O prefácio de Vasco Graça Moura (de 1980) começava por sublinhar que falar do 25 de Novembro, a cinco anos de distância, era algo que não convinha nem à direita nem à esquerda radicais, defendendo que “ambas tiveram papéis tristes nesse ensejo” e que “nenhuma delas está empenhada, ou sequer interessada, numa fórmula democrática”: “o 25 de Novembro, sendo já História, é ainda experiência vivida, memória e sobretudo autoridade moral de quantos se bateram contra a ameaça totalitária que em 1975 nos rondou de perto” (muito haveria a dizer sobre isto); dizendo depois que este livro tentou “desfiar a trama daquilo que veio a culminar nos acontecimentos (…), isolar as suas componentes principais ao longo de vários meses, pôr à mostra a dinâmica e a interacção das suas múltiplas peças, integrando o puzzle, recompondo-lhe a imagem e tornando-a criticamente inteligível com todos os elementos que o autor soube e pôde carrear. [Pelo contrário, Donald? Chilcote, na sua imprescindível recolha de bibliografia relativa ao 25 de Abril, pré e pós, dizia que o livro era interessante pelo anedótico e pitoresco, mas sem grande base documental...]
Terceira edição.
10€