Edição muito cuidada, impressa em papel de boa qualidade, saída na prestigiada série «Nova Colecção de Arte Portuguesa», da Artis; com 27 reproduções estampadas em heliogravura e tetracromia. O estudo introdutório e competente de Adriano de Gusmão ensaia a algo exagerada tese de um perfeito vanguardismo da pintura de Nuno Gonçalves – o pintor régio de Afonso V era até aí visto geralmente, salvo algumas excepções (Almada à cabeça), mais como um medieval do que como um homem da Renascença –, “artista isolado, não só pelo estilo e personalidade própria mas também pelo problema que a sua pintura levanta no panorama da arte portuguesa”, constituindo o seu trabalho “um poderoso e altíssimo manifesto de modernidade no Portugal do século XV – um dos raros momentos em que não nos atrasámos na história vivida”.
Exemplar em razoável condição, sem defeitos significativos.
18€