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Margarida de Navarra — Heptameron

Heptameron (ilustrações de Henrique Manuel)

Lisboa: Estúdios Cor, 1977. (Nas oficinas da Soc. Industrial Gráfica Telles da Silva, lda. que compôs e imprimiu o texto; as ilustrações, extratextos, a cores, foram impressas em «offset» por Júlio de Amorim, filhos, lda., em Lisboa). 2 vols. in-8º gr. de 280, [IV] e 256, [IV] págs. Enc.

Obviamente inspirado no Decameron de Bocaccio, o enredo, aqui, toma como pano de fundo a graciosa estância de Cauterets, nos Pirenéus franceses, (onde por sorte o livreiro há muitos anos esteve), que serve de repouso a alguns mais ou menos licenciosos aristocratas - modelo que seria abundantemente replicado nalguma literatura francesa do séc.XVIII, Sade à cabeça. O primeiro volume teve tradução de Gabriela Ramirez Garcia e o segundo de Álvaro Pereira. Quanto às ilustrações, são no registo típico de Henrique Manuel, habitual colaborador da casa.

Encadernação editorial em tela.

30€

André Chastel — Il sacco di Roma (1527)

Giulio Einaudi editore. (1983). In-8º de XLI, [I], 274, [4] págs. Br.

Edição italiana, publicada decerto em simultâneo, ou quase, com a que saíra originalmente nos E.U.A. (Princeton). O estudo de Chastel - um dos principais especialistas em arte italiana e do Renascimento em particular - cruza, no tratamento do tema, a história da arte com a da cultura e a propriamente política do período em causa; estando o volume abundante e criteriosamente ilustrado em folhas centrais, destacadas e não incluídas na paginação.

Bom exemplar, tendo apenas ligeiras marcas na sobrecapa que, antes assim, conserva. 

15€ 

Kenneth Clark — Civilização: Uma Visão Pessoal

Civilização: Uma Visão Pessoal (Tradução: Madalena Nicol / Revisão: Luis Lorenzo Rivera)

Martins Fontes/Editora Universidade de Brasília (1980). In-8º gr. de 376, [IV] págs. Br.

No meio da actividade editorial dos tijolos de José Rodrigues dos Santos, parece que a Gradiva de vez em quando ainda vai editando livros - publicou no final do ano passado esta adaptação dos textos lidos no mais célebre programa televisivo de divulgação da História da Arte; até agora inédita em Portugal. Nós por cá ainda temos este exemplar da (primeira) edição brasileira, única até então disponível no mercado lusófono. 
Quanto ao livro, apesar de um tanto simplista e simplificador, desde logo no próprio conceito de civilização que lhe serviu de título, lê-se com gosto e não fica nada mal em qualquer biblioteca civilizada.
A ilustração é criteriosa e abundante.
Exemplar com o selo de uma livraria portuense O Século, na Rua de Sá da Bandeira, que o livreiro não crê ter chegado a conhecer.

15€

Graça Morais — Terra Quente, O Fim Do Milénio

Terra Quente, O Fim Do Milénio / As Quatro Estações do Ano (Agosto de 1999 - Agosto de 2000) // Texto de António Carlos Carvalho, Fotografias de Roberto Santandreu

Gótica (Novembro de 2000). In-4º de 183, [III] págs. Enc.

Homenagem à «Terra Quente» do Nordeste transmontano (integra mais ou menos o território dos concelhos de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Mogadouro e Vila Flor, na confluência hidrográfica do Douro e dos seus belos afluentes Tua e Sabor) por uma das suas «fihas» mais ilustres (Graça Morais é natural do Vieiro). Além do texto e das fotografias referidos em subtítulo há ainda abundantes reproduções de trabalhos da artista e também alguma prosa – retirada de diários – da sua própria pena.   

O álbum foi encadernado em tela, revestida de uma sobrecapa de papel. 

30€

A Linguagem Simbólica da Natureza

A Linguagem Simbólica da Natureza: A Flora e a Fauna na Pintura Seiscentista Portuguesa / (…) Prefácio de Vítor Serrão

vega (DL 2009). In-4º de 384, [II] págs. Br.

Dizia a nota editorial inscrita na badana que neste livro “é interpretado o significado simbólico da flora e da fauna representadas na produção pictural seiscentista portuguesa de pintores como Josefa de Óbidos (1630-1684), Baltazar Gomes Figueira (1604-1674), Bento Coelho da Silveira (c.1630-1708), e André Reinoso (c.1590-1650), entre outros. Nos pintores da escola de Óbidos, Josefa e Baltazar, é de realçar a exactidão da reprodução do mundo natural, o que permitiu a identificação de espécies de fauna e flora características da Lagoa de Óbidos” ultimamente nas notícias.  
Quanto ao prefácio de Serrão, salientava ser este “um dos pontos altos desta fase amadurecida de estudos sobre a Natureza Morta portuguesa do século XVII. (…) O cruzamento entre a História da Arte, a Iconologia, a Filosofia e a História Natural – num vasto processo de lição sobre as representações barrocas que nunca fora antes empreendido – confere inegável sucesso a uma metodologia de ponta de que a autora é responsável e que afirma a originalidade da sua investigação”.

25€

La Femme et l'Amour

La Femme et l'Amour (Texte et documents réunis par André Lejard)

La Guilde du Livre, Lausanne. (Achevé d'imprimer le 30 septembre 1967, sur les presses des Imprimeries Populaires - Arts graphiques, à Genève. La composition a été faite en caractère Garamond corps 12 et le tirage exécuté sur papier offset sans bois. La reliure est due aux soins des Ateliers Mayer et Soutter, à Renens. (...) / Edition hors commerce réservée aux membres de la Guilde du Livre). In-8º gr. de 265, [XV] págs. Enc.

Ut pictura poesis, o volume recolhe composições poéticas e artísticas agrupadas em duas não-secções (a ordem é meramente de exposição): Antiguidade Grega e Romana e Oriente / Ocidente, da Idade Média a Pierre Jean Jouve, nome final da lista de mais ou menos ilustres que, para elencar aqui apenas o séc.XX, antologia Rilke, T. S. Elliot, Yeats, Jarry, Apollinaire, Maïakovski, Pasternak, Valéry, Alberti, Breton, Eluard, Desnos e Lorca.

Encadernação do editor em tela com título e motivos ornamentais gravados a dourado na lombada e um cliché recortado sobre a pasta superior - que neste exemplar, nº 1659 de uma tiragem inteiramente numerada, apresenta uma pequena marca de corrosão, a qual com ligeiras manchas nessa mesma pasta é seu único defeito. 

20€

Maria Amália Vaz de Carvalho — Cartas a Luiza (moral, educação e costumes)

Companhia Portuguesa Editora, L.da. Porto. [S/d]. In-8º de 250, [2] págs. Enc.

Segunda edição de um livro dedicado a Luísa de Almeida e Albuquerque, a quem a autora, na nota introdutória, dizia: “Tu, que és uma das raras mulheres que se levantam acima do nivel intellectual do nosso sexo, deves comprehender e approvar que eu lucte, no estreito limite do meu poder, pela libertação moral e intelectual das nossas irmãs opprimidas”.

Exemplar bem encadernado com cantos e lombada em pele (tendo esta última as casas gravadas a ouro), conservando   integralmente a capa de brochura; em muito bom estado.

22€

Maria Amália Vaz de Carvalho — Serões no Campo

Lisboa: Livraria Editora de Mattos Moreira & C.ª (68– Praça de D. Pedro–68), 1877. In-8º de 236, [4] págs. Enc.

Edição original desta recolha dos textos «Um justo», «Alice», «A mulher antiga e a mulher christã», «A actriz», «Madame de Sevigné», «Á morte de Georges Sand» e, também In Memoriam, «Castilho».

O exemplar, sem a capa original, foi recentemente encadernado e ostenta nas folhas de rosto e de anterrosto uma primitiva assinatura de propriedade.

24€

Bernardim Ribeiro — Saudades: História de Menina e Moça

Saudades: História de Menina e Moça (2.ª edição, revista por Delfim Guimarães)

1916 / Guimarães & C.ª - (largo) Editores (68, Rua do Mundo, 70). In-8º de 160 págs. Enc.

Na «Advertencia» preliminar, o escritor e versejador fundador desta sua editora homónima explicava pretender, com esta "edição popular" linguística e graficamente trabalhada, pôr o livro "ao alcance do grande publico, tornando conhecida, lida e estimada uma obra de peregrino brilho, um dos mais belos florões da nossa literatura".     
     
Exemplar revestido de modesta encadernação da época, conservando a face cimeira da capa de publicação, ilustrada por Alfredo de Morais com o título Saudades gravado a dourado.   

15€

Joel Serrão — Cronologia geral da história de Portugal

Iniciativas Editoriais. 1977. In-8º de 247, [1] págs. Br.

Reproduz a «Advertência» da 2ª edição (de 1973) e a «Nota Preliminar» da original (1971). O volume divide-se nas secções: «Proto-História», «Condado Portucalense», «Formação e organização de Portugal», «Expansão marítima e colonial», «Domínio espanhol», «Restauração da independência e consolidação do domínio português no Brasil», «Aceleração do Processus da independência brasileira e instauração do regime liberal», «Regeneração e expansão africana» e «República».

10€

Joel Serrão — Dicionário de História de Portugal

Dicionário de História de Portugal, dirigido por (…)

Iniciativas Editoriais. 4 vols. in-4º. Enc.

Edição original – na série rigorosamente original, com capa e sobrecapa da própria editora lisboeta – de um trabalho que dispensará apresentações, e que teve como colaboradores, só por exemplo, Luís de Albuquerque, Manuel de Azevedo, Garcia y Bellido, Charles R. Boxer, Mário Cardoso, Martins de Carvalho, Rómulo de Carvalho (aka António Gedeão), Armando de Castro, Hernâni Cidade, Jaime Cortesão, Almeida Costa, António Cruz, Jorge Dias, Túlio Espanca, Vitorino Magalhães Godinho e Rui Luís Gomes, entre outros e por ordem de apresentação; curiosa e bastante inusual mescla de  anti-salazaristas, salazaristas, mais simpatizantes, menos simpatizantes e nem-sim-nem-sopas. 
No seu prefácio, Joel Serrão explicava que a empreitada levou dez desesperantes mas indispensáveis anos (!) a preparar, e que o âmbito dela ia até ao primeiro quartel do século XX. Mais tarde, já por iniciativa da editora portuense Figueirinhas (que viria a adquirir os direitos da obra e a reeditá-la), António Barreto e Maria Filomena Mónica acrescentariam outros três volumes até ao 25 de Abril. Entretanto, nestes últimos anos, mais oito pequenos volumes se publicaram, dedicados em exclusivo ao 25 de Abril e ao próximo pós-Revolução. Quem quiser completar a colecção apenas terá portanto de no-lo solicitar, ou contactar directamente a editora.

Os quatro volumes foram encadernados em pele com a dita sobrecapa de papel aposta, que todos conservam, ainda que com pequenos defeitos.

90€

Luís Chaves — Os Pelourinhos Portugueses

Os Pelourinhos Portugueses, por Luís Chaves (Titular da Ass. dos Arqueólogos Portugueses / Antigo Conservador do Museu Etnológico Português)

Edições Apolino / Gaia — Portugal, MCMXXX. In-8º gr. de 67, [I] págs. Br.

Um dos títulos mais apreciados da graciosa colecção «Estudos Nacionais (sob a égide do Instituto de Coimbra)», sempre neste figurino típico, impressa sobre bom papel avergoado e ilustrada por clichés no texto ao longo do volume. Antes de passar à colação de vários exemplares pelo país fora, o estudo recolhe citações sobre este velho monumento característico do municipalismo português na nossa literatura (não só literária, mas também histórica e jurídica): Gil Vicente, Garrett, Herculano, Camilo, Eça, etc. 

25€

Memorial de Várias Cartas e cousas de edificação dos da Companhia de Jesus

Memorial de Várias Cartas e cousas de edificação dos da Companhia de Jesus / com um prefácio por Joaquim Costa, director da  biblioteca / reconstituição do texto e nota preliminar de José Pinto, 1.º bibliotecário

1942, Emp. Ind. Gráfica do Pôrto / Marânus. In-4º de 425, [I] págs. Br.

Edição da BPMP, à época empenhada nesta série de reprodução de manuscritos - este, no título original, «Memorial de Varias Cartas e cousas de edificaçam dos da Comp.ª pera uso e proueyto spual dos Nouicos uendo o exemplo dos Antigos.», com data de 1596; embora a cópia seja decerto posterior, uma vez que engloba já notas sobre episódios e padres do início de Seiscentos.
Exemplar valorizado por dedicatória de oferta manuscrita por Joaquim Costa "Ao Ilustre escritor, o Ex.mo Senhor Vereador Dr. Alberto Pinheiro Torres, com as mais gratas homenagens da Biblioteca Pública Municipal do Porto".

30€