Antigos e Povoamento do Brasil

Edição da Sociedade Capistrano de Abreu / Livraria Briguiet, 1930. In-4º de 269, [3] págs. Enc.

«Solís e primeiras explorações», «Os Guaianazes de Piratininga», «Atribulações de um Donatario», «Os caminhos antigos e o povoamento do Brasil», «Os primeiros descobridores de Minas», «Schema das bandeiras», «A bandeira de Francisco de Mello Palheta ao Madeira», «Sobre uma historia do Ceará», «Tricentenario do Ceará» e «Fragmento de um prologo» são os capítulos deste famoso «clássico» já tantas vezes reeditado, numa edição original de 2175 exemplares – pertencendo este à série corrente e encadernado à época com lombada em pele gravada a ouro e pastas em marmoreado, conservando ambas as faces da capa de publicação; as margens apresentam-se ligeiramente escurecidas.
 
38€

Elaine Sanceau ― Captains of Brazil

Livraria Civilização – Editora (Rua Alberto Aires de Gouveia, 27 –) Porto. (1965). In-8º gr. de 380, [4] págs. Br.

“This book covers the period between the official discovery of Brazil in 1500 and the death in 1572 of the great governor Mem de Sá. By this date the young brazilian nation, having survived the first troublous years of its existence, had already acquired the vital force necessary to react against the Dutch invasion in the following century”; contendo, entre um total de 24, capítulos dedicados à fundação e aos primeiros tempos das cidades da Baía, de São Paulo e do Rio de Janeiro. Edição graficamente cumpridora, com ilustrações de bastante bom efeito a cor e algumas outras a p/b, em folhas inteiras à parte. Salvo erro, foi esta a primeira de língua inglesa, em cujo texto ainda inédito se baseara a portuguesa original, na mesma editora, em 1956.
Recorde-se que no início do século passado a escritora franco-inglesa vivera durante alguns anos no Brasil, antes de se fixar no Porto durante a década de 30.

Exemplar valorizado por dedicatória de oferta manuscrita pela autora “For Marguerite, with deep gratitude for able assistance, and love”, assinada Elaine em Leça do Balio com data August 1965. Aparado à cabeça, conserva íntegras as restantes margens.
 
22€

Os Sete Únicos Documentos de 1500

Os Sete Únicos Documentos de 1500, Conservados em Lisboa, Referentes à Viagem de Pedro Álvares Cabral

Agência Geral das Colónias / Lisboa, MCMXL. In-4º gr. de 110, [6] págs. Enc.

Edição comemorativa do duplo centenário (Fundação e Restauração), cuja esmerada composição, em bom papel (à parte as fotogravuras impressas em couché), coube à Ática. Os documentos apresentados são: «Carta régia da nomeação de Pedro Álvares de Gouveia para capitão-mor da armada (Lisboa, 15 de Fevereiro de 1500)»; «Borrão original da primeira fôlha das instruções de Vasco da Gama para a viagem de Cabral (sem local nem data)»; «Borrão original de algumas fôlhas das instruções régias (regimento real), dadas a Cabral para a sua viagem (sem local, nem data)»; «Borrão original das instruções régias adicionais, sob a forma de carta, dadas a Cabral para a sua viagem (sem local, nem data)»; «Carta de D. Manuel ao rei de Calecute (Enviada por Cabral. – Lisboa, 1 de Março de 1500)»; «Carta do achamento do Brasil, de Pero Vaz de Caminha, dirigida a D. Manuel (Pôrto Seguro, da Ilha de Vera Cruz, 1 de Maio de 1500)»; «Carta de Mestre João, dirigida a D. Manuel (Vera Cruz, 1 de Maio de 1500)».

Exemplar revestido de boa encadernação em tela, mantendo a frente da capa de brochura - que apresenta algumas marcas, único «defeito» a merecer destaque.
 
40€    

Jaime Cortesão ― A Colonização do Brasil

Portugália Editora |  Lisboa. (1969). In-8º de 367, [7] págs. Br.

Edição em volume único de quatro estudos primitivamente publicados pelo autor na História de Portugal da Portucalense e na História da Expansão Portuguesa no Mundo da Ática: «Colonização do Brasil», «Colonização dos Portugueses no Brasil», «Relações entre a Geografia e a História do Brasil» e «Expansão Territorial e Povoamento do Brasil». Com a habitual finura e erudição deste republicano decerto insuspeito de nacionalismo e colonialismo luso-tropical, muito se recomenda a leitura àquele pós-colonialismo bem menos fino e erudito – é um eufemismo – que desconhece até o bê-a-bá da História do Brasil e voltou agora à carga, a 8 mãos, nas páginas do Público, vituperando a estátua do Padre António Vieira em Lisboa não como padrão da evangelização mas enquanto, repare-se, “símbolo do colonialismo”. Sorte deles que os disparates, tal como os colonos, pouco ou nenhum imposto pagam.
Ilustrações variadas em folhas à parte.
 
12€

José Osório de Oliveira ― O Sonho Inútil

(Composto e impresso nas oficinas da «Casa Portuguesa», 1957). In-8º de 215, [V] págs. Br.

O volume recolhe textos diversos agrupados sob diversas secções: 22 em «A Segunda Parte do Caminho», talvez todos ou quase todos com publicação prévia na imprensa, como os 2 finais «Para Além do Eu (dois editoriais de um quotidiano)». A meio estão «A Espanha, em várias ocasiões (apontamentos para um livro que não escreverei) – 1946-1956», «Fragmentos de um Jornal Destruído – 1935-1957» e «Exercícios Fora de Tempo» (um conto e 3 exercícios proto-teatrais). Os artigos e crónicas, na típica prosa amenamente interessante do autor, contemplam q.b., como de costume, a Espanha e o Brasil: «Senhor Azorín!», «Epitáfio de Mário de Andrade» (amigo brasileiro dilecto), «A Constância Espanhola», por exemplo.
Capa ilustrada por um desenho do poeta Dionisio Ridruejo.
 
Exemplar valorizado por dedicatória de oferta manuscrita por Osório de Oliveira ao escritor Urbano Tavares Rodrigues.
 
22€

José Osório de Oliveira ― história breve da Literatura Brasileira

história breve da Literatura Brasileira (5.ª edição, definitiva)

Editorial Verbo (1964). In-8º de 167, [3] págs. Br.

Aos numerosos capítulos originais acrescentava-se aqui – e talvez já em edições anteriores – como suplemento os textos de duas conferências promovidas no Porto, uma («Aspectos do romance brasileiro», 1943), e em Lisboa e Coimbra a outra («Sobre o modernismo», 1942).
 
8€

Brasil (por João de Barros, José Osório de Oliveira, Gastão Bettencourt)

Edições Europa (Rua da Emenda, 19) – Lisboa, 1938. In-4º gr. de 373, [11] págs. Enc.

Magnífico álbum encadernado em percalina gravada a ouro e a seco e impresso sobre folhas de papel couché, com outras folhas de encorpada cartolina para ilustrações à parte reproduzindo a cores trabalhos de artistas brasileiros (somando-se às belas ilustrações a p/b no texto com aspectos, edifícios e monumentos de variadíssimas cidades entremeados por instantâneos de recorte natural/paisagístico; se algum defeito se pode pôr a um volume destes, será apenas o cariz genérico das imagens: o segundo capítulo, dedicado à literatura, mereceria por exemplo retratos dos escritores aludidos, portadas dos livros em causa, etc.). Além dos autores – cujos longos textos são, respectivamente, «Traços Psicológicos do Brasil Contemporâneo», «Expressão Literária do Brasil» e «Visão Geral do Brasil» – contribuíram também para a documentação gráfica, entre outros, «só» Erico Veríssimo, Hélio Viana e Mário de Andrade, a par de instituições e entidades como os serviços federais de Propaganda e Turismo e do Património Histórico e Artístico, a «Ilustração Brasileira», etc.   
 
Este exemplar, n.º 1313 de uma tiragem aparentemente não indicada, pertenceu a Franco Ramos, de quem ostenta o ex-libris na guarda; tendo por único defeito significativo uma pequena marca de corrosão no pé da lombada, visível na fotografia.
 
75€

João de Barros ― Presença do Brasil

Presença do Brasil (Páginas Escolhidas (1912-1946) / Prefácio de Ribeiro Couto)

Edições Dois Mundos (1946). In-8º de 286, [2] págs. Br.

Foram alguns dos textos aqui publicados «A energia brasileira», «A mentalidade brasileira contemporânea», «A Atlântida», «Guerra Junqueiro e o Brasil», «António José de Almeida e o Brasil», «Cultura brasileira». Apresenta duas fotogravuras sobre folhas destacadas, uma delas um retrato de conjunto precisamente da visita do Presidente português, que aparece ao lado do brasileiro - Epitácio Pessoa. 

Exemplar ainda por estrear, conservando os cadernos por abrir, porém infelizmente prejudicado por manchas antigas de humidade sobretudo nas margens (e mesmo quando na mancha sem prejuízo da normal leitura do volume).
 
7€

João de Barros ― Caminho da Atlantida: Uma Campanha Luzo-Brazileira

Livraria Profissional, editora / (Largo do Conde do Barão, 49) Lisboa. In-8º de 223, [5] págs. Br.

Esta edição integra um prefácio escrito pelo autor em forma de carta-aberta ao editor Pedro Bordalo, dizendo o livro “Composto de artigos dispersos, quasi todos elles escriptos sem demoras de reflexão, e sem cuidados de estilo, apenas tem o valor do seu entusiasmo, e da minha fé nos destinos da aproximação luzo-brazileira”. Foram alguns deles «Louvor a S. Paulo», «O meio intelectual no Rio e em S. Paulo», «Literaturas gemeas», «Lisboa triste», «A Mentalidade Brasileira Contemporanea», «O Brasil e a guerra», «Unificação ortográfica», «Sentido do Atlantico».

Exemplar por estrear, tendo os cadernos ainda por abrir.
 
10€  

Hugo Rocha ― Sinfonia Incompleta do Brasil Maravilhoso

Sinfonia Incompleta do Brasil Maravilhoso (• Pequena história duma grande viagem. • Breve evocação doutra viagem longa. • Da Missão Cultural do Grupo de Estudos Brasileiros do Porto, em Junho de 1963.)

Edição do Grupo de Estudos Brasileiros do Porto / Porto – 1965. (Imprensa Social, Secção da Coop. do Povo Portuense). In-8º gr. de 76, [4] págs. Br.

Recolhe os apontamentos que o autor tirou durante duas estadias no Brasil, aqui agrupados em dez capítulos e versando principalmente o Rio, São Paulo, Brasília e a região de Minas Gerais; ilustrados no texto por alguns clichés de uma conhecida casa portuense com panoramas e monumentos.

Exemplar valorizadíssimo por dedicatória de oferta manuscrita pelo próprio Hugo Rocha “A António de Sousa Pinto, ao director de «Livros do Brasil» e ao brasilófilo, este breve depoimento acerca do país fascinante de cuja literatura tem sido o arauto em Portugal, com a homenagem do seu fiel e grato amigo (...) / Porto, 27.9.965”; apresentando ligeiras marcas de sujidade nas margens e no corte.
 
15€

Alexandre de Morais ― O Brasil de Hoje

O Brasil de Hoje (Vol.I : Notícia geográfica, histórica e política do Brasil)

Edições Universo, (Rua do Diário de Notícias, 5, 2.º) Lisboa. In-8º de 244, [4] págs. Br.

Modicamente competente embora demasiado e mal opinoso, o estudo do autor divide-se em cinco grandes capítulos principais: os dois essencialmente geográficos, mais curtos, «O País Brasileiro» e «A População»; e os três eminentemente históricos, bastante mais longos, «Da Descoberta à Independência», «O Império e a República» e «O Estado Novo Brasileiro». Ilustrado no texto e em folhas extra-texto de papel couché, além de um cliché com um retrato de João VI reproduzido a partir de uma gravura antiga. Foi este o primeiro de dois volumes publicados.

Exemplar também valorizado por uma dedicatória de oferta manuscrita pelo militar a António Augusto Sousa Pinto.
 
15€

Fidelino de Figueiredo ― Um Seculo de Relações Luso-Brasileiras (1825-1925)

Um Seculo de Relações Luso-Brasileiras (1825-1925) / (Separata da Revista de Historia, vol. 14.º, 1925)

Emprêsa Literária Fluminense, L.da / Lisboa. In-8º de 28, [4] págs. Br.

Interessante panorâmica de um professor português que anos mais tarde, durante o Estado Novo, se viria a exilar precisamente no Brasil (e nos Estados Unidos); partindo de uma muito razoável perspectiva equilibrada que ainda hoje faz todo o sentido, entre os extremos do lusotropicalismo e de um certo complexo de Édipo anti-lusitano que se tornaria moda na esquerda brasileira a partir de meados do século passado: “A minha amizade ao Brasil está bem demonstrada e o meu obstinado sentimento patrio já recebeu tambem sufficiente tempêro de amargura probatoria para á vontade poder applaudir aquelle nacionalismo brasileiro, não lusophobo, nem xenophobo, que com firme commedimento de expressão declara a sua vontade de insuflar no formidavel corpo brasileiro uma alma brasileira, que não renega a hereditariedade de que provém”.

Exemplar desvalorizado por algum desgaste e pequenas falhas de papel na capa.
 
7€

Raul Lino ― Auriverde Jornada: Recordações de uma Viagem ao Brasil

Edição de Valentim de Carvalho / (97, Rua Nova do Almada) – Lisboa. (Acabou de se imprimir no mês de Julho de 1937 nas oficinas de Bertrand (irmãos)). In-8º de 272, [4] págs. Br.

Hoje já invulgar, é porém bem conhecido este livro do arquitecto, que serviu aliás de base já no séc.XXI a um colóquio em que se comparava e confrontava a sua arquitectura e a do brasileiro Lúcio Costa – conhecido pelo autor de Casas Portuguesas precisamente nesta viagem, e sendo a narração desse encontro e das primeiras discussões que logo tiveram um dos pontos fortes do volume; o qual se reparte pelas secções «Diário de Viagem», «Primeiras Impressões» (textos das comunicações à Academia Nacional de Belas-Artes), «Espírito na Arquitectura» («palestra com projecções» aqui reproduzidas em fotogravura) e «Casas Portuguesas do Séc.XVIII» (idem aspas).

Será difícil obter melhor exemplar do que este – por estrear, conservando os cadernos inteiramente por abrir, apenas no corte apresentando pequenas marcas, com alguma acidez.
 
20€  

Gonçalves Pereira ― Imagens do Brasil

Lisboa, MCMLXVII. (Composto e impresso na Tip. E. N. P. – Anuário Comercial de Portugal. In-4º de 78, [2] págs. Br.

O volume reproduz palavrosos discursos proferidos pelo magistrado em terras de Vera Cruz e depois trechos dos seus bem mais interessantes diários de viagem «Instantâneos dum viajante», passando por Rio de Janeiro, Petrópolis, Brasília, São Paulo, Santos, etc.; ilustrações a p/b em folhas à parte.

Exemplar valorizado por dedicatória de oferta manuscrita pelo autor “Para o ilustre poeta Júlio Artur de Andrade”, tão ilustre que não sabemos quem fosse.
 
14€

Por Amor: Do Brasil a Portugal (romance luso-brasileiro)

Edições Nozes Tavares & Filhos – Braga, Portugal. 1959. In-8º de 221, [3] págs. Br.

Literariamente fraquinho, e de pontuação confrangedora, porque alguém convenceu o autor – ou convenceu-se ele próprio... – de que teria talento para se pôr a escrever romances, apresenta este capítulos como «Em Leixões», «Em Braga», «Regresso ao Porto», «Na encantadora cidade de Viana do Castelo», etc.; que se seguem ao exórdio brasileiro inicial.

8€

Vasco Calisto ― Por estradas do Brasil

Por estradas do Brasil (Rio de Janeiro – Espírito Santo – Baía – Goiás – Distrito Federal – Minas Gerais – São Paulo – Panamá – Santa Catarina – Rio Grande do Sul//9476 km 38 dias

Edição do Autor / Lisboa-1979. (Composto e Impresso nas Ofic. da «Gazeta do Sul» - Montijo). In-8º de 185, [25] págs. Br.

Livro publicado pelo jornalista com a narrativa da sua longa viagem por terras brasileiras (desde Salvador a Porto Alegre) - como tantos e tantas outras que fez e escreveu. Profusamente ilustrado por fotografias em folhas destacadas de papel couché, mapas e gráficos, é um belo mosaico do país, apresentando apontamentos históricos, geográficos e culturais que ajudam a compreendê-lo. Tem ainda, a terminar, entre a reprodução de notas de imprensa e da posterior exposição fotográfica, duas listas com os ««bons conselhos» que as estradas do Brasil dão aos automobilistas» e «o que «dizem» as retaguardas dos camiões no Brasil» («Muitos cavalos no motor – muitos burros ao volante», «Mulher é igual à estrada – sendo boa é perigosa», «ter pai pobre é destino – mas sogro é descuido», «a mulher é como o índio – se pinta quando quer guerra», etc.).
 
Exemplar valorizado por autógrafo do autor no frontispício; e acrescentado de uma carta da Baía-de-Todos-os-Santos.
 
17€

Contos do Brasil

Contos do Brasil (primeira série) / (Selecção, prefácio e notas de José Osório de Oliveira // 2.ª edição)

Portugália Editora, Lisboa (1966). In-8º de 370, [2] págs. Br.

Obedecendo aos critérios bastante arrevesados que o próprio antologiador fazia questão de explicar no seu prefácio, esta recolha contempla, entre outros, peças de Machado de Assis, Monteiro Lobato, Graciliano Ramos, Mário de Andrade, Aurélio Buarque de Holanda e Lígia Fagundes Teles.

Exemplar com algum desgaste exterior; sem defeitos de monta no miolo.
10€

Bibliografia do Folclore Brasileiro

Bibliografia do Folclore Brasileiro // organizada por Braulio do Nascimento / colaboração de Cydnéa Bouyer
 
Divisão de Publicações e Divulgação/Rio de Janeiro - 1971. In-8º de 353, [7] págs. Br.

Dizia o director da Biblioteca Nacional – que editou o volume – no seu prefácio ser este “indiscutivelmente o mais completo levantamento que já se fêz” até à data.
O exemplar tem um cartão da BN com dedicatória de oferta, sem a indicação do dedicando.

15€

Marcelo Vigneron ― Brasil 500 anos: Memórias Portuguesas

Brasil 500 anos: Memórias Portuguesas [Brazil 500 years | Portuguese Memories]

(Terràvista. DL 2000). In-4º gr. de 159, [1] págs. Enc.

Não sendo o texto de Vigneron nada entusiasmante, embora cumpra o propósito de roteiro da herança portuguesa no país irmão, as suas fotografias são muito boas e, sobretudo, a impressão delas é francamente excepcional, com trabalho de pré-impressão da Lithusgraph e impressão na Europam. Prefácio de Roberto Carneiro e nota preliminar do próprio autor, que assim começava: “Na altura em que se comemoram os 500 anos da descoberta do Brasil, este trabalho visa mostrar aspectos de algumas cidades brasileiras que, durante o período colonial, foram importantes pólos económicos e culturais, influenciando a formação da actual identidade brasileira. A ideia é mostrá-las sob a óptica deste passado inegavelmente português, principalmente nas localidades onde ele ainda perdura fisicamente, na forma da herança arquitectónica”.

Encadernação do editor em tela com sobrecapa de papel em abas reforçadas quer lateralmente, quer nas extremidades.
 
35€

O Rio de Janeiro na literatura portuguesa

O Rio de Janeiro na literatura portuguesa (Colectânea organizada por Jacinto do Prado Coelho)

Edição da Comissão Nacional das Comemorações do IV Centenário do Rio de Janeiro / Lisboa 1965. In-4º de 354, [10] págs. Br.

“A presente colectânea é constituída por textos de carácter literário (prosa ou verso) referentes ao Rio de Janeiro e escritos por autores portugueses (compreendendo, no que respeita o período colonial, autores nascidos tanto na metrópole como no Brasil) ou que utilizaram a nossa língua (o caso de Anchieta). Entendeu-se “literatura” em sentido amplo, quer dizer, não se adoptou um critério exigente quanto ao nível estético, sobretudo quando se tratava de espécies anteriores ao século XX. Preferiu-se conciliar o critério estético com o documental. Assim, através de textos ordenados cronològicamente, que vão da primeira metade do século XVI à actualidade e que se repartem por vários géneros, dos relatos secos, meramente informativos, à epistolografia, à crónica, à reportagem, à narrativa histórica, ao romance, ao discurso académico, à poesia épica ou lírica ou satírica, o volume dará um panorama relativamente completo da história da «cidade maravilhosa»”, eis como iniciava o antologiador o seu prefácio a esta recolha que transcreve, entre muitíssimos outros, textos de Barbosa Machado, António Dinis da Cruz e Silva, Bocage, Duque de Palmela, Castilho (s), Faustino Xavier de Novais, Pinheiro e João Chagas, Abel Botelho, Ana de Castro Osório, Carlos Malheiro Dias, Júlio Dantas, Emília de Sousa Costa, António Correia de Oliveira, Sousa Costa, Rocha Martins, Raul Lino, João de Barros, Augusto de Castro, Cortesão, Aquilino, António Ferro, Ferreira de Castro, Norberto Lopes, Nemésio e Torga. Numerosas e curiosas ilustrações, a cor e p/b, em folhas à parte.

Exemplar da tiragem corrente, em brochura.

25€