Este vencedor do Prémio Pessoa (em 1993) dedicava-se aqui ao émulo Super-Pessoa num extenso e complexo ensaio sob o mote que assim descrevia: “Este estudo tenta elucidar uma impressão de leitura que porventura não é só do seu autor. Os Lusíadas suscitam reacções contraditórias. São por um lado uma obra laboriosa e árdua de ler – e, por outro, um deleite, para dizer como Tétis ao Gama. Foi para saber porque é assim que me pus à procura do seu princípio de composição”. Só para exemplo, uma das argúcias do filósofo na decomposição do livro é a de compreender quatro níveis no Camões que o escreveu: o homem, o autor, o narrador e o poeta.
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