Nos 80 anos do Coliseu (1941-2021), este libreto de ópera da «Temporada de 1948», com a sinopse e o elenco italiano que por cá estaria na cidade da «Aida», de Verdi, cuja introdução começava assim:
"A tradição, uma vez criada, mantém-se, viva e forte. Desapareceu para sempre a lenda absurda, inverosímil lenda, de que o Porto era estranho à verdadeira música, ao verdadeiro canto, à música dos grandes compositores, ao canto dos grandes «divos». Esses, os que assim falavam do Porto e da sua gente, esqueciam ou simulavam esquecer as tradições gloriosas do velho e do novo Teatro S. João, com os seus desfiles aparatosos, com as suas temporadas magníficas. Esses, os que assim falavam do Porto e da sua gente, esqueciam ou simulavam esquecer que, nesta laboriosa e honrada cidade, se davam leis, se dizia a última palavra sobre o canto, sobre a ópera, sobre a música. Ficaram célebres as páginas líricas de Camilo, o maior de todos. Ficaram famosas as tertúlias literárias em que a ópera, a divina ópera, era o princípio, o meio e o fim de todas as conversas.
O Coliseu do Porto, com a sua vasta lotação, das maiores da Península, desfez a lenda, pulverizou a mentira".
Entre uma coisa e outra, integra ainda breves notas dedicadas a Rocha Brito e a António Maria Lopes, com o retrato de cada um, além de publicidade variada no figurino típico do género e da época.
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