livraria on-line

Livraria / Editora / Alfarrabista } { Porto bibliographias@gmail.com / 934476529

.

.

John Steinbeck — A Leste do Paraíso

A Leste do Paraíso (Tradução de João B. Viegas / 5.ª edição)

Livraria Bertrand. [S/d]. In-8º de 687, [I] págs. Br.

História de duas famílias da Califórnia geração após geração desde os tempos da «Civil War» até aos da primeira mundial, foi o livro que consagrou o romancista norte-americano e o guindou ao Nobel - tendo em conta que as suas duas outras peças principais, A Um Deus Desconhecido e As Vinhas da Ira, foram muito anteriores (ainda da década de 30).
Exemplar com ligeiro desgaste da capa e das folhas preliminares. 

14€

Ernest Hemingway — Por Quem os Sinos Dobram

Por Quem os Sinos Dobram (tradução de Monteiro Lobato / revisão de Alfredo Margarido)

Edição da Companhia Editora Nacional - São Paulo para Livros do Brasil, Limitada - Lisboa. In-8º de 450, [V] págs. Br.

Geralmente considerada a principal das peças do romancista, e aquela que principalmente lhe valeu o Nobel, é como se saberá uma mescla de romance e reportagem sobre os tempos da Guerra Civil de Espanha, que acompanhou no local - e de que constitui um dos lados do «quadrado», editado pela Livros do Brasil, que forma com os livros de Bernanos, Malraux e Orwell. 
Primeira edição portuguesa, salvo erro.

Exemplar com ligeiro desgaste marginal na face superior da capa.

12€

Ernest Hemingway — Paris é uma festa

Paris é uma festa (impressões da vida do autor em Paris, por alturas da segunda década do século XX / tradução de Virgínia Motta)

Edição «Livros do Brasil» Lisboa (Rua dos Caetanos, 22). In-8º de 249, [VII] págs. Br.

Primeira versão em língua portuguesa de A Moveable Feast, que se reporta aos anos entre 1920 e 1926 mas apenas terá sido escrito entre 1956 e 1960 - três décadas depois da residência do escritor na cidade que "te acompanhará sempre até ao fim da tua vida, vás para onde fores, porque Paris é uma festa móvel". 
Alguns dos capítulos: «Shakespeare & Companhia» (a mítica livraria que ainda hoje existe), «Gente do Sena», «Ford Madox Ford e o discípulo do Diabo», «Ezra Pound e o seu «Bel Esprit»», «Scott Fitzgerald» - um tempo em que a cidade-centro-do-mundo o era até para os anglófonos, como se pode conferir.

10€

Ernest Hemingway — Fiesta

Fiesta (tradução e prefácio de Jorge de Sena / 2.ª edição)

Editora Ulisseia, Lisboa. (1955). In-8º de 253, [11] págs. Br.

Deverá ter sido mesmo esta a primeira versão portuguesa de The Sun Also Rises, logo rebaptizado Fiesta para a edição inglesa; publicada na colecção de autores estrangeiros da Ulisseia, em boa parte traduzidos, como aqui, por Jorge de Sena, com quem alternaram presencistas vários (Casais Monteiro, Nemésio, Branquinho da Fonseca e Blanc de Portugal).
No seu, como de costume, altamente monótono prefácio, dizia Sena considerar este romance “uma das maiores, senão [sic] a maior das obras de Hemingway, pela dramática subtileza com que a narrativa culmina”.

O exemplar conserva o marcador editorial.

9€

Ernest Hemingway — O Adeus às Armas

O Adeus às Armas
(tradução e prefácio de Adolfo Casais Monteiro)

Editora Ulisseia, Lisboa. (1958). In-8º de 369, [3] págs. Br.

Quarta edição portuguesa em apenas cinco anos deste livro, do qual o tradutor dizia no seu prefácio “é, quanto a mim, a mais bela obra de Hemingway, e aquele dos seus romances em que o equilíbrio das suas qualidades melhor se afirma (...) mais do que um grande romance, ele é um dos mais belos poemas de amor que jamais se escreveram – elevando-se tão alto, e tão dilacerante como o Tristão e Isolda”; passe o exagero.

10

Leo Lania — Hemingway

Hemingway
(texte français de Claire Guinchat)

Hachette (1963). In-4º de 140, [II] págs. Enc.

Fotobiografia do escritor norte-americano desde a infância à morte, com uma riqueza documental apreciável e sobretudo uma qualidade ainda mais apreciável das ilustrações - tendo o álbum sido impresso numa oficina alemã; são por exemplo extraordinárias duas imagens da guerra civil espanhola, onde Hemingway esteve, uma de Madrid após bombardeamento aéreo franquista e outra de barricada republicana em Barcelona.

Logo de início, Lania começava por explicar por que óbvia razão esta fotobiografia o é também de tanta primeira metade do século XX, tendo em conta que o biografado andou por todo o lado e que a sua influência "sur la génération d'entre les deux guerres dépasse en importance et en durée celle de tout autre écrivain contemporain".

Publicado na colecção «Les Écrivains par l'Image», o volume foi encadernado em tela revestida de sobrecapa de papel plastificado, esta última com um pequeno restauro no exemplar.


15€

D. H. Lawrence — O Amante de Lady Chatterley

O Amante de Lady Chatterley (versão integral inexpurgada / terceira edição, com o apêndice inédito Em Defesa de "Lady Chatterley"

Agência Minerva, Editora - São Paulo, MCMXLVI. In-8º de 344 págs. Br.

Se esta versão era já por si a primeira em língua portuguesa, esta terceira tiragem foi a primeira a reproduzir o texto de Lawrence aqui reproduzido em apêndice; reproduzindo na badana uma apreciação saída n'O Estado de São Paulo em que, porventura com algum exagero, se afirmava que mesmo em França - proibido o livro em Inglaterra - a publicação despertara reacções só comparáveis às que tiveram antes os romances de Zola.

Apesar de algum desgaste exterior, o exemplar conserva a sobrecapa de papel.

15€

D. H. Lawrence — Amor no Feno e Outras Histórias

Amor no Feno e Outras Histórias (Tradução de Maria Teresa Guerreiro)

assírio & alvim (1982). In-8º de 207, [I] págs. Br.

Edição inaugural da colecção «o imaginário». Compõem o livro os contos «Amor no feno», «A Senhora Formosa», «O telhado de Rawdon», «Foi preciso um cavalo de baloiço», «O homem que amava ilhas» e «O homem que morreu».

9€

George Eliot — O Moinho à Beira do Rio

O Moinho à Beira do Rio (Traduzido do inglês por Cabral do Nascimento)

Portugália Editora, Lisboa. (Imprensa Portuguesa - 108, Rua Formosa, 116 - Pôrto). In-8º gr. de 519, [V] págs. Br.

Plausível primeira edição portuguesa de The Mill on the Floss, inaugural da colecção «Os Romances Universais», que o director literário apresentava explicando ter sido um projecto adiado devido à falência das edições Europa - onde estivera primitivamente planeada.

14€

George Eliot — Arrependimento

Arrependimento (Traduzido do inglês por Sousa Vieira)

Editorial «Gleba», L.da / Lisboa. (Acabou de se imprimir na Tip. de Severo — Freitas — Mega (...) aos 12 de Julho de 1944). In-8º de 269, [III] págs. Br.

Edição portuguesa publicada na colecção «Romances Célebres», mais por wishful thinking do que outra coisa... tão menos célebre do que Middlemarch, este parece não ter sido nunca mais publicado até hoje em território nacional. O belo desenho de capa não aparece atribuído (se tivéssemos de apostar, iríamos por João Carlos).


10€

George Eliot — Silas Marner

Silas Marner (Romance) / tradução de Adolfo Casais Monteiro

Editorial «Inquérito», L.da/Lisboa. (1941). In-8º de 252, [4] págs. Br.

Dado a lume na série «os melhores romances dos melhores romancistas», foi o volume apresentado por uma nota prévia dos editores que destacava a escritora, com as duas Brönte mais velhas, na feminina tríade dourada do romance inglês vitoriano, dizendo-a capaz de “exprimir o mais pitoresco, ingénuo e elementar da vida dos simples, ao mesmo tempo que os secretos laços que o destino e a fatalidade estabelecem entre as vidas dos homens”.


10€

George Eliot — Scenes of Clerical Life

Cassell and Company, ltd. MCMIX. In-8º de 410, [VI] págs. Cart.

Edição publicada na abundante colecção, quase exclusivamente composta por títulos de autores de língua inglesa, «The People's Library». O livro integra «The Sad Fortunes of the Rev. Amos Barton», «Mr. Gilfil's Love-Story» e «Janet's Repentance».

Exemplar artesanalmente cartonado parecendo aproveitar o encaixe e a face superior da capa primitiva.


10€

Charlotte Brontë — O Feitiço

colecção duas horas de leitura 23 —————— Editorial Inova / Porto. (1973). In-8º de 94, [X] págs. Br.

"«Ängria», país fabuloso onde se passam os acontecimentos [sic] narrados em O Feitiço, é uma criação de Branwell e Charlotte, como o «Gondal», no frio Norte, é dos jogos de Anne e Emily. Uma estranhíssima mistura de realidade com a mais exuberante e cintilante fantasia, tocados pela grave e louca imaginativa da juventude (...) O Feitiço data de 1834, o que significa ter sido escrito por uma rapariga de 18 anos. Nele encontramos, pois, todo o turbilhão da mais solta imaginária condensando-se na aventura da exploração".


8€

Charlotte Brontë — O Coração de Shirley

O Coração de Shirley (romance) / tradução de Mário da Costa Pires

Romano Torres (1958 — Comp. e imp. na Gráfica Santelmo, Lda). In-8º de 491, [III] págs. Br.

Segundo romance da escritora, originalmente publicado em 1879 e um marco no canône pela inovação formal e pela reivindicação feminista ainda bastante avant-la-lettre; terá talvez sido esta a sua primeira edição portuguesa, saída na colecção «Obras Escolhidas de Autores Escolhidos».


10€

Emily Brontë — Monte dos Vendavais

Monte dos Vendavais (romance) / tradução de Leyguarda Ferreira
2.ª edição

Edição Romano Torres, Lisboa. (1957 Comp. e impr. na Gráfica Santelmo, Lda). In-8º de 347, [V] págs. Br.

Introduz o volume - publicado na série «Obras Escolhidas de Autores Escolhidos» - um «Breve Ensaio sobre a Vida e a Obra de Emily Brontë» da autoria de Gentil Marques. Hoje por vezes injustamente menorizada em relação às versões mais recentes, o certo é que parece tratar-se de uma tradução bastante competente e fiel ao «tom» da época.


14€

Elizabeth Barrett Browning — Sonnets from the Portuguese

George C. Harrap & C.º L.td, Publishers London (Printed in Great Britain by the Riverside Press Ltd., Edinburgh). In-16º de 93, [III] págs. Enc.

Volume inaugural da colecção «The King's Treasury», que à época contava já 26 títulos, mormente de poetas britânicos, entre estritamente românticos e pré-rafaelitas. Graficamente graciosa, a edição apresenta na anteportada uma fotogravura a partir de um conhecido retrato da autora. Não datada, parece de inícios do século passado.

Na opinião do suspeito dedicando destes poemas, Robert Barrett-Browning, mas também de gente não tão interessada, tratar-se-ia do melhor conjunto de sonetos em língua inglesa desde Shakespeare - ainda que o "from the Portuguese" remeta duplamente para o nosso Camões: quer no sentido de "à maneira portuguesa", quer no de "a portuguesa" ser a alcunha atribuída à amante pelo amado dada a sua devoção pelo luso vate. (Há pelo menos uma edição portuguesa, sem aspas, na Relógio d'Água).

Exemplar sumptuosamente encadernado em pele gravada a ouro; infelizmente já com uma ligeira falha na lombada, à cabeça, e não conservando nenhuma das faces da capa primitiva.

25€

Oscar Wilde — Intentions

Intentions
(Traduction nouvelle et Introduction de Philippe Neel)

1928 (Tous droits réservés pour tous pays) / Librairie Stock, Delamain & Boutelleau – Paris. In-8º / “in-18º grand jésus” de XII, 240, [II] págs. Cart.

Edição publicada numa série da «Bibliothèque Cosmopolite» intitulada «Cabinet Cosmopolite», como o nome indica dedicada a autores estrangeiros e, dizia o editor, de “tiragem limitada” a no máximo 2750 exemplares – há um século, aquilo que em França se considerava uma tiragem exígua é por cá ainda hoje bastante ampla… – tendo a este, depois modestamente cartonado com aproveitamento da capa original, cabido o n.º1022. Deste livro, um conjunto de ensaios e sentenças mais ou menos estéticos que em Portugal teria de esperar pela agora moribunda editora Cotovia, apesar de no Brasil ter logo à época saído com uma capa muito engraçada na Garnier, dizia Neel na introdução ter sem dúvida as melhores páginas de Wilde, acima do De Profundis e d’A Balada do Cárcere de Reading.


15€

Oscar Wilde — De Profundis

De Profundis: texto integral pela primeira vez publicado em língua portuguesa  /  Traduzido do inglês por Cabral do Nascimento

Portugália Editora, Lisboa (composto e impresso na Tip. Leandro, Lda. Junho de 1962). In-8º de 197, [V] págs. Br.

Como apresentação do livro traduziu também Cabral do Nascimento a resenha que Vyvyan Holland escreveu em 1949, dando conta de algumas das muitas vicisssitudes por que passou até ser enfim publicado com o texto na íntegra.

Exemplar com algum desgaste exterior.

12€

Oscar Wilde — Teatro

Teatro de (...) // Traduzido do inglês por Januário Leite, Prefácio de João Gaspar Simões / O Leque de Lady Windermere / Uma Mulher sem Importância / Um Marido Ideal / A Importância de Ser Severo

Portugália Editora, Lisboa (composto e impresso na Gráfica Santelmo). In-8º de 584, [VIII] págs. Br.

Depois de defender que a literatura de Wilde, em geral, não era nada assim tão genial, Gaspar Simões terminava o seu prefácio garantindo todavia serem estas "quatro obras-primas do teatro britânico"; asseverando igualmente que Januário Leite tinha dedicado às respectivas traduções quase um ano de trabalho.

17€

Octavio Paz — El Arco y La Lira

El Arco y La Lira (El poema. La revelación poética. Poesía e historia)

Fondo de Cultura Economica, México (1982). In-8º de 305, [3] págs. Br.

Com tiragem de 3000 exemplares, foi mais uma reimpressão de um trabalho dedicado a Alfonso Reyes e já então pela oitava vez dado a lume desde 1956. Os ensaios, com variadíssimas digressões e remissões, foram agrupados nas secções de capítulos indicadas no subtítulo.


10€

Octavio Paz — Signos em Rotação

Editôra Perspectiva São Paulo. (1972). In-8º de 319, [I] págs. Br.

"Octavio Paz é o mais importante poeta-crítico da América Espanhola e um dos nomes mais significativos da literatura contemporânea. Esta coletânea de ensaios, a primeira de Paz que se publica em língua portuguesa, dá-nos uma visão radial e radical do pensamento crítico desse grande mexicano e cidadão do mundo". Textos ensaísticos mais ou menos digressivos ou evocativos sobre/de Matsuo Bashô, Mallarmé, André Breton, e.e.cummings, Buñuel e Fernando Pessoa - o famoso «Fernando Pessoa, o Desconhecido de Si Mesmo»; entre outros mais teóricos e abstractos, incluindo o que deu título a este volume. Tradução de Sebastião Uchoa Leite e revisão a meias de Celso Lafer e nada menos que Haroldo de Campos, o qual assina ainda o posfácio final sobre o poeta mexicano, seguindo-se a outros dois mais.

14€

Pablo Neruda — Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada

Publicações Dom Quixote (Este livro acabou de se imprimir em 5 de Setembro de 1974 nas oficinas de Guide - Artes Gráficas). In-8º de 111, [V] págs. Br.

Volume inaugural da colecção «poesia século XX», com tradução de Fernando Assis Pacheco e desenhos de Cipriano Dourado; aqui na quarta de muitas edições, primeira após o 25 de Abril.

Exemplar com algum desgaste exterior.

8€  

La Vida y el Verbo de Ruben Dario

La Vida y el Verbo de Ruben Dario (ensayo biografico y critico)

Compi / Compañia Bibliografica Española, S. A. (Nieremberg, 14) Madrid. (Enero de 1967, centenario del nacimiento de Ruben Dario). In-8º de 454, [II] págs. Enc.


Esta biografia crítica (da autoria de Bernardino de Pantorba) é entremeada de início ao fim por composições do poeta caribenho, principal precursor do modernismo espanhol e até da Geração de 27, bastante apreciado por Garcia Lorca; e por algumas ilustrações em folhas à parte, impressas sobre papel couché.
Encadernação do editor em percalina (apresenta algumas escoriações marginais) gravada a dourado; com sobrecapa de papel, que o exemplar conserva.

15€

Eugénio de Castro — Obras Poéticas

Lumen / Portucalense Editora. (1927-1944). 10 vols. in-8º. Br.

Os volumes de I a VIII foram publicados pela editora coimbrã, até 1940; sendo os dois últimos já assegurados pela Portucalense, com a mesma disposição gráfica, ambos em 1944. 
[Do vol.V temos também um exemplar muito bem encadernado].
O vol.VIII apresenta uma pequena falha de papel na capa, sobre o encaixe; de resto, conjunto sem defeitos significativos a assinalar, descontando a falta do volume solto que salvo erro chegou também a sair, mas não numerado e portanto quase extra-colecção.

100€

Eugénio de Castro — Sonetos Escolhidos

Livraria Clássica Editora, Lisboa. (1946). In-8º de 142, [II] págs. Br.

"O manuscrito dos «Sonetos Escolhidos» último legado poético de Eugénio de Castro – encontrava-se concluído nos começos do Verão de 1944. Cuidadosamente redigido, ordenado e paginado, iria entrar no prelo pela mão do Autor. Suspensa a intenção pelo passo da morte, só agora se revela a derradeira mensagem do Poeta, que, debruçado sobre a sua própria obra, nos quer, ainda, oferecer a dádiva inigualável dos seus quarenta melhores sonetos.

14€

Eugénio de Castro — Oaristos (segunda edição)

Coimbra: F. França Amado – Editor. 1900. In-8º de 75, [3] págs. Enc.

A juntar ao empinado da primeira – que proclamava, com jactância q.b., todas as novidades asseguradas como chegando pela primeira vez à poesia portuguesa –, também aqui reproduzido, fez Eugénio de Castro publicar nesta edição um seu novo prefácio no qual se lia “O livro que tão profundamente desconcertou o espirito commodista dos meus compatriotas, feroz inimigo de tudo o que possa quebrar o somno em que se deleita de contínuo, o livro que tanta celeuma levantou na imprensa e fez estoirar tantas girandolas de injurias, esse livro irreverente e estouvado é hoje um livro pacato e sisudo, uma pessôa normal, bem comportada, capaz de inspirar confiança a um indio”, afirmando que o “exaggêro” da composição não pretendia só épater le bourgeois mas, sobretudo, “sublinhar com um violento traço vermelho a estagnada chateza das fórmas poeticas d’então”; além de uma pequena sequência de apreciações laudatórias tecidas por Ramalho Ortigão, João de Deus, Visconde de Ouguela, Fialho, Simões Dias, Abel Botelho e Brinn’Gaubast.

Exemplar revestido de uma boa encadernação em estilo amador, com a lombada em pele gravada a ouro; conservando por inteiro a capa de brochura. 

25€

Eugénio de Castro — Saudades do Céo

Coimbra: F. França Amado – Editor, 1899. In-8º de 58, [6] págs. Enc.

Primeira edição, de boa execução gráfica, hoje já consideravelmente invulgar.

Exemplar da tiragem corrente (houve uma especial de apenas 12), revestido de uma boa encadernação com pastas em fantasia e cantos e lombada em pele, esta última ornada de gravações a ouro nas casas e nos nervos; conservando por inteiro a capa de brochura e tendo na guarda o ex-libris da profusa e bem conhecida livraria de Salema Garção, a quem terá pertencido.

25€

contos e poemas // de vários autores modernos portugueses

contos e poemas // de vários autores modernos portugueses, contém êste volume, organizado e editado por Carlos Alberto Lança e Francisco José Tenreiro

1942 (composto e impresso na Imprensa Lucas & C.ª - Lisboa). In-8º 155, [V] págs. Br.

"Quem ler êste volume, poderá chamar-lhe uma «Antologia de Novos». Foi êste o desejo dos organizadores - o duma antologia que se renove", assinalavam em nota final os editores, depois de uma outra de apresentação "sôbre os colaboradores" seleccionados: entre outros, Teixeira de Sousa, Tomaz Kim, Soeiro Pereira Gomes, Armando Ventura Ferreira, Garibaldino de Andrade, Sidónio Muralha, Manuel da Fonseca, Arquimedes da Silva Santos e Faure da Rosa.

20€

Encontro (antologia de autores modernos)

Organização de: Carlos F. Barroso, Correia Alves, Júlio Gesta. (Papelaria e Tipografia Leixões / R. Brito Capelo, 251 Matosinhos). [S/d]. In-8º de 196, [4] págs. Br.

Entre inéditos e éditos, este volume recolhe os textos «Maio Moço» (conto inédito de Torga, apresentado por Eugénio de Andrade), «Urgentemente» e «Mar, Mar e Mar» (poemas inéditos de Eugénio de Andrade), «O Regresso do Filho Pródigo» (André Gide), «Ode a Federico Garcia Lorca» e «Hino e Regresso» (Pablo Neruda traduzido por Eugénio de Andrade), «Notas breves sobre alguns lugares tornados comuns» (Henri Lefebvre), «A linha nodal» (José Fernandes Fafe), «Ilusões e condições da arte engajada» (René Leibowitz), «O canto de mim mesmo» (Walt Whitman apresentado e traduzido por Alexandre Pinheiro Torres), «O dia seguinte» (peça então inédita de Luís Francisco Rebelo) e «Um poema inédito de Federico Garcia Lorca» (com um texto de Eugénio).
Cada um dos autores representados é apresentado por uma pequena ficha introdutória assinada ou por algum dos outros ou por escritores e críticos que não constam da recolha.
A bela capa foi da autoria do pintor Augusto Gomes, ele próprio da terra - Matosinhos - onde o livro foi impresso.

25€

Duas Cidades: Antologia sobre o Porto e Coimbra

Duas Cidades: Antologia sobre o Porto e Coimbra / Selecção e prefácio de Eugénio de Andrade // segunda edição

Editorial Inova Limitada (1972). In-8º de 73, [19] págs. Br.


Terceiro volume da colecção «duas horas de leitura», é este um mix dos textos seleccionados por Eugénio de Andrade para as anteriores e monumentais colectâneas Daqui Houve Nome Portugal, dedicada ao Porto, e Memórias de Alegria, a Coimbra – cidade onde, como recordava no prefácio, chegou também a viver alguns anos. 

Vários exemplares disponíveis.

10€

eros de passagem (Poesia Erótica Contemporânea)

eros de passagem (Poesia Erótica Contemporânea) // Selecção e Prefácio de Eugénio de Andrade / Desenhos de José Rodrigues

limiar (1982). In-8º esguio de 72, [VIII] págs. Br.

"Afastada a razão inicial desta escolha, que era a de ilustrar por meio de poesia alguns desenhos de José Rodrigues, toda a ênfase posta no corpo e nos seus sortilégios foi dando lugar à errância de Eros que, de edição em edição, acabaria por impor a sua presença e multiplicar as suas máscaras. A mudança de alvo levou, na maioria dos casos, à mudança de poemas, e até de poetas - eis porque esta edição surge tão diferente das anteriores, e até com novo nome de baptismo, pois o livro é na verdade outro" em relação ao antecessor Variações sobre um Corpo e à própria edição homónima primitiva. Cronologicamente, os poetas aqui representados vão de Camilo Pessanha a Joaquim Manuel Magalhães.

17€

Federico Garcia Lorca — Canciones

Primeras Canciones / Canciones / Seis Poemas Galegos (Segunda edición)

Editorial Losada, S. A. / Buenos Aires (1953). In-8º de 130, [VI] págs. Br.


Indicada como a segunda edição, é de crer que se trate apenas da segunda argentina em mais pequeno formato, uma vez que já em 1944 tinha o volume saído nesta mesma casa editora; abundaram as edições no mundo hispano-americano até pela dificuldade de publicar o grande poeta na sua Espanha durante o apogeu do franquismo que logo na proto-história o assassinou.
Não parece ter grande justificação esta opção do editor argentino por acoplar aos dois livros de canções o livrinho de poemas à moda galega, uma vez que este é já de 1935, enquanto aqueles são dos primeiros anos de actividade (início dos anos 20).

Exemplar com espúria dedicatória de oferta - portuguesa, lisboeta - no final de 54.

10€

Ano Novo, casa nova

[As novas instalações cá da casa no Porto vão começando a ganhar finalmente forma e a receber visitas.]