A autora deste livro de viagem começava a sua nota preliminar justificando a opção pelo idioma francês, por ser o resultado de um pedido dos seus companheiros de travessia - franceses - para que passasse estas suas impressões a letra de forma; e eles, naturalmente, não saberem ler português... Fazendo a seguir uma apoteótica apologia das cruzadas que hoje nos soará algo excessiva, salvo aos 15% de eleitores anunciados naquela coisa que vai a votos nas legislativas, para mal dos nossos pecados: cristãos, muçulmanos, agnósticos, ateus, todos.
Teve por capítulos «A bord de l'Etoile» (o navio que saiu de Marselha), «Bethléem», «Jérusalem», «Le Saint-Sépulcre», «Le Cénacle», «Gethsémani», «Vallée de Josaphat», «Le Mont des Oliviers», «Béthanie», «Le temple de Salomon», «Emmaüs», «Haïm-Karim», «Le Jourdain, Jéricho et la Mer Morte», «Le départ», «La Galilée», «Cana» e «Le Thabor», além do último, propositadamente sem título.
Exemplar valorizado por uma dedicatória de oferta manuscrita pela autora logo na primeira página, de anterrosto.
Enfim, uma curiosidade quando a Ferin acaba de fechar as suas portas na Baixa lisboeta - 115 anos depois deste livro, ao terminar 2023. A razia continua.
15€