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José Maria Viqueira ― Coimbra (impresiones y notas de un itinerario)

Coimbra Editora, Limitada / MCMLVII. In-8º de XV, [I], 386 págs. Br.

No seu curioso prefácio falava o autor dos turistas superficiais nas cidades com uma análise tão certeira que se aplica aos que visitam ainda hoje – cada vez mais... – Coimbra mas sobretudo Lisboa e Porto: “a única coisa que lhes enche a vacuidade de espírito é a frívola satisfação de conhecê-la, dando a conhecer o sentido de ter estado nela, de ter passeado pelas suas ruas percorrendo lojas – e não propriamente de livros – e gastando cadeiras e mesas de cafés”, assim os comparando com aqueles que segurando nas mãos a capa de um livro e folheando algumas breves páginas supõem ficar a conhecê-lo. [Faça-se, porém, a clássica ressalva: todos nos julgamos a nós próprios os «turistas bons» e os outros é que são uns labregos...]
Bastante completo (assinalavelmente completo para um estrangeiro, mesmo que lusitanista e apetrechadíssimo de bibliografia), dedica capítulos a quase tudo o que de relevo existia à época na Lusa Atenas, começando desde logo por «El Mondego», «El Embrujo nocturno de Coimbra desde el Mirador: Melodía lunar», «Santa Clara: Monasterio nuevo e iglesia del antiguo», «La Reina Santa, Patrona de Coimbra», «Portugal dos Pequenitos», «La «Quinta das Lágrimas»», etc. Refira-se que este encantamento em que o galego caiu à «Borda-Mondego» teria como consequência acabar a dar aulas de castelhano na Faculdade de Letras local.
 
Edição numerada pelos editores e rubricada pelo autor, pertencendo o exemplar à série que teve a capa ilustrada; sendo também bastante ilustrado o volume por gravuras a partir de desenhos e clichés fotográficos de panoramas e monumentos da cidade.
Salvo erro, o livro nunca foi publicado em português – aqui ficando à disposição de quem queira preencher essa bastante escandalosa lacuna. 
 
23€