Paris: Librairie Anti-Cléricale (26 et 35, rue des Ecoles, 26 et 35). (Typ. Collombon et Brûlé). In-8º de 285, [I] págs. Br.
A anteportada anunciava alguns dos títulos à venda pela casa, sempre sublinhando a veia anti-clerical que lhe deu (curioso, daquelas coisas só possíveis na «sagrada» e «abençoada» França) nome; recomendando um “aos pais de família republicanos que têm a fraqueza de deixar a mulher ir à missa e a filha à catequese”, dedicando outro à juventude “de modo a inculcar-lhe o desprezo da superstição e a aversão ao clero”, etc.
Les Bijoux Indiscrets foi o primeiro romance de Diderot, “publicado anonimamente em 1748. É uma alegoria que retrata Luís XV da França como Mangogul, sultão do Congo, dono de um anel mágico que faz falar as vaginas das mulheres”; existe uma tradução portuguesa na recentemente extinta Europa-América.
Parece ser invulgar esta edição mesmo em França, não estando anunciado nenhum exemplar à venda no momento da redacção destas linhas.
Exemplar bastante razoável, apesar de natural desgaste exterior.
18€