2 de Janeiro de 2023: comemora-se hoje o centenário de nascimento de Mário-Henrique Leiria, um dos mais curiosos espécimes entre «Os Surrealistas» lisboetas de meados do século passado, que dizia ter nascido a 2 de Janeiro de 1923 e morrido em 3 de Fevereiro de 1759, "como todos sabem". Em 1759 ou em 1990, o que há a dizer é que morreu doente e miserável, velha sina de poetas cá do rectângulo à beira-mar plantado desde Camões e passando por Gomes Leal, só por genial e igualmente lisboeta exemplo.
No próximo dia 9 a também lisboeta Galeria 111 inaugura uma já aguardada exposição comemorativa que se baseia, em boa parte, na correspondência do poeta, artista e corrosivo contista com Isabel Alves da Silva, advogada da sua ex-mulher alemã no processo de divórcio, que viria depois ela própria a «contracenar» com o irreverente homem, embora casando entretanto com um irlandês - mas continuando ambos, mesmo assim, a escrever-se durante muitos anos, a despeito do internacionalismo conjugal. E onde estão essas cartas? Aqui, é claro, nesta vossa livraria.
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