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Shakespeare — O Rei Lear

O Rei Lear (Tradução e notas de Álvaro Cunhal / Introdução de Luís de Sousa Rebelo)

caminho (Impressão e acabamento: Tipografia Peres / Data de impressão: Setembro de 2002). In-8º gr. de 269, [I] págs. Enc.

“A versão d’O Rei Lear, que agora se publica, apareceu inicialmente nas Obras de Shakespeare, editadas em fascículos pela Tipografia Scarpa em Lisboa, que, para o efeito, se assumiu como editora do projecto. (...) O problema da produção da capa para o último volume, devido à falência da casa fornecedora, deixou o conjunto da obra materialmente deficiente, impedindo a sua posterior circulação no mercado. Estas circunstâncias fazem da edição (...) uma raridade bibliográfica”, assim começava Rebelo o seu prefácio, passando depois a explicar as circunstâncias e o anonimato da tradução – de um Cunhal que, como Lear..., se encontrava então preso pelo regime.
Falando nisso, vêm bem a propósito estas palavras da fala do Duque da Cornualha, a págs. 77, que imediatamente nos fazem pensar no principal saudoso do dito regime nestes nossos parvos tempos, mais e menos parvos do que ele: “Isto é um homem que, louvado pela sua sem-cerimónia, afecta uma insolente grosseria e afasta a fala do seu uso natural: ele não sabe adular, ele! Sendo honesto e franco, tem de dizer a verdade; se é bem recebida, tanto melhor; se não o é, fica a franqueza. Conheço bem esta espécie de mariolas que, sob tal franqueza, escondem mais manhas e más intenções que vinte cortesãos insignificantes e mesureiros, que entretanto cumprem com o máximo escrúpulo os seus deveres”.

Encadernação em tela fina gravada a dourado, com sobrecapa ilustrada de papel.

17€