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Eça de Queirós — A Capital (terceira edição)

Porto: Livraria Chardron, de Lello & Irmão, L.da (Aillaud e Bertrand – Lisboa-Paris) – 1926. In-8º de 573, [i] págs. Enc.

Edição publicada logo no ano seguinte ao da original, reproduzindo o importante prefácio que dela constava, «Os ultimos ineditos d’Eça de Queiroz», da pena do filho do romancista; que dava conta das suas hesitações e dúvidas e, no que mais nos interessa, de alguns aspectos e detalhes que envolveram quer a descoberta e o tratamento dos manuscritos, quer a publicação. José Maria reproduz também alguns passos da correspondência do pai com o editor-leão Chardron que deitam luz sobre o facto de, mesmo para um já habitualmente romancista-perfeccionista, ter sido este seu romance uma espécie de obra de Santa Engrácia – Eça ia-o escrevendo junto com O Primo Basílio e a revisão d'O Crime do Padre Amaro, depois junto com Os Maias, aos quais dava prioridade, depois foi estendendo a dimensão de um volume contratado para 200 páginas e que chegava (já no tempo em que ele nota isso a Chardron) quase a 600... e depois, com a morte do talvez mais importante nome da edição portuguesa e a passagem da casa para as mãos dos igualmente franceses sócios Lugan & Genelioux, Eça terá quiçá aproveitado para voltar a meter o manuscrito na gaveta, aguardando posteriores núpcias que nunca chegaram (a publicação apenas se deu no profuso ano de 1925, 25 depois da morte).

Exemplar revestido de boa encadernação gravada a dourado na lombada; conservando ambas as faces da capa primitiva, na frente com ligeiros restauros.

19€