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Antologia de Poesia Açoriana (do século XVIII a 1975)

Antologia de Poesia Açoriana (do século XVIII a 1975) / Selecção, prefácio e notas de Pedro da Silveira // Colecção Vozes do Mundo

Livraria Sá da Costa Editora, Lisboa. (Composto e impresso na Tipografia Guerra Viseu). (1977). In-8º de [VI], 356, [VI] págs. Br.

Começando pelo famoso Tio Alexandre de Garrett (Fr. Alexandre da Sagrada Família, bispo de Angra, de quem temos algures perdida uma raridade qualquer entre milhares de livros); e apanhando pouco depois o João Cabral de Melo de quem o famosíssimo Neto foi brasileiro; a antologia contempla depois, entre muitos outros, nomes afamados como os Srs. Presidentes Teófilo e Manuel de Arriaga (os nossos dois primeiros chefes-de-Estado em República vieram dos Açores, nota curiosa), Antero açoriano poeta-mor, o Orpheunista Côrtes-Rodrigues, o recordista (8 poemas) Nemésio, o pintor e esporádico versejador António Dacosta, a centenária Natália Correia; a quem se seguem os ainda relativamente conhecidos Madalena Férin, Emanuel Félix (poeta da predilecção do conterrâneo e amigo Onésimo Teotónio de Almeida), Álamo Oliveira, Urbano Bettencourt, etc.

Bom exemplar, mas ligeiramente desvalorizado por ténues manchas de humidade em algumas folhas finais.

15€

Natália Correia — O Sol nas Noites e o Luar nos Dias

(Ponto de Fuga, junho de 2023). In-8º de 880 págs. Br.

Reedição da mão de Vladimiro Nunes (o próprio editor da Ponto de Fuga e chancelas paralelas) desta recolha da poesia (quase) completa de Natália Correia, cuja edição anterior saíra na sua editora de sempre, a D. Quixote, a cuja editora, a sueca Snu Abecasis, a editada apresentara Francisco Sá-Carneiro ("ela é uma princesa nórdica à espera do seu beijo de fogo", ou coisa que o valha; e o resto da história já toda a gente sabe): 

"Este volume, a todos os títulos essencial, foi o último grande empreendimento de Natália Correia. Antes de morrer subitamente, em Lisboa, na madrugada de 16 de março de 1993, a autora reuniu, «numa amplitude próxima do seu conjunto», mais de 50 anos de trabalho poético, dispersos por 14 livros: os fundadores — Rio de Nuvens (1947), Poemas (1955), Dimensão Encontrada (1957), Passaporte (1958); os que a Censura do Estado Novo apreendeu — Comunicação (1951), Cântico do País Emerso (1961), O Vinho e a Lira (1966); os de plena maturidade — Mátria (1968), A Mosca Iluminada (1972), O Anjo do Ocidente à Entrada do Ferro (1973); os de embriaguez e ressaca da(s) Liberdade(s) de Abril — Epístola aos Iamitas (1976), O Dilúvio e a Pomba (1979), O Armistício (1985) — e o de derradeira consagração pela forma clássica — Sonetos Românticos (1990). A cada etapa do itinerário, há espaço para pródigos lotes de inéditos, recolhidos de entre uma «volumosa desarrumação de desdenhados escritos». Profunda conhecedora da história da poesia portuguesa, Natália, feiticeira da palavra, apurou no caldeirão da sua obra uma alquimia de influências, em especial barrocas e românticas, com o condão de uma modernidade surrealizante que se coadunava com o seu lirismo torrencial, servido pelo verbo ágil, repentista e sempre irreverente que a tornou uma das vozes literárias mais singulares e intensas do século xx."

30€ (P.V.P.)

Natália Correia — Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente

Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente : peça em 3 actos

Natália Correia • Fernando Ribeiro de Mello/Edições Afrodite. (Esta edição com o total de duzentas e setenta páginas em papel La Crème de noventa gramas. com «vergé» seis desdobráveis. dezoito extra-textos em papel «printomat» de cento e cinquenta gramas. foi composta e impressa em novembro de mil novecentos e oitenta e um na Gráfica Maiadouro)

No mesmo sentido do texto de David Mourão-Ferreira apresentado nas badanas, aludindo ao “sombrio e sinistro soba que «reinou», em 1980, na esfera oficial da cultura portuguesa”, rezava assim a nota preliminar graficamente ornamentada: “Esta peça foi encomendada à autora pelo Teatro Nacional D. Maria II, para celebrar em 1980 o 4.º centenário da morte de Luís de Camões. A «má fortuna» que, em vida, perseguiu o poeta, atravessou-se neste projecto impedindo a sua concretização, por critérios que deslustram quem os assumiu”. O director do D. Maria II era Lima de Freitas, um dos ilustradores nesta passagem a livro; o “soba” seria decerto o Secretário de Estado da Cultura do governo de Pintasilgo, Vasco Pulido Valente, que terá recusado o financiamento à peça, sem o qual não pôde subir à cena - V.P.V. com quem a autora colaborava ou tinha colaborado na Secretaria de Estado, passando depois a referir-se a ele como “aquele com asco no nome”... .
“A peça camoniana de Natália (...) é acima de tudo uma luxuriante celebração da língua, pela recriação/reinvenção de um português falado por Camões e seus contemporâneos, que fosse digna de dar voz ao vate e receber intertextualidades de poemas e dramaturgia de Camões ele mesmo” (Armando Nascimento Rosa).

Ilustrações de Ângelo de Sousa, Carlos Calvet, Cruzeiro Seixas, Francisco Relógio, Júlio Resende e Lima de Freitas.

35€