livraria on-line

Livraria / Editora / Alfarrabista } { Porto bibliographias@gmail.com / 934476529

.

.

the russian vision on europe

europalia.russia (2005). In-4º q/quadrado de 149, [III] págs. Br.

Catálogo da exposição realizada no âmbito do festival da Europália, na Bélgica - que conta por isso com algumas fotografias entre as seleccionadas por mais de uma dezena de fotógrafos russos, alguns deles muito bons, em viagem na Europa (há também 3 portuguesas, lisboetas, de Vladimir Grevi, muitas italianas - Veneza e a hiper-fotogénica região toscana à cabeça - e sobretudo parisienses, se dúvidas houvesse sobre a filiação francófila dos russos...). 
O texto preliminar, da directora do museu fotográfico de Moscovo, realçava a profusão de fotógrafos ocidentais na Rússia já desde meados do séc.XIX e, em contrapartida, a pouquíssima tendência inversa, acentuada com as décadas de «fechamento» atrás da «Cortina-de-Ferro»; panorama que só começaria a alterar-se após a queda da dita, i.e. do Muro de Berlim.   
A exposição terá depois estado por cá, na Cordoaria Nacional, uma vez que o exemplar tem inclusa a folha volante promocional respectiva. 

12€

Hedrik Smith — Os Russos

Os Russos: A Vida Quotidiana na União Soviética (na capa: A vida do povo russo por detrás da fachada da propaganda)

Publicações Europa-América (1978). In-8º de 576, [VIII] págs. Br.

Esta «reportagem» literária do editor do New York Times em Moscovo (coisa que desconhecíamos que existisse), originalmente publicada em 1976, fôra vencedora do Prémio Pullitzer - que motivou esta primeira edição portuugesa, dada a lume na série «Estudos e Documentos».

10€

Wladimir Weidlé — La Russie Absente et Présente

Gallimard (achevé d'imprimer par l'Imprimerie Floch, Mayenne (...) le 23 Novembre 1949). In-8º de 238, [II] págs. Br.

Edição original de um já bastas vezes reeditado principal trabalho do autor, crítico e escritor russo no exílio francês após a Revolução de Outubro, do círculo de Berdiaeff e outros intelectuais; dividido nas secções de capítulos «La Russie Ancienne», «La Russie Moderne», «La Fèlure», «Le Renouveau Interrompu», «La Troisième Russie» e «L'Ame Russe». 

16€

Nikolai Berdiaeff — De l’Esclavage et de la Liberté de l’Homme

De l’Esclavage et de la Liberté de l’Homme (Traduit du russe par S. Jankelevitch)

Aubier, Paris (achevé d’imprimer le 25 Janvier 1946 sur les presses de l’Imprimerie Aubin, a Ligugé (Vienne)). In-8º de 302, [II] págs. Cart.

Livro que ganharia muito em ser lido ainda pelos contemporâneos, e nomeadamente pelo compatriota chefe de Estado; quanto aos nossos, não houve salvo erro edição portuguesa, como não há de quase nenhum dos livros do filósofo russo.

Exemplar artesanalmente cartonado, parecendo aproveitar ambas as faces (a inferior como guarda) e o encaixe da capa de brochura.

10€

Henri Troyat — Catherine la Grande

Flammarion (1977). In-8º de 544, [VI] págs. Enc.

Se levarmos em conta que Troyat, nom-de-plume, era um exilado, levado pelos seus pais Europa fora após a Revolução Russa de 1917, até 3 anos depois assentar arraiais em Paris - talvez se compreenda melhor (ou então pior...) esta sua propensão para ir compondo tantas biografias de personagens célebres daquele flutuante território que não voltaria a pisar; desde as literárias (Dostoievski, Pushkin, Lermontov, Tchekov, Tostoi e Gogol o Grande, pelo menos) às histórico-políticas (Pedro I, Nicolau II). Se foram todas assim monumentais, dir-se-ia que nem uma vida inteira chegaria para as escrever. Nem uma de 95 anos, como a do autor...
Um dos capítulos deste livro, diga-se de passagem, relata com alguma minúcia a célebre viagem da Imperatriz à Crimeia, de que tanto temos ouvido falar por estes dias nos jornais. Dela e de outras personagens são apresentados retratos num conjunto de folhas centrais, destacadas, em papel couché.

O volume foi encadernado pelo editor em tela fina. Caso tenha havido sobrecapa de papel, ela faltará ao exemplar. 

14€ 

Henri Troyat — Gogol

Gogol / por Henri Troyat, da Academia Francesa / Tradução de A. Guimarães

Lello & Irmão – Editores. Porto. (1980). In-8º gr. de 575, [1] págs. Br.

Edição portuguesa desta monumental biografia do mui genial autor de Almas Mortas, O CapoteContos de S. Petersburgo, publicada originalmente pela Flammarion em 1971. O volume inclui, a terminar, uma lista de bibliografia e um extenso repertório biográfico com a ficha das personagens mais ou menos directamente relacionadas com o escritor.
Disponíveis também muitos outros títulos desta mesma colecção sobre Figuras do Passado.

14€

Gogol — O Capote

O Capote, por (...) / tradução de José Marinho

Editorial "Inquérito", L.da / Lisboa (acabou de imprimir-se, aos 7 de Fevereiro de 1941, na Tip. Maurício & Monteiro). In-8º peq. de 67, [XIII] págs. Br.

Há livros sobre os quais nem vale a pena falar nem precisam de ser encarecidos. Como é o caso quando um Dostoievski diz, simplesmente, "Todos nós saímos d'O Capote de Gogol". Ainda assim, precisou de um século (1841-1941) para ser publicado cá, pois foi mesmo esta, salvo erro, a primeira edição portuguesa.

10€

Gogol — A Lei dos Cossacos («Tarass Bulba»)

Editorial Inquérito (1943). In-8º de 224 págs. Br.

Volume publicado na colecção «Os Melhores Romances dos Melhores Romancistas» - e este era de facto um deles. 

Exemplar revestido de modesta encadernação que lhe conservou a frente da capa de brochura.

10€

Tolstoi — Os Cossacos

Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1934. In- de 333, [3] págs. Enc.

Edição brasileira em formato popular, integrada na «Colecção SIP».

Exemplar revestido de modesta encadernação da época,  conservando a capa de brochura; com algum desgaste; assinatura do oficial português Leopoldo Carmona, na capa e no texto.

7€

Tchekov — Ivanov

Ivanov, por (...) / Tradução de José Sinde Filipe

Editorial Presença / Lisboa – 1965. In-8º peq. de 151, [1] págs. Br.

Edição portuguesa da peça, publicada na «Colecção Presença».

8€

Tchekov — O Selvagem

O Selvagem, por (...) / Tradução de Carlos Grifo

Editorial Presença / Lisboa – 1968. In-8º peq. de 174, [2] págs. Br.

“A minha peça é extremamente estranha; e até me surpreende que coisas tão singulares saiam da minha pena”, palavras do autor sobre este drama, um dos principais marcos da sua produção teatral. Edição igualmente publicada na «Colecção Presença». 

10€

Tchekov — Um Drama na Caça (Uma História Verdadeira)

Portugália Editora (nas oficinas gráficas da Empresa do Jornal do Comércio, Julho de 1965). In-12º de 276, [VIII] págs. Br.

"Um Drama na Caça distingue-se, na obra de Tchekov, não apenas por ser o seu único romance, mas também pelo tema, policial, podemos dizer, se neste género incluirmos o Crime e Castigo, de Dostoievski"; assim apresentava a editora esta sua realização (na colecção «o livro de bolso») com tradução de Manuela Porto e João Gaspar Simões e capa de Câmara Leme.

10€

Tchekov — A Minha Mulher

A Minha Mulher, por Anton Tchekov (Tradução de Luís Pacheco com ilustrações de Luís Filipe)

Inquérito, Lisboa. [S/d]. In-8º de 117, [3] págs. Br.

Volume publicado – o quinto – na «Antologia dos Amigos do Livro», dirigida por Emílio Guerra Salgueiro, decerto familiar do editor Eduardo.

Exemplar por estrear.

12€

Gorki — Correspondência (Lenine / Gorki)

Correspondência (Lenine / Gorki) // (volume duplo)

Editorial Início (Lisboa). (Este livro foi composto e impresso na Tipografia Guerra, – Viseu –). In-8º gr. de 558, [II] págs. Br.

"A edição portuguesa desta recolha das cartas e outros documentos relacionados com a Correspondência Lenine-Gorki é uma tradução da recolha estabelecida pelo Instituto Gorki de Literatura Mundial da Academia das Ciências da URSS e publicada em Moscovo, em 1958, pelas Edições" respectivas. A correspondência, propriamente dita, dos dois amigos não chega a ocupar metade deste longo volume; uma vez que se seguem cerca de três centenas de páginas de documentação variada, muita dela inédita, incluindo a transcrição de cadernos de apontamentos do escritor - além de comunicações, discursos, conferências, artigos, cartas a outros escritores, etc. (neste "etc." está por exemplo o caderno de memórias acerca de Lenine, publicadas após a morte do líder soviético, que viria a conhecer várias versões e edições - e de que apresentamos abaixo uma edição portuguesa).    
Tradução do escritor Serafim Ferreira.

15€

Gorki — Lenine

Agência Portuguesa de Revistas, Lisboa (1975). In-8º de 110, [X] págs. Br.

Independentemente de quão parcial e excessivamente laudatório nos possa parecer este conjunto de apontamentos à laia de memórias do escritor sobre o amigo e camarada ditador, é um documento de bastante interesse a vários títulos para quem quer que goste de ler acerca da revolução (das revoluções) russa(s). E não deixa de ser curioso notar como Gorki, nem sempre alinhado com a ortodoxia do partido, comungava da aversão tão habitual nos revolucionários russos aos camponeses - os mujiques - cujos traços foram tão brilhantemente reproduzidos nalguma da sua ficção. 

8€

Gorki — O Espião

O Espião (tradução de Alexandre S. Kleist / capa de Espiga Pinto)

Editora Ulisseia (composto e impresso na Tip. «Jornal do Fundão», Maio de 1967). In-8º de 274, [II] págs. Br.

Na nota editorial inscrita na badana, talvez da mão do editor Vítor Silva Tavares, lia-se que "Gorki, intérprete magistral das almas, anotou com profunda acuidade as reacções de um destes «esbirros» e expôs ao leitor contemporâneo um dos retratos mais complexos e mais oportunos da sua vasta galeria - um símbolo tristemente duradouro para lá do tempo e da própria evolução das sociedades".

Exemplar com ligeiro desgaste da capa; selo da Livraria Figueirinhas sobre a referida badana.

10€

Gorki — Contes et Poèmes

Contes et Poèmes (1894-1895) / Traduits du russe par Claude Momal

Hier et Aujourd'hui (1952). In-8º de 382, [II] págs. Br.

Volume publicado na colecção «Oeuvres Complètes de Maxime Gorki», recolhendo um conjunto de contos entremeados por apenas uma ou outra composição em verso - e ainda bem, porque o bolchevique era muitíssimo melhor prosador do que versejador.

10€

Gorki — O Vagabundo Filósofo

Livraria Civilização - Editora / Porto. (1968). In-8º peq. de 281, [3] págs. Br.

Além do engraçadíssimo «O Vagabundo Filósofo», o volume integra ainda «Conversa de Forçados», «O Homem que quis Matar», «Um Coração no Lodo», «O Noivo», «O Amor faz Milagres», «Mais Forte que a Montanha», «Knovalov», «Zazubrina» e «Alguns Dias no Papel de Chefe de Redacção de Um Jornal de Província». 

Publicado na Colecção Civilização, tendo tido direito a uma das apreciadas capas de Abílio Baganha.

7€

Gorki — Uma Vida Inútil e Outros Contos

Editorial Inova Limitada. [S/d]. In-8º de 303, [XIII] págs. Br.

Não datada, parece tratar-se de uma reimpressão recente, com nova capa, de uma edição bastante anterior - em tradução de Egito Gonçalves revista por António Mouzinho. O volume recolhe «Uma Vida Inútil», «Soldados», «Camarada!» e «Nove de Janeiro».

12€

Boris Pasternak ― O Doutor Jivago

O Doutor Jivago (Romance) / Prefácio de Aquilino Ribeiro / Tradução de Augusto Abelaira / Tradução das poesias por David Mourão-Ferreira

Livraria Bertrand. [S/d – 1959?]. In-8º gr. de 622, [2] págs. Br.

Primeira edição portuguesa do romance que a Pasternak valeu o Nobel, saída na série monumental da colecção «Autores Universais» e naturalmente valorizada pela tríade de escritores lusos que nela interveio; sendo de supor que a tradução de Abelaira tomasse como base a original italiana, publicada em 1957. Quanto a Aquilino, por entre pequenos retoques, louvou a bom louvar este romance no breve prefácio em que dele dizia “O seu sentimento da paisagem não tem rival. Os mil painéis que desenha do céu, da neve, da floresta, são todos diferentes e de uma incisão de traço e verdade que nem vistos com lentes de cristal. Nisto há um poder de incisão de miniaturista que nunca foi igualado”.

Exemplar com ligeiros defeitos exteriores.
 
14€

Boris Pasternak ― O Doutor Jivago

O Doutor Jivago (Romance) / Prefácio de Aquilino Ribeiro / Tradução de Augusto Abelaira / Tradução das poesias por David Mourão-Ferreira

Livraria Bertrand. [S/d – 1959?]. In-8º gr. de 622, [2] págs. Br.

Outro exemplar da mesma edição, mas com capa diferente - tenha ou não correspondido a tiragem diacrónica.

12€

Soljenitsin — Paz e Violência: A Hipocrisia do Ocidente

liber (1976). In-8º peq. de 24 págs. Br.

Reproduz o texto da carta enviada pelo escritor russo ao diário norueguês Aftenposten, a propósito da defesa da candidatura do compatriota Sakharov para Prémio Nobel da Paz. A capa foi inteligentemente composta como um sobrecrito postal, que no entanto apresenta nesta caso uma ligeira marca de corrosão; de resto, exemplar por estrear, sem outros defeitos.

6€ 

Soljenitsin — O Carvalho e o Bezerro

O Carvalho e o Bezerro (Esboços da vida literária) // tradução do russo de René Marichal / tradução do francês de Octávio mendes Cajado / revisão de Ayala Monteiro

Livraria Bertrand – Amadora. (1976). In-8º gr. de 591, [V] págs. Br.

"Soljenitsine apresenta-nos em O Carvalho e o Bezerro um «esboço da sua vida literária», uma vida de um escritor que luta pela liberdade do seu povo", sendo esta a primeira edição portuguesa do livro do Prémio Nobel de 1970 - a cuja atribuição aliás aqui dedicava um longo capítulo, «Nobeliana».

14€

Soljenitsin — o primeiro círculo

o primeiro círculo (Tradução de Maria Teresa Ramos)

Editorial Ibis (Venda Nova – Amadora, Portugal). (1969). In-8º gr. de 684, [6] págs. Enc.

“O Primeiro Círculo do «Inferno» de Dante – onde as almas dos filósofos pré-cristãos eram condenadas a existir por toda a eternidade – aparece nesta obra como uma metáfora para certas instituições penais da Rússia de Estaline. Estas instituições eram centros de pesquisas científicas, funcionando dentro de prisões especiais, e o seu pessoal constituído por prisioneiros políticos – físicos, matemáticos, engenheiros e técnicos. Podiam considerar-se quase luxuosas em comparação com outras prisões e campos de trabalho situados mais para o Árctico – de onde vinham muitos dos prisioneiros e para onde muitos haveriam de voltar. (…) O herói de «O Primeiro Círculo» é o prisioneiro Nerzhin, matemático brilhante. Com 31 anos, Nerzhin, tal como o autor, viveu os anos de guerra na frente alemã e os anos do pós-guerra numa sucessão de campos de prisioneiros na própria Rússia. A sua história entrelaça-se com as histórias de uma dúzia de outros prisioneiros – cada um deles um tipo humano inesquecível”.

Primeira edição portuguesa, encadernada pela editora em percalina com sobrecapa em papel (que o exemplar conserva, embora com pequenos rasgões); publicada na série «Jóias Literárias» logo no ano seguinte ao da edição primitiva. Salvo erro, não mais este livro voltou entretanto a sair em Portugal, sendo esta portanto a única opção disponível; salvo erro também, o primeiro do escritor russo a ser editado cá.

16€

Soljenitsin — L'Archipel du Gulag

L’Archipel du Goulag (1918-1956) / (essai d’investigation littéraire)

Éditions du Seuil (1974). 2 vols. in-8º gr. de 446, [2] e 505, [7] págs. Br.

Edição francesa, publicada no ano seguinte ao da original de um documento entre todos elucidativo da perversão soviética (e desde logo marxista) da porém justíssima ideia de colectivismo – livro que qualquer contemporâneo candidato a comunista, 60 a 100 milhões de mortos depois, dos quais mais de 20 no território da ex-União, deveria ler. No conjunto dos dois volumes, o trabalho de tradução foi distribuído por 7 (!) almas, sendo portanto muito menos pesado do que o dos campos de prisioneiros aqui tão minuciosamente relatado... 
Em 1976 esta mesma editora publicaria um terceiro e último volume.

20€

Soljenitsin — Arquipélago de Gulag

Arquipélago de Gulag (Tradução directa do russo de: Francisco A. Ferreira, Maria M. Llistó, José A. Seabra)

Livraria Bertrand – Amadora. (1975). 2 vols. in-8º gr. de 509, [3] e  págs. Br.

Primeira edição portuguesa, sendo o segundo volume significativamente mais raro do que o primeiro – diz-se que por mão dos militantes do PCP, que o teriam adquirido em massa para que não circulasse normalmente no mercado, mas precisaríamos de saber se a tiragem foi ou não a mesma antes de arriscar conclusões. 

No conjunto dos volumes, é a única completa, uma vez que a mais recente, de acordo com as recensões que dela foram saindo, não reproduz integralmente o texto.

30€ (reservado)

Soljenitsin — agosto, 1914

agosto, 1914 (Traduzido directamente do russo por Francisco Augusto Ferreira e José Augusto Seabra)

Publicações Dom Quixote. (1973-1974). 2 vols. in-8º de 718, [2] págs. nums. em conjunto. Br.

“Agosto, 1914 é a narrativa minuciosamente documentada de uma epopeia, ou melhor, antiepopeia, o ataque do exército russo, em 1914, à Prussia Oriental, que termina com a sangrente derrota das tropas de Nicolau II, em Tannenberg, esmagadas pelas forças do chefe do Estado-Maior alemão Hindenburgo. // Soljenitsine reconstitui toda uma sociedade num momento em que ela se vê alterada por acontecimentos excepcionais. O autor «observa-a», assim, nesse momento privilegiado, desvenda-a nas suas estruturas e nas suas aparências, aproveitando uma altura em que a vida das pessoas se vê conturbada e em que os sentimentos e as paixões são exacerbados sob a acção de forças que substituem os pequenos ou grandes destinos individuais por um vasto destino colectivo que parece escapar ao contrôle dos homens. // Levantamento rigoroso de um momento exemplar da história russa, Agosto, 1914 é susceptível de outros níveis de leitura que não deixarão de se impor ao leitor atento. Esta, talvez, a razão por que incomoda uma obra que conta factos velhos de mais de cinquenta anos.” 

Primeira edição portuguesa, precisamente com os mesmos tradutores – o «Chico da CUF» e Seabra, que viria a ser pouco depois conduzido ao PPD pela mão do amante da editora, Sá Carneiro – da de «Arquipélago do Gulag».

14€ (reservado)

Iuri Tivianov — Um Dom-Quixote Russo

Um Dom-Quixote Russo (Versão portuguesa de Cabral do Nascimento)

Portugália Editora, Lisboa (composto e impresso na Tip. J. R. Gonçalves, Limitada - Porto / Maio de 1962). In-8º de 295, [VII] págs. Br.

Depreende-se de uma nota preliminar dos editores que Cabral do Nascimento, até prova em contrário desconhecedor do idioma russo, terá baseado esta «versão» na propriamente dita versão francesa - "uma revelação para a crítica ocidental", em que "o leitor é surpreendido com a inimitável arte da grande ficção russa, nesse cruzar de múltiplas personagens, imediatamente vivas desde o momento em que dizem uma palavra, manifestam uma opinião, fazem um gesto".
Primeira (e única?) edição portuguesa, publicada na colecção «Os Romances Universais» com capa de Charrua.

Exemplar com ligeiras marcas de esboroamento na capa.

7€

Konstantin Simonov — Os Combatentes


Os Combatentes, por (...) / Tradução de Rui Nazaré

Editorial Presença, Lisboa – 1964. (Composto e impresso na Sociedade Industrial Gráfica). In-8º de 182, [II] págs. Br.

"Nesta peça (...) já se adivinham as linhas gerais do seu célebre romance Os Vivos e os Mortos, há pouco publicado em língua portuguesa. O tema central é o mesmo: a guerra, a invasão das tropas de Hitler e a contra-ofensiva russa", coberto pelo autor enquanto repórter e depois base de quase toda a sua actividade literária, entre teatro, ficção e poesia.

7€

Konstantin Simonov — Companheiros de Armas

Editora Arcádia. (Este livro (...) foi composto e acabou de imprimir-se nas oficinas do Eden Gráfico, Limitada, de Viseu, no mês de Fevereiro de 1970). In-8º gr. de 510, [IV] págs. Enc.

"Em Companheiros de Armas, Simonov refere-se ao agitado período de antes da última guerra, à guerra de Espanha, às escaramuças com os japoneses quando estes dominavam a China e ameaçavam a Mongólia. / Simonov parece ser o grande repórter das guerras do nosso tempo". 
Tradução de Maria Assunção Pinto Cabral. 

Exemplar com ligeiro desgaste da sobrecapa de papel que recobre a encadernação.

12€

Dias e Noites de Estalinegrado

Dias e Noites de Estalinegrado (Kuprine-Constantin Simonov / V. Grossman e D. Akulschine)

(Composto e impresso para a Portugália Editora nas oficinas gráficas da Empresa do Jornal do Comércio, S. A. R. L. / Lisboa, Julho de 1967). In-12º de 220, [XII] págs. Br.

Edição portuguesa publicada na colecção «o livro de bolso», este com "os relatos que foram publicados em Moscovo pelos defensores de Estalinegrado. Nele aparecem indistintamente os relatos de grandes chefes militares e de soldados, assim como testemunhos dos sofredores habitantes da cidade heróica. Em forma simples, modesta e sincera, protagonistas da epopeia relatam-nos os feitos de que foram testemunhas, dando-nos a conhecer as impressões provocadas na alma do soldado pelo combate moderno, que não dura apenas um dia, mas semanas e meses inteiros" - como em Kiev... 

8€

Ilya Ehrenburg — A Viela de Moscovo

Portugália Editora (composto e impresso (...) na Soc. de Papelaria, Lda. Rua da Boavista, 375 / Porto). In-8º de 245, [VII] págs. Br.

Volume duplo da colecção «o livro de bolso», reproduzindo na face inferior da capa um retrato do autor por Picasso; sendo a frente ilustrada por Câmara Leme. A tradução foi do par Maria Armanda Falcão / José Tengarrinha, o conhecido fundador do MDP e ele mesmo escritor.

Exemplar usado, com nota de compra e assinatura no anterrosto; de resto, sem defeitos de monta. 

8€ 

Ilya Ehrenburg ― O Degelo (Tradução de Juliane Haerdter)

Editora Ulisseia, Lisboa. (1958 e 1960). 2 vols. in-8º de 246, [2] e 230, [2] págs. Br.

Introduzem o segundo volume duas notas de apresentação, uma da tradutora (mais zangada) e outra do editor Vítor Silva Tavares (mais irónica), justificando-o e defendendo a opção da Ulisseia de publicar separadamente as duas partes, tidas por autónomas, do livro – opção que, garantia Haerdter, tivera o aval do próprio Ehrenburg. De ambos os volumes foi o arranjo gráfico de Sebastião Rodrigues, compositor também da capa (melhor) do segundo; a primeira fôra de António Sena. Números 6 e 21 da colecção «sucessos literários».

14€

Mikhail Cholokhov — O Don tranquilo

O Don tranquilo (versão portuguesa integral de Mário Braga)

Edição «Livros do Brasil» Lisboa. 3 vols. in-8º. Br.

Considerada a peça magna do autor, e a que mais directamente contribuiu para o Nobel que lhe foi atribuído, de interesse agora muito particular por se tratar exactamente do cenário fronteiriço russo-ucraniano onde decorre a guerra, e de onde o autor (do lado russo, mas com mãe ucraniana do outro lado da «raia») era ele próprio natural - nela se reflecte, diziam os editores, "a alma cossaca, irrequieta, generosa, dura, às vezes mesmo egoísta e cruel. Mas, para além desse aspecto particular, é a própria vida humana e o próprio carácter do homem que surgem retratados no circunstancionalismo excepcional de uma jornada histórica não menos excepcional". 

25€

Mikhail Cholokhov — Terras Desbravadas

Editora Arcádia Limitada (composto e impresso nas oficinas gráficas de Manufacturas Modesta - Porto). 2 vols. in-8º de 428, [II] e 435, [I] págs. Cart.

"De Janeiro a Julho de 1930, uma aldeia cossaca, em pleno Don, tem de ser colectivizada; os entusiasmos e os erros, as dificuldades e as contradições, os crimes de inaudita selvajaria, um povo cuja crueza de linguagem e costumes contrasta com a alma crédula, os amores violentos e simultâneamente púdicos, os conflitos entre um passado que subsiste enraizado e os sonhos dum futuro que só a geração seguinte gozará", decerto não particularmente grata ao Holodomor... - assim apresentava a editora este romance em dois livros do autor de Don Tranquilo, vencedor do Prémio Nobel em 1965, diz-se que por pressão da União Soviética sobre a academia sueca, diz-se que não tendo sido escrito por ele. [O primeiro boato não parece de crer, tendo em conta que a mesma academia premiou igualmente dissidentes como Soljenitsin e Pasternak; o segundo foi subscrito por alguns desses dissidentes, Soljenitsin à cabeça.]

15€

3 Contistas Russos Contemporâneos

3 Contistas Russos Contemporâneos: Mikail Cholokov, Ilya Ehrenbourg, Isaac Babel

Portugália Editora (composto e impresso na Sociedade Industrial Gráfica, Janeiro de 1968). In-12º de 150, [X] págs. Br.

Os contos aqui apresentados foram, respectivamente, O Destino Humano, O Cachimbo do Comuna e A História do Meu Pombal.
Exemplar com o ligeiro desgaste da capa típico desta colecção «o livro de bolso»; de resto, sem defeitos a assinalar.

7€