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Silva Bélkior ― Carmina Pessoana

Carmina Pessoana: 35 poemas de Fernando Pessoa em latim (edição bilingue)

Lisboa – 1985. (Composto e impresso Tip. Macarlo). In-8º de 79, [1] págs. Br.

“A selecção dos poemas ora traduzidos, ou aproximadamente vertidos para o latim, atendeu ao gosto pessoal e à afinidade formal entre mãe e filha, aqui de mãos dadas. Haverá de notar que não heteronimizam...”. Num total de 35, estão entre eles «O Menino de sua Mãe», «Dá a surpresa de ser», «Autopsicografia», «Eros e Psique», «Sou um guardador de rebanhos», «Para ser grande, sê inteiro».

Edição do autor (um devoto pessoano brasileiro), impressa em bom papel.

Exemplar impoluto.

10€

Sub-Camões sobre Camões

Já ouvi doze vezes dar a hora
No relógio que diz que é meio-dia
A toda a gente que aqui perto mora.
(O comentário é do Camões agora:)
«Tanto que espera! Tanto que confia!»
Como o nosso Camões, qualquer podia
Ter dito aquilo, até outrora.
 
E ainda é uma grande coisa a ironia.
 
 
 
(Fernando Pessoa)

Fernando Pessoa ― Poesias Inéditas (1919-1930)

Edições Ática, Lisboa. (1956). In-8º de 202, [6] págs. Br.

Este segundo volume publicado integra um novo prefácio de Jorge Nemésio e uma folha couché ilustrada pelo famoso retrato de Pessoa na Brasileira do Chiado, por Almada. Primeira edição.

O exemplar pertenceu igualmente a Monteiro de Frias e tem igualmente o selo da figueirense Casa Havanesa.

15€

Fernando Pessoa ― Poesias Inéditas (1930-1935)

Edições Ática, Lisboa. (1955). In-8º de 199, [1] págs. Br.

Primeira edição desta recolha do espólio manuscrito e dactilografado do poeta, preparada por Jorge Nemésio (que assina a advertência preliminar) sob auxílio do pai Vitorino Nemésio (de quem é o prefácio). Algumas destas composições viriam entretanto a ser repescadas nas diversas monumentais pessoanas.

O exemplar tem a discreta assinatura do crítico e ensaísta José Monteiro de Frias, que o terá comprado na Casa Havanesa.

15€

Fernando Pessoa ― Mensagem

1950 / Ática, Limitada / Lisboa. In-8º de 103, [1] págs. Br.

Esta quarta edição – impressa sobre papel avergoado – do poema foi a segunda publicada pela Ática (a anterior era de 1945), que já neste mesmo 1950 as começaria a fazer sair em barda até hoje.
Alguns ligeiros vestígios de acidez na capa;  no miolo, raros e ínfimos.
 
15€ 

Fernando Pessoa ― A Nova Poesia Portuguesa

A Nova Poesia Portuguesa / por (...) / com um prefácio de Álvaro Ribeiro

Editorial «Inquérito» Limitada, Lisboa. (1944). In-8º de 92, [6] págs. Br.
 
O volume reúne os conhecidos artigos, dados a lume pelo poeta n’A Águia, sobre a então nova poesia portuguesa, a qual, de acordo com a sua tese, abriria alas ao «Super-Camões» que ele próprio se pretendia (há delírios para tudo); acrescentados no final da também badalada réplica a Adolfo Coelho que seria recenseada por Boavida Portugal no livro do seu Inquérito Literário. Quanto ao prefácio, nada delirante, de Álvaro Ribeiro («Fernando Pessoa, poeta e filósofo»: apesar do optimismo da segunda, explica bem por que não diz antes «poeta-filósofo»...), apontava várias linhas temporãs de análise que o tempo viria a confirmar. Edição saída na série «Cadernos Culturais».
 
Exemplar, na maior parte, ainda por estrear, conservando a maioria dos cadernos por abrir.
 
20€

Fernando Pessoa ― Poesia (introdução e selecção de Adolfo Casais Monteiro)

Editorial Confluência. (1945). In-8º de 218, [6] págs. Br.
 
Segunda edição, acrescentando alguns poemas entretanto recolhidos nas «Obras Completas» e ilustrada na capa por um desenho de Dacosta. O longo estudo introdutório de Casais Monteiro debruça-se, depois de situar Pessoa no panorama da poesia portuguesa (um dos quatro pontos constitutivos de um “sistema orográfico” que a representaria, com Camões, Antero e Pascoaes), sobre o problema dos heterónimos e a questão da personalidade literária; transcrevendo passagens de algumas cartas por ele recebidas do poeta. Reproduzidos numa folha destacada em papel couché são dois retratos do antologiado, o de Victoriano Braga e o de Ferreira Gomes.
Salvo erro, foi esta a primeira grande antologia pessoana, que nesta segunda série, aumentada, serve de base ainda hoje a reedições várias, em Portugal (Editorial Presença, por exemplo) e no Brasil.
 
25€

Adolfo Casais Monteiro ― Estudos sôbre a Poesia de Fernando Pessoa

Estudos sôbre a Poesia de Fernando Pessoa (capa de Fernando Gerardo)

1958 / Livraria Agir Editôra, Rio de Janeiro. In-8º de 258, [2] págs. Br.

“O grande mérito dêstes Estudos sôbre a poesia de Fernando Pessoa consiste em evitar a confusão dos problemas psicológicos com os da própria poesia. O método crítico de Adolfo Casais Monteiro, que se afasta igualmente do biografismo, da análise puramente formal e da explicação por meio das causas exteriores, permite-lhe abordar a obra de Fernando Pessoa sob os mais variados aspectos, sem perder de vista a sua unidade fundamental, deixando bem claro o elemento inapreensível e inexplicável que, em todo grande poeta, constitui o próprio âmago da sua criação”.
Primeira edição, rara por cá, de um conjunto de ensaios como «A Geração do Orpheu. Situação do Modernismo», «Verdade e Ficção: os Heterónimos de Fernando Pessoa», «O Insincero Verídico» e «Fernando Pessoa e a Crítica» (estes dois últimos conheciam já edição independente).
 
Exemplar mediano.
 
25€

Mário Cesariny ― Louvor e Simplificação de Álvaro de Campos

(Edições Contraponto, Lisboa). [S/d]. In-4º de [8] págs. Br.
 
“Parece que houve Natal e Ano Novo e eu resolvo retribuir assim algumas das boas festas em que amigos e parentes tiveram a bondade de envolver-me: a impressão do presente fragmento do meu poema «Louvor e Simplificação de Álvaro de Campos», para vender aos amigos, e aos parentes, por vinte e cinco tostões” é como começava a conhecida, por várias vezes recuperada, «Nota do Autor» que inicia o folheto (termina nesta versão reimpressa com uma recensão de António Ramos Rosa para o Ler). Preparado em parelha por Luís Pacheco e pelo próprio Cesariny, é hoje das peças mais valorizadas do poeta, em qualquer das duas tiragens que teve.
[Muito mais tarde, já em 1997, Rodrigo Leão e Gabriel Gomes comporiam música para o começo deste texto, sobreposta à leitura dele pelo autor, no álbum, cujo título também lhe é devido, Entre Nós e as Palavras].

Bom exemplar.

80€

Georges Güntert ― Fernando Pessoa: O Eu Estranho

Publicações Dom Quixote / Lisboa, 1982. In-8º de 230, [2] págs. Br.
 
Fernando Pessoa: o Eu Estranho constituiu, em 1970, a tese de doutoramento [Das fremde Ich] do Prof. Georges Güntert, actualmente catedrático de literaturas românicas na Universidade de Zurique. A sua publicação em tradução portuguesa [Maria Fernanda Cidrais] coloca agora ao dispor dos estudiosos de Pessoa e do público em geral um trabalho que, como acentuou o Prof. Georg Rudolf Lind, abunda em análises subtis e originais”. Entre outros, foram consagrados capítulos individuais a Caeiro, a Álvaro de Campos, a Ricardo Reis e à Mensagem.
Edição patrocinada pelo Instituto Português do Livro.

Exemplar por estrear.
 
15€

David Mourão-Ferreira ― Nos Passos de Pessoa (Ensaios)

Editorial Presença. (1988). In-8º de 177, [3] págs. Br.

Primeira edição de um livro que agrega os textos «Pessoa antes de Orpheu e em Orpheu 1», «Sá de Miranda, a écloga e Fernando Pessoa», «Camões à luz de Pessoa», «Antero, Larbaud, Pessoa: a ode como forma de modernidade», «Ícaro e Dédalo: Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa», «Do auto-apagamento de Pessoa a certas tácticas de publicação», «Sobre as «Cartas de Amor» de Fernando Pessoa», «Algumas mulheres na poesia de Fernando Pessoa», «Uma dissertação modelar sobre Fernando Pessoa» e «Notas sobre Fernando Pessoa: O «Caso» de Alberto Caeiro»; antes publicados em revistas literárias e volumes colectivos ou lidos em conferências e outros contextos mais ou menos académicos. Capa ilustrada por uma pintura do escultor Francisco Simões representando o poeta.

Exemplar por estrear, apenas ligeiramente desdourado por uma pequena marca de sujidade no corte inferior das folhas (junto à margem exterior), que não chega a afectar nenhuma das páginas.
 
12€    

Fernando Pessoa e a Europa do Século XX

Fundação de Serralves. (1991). In-4º gr. de 308, [2] págs. Enc.

Edição monumental, organizada por Maria João Fernandes (à época, a directora de Serralves, ainda pré-museu de arte contemporânea) e Maria de Fátima Lambert, sob o patrocínio da Bial e a tutela do Comissariado Português para a Europália e do Instituto Português do Livro. As ilustrações são abundantes e variadas, e os textos, para o efeito e recolhidos de comunicações, da autoria de António Ramos Rosa, Maria da Glória Padrão, Arnaldo Saraiva, Eduardo Lourenço, Teresa Rita Lopes, Gilbert Durand, Lima de Freitas, Nunes dos Santos, José Augusto Seabra, José Saramago, Fernando de Azevedo, Maria João Fernandes e Miguel Yeco; no final do volume traduzidos para francês.

O volume foi encadernado pelo editor em tela e revestido de uma sobrecapa ilustrada de papel que o exemplar conserva, embora com alguns vincos na face inferior.
 
33€      

Remiscências sobre Fernando Pessoa

Reminiscências sobre Fernando Pessoa (Uma celebração da Ode Marítima de Álvaro de Campos – Gravuras de Bartolomeu dos Santos) / Coração de Ninguém (Teresa Rita Lopes)

1998. In-8º de 48 págs. Br.

Edição conjunta do Instituto de Arte Contemporânea e do IPLB, sob o patrocínio do Ministério da Cultura e do seu programa «Rotas», reproduzindo peças da exposição de fotogravuras sobre metal e água tinta de Bartolomeu dos Santos e da mostra iconográfica sobre Pessoa intitulada «Coração de Ninguém». A «Apresentação» destaca que “O interesse de Bartolomeu pela obra de Fernando Pessoa era quase inevitável, uma vez que os temas de ambos se cruzam tão obviamente”, tendo o artista composto “um trabalho sistemático sobre o poeta e o seu mundo próprio e heterónimo, ultrapassando claramente o âmbito de mera ilustração e afirmando-se antes como uma posição estética de pleno cruzamento criativo”; e o texto de Teresa Rita Lopes oferece apontamentos sobre a infância do poeta, a heteronímia e a relação com Ofélia Queirós.

Exemplar ainda novo, em condição impecável.
 
5€

Prémios literários: uma romaria sem grande mensagem...

O argumento mais usado e mais decisivo para arrasar a pertinência dos prémios literários do Estado Novo (embora pudéssemos arrasar a de todos...) é o de no primeiro ano da sua atribuição o Prémio Antero de Quental ter sido concedido ex-aequo a Fernando Pessoa e ao Padre Vasco Reis, mas com este a ficar de facto com o primeiro lugar. Durante toda a vida, parece que o próprio padre desdenharia da sua produção e juraria o absurdo da vitória da sua Romaria em detrimento da Mensagem pessoana, aliás ideologicamente também tão a contento do novo regime. Quanto ao patrono do concurso, só não deu voltas no túmulo porque não iria muito à bola com o nacionalismo fernandino. A paz do cemitério açoriano de São Joaquim, onde está sepultado o Santo Antero, agradece.
 
Foi esta a primeira edição da dita Romaria, que até teve direito a reedição. Não uma por ano, mas teve.
[Fotografia do exemplar da Casa Fernando Pessoa]

António Ferro ― Prémios Literários (1934-1947)

Edições SNI, Lisboa. 1950. In-8º de 217, [7] págs. Br.
 
Publicado na série «Política do Espírito», graficamente bem apurada e impressa em bom papel, o volume reproduz os 14 discursos - na prosa costumeira, redundante e soporífera q.b., de Ferro - pronunciados pelo autor, enquanto dirigente do S.P.N. (depois S.N.I.), nos anos em questão; incluindo, a terminar, o regulamento dos prémios literários e a lista dos premiados nas várias categorias ao longo desse período, e de início a transcrição do proémio de Salazar na primeira festa de distribuição de prémios (o ano em que foi distinguido - pela Mensagem - Fernando Pessoa, que, estranhamente, aparece na referida lista na parte superior da chaveta com os dois premiados ex-aequo, apesar de ter ficado em segundo, e não em primeiro lugar - atribuído a alguém que só por isso é hoje minimamente conhecido, o padre Vasco Reis, por Romaria).
 
Bom exemplar, não tendo senão ligeiríssimos vestígios de acidez.
 
15€

António Ferro ―Teatro e Cinema (1936-1949)

Edições SNI, Lisboa. 1950. In-8º de 140, [8] págs. Br.

Agrupa, sob a secção «Teatro», os textos «O sonho vosso de cada noite», «O Teatro do Povo no alto da Serra» e «Teatro Ligeiro, teatro sério»; e, em «Cinema», «Cinemas ambulantes, caravanas de imagens», «Grandeza e miséria do Cinema Português», «O Estado e o Cinema» e «O Cinema e o Teatro».

Bom exemplar, apenas fugazmente marcado por acidez nas folhas finais.

10€ (reservado)

José Régio ― A Salvação do Mundo

A Salvação do Mundo: peça em três actos de (...)

Lisboa, Teatro Municipal de São Luiz. 1971. In-8º gr. de XLVII, [V], 191, [1] págs. Br.

Edição especial publicada por ocasião da abertura do teatro lisboeta – inaugurado precisamente com a peça de Régio, encenada por Costa Ferreira e tendo como intérpretes, entre outros, Eunice Muñoz, João Lourenço, Vítor de Sousa, Maria de Jesus Aranda, Fernanda Figueiredo e Ernesto Gonçalves –, em colaboração com a Brasília Editora. Inclui textos introdutórios de Luís Francisco Rebelo, Costa Ferreira e Fernando Midões, além da reprodução de três textos de Régio sobre teatro e de uma selecção de textos críticos sobre a sua produção dramática (de Álvaro Ribeiro, Duarte Ivo Cruz, Eugénio Lisboa, Jorge de Sena, Luciana Stegagno Picchio, Luís Francisco Rebelo, Tomás Ribas, etc.). Inclui ainda cronologia das edições e representações das peças do escritor (com fotografias de várias) e a reprodução de dois desenhos dele.

Bom exemplar.
 
15€

Poesia 71 (Selecção de Fiama Hasse Pais Brandão e Egito Gonçalves)

Editorial Inova Limitada. (1972). In-8º de 252, [4] págs. Br.

Concebida graficamente por Armando Alves e integrando um desenho de outro «vinte», Ângelo de Sousa, a recolha contempla, entre muitos outros, Alberto Pimenta, Alexandre O’Neill, Almada, Ramos Rosa, Carlos de Oliveira, Mourão-Ferreira, Eugénio de Andrade, Fernando Echevarria, a própria Fiama, Hélder Macedo, Hélia Correia, Herberto, Irene Lisboa, Ary dos Santos, Régio, Maria Teresa Horta, Cesariny, Nuno Guimarães, Pedro Tamen, Ruy Belo, Ruy Cinatti, Sophia e Nemésio.
 
Exemplar impoluto e conservando o folheto de promoção editorial.
 
24€

Novíssimo Teatro Português (coligido por Ilídio Ribeiro)

Lisboa. Edição dos Autores. [S/d - 1962?]. In-8º esguio de 130, [2] págs. Br.
 
Edição colectiva das peças de Artur Portela Filho («O General»), Augusto Sobral («O Borrão»), Fiama («O Museu»), José Sasportes («Funerais: Fantasia macabra em duas partes») e Maria Teresa Horta («O Delator») – todas, salvo erro, inéditas. Apresenta, a abrir, um «Apelo» de Bernardo Santareno e, a fechar, os depoimentos de Portela Filho e de José Sasportes.
A este livro têm sido dedicados ao longo do tempo diversos artigos e recensões, quer na perspectiva dos caminhos do teatro português, quer na da censura que o proibiu após a publicação.

Bom exemplar, sem defeitos significativos.
 
18€