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Boletim Bibliográfico 8/2021
Artur de Sandão ― O Móvel Pintado em Portugal
Primeira de já algumas edições, sendo este o exemplar n.º 98 da “edição especial de cento e dez exemplares com texto impresso em papel «Goat-Skin», as gravuras, extratextos e sobrecapa impressos em papel «couché» de fabrico inglês e encadernação em «chagrin»”; sendo de destacar as gravuras primorosamente executadas em graciosos clichés, sob geral orientação gráfica também do pintor e ilustrador Espiga Pinto.
85€
Carlos Vitorino da Silva Barros ― O Vitral em Portugal (Séculos XV-XVI)
Conselho da Europa / Edição sob os auspícios do Comissariado para a XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura do Conselho da Europa Os Descobrimentos Portugueses e a Europa do Renascimento // Lisboa 1983. (impresso em 25 de Março de 1983, nas oficinas gráficas Artistas Reunidos do Porto). In-4º gr. de 288, [IV] págs. Enc.
É tido como o primeiro grande estudo de conjunto sobre esta arte em Portugal, numa edição graficamente cuidada, impressa sobre bom papel couché e enriquecida pelas abundantes ilustrações de belo efeito.
35€
Natal
Era noite de Inverno, longa e fria.
Cobria-se de neve o verde prado,
O rio se detinha congelado,
Mudava a folha a cor que ter soía.
Quando nas palhas de uma estrebaria,
Entre dois animais brutos lançado,
Sem ter outro lugar no povoado
O Menino Jesus pobre jazia.
— Meu filho, meu Amor, porque quereis
(Dizia sua Mãe) nesta aspereza
Acrescentar-me as dores que passais?
Aqui nestes meus braços estareis;
Que se vos força amor sofrer crueza,
O meu não pôde agora sofrer mais.
[Fr. Agostinho da Cruz]
Léonce Bénédite — Les Artistes
Jacques Maritain — Creative Intuition in Art and Poetry
Michael Baxendall — L'Oeil du Quattrocento
Anthony Grafton — Leon Battista Alberti: Un Genio Universale
Editori Laterza. (Grafica di Luigi Fabii. Prima edizione 2003). In-8º de 535, [III] págs. Enc.
Edição italiana graficamente esmerada, com o volume encadernado em tela revestida de sobrecapa de bom papel e as guardas decoradas com a reprodução de belas ilustrações a cor de códices da época.
Emil Ludwig — Três Titãs (Tradução de Erico Verissimo)
Foi esta tradução um dos primeiros lavores literários de Erico Verissimo. Os três «titãs» de que aqui se faz, separadamente, a biografia são Beethoven, Rembrandt e Miguel Ângelo.
Conservando ambas as faces da capa de brochura, o exemplar está valorizado pela boa encadernação que o reveste, com lombada em pele gravada a ouro e trabalhada em relevo.
18€
Coliseu do Porto: Ópera (temporada de 1948)
Entre uma coisa e outra, integra ainda breves notas dedicadas a Rocha Brito e a António Maria Lopes, com o retrato de cada um, além de publicidade variada no figurino típico do género e da época.
10€
Francisco de Holanda — Da Pintura Antigua
Segunda edição da «Renascença Portuguesa», Porto. In-8º de 352, [2] págs. Br.
O exemplar pertenceu à famosa biblioteca do médico republicano e polígrafo portuense Ribeiro dos Santos, de quem apresenta o ex-libris composto por Abel Salazar.
15€
Francisco de Holanda — De la peinture: dialogues avec Michel-Ange
ALINEA, Aix-en-Provence. (Achevé d'imprimer le 20 juillet 1984 sur les presses de l'Imprimerie A. Robert, Marseille). In-8º de 111, [I] págs. Br.
"François de Hollande voulait être, en quelque chose, le premier. Il est fils d'Antoine de Hollande, un de ces peintres du Nord appelés au Portugal par le roi Jean II. A 20 ans il fait en Italie un séjour de neuf ans et rentre au Portugal avec l'ambition d'y introduire, dans l'architecture, les canons de la Renaissance italienne. Comme il ne reçoit que des commandes de miniatures ou de portraits, déçu, il décide qu'il ser du moins le premier à écrire sur l'art."
12€
Michelangelo (I)
Hoesch (Edizioni d’Arte – Milano). [S/d].
Conjunto de doze belas estampas agrupadas numa folha de cartolina recortada com abas, vincada e concebida como um estojo; sendo cada uma delas colada em cliché sobre uma moldura aberta em baixo-relevo também sobre cartolina, estilo prancha.
Quinto título publicado na colecção «Raccolte», que continuaria, se de facto foi seguido o plano, com um outro igualmente dedicado ao génio renascentista.
Romain Rolland — Vida de Miguel Ângelo
Primeira edição portuguesa da ainda hoje reputada biografia de Miguel Ângelo, com tradução de Eduardo Cruz e incluída na «Colecção Mensagem». A terminar o longo estudo – abundante em referências bebidas no «nosso» Francisco de Holanda – estão ainda sessenta extensas páginas de notas ao detalhe, com explicação e indicação de fontes, também da pena do autor.
14€
Piero Bargellini — Florença, cidade de pintores
Edição «Livros do Brasil», Lisboa. (Os trabalhos gráficos deste livro foram executados na primeira quinzena do mês de Abril de mil novecentos e cinquenta e quatro, nas oficinas de Livros do Brasil, lda.). In-8º gr. de 245, [I] págs. Br.
Edição de bom apuro gráfico, impressa sobre bom papel e graciosamente ilustrada, deste livro que dedicava capítulos a Giotto, Simone Martini, Guidolino di Pietro, Filippo Lippi e Botticelli.
Adolphe Basler — Léonard de Vinci
Leonard de Vinci
Dmitry Mérejkowski — O Romance de Leonardo da Vinci
Portugália Editora, Lisboa. In-8º de 381, [III] págs. Enc.
"Esta obra, que
começa com a descrição das pesquisas para
desenterrar as estátuas
dos antigos deuses pagãos da civilização greco-romana, é uma
evocação do Renascimento italiano, numa série de sugestivos
«frescos», em que aparecem algumas das mais brilhantes figuras
dessa época"; publicada aqui em edição portuguesa na
biblioteca «Os Romances Universais».
Richard Turner — Inventing Leonardo (The Anatomy of a Legend)
Primeira edição inglesa de um livro originalmente publicado nos EUA, segundo o New York Times “A riveting portrait of an artist and a fascinating blueprint of the machinery of fame”; da autoria de um professor de Belas-Artes na Universidade de Nova Iorque, especialista na arte do Renascimento e na florentina em particular. O estudo foi dividido nas três grandes secções de capítulos «A Working Life» (a biografia possível), «The Anatomy of a Legend» e «Leonard Now».
O exemplar pertenceu ao realizador português de cinema Paulo Rocha, que o comprou na Bucholz e o sublinhou a lápis-grafite e lápis de cor em muitas passagens.
22€
Os Tratados da Água de Leonardo da Vinci
Álbum com a qualidade gráfica habitual da Inapa, usando na impressão bom papel couché «Sunrise» da própria fábrica com execução da Textype e da Sociedade Industrial Gráfica; cartonado na capa. Após uma inicial «Cronologia»/tábua biográfica sobre «A vida, a obra e a época de Leonardo da Vinci», o autor dividiu o livro nos capítulos principais «Como teriam sido os tratados da água», «A ciência de Leonardo», «A herança clássica», «Observação da Natureza», «Ciência experimental e aplicada» e «Literatura».
Exemplar nº 92 da série de 150 reservados, assinados e numerados, tendo por destinatários os sócios do Clube de Bibliófilos. Ainda por estrear, e por isso especialmente apreciável.
35€
Jaime Brasil – Leonardo da Vinci e o seu tempo
Jaime Brasil – Leonardo da Vinci e o seu tempo
Varela Aldemira — Estudos de Arte e de Crítica
Livraria Portugália – Rua do Carmo, Lisboa – 1942. In-8º gr. de 106, [4] págs. Br.
A segunda parte consiste na transcrição de uma série de cartas escritas ao filho homónimo pelo velho artista entre 1875 e 1879, os seus últimos anos de vida e os primeiros de actividade artística de Columbano; extensamente comentadas pelo autor (que foi seu discípulo), contêm notas de vário interesse sobre aqueles tempos, mas, sobretudo e naturalmente, dão conta de episódios relacionados com os primeiros passos do pintor no seu «métier» - sendo de destacar as que se referem ao debate acerca do concurso com Artur Loureiro e Condeixa e à polémica a esse propósito então estalada entre Ramalho Ortigão e Lupi (de que é dada, por Aldemira, particular notícia, sendo reconstituída ponto por ponto toda a história). A terceira reproduz cartas enviadas por Teixeira Gomes a partir do «auto-exílio» de Bougie, na Argélia, normalmente em resposta de cortesia a outras do autor e, por isso, sem especial interesse documental.
Edição limitada a 300 exemplares numerados, tendo este o nº9.
Diogo de Macedo — Colecção «Museum» – Monografias de Arte
É a colecção completa desta publicação promovida pelo Grupo de Amigos do Museu de Arte Contemporânea, com todos os 10 volumes da primeira série e os 5 da segunda encadernados em conjunto. Estando inicialmente previsto que a cada artista fosse dedicada uma monografia a partir de uma peça, um tema ou algum aspecto específico do seu trabalho, e que cada uma tivesse autor diferente, o certo é que por alguma razão esses propósitos foram alterados – sendo Diogo de Macedo a escrevê-las todas e parecendo optar por abordagens mais genéricas à arte de cada nome ou grupo tratado.
Boa encadernação conjunta com lombada em pele – porém já ligeiramente puída sobre o encaixe, onde foram incisas gravações a ouro.
75€
Arte de Ontem e de Hoje
“Esta obra foi organizada e dirigida por Ricardo R. de Espírito Santo Silva e pelo pintor Eduardo Malta. As gravuras, composição e impressão são das Oficinas de Bertrand Irmãos Limitada, sob a direcção de Vicente Bertrand e António Marques. As fotografias são de Domingos Bertrand, Mário Novais, Coutinho, Bobone, Correia, Alvão, Biel, Braun, (Paris) Alinari, (Roma) e dos fotógrafos privativos de alguns museus estrangeiros. A edição é numerada e rubricada” por Ricardo Espírito Santo e Eduardo Malta, que a este exemplar atribuíram o n.º 428.
Edição graficamente esmerada, impressa a duas cores sobre bom papel couché e copiosamente ilustrada a p/b e a cores no texto e em belíssimas estampas tipo cliché sobre folhas destacadas – que no exemplar se conservam por inteiro.
Alguns dos textos: "A estatuária das monjas de Arouca" (Reinaldo dos Santos); "Os retratos da sala dos Tudescos (Vila Viçosa)" (Júlio Dantas); "A lição de Columbano" (Varela Aldemira); "Em redor de Soares dos Reis" (Diogo de Macedo); "8 artistas portugueses contemporâneos" - Francisco Franco, Eduardo Malta, Diogo de Macedo, Jorge Barradas, Leopoldo de Almeida, Portela Júnior, Álvaro de Brée, Machado da Luz - e "Como descobri a mãe de Lupi" (Fernando de Pamplona); "4 cartas do Visconde de Menezes" (Guilherme Possollo); "Missão estética" (Raul Lino); "Antecedentes do Bailado Moderno" (Margarida de Abreu).
Boletim bibliográfico 7/2021
Reinaldo dos Santos — Alvaro Pires d’Evora (pintor quatrocentista em Italia)
“Na cronologia dos primitivos portugueses, Nuno Gonçalves era, até hoje, o primeiro pintor cujo nome se encontrava ligado a uma obra conhecida, desde que a identificação historica de José de Figueiredo e o milagre de Luciano Freire, o ressuscitaram para a Arte portuguesa.
À relativa raridade do livro acresce o facto de este exemplar dever ter pertencido a Vergílio Correia, de quem são os curiosos – e cáusticos, e às vezes cómicos... – comentários a lápis de cor à margem do texto; e dos quais se depreende a autoria, a partir de uma citação na qual ele critica não lhe ter sido citado o nome. Peça de colecção, em suma, apesar dos ligeiros defeitos da capa – que sofreu já um pequeno restauro ao alto do encaixe.
40€
Reinaldo dos Santos — Nuno Gonçalves
London MCMLV. (Printed in Great Britain 1955 / colour blocks made by Oficinas Gráficas de Bertrand (Irmãos), Lda., Lisbon). In-4º gr. de 13, [III] págs + 18 ff. de estampa + [1] desd. Enc.
Encadernação do editor em tela revestida de sobrecapa de papel; ambas apresentando, no exemplar, considerável desgaste, a que o miolo não ficou totalmente incólume - e que por qualquer razão é bastante habitual, sendo menos frequentes os exemplares que aparecem em boas condições.
30€
Reinaldo dos Santos — A Tomada de Lisboa nas Iluminuras Manuelinas
Reinaldo dos Santos — Conferências de Arte [3.ª série]
Lisboa — 1949. In-4º de 57, [VII] págs. Br.
Saída aparentemente em edição do próprio autor, apresenta também um conjunto de estampas em folhas destacadas. A primeira conferência foi proferida em 1945 no Teatro D. Maria II, num conjunto de palestras da iniciativa de Amélia Rei Colaço e Robles Monteiro; a segunda em 1947 no Salão Nobre do município lisboeta; e a terceira, também em 1947, em Santander.
14€
Reinaldo dos Santos — Conferências de Arte (2.ª Série)
Reinaldo dos Santos — L’Art Portugais: Architecture, Sculpture et Peinture
José Queirós — Da Minha Terra: Figuras Gradas (impressões de arte)
Lisboa: Imprensa Libanio da Silva, 1909. (Aliás: Cultarte, 2003). In-8º gr. de VIII, 186, [VI] págs. Br.
Edição em fac-simile da original.
Exemplar por estrear.
José Queirós — Da Minha Terra: Figuras Gradas (impressões de arte)
Lisboa: Imprensa Libanio da Silva, 1909. In-8º gr. de 186, [IV] págs. Br.
Edição impressa em bom papel e enriquecida pelas ilustrações aludidas: ornamentais, alegóricas e propriamente figurativas.
Exemplar por estrear, conservando os cadernos por abrir; mas desdourado por algum desgaste exterior, faltando já papel à face inferior da capa e ao encaixe.
25€
Vergílio Correia — Vasco Fernandes, Mestre do Retábulo da Sé de Lamego
Coimbra: Imprensa da Universidade, 1924. In-8º gr. de XII, 154, [2] págs. Br.
O prefácio do autor é uma breve panorâmica sobre a História da Arte portuguesa até então. Quanto ao estudo, apresenta os capítulos «História Antiga do Retábulo», «O que resta do Retábulo», «O problema da Autoria» e «Os colaboradores da obra do Retábulo», aos quais se segue a extensa transcrição de documentos que foram base de trabalho.
20€
Vergílio Correia — Pintores Portugueses dos Sécs. XV e XVI
Coimbra: Imprensa da Universidade, 1928. In-8º gr. de XXXIII, [I], 101, [3] págs. Br.
“No campo da Pintura, quinhentos foi para Portugal, pelas mesmas razões que favoreceram o desenvolvimento da Arquitectura e da Escultura, um grande século. / Os antecedentes dessa eflorescência são ainda mal conhecidos. Os documentos não abundam (...)”, assim começava o autor um Prefácio que desde logo serve de panorâmica à época e aos pintores tratados.
Dedicado a Teixeira de Carvalho, então director da Imprensa da Universidade, o volume foi publicado na sua pioneira colecção «Subsídios para a História da Arte Portuguesa», apresentando em folha destacada uma gravura com o quadro A Criação dos Animais, do Grão-Vasco Fernandes.
20€
Joaquim de Vasconcelos — A Pintura Portuguesa nos séculos XV e XVI
Segunda edição, revista e inaugural da colectânea «História da Arte em Portugal». O trabalho de Joaquim de Vasconcelos é basicamente uma crítica de «The early Portuguese School of Painting», de Robinson, composto a pedido do rei D.Fernando; e, sobretudo, da tradução para português pelo Marquês de Sousa-Holstein, que é violentamente desancada (recorrendo a várias passagens no final transcritas). A terminar o volume são ainda reproduzidas, entre outras coisas, uma carta de Cristino da Silva e algumas passagens de Raczynski relativas à questão Vasco Fernandes.
15€
Marin Berenguer Alonso — Arte Romanico en Asturias
Oviedo 1966 (Imprenta "La Cruz"). In-8º gr. de XIX, [I], 150, [II] págs. Br.
Exemplar desdourado por algum desgaste da capa e das folhas preliminares, ainda que todo o resto do volume se encontre praticamente impoluto.
15€
August Mayer — El Estilo Románico en España
30€
Joaquim de Vasconcelos — Arte Romanica em Portugal
Edições Illustradas Marques Abreu (Avenida Rodrigues de Freitas, 310), Porto – 1918. In-4º gr. de IV, 76, 192, XXVIII, II págs. Enc.
“Teve logar a Exposição de Photographias da Arte Romanica em Portugal e a apreciação do Conferente no salão de festas do Atheneu, no dia 4 de Janeiro de 1914, assistindo á Conferencia os corpos docentes das Escholas superiores e Institutos Secundarios do Porto, os escriptores e jornalistas mais considerados do Norte, incluindo n’este numero archeologos distinctissimos de todo o paiz, que acudiram ao Atheneo a admirar a exposição da Arte romanica, fruto de quinze anos de trabalho assiduo e desinteressado. / O presente estudo abrange os monumentos mais preciosos, que assim ficarão archivados á disposição de todos, especialistas e amadores, n’uma publicação amplamente illustrada (...)”, começava por anunciar a nota introdutória “Ao leitor”.
Estudo ainda hoje de referência, e valorizado por uma edição do maior apuro gráfico, como era hábito na casa Marques Abreu; tendo o monumental álbum sido impresso sobre bom papel couché e de facto abundantemente ilustrado com fotogravuras dos exemplos tidos como mais importantes no país.
Encadernação do editor, toda em pele – gravada a ouro na lombada, na pasta superior e nas seixas; com algumas marcas de desgaste no exemplar.
65€
Joaquim de Vasconcelos — Cartas
“Alguns anos depois da morte de António Augusto Gonçalves e do leilão do seu espólio, o Dr. António Gomes da Rocha Madahil, então 1.º Conservador do Arquivo e Museu de Arte da Universidade de Coimbra, adquiriu, salvando de perda irremediável, o remanescente dos papéis, desenhos e jornais, que tinham pertencido ao Mestre coimbrão (...) Nessa ainda preciosa documentação, encontrou o Dr. Rocha Madahil grande número de cartas de Joaquim de Vasconcelos que este eminente crítico e historiador de arte escrevera, durante mais de meio século (1879-1930), ao seu colega de Coimbra. Não é necessário encarecer o interesse máximo desse epistolário, dada a alta craveira mental de quem as subscrevia e daquele a quem eram dirigidas”.
Edição impressa sobre bom papel, com o apuro gráfico habitual das publicações da casa de Marques Abreu.
18€
Carolina Michaëlis — Algumas palavras a respeito de Púcaros de Portugal
Coimbra: Imprensa da Universidade, 1921. In-8º de 90, [2] págs. Enc.
“Desprezado pelos especialistas que com erudição e amor se ocuparam da Cerâmica Portuguesa, de faianças e porcelanas, o meu Ensaio agradou ainda assim a alguns amadores tanto daquela arte como da etnografia e lingüística nacional, e inspirou mesmo um alegre e espirituoso Diálogo, na maneira clássica de Francisco de Moraes: Os Púcaros, de Matos Sequeira, na Atlantida, Ano IV, n.os 42 e 43, p. 700-707. Desejoso de o possuir, mais de um coleccionador instou comigo reiteradas vezes para que o publicasse em edição independente” – assim rezava a «Explicação Prévia» da autora a esta bonita edição impressa a duas cores e ilustrada em folhas à parte de papel mais fino.
O exemplar, entretanto revestido de uma boa e minimal encadernação recente que lhe conserva a frente da capa primitiva, foi valorizadíssimo por uma dedicatória manuscrita – na sua bela letra – pela lusitanista “Ao benemerito hispanófilo Aubrey F. G. Bell”, datada de 6-XII-21; tendo-o o inglês muito cuidado, sem qualquer defeito significativo a assinalar.
40€