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Antologia da Novíssima Poesia Catalã

Antologia da Novíssima Poesia Catalã (Tradução directa do catalão, selecção prefácio e notas de Manuel de Seabra)

Editorial Futura/Carlos & Reis, Lda. – Lisboa, 1974. In-8º quadrado de 297, [23] págs. Br.

A literatura catalã é bastante conhecida em Portugal, através de uma grande antologia de contos e de diversas obras, principalmente de Felix Cucurull e Pere Calders. Mas a poesia catalã não tem sido suficientemente divulgada entre nós”, lacuna que este volume relativamente pioneiro tentava compensar recolhendo poemas de, entre muitos outros, Joan Vergés, Núria Albó, Joan Manfresa, Francesc Parcerisas, Anton Carrera, Josep Maria Fulquet, Maria Angels Anglada e Antoni Tapies-Barba.


15€

Antologia da Poesia Soviética

Antologia da Poesia Soviética (Tradução directa do russo, selecção, prefácio e notas de Manuel de Seabra)

Editorial Futura/Carlos & Reis, Lda. – Lisboa, 1973. In-8º quadrado de 247, [17] págs. Br.

Foram alguns dos antologiados (de todos apresentada no final «Informação Biobibliográfica») Mayakovsky, Ilya Ehrenburg, Akhmatova, Tsvetayeva, Pasternak, Olga Bergolts e Simonov. O prefácio de Seabra é uma pequena panorâmica da evolução do idioma e da literatura (e poesia, em particular) russa desde o séc.X.

15€

Jules Moch ― U.R.S.S.

Publicações Europa-América, Lisboa. (1957). In-8º de 390, [6] págs. Enc.


Primeira edição portuguesa, sobre a original francesa, em tradução de José Saramago; com uma nota prévia dos editores – fora as ressalvas ideológicas ao objecto, destacando este estudo como “um impressionante relatório escrito por um observador cuidadoso, atento e cheio de reservas e que, ainda quando critica ou ataca, reconhece a grandeza das realizações materiais e o seu inegável significado” – a acompanhar a nota preliminar e o prefácio do próprio autor. Dos mais interessantes, simultaneamente impressionista e abrangente, documentos para a história da antiga União, compõe-se o livro das partições «O Espírito», «A Matéria» e «O Futuro», além de alguns anexos finais («Preços de retalho na U. R. S. S. e em França»; «Superfície das terras colectivizadas nos Estados comunistas da Europa», etc.).

10€

Edgar Morin ― Da Natureza da URSS (Complexo totalitário e novo império)

 Publicações Europa-América (1983). In-8º de 194, [II] págs. Br.

"A aventura da URSS é a maior experiência e a grande questão da Humanidade moderna. O comunismo é a grande questão e a experiência principal da minha vida. / Nunca deixei de reconhecer-me nas aspirações revolucionárias e continuo a acreditar na possibilidade de outra sociedade e de uma nova humanidade"; "(...) a URSS aparece-nos como a Esfinge que todas as teorias esclarecem parcialmente, a começar pelas teorias marxistas, mas que as desafia e as engana a todas". 

Exemplar vincado no pé das folhas ao longo da primeira metade do volume. 

10€

Fernando Namora ― URSS: mal amada, bem amada (crónica)

Bertrand Editora , Venda Nova (1986). In-8º de 163, [I] págs. Br.

Relato tardio da viagem que Namora fizera, salvo erro, na década anterior.

Capa de Eduardo Gageiro.


10€

Fernando Namora ― Um Sino na Montanha (cadernos de um escritor)

Publicações Europa-América (1970). In-8º de 297, [VII] págs. Br.

Terceira edição (as duas anteriores ambas de 1968) deste conjunto de "páginas e páginas de vária feição, croniquetas, apontamentos de romancista, desabafos ou cogitações de quem, na profissão médica, nas lidas de escritor ou fora delas, lhe apeteceu de quando em quando levar ao papel o que lhe ia no cérebro ou no coração". Sob as três secções «Terras e Gentes», «Conversas de Acaso» e «Galeria», há textos mais ou menos longos como «Paris, cinco horas da tarde», «Os vinhos de Cariñena», «No país dos lagos e dos livros», «Em torno do neo-realismo», «Jaime Cortesão», «Aquilino Ribeiro».


14€

Fernando Namora ― Cidade Solitária

Editora Arcádia Limitada (Edição e propriedade do autor). (Este livro, distribuído pela Editora Arcádia Limitada, foi composto e impresso na Tip. «Jornal do Fundão» durante os meses de Julho e Agosto de 1959). In-8º de 293, [IX] págs. Cart.

Edição original, cartonada e revestida de sobrecapa de papel ilustrada por Victor Palla, que no exemplar apresenta já pequenas falhas.

18€

Fernando Namora ― Cidade Solitária / 2.ª edição (5.º, 6.º e 7.º milhares)

Editora Arcádia Limitada. (Este livro foi composto e impresso na Tip. «Jornal do Fundão» durante o mês de Novembro de 1959). In-8º de 293, [IX] págs. Cart.

Reimpressão igualmente cartonada e revestida de sobrecapa de papel, que apenas variou na cor.

14€

Fernando Namora ― As Frias Madrugadas

Lisboa, Editorial Arcádia. (1959). In-8º de 155, [5] págs. Enc.

Primeira edição colectiva dos 3 títulos da produção temporã em verso de Fernando Namora - «Relevos», «Mar de Sargaços» e «Terra» -, acrescidos de alguns inéditos. Reproduz, nas abas, uma nota crítica assinada por João José Cochofel.


Encadernação editorial em tela, com sobrecapa ilustrada de papel. 

Exemplar em muito bom estado, sem defeitos de relevo e com as folhas praticamente limpas.  

22€ (reservado)

Fernando Namora ― Domingo à Tarde

Edição «Livros do Brasil», Lisboa. (1961). In-8º de 258, [6] págs. Enc.

Primeira edição, inteiramente assinada pelo autor e numerada, com uma encadernação da própria editora ilustrada na pasta frontal.

Exemplar ainda valorizado por dedicatória de oferta manuscrita pelo autor.

28€


Fernando Namora ― Deuses e Demónios da Medicina

Livros do Brasil, Limitada Lisboa. In-8º de 316, [2] págs. Br.

Edição original de um dos mais célebres livros deste escritor-médico, com capítulos dedicados aos seus colegas antepassados Hipócrates, Galeno, Avicena, Paracelso, Vesálio, Ambroise Paré, Harvey, Sydenham, John Hunter, Mesmer, Jenner, Laennec, Claude Bernard, Virchow, Lister, Koch, Pavlov, Ramon y Cajal, Freud e Osvaldo Cruz: nem um compatriota para amostra. Justificando as escolhas, dizia o autor no prefácio ter descurado nomes de maior prestígio científico, deixando-se tentar “por certas figuras que, por tão inesperadas ou tão ricas de romanesco, sempre apetece biografar”.

Exemplar valorizado por dedicatória de oferta manuscrita pelo próprio Namora a um jornalista e crítico literário português, ainda vivo, muito ligado precisamente ao neo-realismo.

35€

Fernando Namora — Retalhos da Vida de um Médico

Retalhos da Vida de um Médico (Capa e ilustrações de Manuel Ribeiro de Pavia)

Editorial «Inquérito» Limitada, Lisboa. (1949). In-8º de 217, [7] págs. Br.

Foi a edição original do título mais célebre do autor, uma série de contos – com mais ou menos ficção – retratando a sua experiência como médico de província na Beira Baixa e no Alentejo; adequadamente ilustrada pela mão desse também célebre artista alentejano, Pavia, nome de povoação em que Namora esteve aliás em actividade. «História de um parto», «A mulher afogada», «A prima Cláudia», «Reputação», «Um homem do norte», «Meia dúzia de histórias pitorescas», «Malandro», «Um conde na ilha fria», «Outra história de um parto», «A tuberculosa», «O canudo e a estátua». 

À parte pequenas manchas de acidez na capa, não apresenta defeitos significativos este exemplar – com o ex-libris de Mário Vinhas, precisamente um dos nossos principais ex-libristas e director da Ex-Libris, que se começaria a publicar dois anos depois.
 
35€

Dicionário Enciclopédico de Medicina

Dicionário Enciclopédico de Medicina / Baseado no Black's Medical Dictionary (...) / 2.ª Edição, completamente revista e ampliada por Artur do Céu Coutinho, Médico

Argo Editora, Lisboa. (Composto e impresso nas oficinas gráficas de Bertrand (irmãos), Lda). [S/d - pref. 1957]. 2 vols. in-4º de XII, [III], 2193, [IV] págs. nums. em conjunto. Enc. 

Edição bastante aumentada em relação à primitiva e igualmente ilustrada ao longo dos dois volumes; ambos encadernados pelo editor em pele com gravações a dourado e medalhões em relevo nas pastas.


50€

Armando Moreno ― História da Medicina Universal

Lisboa (1998 / Impressão: Printipo). In-4º de 237, [3] págs. Enc.

A panorâmica pela história da medicina, desde a Pré-História e depois a Antiguidade até aos nossos dias, com escalas na Idade Média (capítulos sobre a medicina judaica e a árabe) e no Renascimento, ocupa pouco mais de metade do volume; seguindo-se capítulos parcelares como «As grandes epidemias», «Ética médica: apenas uma discussão académica?», «Medicinas tradicionais, medicinas alternativas», «Filatelia médica mundial», etc.

Abundantemente ilustrado, o álbum foi encadernado em bom tecido sintético imitando pele, revestido de sobrecapa em papel também ilustrada.


20€

Pedro Hispano ― Liber de Conservanda Sanitate

Liber de Conservanda Sanitate /
Livro sobre a Conservação da Saúde / Compendio sulla Conservazione della Salute // a cura di Ugo Carcasse

Carlo Delfino Editore (Roma, 1997). In-4º gr. de 115, [V] págs. Cart.

Boa edição promovida sob patrocínio pelo clube Rotary International, cartonada e impressa sobre bom papel canelado, aproveitando a edição em latim e respectiva tradução portuguesa que a nossa principal classicista, Prof.ª Maria Helena da Rocha Pereira, preparara em 1973 para as “Acta Universitatis Conimbrigensis”, incluída nas «Obras Médicas de Pedro Hispano»; sendo a tradução para italiano assegurada por Giovanni Varsi (o texto latino é apresentado a página inteira nas pares e as duas traduções a meia página nas ímpares). Após dois rápidos textos preliminares, merece destaque a introdução de Carcassi, cheia de apontamentos de interesse sobre a vida e a obra daquele que foi o nosso quase único filósofo, único papa e (se não falha a memória) único cidadão a ter a honra de ser chamado por Dante para a Divina Commedia, ainda por cima num bom lugar do Paraíso…

Só para exemplo, transcreva-se o período introdutório deste livro, que já merecia edição independente em Portugal: “Considerando eu, Pedro Hispano, que os diversos padecimentos mórbidos se originam no corpo humano por negligência, encontrei e provei com razão verdadeira algumas observações úteis e experimentadas para conservar a saúde da vida humana, as quais se não encontram no seio da arte da Medicina. Uma vez que é melhor preservar a saúde do que lutar com a doença, deve tratarse [sic] da dita saúde”.


25€

O Último Regimento da Inquisição Portuguesa

O Último Regimento da Inquisição Portuguesa (introdução e actualização de Raul Rêgo)

Edições Excelsior, Lisboa. (1971). In-8º de 234, [4] págs. Br.

O longo texto introdutório – dedicado a Salgado Zenha – de Raul Rego é rico em apontamentos bibliográficos sobre as anteriores edições conhecidas dos vários regimentos.

Exemplar valorizado por dedicatória manuscrita do autor “Ao dr. Sá Coimbra, ao escritor, magistrado e cidadão, com mt. apreço”; tendo do próprio Sá Coimbra vários apontamentos e sublinhados a lápis.


17€

O Processo de Damião de Goes na Inquisição

O Processo de Damião de Goes na Inquisição (actualização ortográfica, pontuação, revisão, prefácio e notas de Raul Rêgo)

Edições Excelsior (1971). In-8º de 242, [2] págs. Br.

É bastante interessante e desde logo elucidativo o extenso prefácio, dedicado por Raul Rego a João da Costa Neves, em que se faz o «filme» deste sobre todos vergonhoso (passe a redundância) processo da Inquisição Portuguesa, movido ao nosso célebre humanista: “Bem poderia ele ter-se deixado ficar na Flandres, na paz da família, a gozar os rendimentos, entre gente tolerante e de boa convivência, culta, sem perigo de lhe assacarem o crime de comer carne em dia defeso, de ter falado com Lutero, de receber a hospedagem de Erasmo!”. Inaugural da série «Documentos Históricos», que continuaria com o acima apresentado, o volume tem ainda como interesse o rico repositório de ilustrações.

Exemplar em bom estado, mas com algumas ligeiras manchas na face inferior da capa e uma discreta assinatura de propriedade na folha de rosto.


12€

Stefan Zweig — Brasil, país do futuro (tradução de Odilon Gallotti)

1941, Livraria Civilização – Pôrto. In-8º de 366, [2] págs. Enc.

Primeira edição portuguesa, aproveitando além da tradução o prefácio que o escritor Afrânio Peixoto nesse mesmo ano (supõe-se que quase em simultâneo) preparara para a edição brasileira, salientando superlativamente neste livro “o mais «favorecido» dos retratos do Brasil. Nunca a propaganda interesseira, nacional ou estrangeira, disse tanto bem do nosso país”. Zweig, que viveu vários anos no Brasil, onde se exilou depois de Londres após a ascensão do nazismo e viria a morrer em 1942, suicidado ou assassinado, dividiu o seu trabalho nos capítulos e secções «Introdução», «História», «Economia», «Civilização», «Rio de Janeiro», «São Paulo», «Minas Gerais» e «O voo sôbre o Norte» (Baía, Recife, Amazónia).

Exemplar encadernado com lombada em carneira gravada a ouro, conservando a frente da capa de publicação.

15€ (reservado)

Stefan Zweig — O Mundo de Ontem

O Mundo de Ontem: Memórias de um Europeu (traduzido do original alemão por Manuel Rodrigues)

Livraria Civilização – Editora. (1946). In-8º de 546, [2] págs. Enc.
 
Primeira edição portuguesa de um livro nestes últimos anos já várias vezes reeditado pela Assírio & Alvim e muito falado ultimamente.  Embora a escrita de Zweig seja como de costume mediana, pouco entusiasmante, sem grande espalhafato literário ou qualquer vislumbre de génio, o texto é ainda assim interessantíssimo enquanto «fresco», panorâmica documental de toda uma época: a transição da fin-de-siècle oitocentista para o período entre-guerras, com intervalo na belle époque vienense e parisiense. E é sobretudo notável no modo como retrata, pré-Primeira Guerra e mais ainda pré-Segunda Guerra, a inconsciente despreocupação da população já a um passo do abismo aberto pela ascensão dos nacionalismos: com o precipício à frente, continuava a dançar.
 
12€ 

Erasmo na Biblioteca Nacional (século XVI)

Biblioteca Nacional / Lisboa . 1987. In-8º gr. de 162, [2] págs. + [60] ff. de estampa. Br.

Com apresentação de Manuel Villaverde Cabral, introdução e notas bibliográficas de Pina Martins e fichas técnicas de Maria Emília Lavoura, o catálogo, assinalando, como a exposição homónima, os 450 anos da morte de Erasmo de Roterdão, interessa mormente pelas largas dezenas de ilustrações, reproduzindo sobretudo as portadas – algumas, belíssimas – de muitas das peças quinhentistas expostas; pelo que, ao contrário do habitual em quantidade e qualidade, o deleite só estético sobreleva aqui a indiscutível qualidade bibliográfica; devendo-se a composição às oficinas gráficas bracarenses Barbosa & Xavier.

Exemplar por estrear, impoluto.

10€

Stefan Zweig — O Mundo de Ontem

O Mundo de Ontem: Memórias de um Europeu (traduzido do original alemão por Manuel Rodrigues)

Livraria Civilização – Editora. (1946). In-8º de 546, [2] págs. Enc.

Outro exemplar da edição original, este entretanto guarnecido de uma boa encadernação com cantos e lombada em pele que porém o desguarneceu da capa primitiva.

15€

Erasmo de Roterdão ― Elogio da Loucura

Guimarães Editores: Lisboa, 1991. In-8º peq. de 157, [III] págs. Br.

Edição mais recente aproveitando a velha tradução de Álvaro Ribeiro, acrescentando a esse velho volume publicado na colecção «Filosofia e Ensaio» uma sobrecapa de papel. Quanto a este livro, escrito por alguém que visitou Portugal em pleno Renascimento e que aliás nele alude aos portugueses, dispensará apresentações.

Exemplar por estrear.

7€

Thomas More ― Utopia

Utopia
with the Dialogue of Comfort, by (...)

London: J.M.Dent & Sons e New York: E.P.Dutton & Co. [S/d]. In-8º peq. de XXXIX, 359 págs. Enc.

Edição graficamente apurada e incluída na conhecida série «Everyman’s Library», acoplando ao mais célebre texto do autor «A Dialogue of Comfort Against Tribulation».

Encadernação dos editores a azul com aplicações a dourado na lombada.

O exemplar, em bom estado, inclui um recorte de jornal antigo com a reprodução de uma gravura intitulada «A condenação de Lutero e a sua fuga da Saxónia».


8€

Bíblia Ilustrada

Bíblia Ilustrada
(tradução: João Ferreira Annes d'Almeida / apresentação e fixação do texto: José Tolentino Mendonça / ilustrações: Ilda David)

Assírio & Alvim. (2007). 8 vols. in-4º. Enc.

Dizia o bibliotecário do Vaticano e mais recente cardeal português acerca deste empreendimento a que tinha deitado mãos: “A Bíblia de Almeida - um missionário que na actual Jacarta, Indonésia, começou e concluiu a tradução no século XVII - é ao mesmo tempo um tesouro e um enigma. É um tesouro porque foi a primeira tradução integral em língua portuguesa. E é um enigma porque em grande medida este trabalho é desconhecido da maior parte das pessoas.”

Colecção completa, na melhor variante - encadernada pelo editor em tela com sobrecapa ilustrada de papel.


75€

Bruce Bernard ― Tesouros Artísticos da Bíblia

verbo (1983). In-4º gr. de 274 págs. Enc.

Este livro oferece uma visão totalmente nova da imensa riqueza e variedade de ilustrações criadas pelos pintores – tanto em quadros como em frescos – e inspiradas no Antigo e no Novo Testamento. / O período abrangido estende-se do tempo em que se deram os primeiros passos na execução de ilustrações narrativas fluentes, tal como hoje as compreendemos, até ao princípio do século XX, quando os artistas se afastaram da pintura narrativa. // 200 obras de mais de 100 pintores, do mais ilustre aos simples académicos do século XIX e aos mestres anónimos do século XV, estimulam o interesse quer pela Sagrada Escritura quer pela arte da pintura. Mostram que à extraordinária diversidade de histórias da Bíblia corresponde uma gama enorme de pinturas e de artistas que manifestam diferentes graus de habilidade e génio. Confirmam também que a maioria dos grandes pintores foi profundamente interpelada pela Bíblia”.

O álbum, de grande formato, foi encadernado pelo editor com sobrecapa ilustrada de papel - que o exemplar, bastante cuidado, conserva.

25

Antonio Gonzalez ― Estampas Cartujanas

(La Editorial Vizcaina – Bilbao. 1947). In-4º de 251, [7] págs. Br.

Segunda edição do livro originalmente publicado sob o título «Doce Estampas Cartujanas», aumentada de modo significativo – os 12 capítulos iniciais passaram a 22 pela adição de 10 novos – e graficamente renovada, contando com as boas fotogravuras (de José Ortiz Echagüe) que a valorizam, além da reprodução de gravuras antigas e dos desenhos no texto. A princípio uma monografia consagrada ao mosteiro de Santa María de Miraflores, o trabalho do autor toma aqui um fôlego mais amplo, incidindo também, de modo geral, sobre a história da ordem em território espanhol.

Exemplar em condição ainda muito razoável, apesar de algum desdouro por vestígios de acidez na sobrecapa, na capa e nas folhas ao longo da primeira parte do volume.

22€

Joseph Ratzinger ― Introducción al Cristianismo

Ediciones Sígueme, Salamanca, 1970. In-8º de 327, [1] págs. Br.

Primeira edição espanhola, publicada pouco mais de um ano após a original alemã na série «verdad e imagen», apresentando um texto preliminar de Olegario González de Cardedal. O volume reproduz, com acrescentos e correcções, as conferências que o Papa emérito dera na Universidade de Tubingen, onde era então professor, durante o Verão de 1967, aqui agrupadas nas secções principais «Deus», «Jesus Cristo» e «O Espírito e a Igreja», além das duas em introdução.
 
Exemplar quase perfeito, decerto por estrear.
 
14€

Bertrand Russell ― Porque não sou Cristão

Porque não sou Cristão
(e outros ensaios sobre temas afins) / (Tradução de Mário Alves e Gaspar Barbosa)

1967 / Brasília Editora, Porto. In-8º de 296, [6] págs. Br.

Conjunto de textos “que, concebidos e redigidos em épocas diferentes, têm por assunto a teologia”, escritos por alguém avisando logo no prefácio, sem grandes modas e com uma ponta de ironia, entender “as grandes religiões, sem excepção, – Budismo, Hinduísmo, Cristianismo, Islamismo e Comunismo – como falsas e nefastas”. Entre outros, além do que deu título ao volume, «Sobrevivemos à morte?», «Dos cépticos católicos e protestantes», «A vida na Idade Média», «A nossa ética sexual», «A existência de Deus».

10€

Bertrand Russell ― Da Educação

Da Educação (especialmente na primeira infância) / tradução de Monteiro Lobato / quarta edição inteiramente revista, de acôrdo com a última edição inglêsa, por José Severo de Camargo Pereira (bacharel em Psicologia, doutor em Pedagogia)

Companhia Editora Nacional, São Paulo (1969). In-8º de 197, [3] págs. Br.

Baseia-se na 12.ª impressão inglesa, que alterara o título anterior Educação e Vida Perfeita. Divide-se o livro nas três partições de capítulos «Ideais Educacionais», «Educação do Carácter» e «Educação Intelectual». 

Trabalho pioneiro q.b. (a edição original data dos anos 20) deste curioso caso de um matemático e filósofo que em meados do século ganharia o Nobel da Literatura, pelo caminho ainda se entretendo, como aqui, por exemplo com temas de Psicologia da Educação.

10€

Jean-Jacques Rousseau ― Confissões

Confissões
(traduzidas do francês por Fernando Lopes Graça)

Portugália Editora, Lisboa. 2 vols. in-8º gr. de 412, [2] e 377, [7] págs. Br.

Na sua «Breve Introdução», argumentava João Gaspar Simões depois de o contextualizar que este livro “Não é uma justificação em têrmos sociais, morais ou jurídicos: é uma verdadeira confissão em sentido religioso. Implacável e feroz, Rousseau escalpeliza-se, não vacilando descer [sic] às mais íntimas particularidades da sua vida moral e sexual. / Seria preciso esperar pela obra de um Dostoievski ou de um André Gide para se voltar a repetir [sic] na história de qualquer literatura um facto tão extraordinário. / Um homem que se desvenda perante os seus semelhantes sem mesmo lhes ocultar aquilo que o humilhará diante dêles é exemplo excepcional de sinceridade e de grandeza humanas. Nem por outra razão é esta obra um dos mais sérios «documentos humanos» que existem no mundo”, sendo esta edição em dois grossos volumes impressos sobre papel encorpado o terceiro título da colecção entre aspas, inaugurada com Manuel Laranjeira e Oscar Wilde.

Ambos os volumes com a mesma assinatura datada de 1944; o primeiro tem além disso um rasgão marginal, com falha de papel, à cabeça da capa.

20€

Santo Agostinho ― Confissões

Confissões
// tradução do original latino por J. Oliveira Santos, s. j. e A. Ambrósio de Pina, s. j. / Prólogo de Lúcio Craveiro da Silva, s. j. // Terceira edição (14.º milhar)

1948 / Livraria Apostolado da Imprensa (Rua de Cedofeita, 628) – Porto. In-8º de 471, [1] págs. Br.


O patrono da biblioteca de Braga começava assim o prólogo: “Até que enfim podem as estantes das bibliotecas e, o que é mais apreciável, os leitores adquirir uma tradução portuguesa contemporânea do livro das «Confissões» de Santo Agostinho. A outra tradução mais recente, que eu saiba, já pertence ao século dezóito, pois apareceu em Lisboa, no ano da graça de 1783, na Régia Oficina Tipográfica, com este título: «Confissões do Grande Doutor da Igreja Santo Agostinho, traduzidas em língua portuguesa por hum devoto»”.

10€

Teixeira de Pascoaes ― Hieronymus, der Dichter der Freundschaft

Rhein Verlag - Zürich und Leipzig. (Printed in Holland 1942). (Aus dem Portugiesischen übertragen von Albert Vigoleis Thelen / Titel des Originals: São Jerónimo e a Trovoada). In-8º de 381, [V] págs. Enc.

Esta edição da mão do grande divulgador de Pascoaes no mundo germanístico, Thelen, inclui um glossário explicativo de termos, topónimos, personagens da literatura e da história portuguesa aludidas na prosa, etc.; e um texto final do próprio tradutor que ganharia em ser repescado para as futuras edições portuguesas, coisa que até hoje, salvo lapso de memória, não foi ainda. Ambos redigidos em 1941 na companhia e com o auxílio do próprio poeta no Solar de Gatão, onde como se sabe viveu refugiado o amigo e tradutor durante quase toda a segunda Grande Guerra. Mais tarde, em várias cartas de 1942, escritas durante períodos pontuais em que não coincidiam em Amarante, Thelen referia a Pascoaes as dificuldades de promover o livro no meio editorial alemão por receios dos editores relacionados com a (na cabeça deles) possível entrada de Portugal na guerra pelo lado aliado. Apesar disso, lá acabou por o conseguiu editar.

Encadernação original em percalina gravada a dourado.

30€

Teixeira de Pascoaes ― São Jerónimo e a trovoada

1936 / Livraria Lello & Irmão, Editores. In-8º de 305, [3] págs. Br.

[São Jerónimo era, é, um dos santos mais invocados durante as trovoadas pelas mulheres do povo, que bem já podiam ir pensando mudar de patrono, e trocar este biografado pelo biógrafo – por um lado, tratava, como se sabe, a tempestade por tu, com «directas» mais ou menos mediúnicas, em noites de temporal, na clarabóia mandada para o efeito construir no piso elevado do Solar de Gatão; por outro, devido a um qualquer também altamente mediúnico fenómeno, deitaria “fogo da cabeça”, frase ouvida várias vezes a vários espantados camponeses dos lugares vizinhos que com ele se cruzavam ao alvorecer; por outro ainda, trocando o paranormal pelo metafórico, é bem capaz de se tratar do maior clarão de génio que jamais brilhou sobre a terra portuguesa. De outro – clarão – , diziam até meados do séc.XX muitas mães portuenses aos filhos: “Come a sopa, senão vem aí o Camilo”. Mas não estamos a ver beatas senhoras benzendo-se, ao ribombar do trovão, no Marão ou alhures, “Valha-nos Pascoaes”.]

Edição original, dedicada ao amigo Unamuno, com a capa ilustrada por Alberto de Sousa.

Bom exemplar, sem nada a apontar. 
 
40€   

Eça de Queirós ― Dicionário de Milagres

(Livraria Ler Editora – Lisboa. Composição e impressão de Guide, Artes Gráficas. 1979). In-8º de 214, [II] págs. Br.

"Numa edição expurgada e sem pretensões eruditas, em grafia actualizada, as antigas lendas de santos e milagres que ele [Eça de Queirós] amorosamente compendiou, constituem, tanto para crentes como para incréus, uma leitura plena de simplicidade, com ingenuidades enternecedoras, no estilo mais depurado e directo". Com capa (com um recorte circular na frente) e arranjo gráfico de Victor Palla e "colaboração" (é um eufemismo: o trabalho foi dele) de um curiosamente bem comportado Luís Pacheco, que de forma quase beatífica assim rematava o texto com que remata o volume: "A ler, com pureza de alma. Aquela mesma com que Eça, ao findar da vida, o escreveu". 

18€ 

Catálogo - A «Geração de 70»

Cumpriram-se quinta-feira passada exactos 150 anos sobre o dia em que «Santo Antero» de Quental, após uma breve apresentação algumas noites antes, abria propriamente as «Conferências Democráticas do Casino» Lisbonense com as suas famosas Causas da Decadência dos Povos Peninsulares. O resto da história é conhecido, e parece um bom motivo para dedicar um catálogo inteirinho à Geração de 70. Aos cinco senhores do conhecido retrato tirado após um almoço no antigo restaurante do antigo Palácio de Cristal portuense - Antero, Eça, Junqueiro, Oliveira Martins e Ramalho Ortigão -, retrato esse que lhe serve de capa, foram acrescentados um mais e outro menos compagnons-de-route (Teófilo Braga e Gomes Leal) habitualmente associados e igualmente muito bem representados cá na livraria e, no final do catálogo, um pequeno suplemento com figuras hoje mais em segundo plano: Alberto Sampaio, António Cândido (a «Águia do Marão»), Luís de Magalhães e João Penha.
150 anos, 150 páginas de catálogo; só o senhor Eça de Queirós ocupa umas quarenta (e ainda assim foi preciso deixar muita coisa de fora...). Para vos incentivar a leitura, porém, aqui vai:
- Entre tantos livros e edições para todos os gostos e feitios, estão já por exemplo as originais de peças tão significativas como A Ilustre Casa de Ramires, O Conde d'Abranhos, A Morte de D. João e A Velhice do Padre Eterno (de que até há por cá 2 exemplares, como se fossem pãezinhos...)
- As dez melhores compras terão direito a um exemplar da outra comemoração planeada cá pela casa: um livro que em breve deverá entrar no prelo recolhendo textos vários de Eça, já meio «perdidos», acerca da Geração de 70. Podemos gostar mais ou menos dela, mas ninguém discutirá que merece.

O catálogo pode ser desde já consultado