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António Ambrósio — Almada Negreiros Africano
Maria José de Almada Negreiros — Sarah Affonso
Maternidade: 26 desenhos de Almada Negreiros
Almada Negreiros — ver (notas e prefácio de lima de freitas)
Lima de Freitas — o labirinto
Celso Cruzeiro — Coimbra, 1969
Dossier Coimbra – 1969
Eleições 75 (primeiras edições livres)
Importante como documento histórico, o volume recolhe os programas dos principais partidos pós-revolução preparados no âmbito das eleições para a Constituinte – aos de P.P.D., P.C.P., P.S. e C.D.S. foram juntados os do M.D.P. e do P.P.M., ficando de fora, entre outros de menor expressão, os do M.R.P.P. e do M.E.S. por, alegavam os editores, não terem ainda um programa definitivo –, sendo mais extensos os de P.S. e P.P.D., a meio-termo o do P.C.P. e consideravelmente mais pequeno o do C.D.S. (destes quatro partidos principais apresentava-se ainda um retrato e uma biografia dos respectivos líderes, esta última de todo lacónica no caso de Cunhal, com apenas duas linhas; o que deixa supor terem sido pedidos aos próprios partidos, sabendo-se como o dirigente comunista era avesso à exposição pessoal). Muito imbuídos, menor ou maior a convicção, do espírito de um tempo ainda todo revolucionário, os textos – salvo o dos centristas, como é natural – apontavam todos para o socialismo, regalando a prosa decidida com que sociais-democaratas e socialistas vituperavam o capitalismo, o P.S. com particular denodo: defendendo a “edificação em Portugal de uma sociedade sem classes”, usando termos como “democracia burguesa”, jurando-se marxista (má leitura, ausência ainda de melhor referente ou conveniência momentânea) e dizendo lutar pela “total destruição” do capitalismo, “força opressora e brutal”; toda uma panóplia que deveria ser dada a ler, às cegas, a vários secretários-gerais destas quatro décadas, só para ver se um único que fosse conseguiria identificar a procedência e não a atribuir, por exemplo, ao P.C.P. O livro inclui ainda uma nota prévia de Vítor Dimas, que apostava ficar ele “como testemunho futuro da primeira etapa democrática de um povo inteiro”, ou “como juíz das tentações e desvios” em que os promotores destes programas pudessem vir a incorrer.
14€
Pacheco Pereira — Conflitos Sociais nos Campos do Sul de Portugal
10€
O Fracasso de um Processo: A Reforma Agrária no Alentejo
Edmundo Pedro — O Processo das Armas
José Freire Antunes — O Segredo do 25 de Novembro
Otelo — Acusação e Defesa em Monsanto
“Há quem afirme que sentar Otelo Saraiva de Carvalho no banco dos réus corresponde a julgar o 25 de Abril. O que é, evidentemente, uma falácia. No mínimo, um exagero, pois que a grandeza do acto transcende largamente a figura do homem que o praticou, por mais emblemática que ela seja. / Uns dirão que será, em qualquer caso, uma perseguição política. Outros chamar-lhe-ão um acto normal de justiça num Estado de Direito. / Do que ninguém duvida é de que, pela sua importância, o processo que neste momento caminha para o epílogo no Tribunal de Monsanto ficará a constituir um marco na galeria dos grandes casos jurídico-políticos portugueses. / «Acusação e Defesa em Monsanto» representa um contributo importante para o esclarecimento do intrincado processo que envolveu Otelo Saraiva de Carvalho com as FP25. Neste livro, Otelo baliza o passado próximo, expõe-se, confronta-se com a acusação e apresenta a sua defesa. Define as suas posições, perante o tribunal, perante a opinião pública, perante a História. / Otelo Saraiva de Carvalho, figura destacada do processo que conduziu à democratização de Portugal, militar que se entregou por inteiro ao serviço a uma causa, teve desde o 25 de Abril um papel relevante, mesmo que controverso, na cena política portuguesa. O seu julgamento constitui, por isso, um facto político importante, sejam quais forem os fundamentos legais que a ele tenham conduzido”, assim rezava a nota editorial na face inferior da capa.
12€
Fernando Luso Soares — Vasco Gonçalves: Perfil de um Homem
De escrita enredada, demasiado palavrosa, e muito mais um programa político, com seu desfilar de juízos e de proclamações, do que propriamente biografia, tem o livro ainda assim vários apontamentos de interesse, sobre história geral como sobre a do período que se esperaria aqui tratado. Consta dos capítulos «O Eu e o Nós», «A Sinceridade dos Responsáveis», «A Política e a Moral», «Um Capitalismo Selvagem», «A Morte Política do Poder Económico», «Estar na Revolução», «A Questão da Vanguarda» e «Que Cultura «Dirigida»?».
O exemplar foi
valorizado pelo autor com a dedicatória de oferta que assinou “Para
o Urbano Tavares Rodrigues, ao escritor que admiro, ao camarada de
luta, ao velho irmão
— com um estreito abraço do ____”
12€
Constitution de la Republique Portugaise
(Composto e impresso na Gráfica J. Veiga, Montijo). In-8º de 207, [I] págs. Br.
Além da nota preliminar do então presidente da Assembleia da República em funções e da breve apresentação ao público francês pelo famosíssimo professor de Ciência Política na Sorbonne (começava com esta nota curiosa, tradução nossa: “A Constituição portuguesa de 2 de Abril de 1976 vira as costas à regra enunciada por Napoleão 1º, que dizia: «Uma Constituição deve ser curta e obscura». Ela é clara e longa (311 artigos, 139 páginas na edição oficial). Talvez isso seja mais conforme aos princípios da democracia: os cidadãos devem compreender as regras dispostas na lei fundamental e as competências dos órgãos públicos devem ser bem delimitadas”); o volume contou ainda com a contribuição de vários académicos mais da Sorbonne e a tradução para francês do nosso texto constitucional por Chauveau-Biberfeld, do Centro Cultural Português da Gulbenkian em Paris.
Exemplar com nota de oferta do tipógrafo, que pelos vistos ainda dispunha de exemplares em 1979.
15€
Constituição da República Portuguesa e Declaração Universal dos Direitos do Homem
(Composto e impresso nas oficinas gráficas da Tipave – Tipografia de Aveiro, Lda. Fevereiro – 1978). In-8º esguio de 431, [1] págs. Br.
Editado decerto pelo próprio Candal, o livro é já hoje invulgar, reportando-se o trabalho do aveirense, sobretudo, à correlação do texto aprovado com os debates e as votações na Constituinte e ao longuíssimo índice ideográfico, que ocupa, só por si, cerca de metade do volume. São ainda reproduzidos, após a Lei Fundamental, o D.L. 621-B/74 (relativo às incapacidades cívicas eleitorais de quem tivesse desempenhado durante o Estado Novo alguma das funções elencadas, depressa revogado e logo depois, no espírito, facilmente fintado pelas proverbiais adesões em massa ao P.S. ...) e a L. 8/75 (incriminação e julgamento dos agentes e responsáveis da PIDE/DGS; que também podem agradecer - mas nunca agradecem - aos brandos costumes democráticos a rápida mudança de ideias em relação a esse ponto).
Exemplar com a capa já um quanto marcada, embora ainda em boa condição geral no miolo, sem defeitos minimamente significativos a assinalar.
15€