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Ernesto Veiga de Oliveira — Festividades Cíclicas em Portugal


Publicações Dom Quixote / Lisboa, 1984. In-8º gr. de 357, [3] págs. Enc.

“Os pequenos estudos que agora de novo se dão à estampa são, assim, singelas descrições de índole predominantemente folclorística, que entre nós se podem situar como um último eco daquelas concepções, no final de uma onda nascida com Adolfo Coelho, Teófilo Braga e Consiglieri Pedroso, e passando ainda por Rocha Peixoto e Leite de Vasconcelos, a abrir-se porém, nos nossos dias, a novos horizontes”; “de novo”, mas sendo esta a sua primeira edição em volume, tendo sido antes publicados de forma esparsa por periódicos como «O Comércio do Porto», «Douro Litoral», «Céltica» e «Revista de Etnografia». Os textos foram agrupados nas secções «Festividades Cíclicas», «Romarias e Festas», «Jogos» e «Vindicta Popular».
Exemplar encadernado com inteira manutenção da capa original – que porém apresenta pequenas manchas marginais.

19€

Ernesto Veiga de Oliveira — Instrumentos Musicais Populares Portugueses

Instrumentos Musicais Populares Portugueses (Análises e transcrições musicais de Domingos Morais, Carlos Guerreiro, Pedro Caiado, Pedro Caldeira Cabral e Rui Vaz)

Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa / 1982. (Composto e impresso na Litografia Tejo). In-4º peq. de 526, [2] págs. Br.

Segunda edição, revista e aumentada, desta monumental recolha – cuja importância, por demais sabida, nem será necessário acentuar. O volume foi abundante e criteriosamente ilustrado por fotogravuras de todo o tipo e pelas pautas de temas e canções seleccionados.

Exemplar valorizado pela afectuosa dedicatória de oferta que Ernesto Veiga de Oliveira lhe apôs ao matemático Laureano Barros, senhor de uma das melhores bibliotecas do séc.XX português. Parece, apesar disso, ainda por estrear
 
40€
Tesouros da Literatura Popular Portuguesa: antologia organizada por António Manuel Couto Viana / ilustrações de Júlio Gil

Verbo. (1985). In-4º gr. de 385, [VII] págs. Enc.

A antologia foi dividida nas secções «Cancioneiro» («Quadras Soltas», «Quadras Musicadas» e «Anfiguris»), «Rimances», «Teatro» e «Contos».
Edição impressa sobre bom papel encorpado, sendo as ilustrações a p/b e a cores.

Encadernação editorial em tela, gravada a ouro na frente e na lombada.

20€

Pronúncia do Noroeste

Sentava-m'eu na ermida de São Simão
e cercaram-me as ondas que grandes são:
eu atendendo meu amigo,
eu atendendo meu amigo.

Estando na ermida ant' o altar,
cercaram-me as ondas grandes do mar:
eu atendendo meu amigo,
eu atendendo meu amigo.

E cercaram-me as ondas do mar maior;
não tenho barqueiro nem remador:
eu atendendo meu amigo,
eu atendendo meu amigo.

E cercaram-me as ondas do alto mar;
não tenho barqueiro, nem sei remar:
eu atendendo meu amigo,
eu atendendo meu amigo.

Não tenho barqueiro nem remador;
morrerei eu, formosa, no mar maior:
eu atendendo meu amigo,
eu atendendo meu amigo.

Não tenho barqueiro, nem sei remar;
morrerei eu, formosa, no alto mar:
eu atendendo meu amigo,
eu atendendo meu amigo.


[Segundo Stephen Reckert, terá sido esta a única canção que nos chegou de um quase anónimo Meendinho. (Ria de Vigo, para variar). A maneira como dança, com toda a simplicidade e toda a graciosidade, entre um nível de significação mais imediato e um segundo mais simbólico e profundo, é espantosa.
As "ondas do mar maior" são só uma metáfora, mas das melhores que alguém alguma vez sacou: a moça apaixonada quereria «apenas» dizer que perdeu o pé.
"Não tenho barqueiro, nem sei remar / morrerei eu, formosa, no alto mar": é a pronúncia do Norte que vos coube em sorte, Meendinho, Reininho. É um prenúncio de morte. É a paixão.

Rock in Rio Douro ou Folk na Ria de Vigo, só varia o ímpeto, que o destino é o mesmo. Mar alto.

Ilustríssima, a antepassada (in)directa da canção dos GNR.]

Do Cancioneiro de Amigo

Do Cancioneiro de Amigo (Stephen Reckert e Helder Macedo, com um texto de Roman Jakobsen e 50 cantigas de amigo)

Documenta Poética 3 / assírio e alvim. [S/d]. In-8º de 247, [5] págs. Br.

Segunda das três edições já dadas a lume, corrigida e aumentada relativamente à original, com tiragem de 1800 exemplares. Os textos preliminares são «A variação subliminar na poética da cantiga», «A textura poética de Martim Codax» e «Uma cantiga de Dom Dinis».

Exemplar com ligeiríssimo desgaste da capa; em muito boa condição no miolo, provavelmente por estrear.
 
14€

Pedro Fernandes Tomás — Canções Populares da Beira

Canções Populares da Beira (acompanhadas de 58 melodias recolhidas directamente da tradição oral / com uma introdução por J. Leite de Vasconcellos)

Coimbra: Imprensa da Universidade, 1923. In-8º gr. de XXXIII, [I], 254 págs. Br.

É extensa e como sempre proveitosa a introdução do ele mesmo beirão sábio Vasconcelos, com as notas comparativas e panorâmicas do costume, ao livro; que aqui conhecia a segunda forma, cuja nota de apresentação se reproduz:
“Estando ha muito esgotada a primeira edição desta colecção, que viu a luz da publicidade em 1896, na Figueira da Foz, sai ela agora em nova edição refundida e ampliada com mais algumas canções, recolhidas na mesma região. / Nesta edição suprimimos os acompanhamentos de piano, que figuravam na primeira, reproduzindo-se as melodias tais quais o povo as canta, em toda a sua simplicidade, a exemplo do que já fizemos nas nossas colecções Velhas Canções e Romances Populares, e Cantares do Povo”.

Exemplar com uma desconjunção total a meio do volume, aconselhando futura encadernação.

23€
 

Pedro Fernandes Tomás — Canções Portuguesas

Canções Portuguesas (do século XVIII à actualidade)

Coimbra: Imprensa da Universidade, 1934. In-8º gr. de [4], 169, [3] págs. Enc.

Fernandes Tomás dividiu a sua recolha nas secções «Romances», «Canções religiosas», «Cantigas velhas» e «Danças de roda e descantes».

Exemplar n.º 70 da série especial de 120 impressos sobre bom papel de linho, assinados pelo editor Teixeira de Carvalho. Foi entretanto recoberto de uma cuidada encadernação mais recente, com pastas e guardas em marmoreado e a lombada em pele gravada a ouro; corte das folhas carminado à cabeça e intacto nas restantes margens; conservando na íntegra a capa de brochura (e até a própria tira do encaixe). Única e ligeiríssima pecha: leves e esporádicos vestígios de acidez.
 
50€

Carolina Michaëlis — O Cancioneiro Fernandes Tomás

O Cancioneiro Fernandes Tomás (índices, nótulas e textos inéditos)

Coimbra: Imprensa da Universidade, 1922. In-8º de 171, [3] págs. Br.

Explicava Carolina Michaëlis no prefácio ter este trabalho sido concebido para inclusão no In Memoriam preparado por Cardoso Marta em honra do amigo defunto Fernandes Tomás; ultrapassada em muito a extensão suposta para o efeito, acabou por ter aqui a sua primeira edição.

Exemplar em bom estado, mas com uma falha de papel e vários pequenos defeitos na capa. Pertenceu ao polígrafo (ligado à Seara Nova) Neves Águas, de quem tem o ex-libris no verso da folha de rosto.

20€

Teófilo Braga — Romanceiro Geral Portuguez

Lisboa: Manuel Gomes, Editor (Livreiro de Suas Majestades e Altezas). 1906-1907. 2 vols. in-8º de VIII-639-[1] e  [IV], 588 págs. Br.

O primeiro volume colige «Romances Heroicos, Novellescos e de Aventuras» e o segundo «Romances de Aventuras, Historicos, Lendarios e Sacros», numa recolha de indiscutível interesse (só não o terá a classificação absurda de Teófilo, pelas habituais tolices nas digressões em matérias etnográfica e antigo-histórica).
Segunda edição, ampliada.
 
O segundo volume está parcialmente desconjuntado a meio, no que é o principal defeito dos exemplares aqui apresentados.
 
23€

Alberto Pimentel — A Triste Canção do Sul

A triste canção do sul (subsídios para a história do fado)

Lisboa: Livraria Central de Gomes de Carvalho, editor (158 – Rua da Prata – 160) – 1904. In-8º de 302, [4] págs. Enc.

Ainda hoje de referência, divide-se o estudo nos capítulos «Origens do Fado», «Fadistas», «Os assumptos do Fado», «A Severa e o Conde de Vimioso», «Fados de nomenclatura – Fados litterarios», «Bibliographia musical do fado». Primeira edição, a mais apreciada e valiosa.
 
Exemplar bem encadernado ao estilo meio-amador com a lombada de pele gravada a ouro em casas abertas, mas tendo já uma pequena fenda sob o título; aparado por inteiro, conservando apenas a frente da capa original. 
 
36€