Lisboa: Livraria de A. M. Pereira – 1863. (Aliás, Lello
& Irmão, 1995). In-8º de XV, [I], 210, [2] págs. Enc.
“Esta edição fac-similada, de 1000 exemplares numerados,
foi lançada em Dezembro de 1995 numa coedição de Lello & Irmão – Editores e
da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, no âmbito das comemorações do
1.º Centenário da morte de D. Ana Augusta Plácido (1895-1995)”. Salvo erro,
deverá tratar-se da terceira edição do livro (publicado segunda vez pela
editora lisboeta na sua «Collecção Antonio Maria Pereira» ao início do século
passado, e depois, se bem suponho, deixado ao olvido), colectânea de textos compostos pela
amante de Camilo Castelo Branco maxime na Cadeia da Relação, no Porto, enquanto ele,
também lá preso por acusado no comum crime de adultério *, escrevia, entre outros, Amor de Perdição; o tom, aliás, é todo – sobretudo no
primeiro, a novela «Adelina» – muito camiliano, personagens, enredo e geografia sentimental portuense, ainda que lhes falte, já se
imaginaria, um certo golpe de asa do génio do nosso maior romancista. Ficou o prefácio por conta do escritor alfacinha, e amigo de ambos, Júlio César Machado.
(* Após andar erradio a monte entre terras minhotas e transmontanas, acabou, desfeitas as hesitações, por achar que lhe seria mais nobre entregar-se - pose romântica e pundonor amoroso que hoje, século e meio depois, pareceriam altamente improváveis; a que talvez acrescesse a ideia, certa e bem solidária, de ser mais fácil a defesa de Ana se com ele metido ao barulho, o que, entre outras coisas, parece ter confirmado a visita feita pelo próprio rei D. Pedro V à prisão - também à polícia, comungando da sorte da mulher de Pinheiro Alves, que lhes movera o processo e subsequentes cordelinhos, ao que consta, mais por insistências alheias do que genuína vontade individual. Em julgamento de grande azáfama, acabariam os dois absolvidos pelo juiz Teixeira de Queirós - o pai de Eça - cerca de um ano passado)
(* Após andar erradio a monte entre terras minhotas e transmontanas, acabou, desfeitas as hesitações, por achar que lhe seria mais nobre entregar-se - pose romântica e pundonor amoroso que hoje, século e meio depois, pareceriam altamente improváveis; a que talvez acrescesse a ideia, certa e bem solidária, de ser mais fácil a defesa de Ana se com ele metido ao barulho, o que, entre outras coisas, parece ter confirmado a visita feita pelo próprio rei D. Pedro V à prisão - também à polícia, comungando da sorte da mulher de Pinheiro Alves, que lhes movera o processo e subsequentes cordelinhos, ao que consta, mais por insistências alheias do que genuína vontade individual. Em julgamento de grande azáfama, acabariam os dois absolvidos pelo juiz Teixeira de Queirós - o pai de Eça - cerca de um ano passado)
Julgo que todos os exemplares terão, como este (n.º271,
em condição quase perfeita, decerto por estrear), sido encadernados,
sobriamente, em tela.
15€
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