(...) O Presente é este sincero desgosto de muitos e intermitente embriaguez da felicidade de poucos. O Futuro é um descuido do maior número e uma aflição de poucos espíritos que vieram sãos a um mundo cheio de aleijados. O Passado, o passado, é já agora o único, seguro e abençoado refúgio de quem pode ir por trevas adentro a bater asas de luz e a poisar-se lá sobre ruínas, onde não chega a pedra destes fundibulários que têm seus arsenais nos enxurdeiros das cidades florentes."
[Camilo Castelo Branco, começando o prefácio de «Cavar em Ruinas».]