Passou um quanto despercebido o centenário de nascimento de Eugénio de Andrade que ontem se assinalou; sobretudo se tivermos em conta que será, naturalmente depois de Camilo e quando muito a par de Agustina, o mais célebre dos escritores portuenses que não nasceram nesta cidade que lhe deve bastante.
Algo sobrevalorizado como poeta, mas pelo contrário sub-valorizado enquanto perfeitíssimo prosador, Eugénio dedicou ao nosso burgo algumas das mais belas prosas entre as imensas que lhe foram consagradas - grande parte delas por ele mesmo recolhidas na antologia Daqui Houve Nome Portugal, título «pescado» num verso d'«Os Lusíadas».
Também a cidade de Coimbra, na qual tal como Camilo fugazmente ainda residiu algum tempo, lhe deve o empreendimento semelhante Memórias da Alegria.
É claro que tudo isso, e muito mais, está disponível no sítio do costume: a página desta vossa portuense livraria que também se foi habituando, ao longo dos seus já dez anos de actividade, a temporadas debruçadas borda-Mondego durante a Feira do Livro. Incluindo, claro, o muito apropriado e resumido Duas Cidades, do qual há vários exemplares disponíveis.
As bibliographias de Eugénio de Andrade: