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O Espírito e a Graça de Eça de Queiroz

O Espírito e a Graça de Eça de Queiroz (Carta-prefácio de Fradique Mendes)

Opera Omnia (Impressão e acabamento: Gráfica do Diário do Minho / Outubro de 2022). In-8º de 101, [ii], [I] págs. Br.

Parece bem plausível que tenha sido esta a primeira reedição de um livro originalmente publicado pela Romano Torres, em 1945, na mesma toada e com a mesma feição gráfica dos que o autor dedicou a Camilo, a Camões e a Fialho, pelo menos. 

10€ [P.V.P.]

Imagens do Egipto Queirosiano

Imagens do Egipto Queirosiano (Recordações da jornada oriental de Eça de Queirós e o Conde de Resende)

Solar Condes de Resende / Vila Nova de Gaia, 2002. In-4º gr. de 311, [I], [iv] págs. Enc.

Numa altura de tanta actividade editorial em volta da viagem ao Egipto feita por Eça na companhia do (outro) conde de Resende, o que conheceu primeiro enquanto estudante no Colégio da Lapa, e de quem se contam histórias eventualmente um tanto escandalosas, aqui fica este complemento que mesmo à data de edição pouco circulou: um álbum fotográfico ilustrativo de muitas das passagens de O Egipto: Notas de Viagem que transcreve (temos a edição original desse livro, a quem possa interessar). 

Dois exemplares disponíveis.

25€

III Encontro Internacional de Queirosianos / Caderno de Resumos

III Encontro Internacional de Queirosianos (150 anos do nascimento de Eça de Queirós) / Caderno de 
Resumos

São Paulo, 18 a 21 de Setembro de 1995. (Universidade de São Paulo / Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas / Centro de Estudos Portugueses). In-8º de 48 págs. Br.

Resumo das comunicações dos numerosos participantes, muitos dos quais queirosianos de nomeada, alguns dos quais integrando a comissão consultiva da coisa: Alan Freeland, Campos Matos, Álvaro Manuel Machado, Ana Luísa Vilela, Ana Maria Almeida Martins, Beatriz Berrini, Carlos Reis, Cleonice Berardinelli, Helena Carvalhão Buescu, João Alves das Neves, Luciana Stegagno Picchio, Luís Fagundes Duarte, Maria Lúcia Lepecki, Maria Teresa Pinto Coelho, Nelly Novais Coelho, Óscar Lopes, Paulo Franchetti, Rui Ramos, Teresa Rita Lopes, etc.

Exemplar com alguns sublinhados e anotações, plausivelmente de algum(a) dos participantes.

5€    

Augusto Dias — Eça de Queirós o grande explorado

Edições «Beira e Douro», 1951 (Acabou de se imprimir a 20 de Novembro de 1951, na Tipografia «Minerva», de Gaspar Pinto de Sousa, Suc.res, L.da – Vila Nova de Famalicão). In-8º peq. de  82, [I], [i] págs. Br.

Exemplar com dedicatória manuscrita pelo autor na folha de guarda e anterrosto, cuja caligrafia é praticamente indecifrável – e mesmo o nome do destinatário muito difícil de discernir. 

10€

António Ferro — Eça de Queiroz e o Centenário do seu Nascimento

Eça de Queiroz e o Centenário do seu Nascimento (Discurso pronunciado no Círculo Eça de Queiroz, em 4 de Fevereiro de 1946, na sessão de encerramento do centenário de nascimento do grande escritor, promovido pelo mesmo círculo e pelo Secretariado Nacional da Informação.)

Edições SNI, Lisboa  1949 (Oficina Gráfica, Limitada). In-8º de 26, [VI] págs. Br.

Opúsculo publicado na profusa série «Política do Espírito» em que só o próprio Ferro, como se só ele praticasse espiritismo, publicava. O discurso do ideólogo do SNI é entremeado por três folhas destacadas de papel couché com aspectos da exposição montada pelo mesmo SNI no Grémio Literário.
  
Exemplar com o carimbo da Agência Geral das Colónias / Casa da Metrópole em Luanda; em muito bom estado, salvo alguns ligeiros picos de oxidação na capa.

8€

Eça de Queirós (Previsões; Críticas e Juízos Sociais e Políticos)

Eça de Queirós (Previsões; Críticas e Juízos Sociais e Políticos) / compilação e comentários de Manuel Chaves e Castro

(Execução Gráfica: Lito Of. Artistas Reunidos, S. Mamede de Infesta / 500 exemplares / Depósito Legal N.º 10.995/86). In-8º de 58, [II] págs. Br.

Tratando-se de uma edição de autor, é plausível que muitos exemplares tenham, como este, dedicatória de oferta manuscrita por ele; esta em Viana, Maio de 1986. 

10€

Era Tormes e amanhecia (Dicionário Gastronómico Cultural de Eça de Queiroz)

Edição «Livros do Brasil» Lisboa (Rua dos Caetanos, 22). (1992). 2 vols. in-8º de 470, [II] e 444, [IV] págs. Br.

Quem queira conferir o prestígio de que Eça gozou do «nosso» (linguístico) outro lado do Atlântico só tem de reparar nestas palavras de Jorge Amado acerca desta monumental recolha do seu compatriota: "evidencia mais uma vez não só o profundo conhecimento da obra do principal romancista de língua portuguesa em todos os tempos, como vasta e detalhada erudição no que se refere à culinária portuguesa. Dário Castro Alves admira Eça de Queiroz e ama comer bem"; não parecendo nada deslocado trazer à colação o romancista brasileiro, que sempre que podia vinha a Portugal comer bacalhau, em particular, e deliciar-se com a culinária do Alto-Minho, em particular (não era nada tolo / ficaram célebres as suas estadias e excursões à volta da bela Viana); mais ainda se nos lembrarmos de que foi o autor de ABC de Castro Alves (temo-lo, entre muitos outros), dedicado ao homónimo - antepassado? - do destes dois volumes. 

24€

Vieira de Almeida — À Janela de Tormes (No Centenário de Eça de Queirós)

Edição da Revista «Ocidente» – Lisboa – 1945. (Acabou de imprimir-se para as Edições da Revista «Ocidente», na Tipografia da Editorial Império, L.da, aos 25 de Outubro do ano de 1945, tirando-se 100 exemplares em papel especial numerados e rubricados pelo Editor). In-8º de 217, [VII] págs. Enc.

Autor já de considerável bibliografia, o autor continuava aqui a senda queirosiana começada nesse mesmo ano com A Máscara de Eça, que acima apresentamos. A edição foi ilustrada com várias fotogravuras do romancista e da geração a que é dedicado o primeiro e mais longo capítulo («Introdução - A Geração de 70») - umas bem conhecidas, outras nem tanto.

Exemplar n.º 408, entretanto encadernado com lombada em pele gravada a ouro, carminado à cabeça e conservando a frente da capa de publicação.

25€

Vieira de Almeida — A Máscara de Eça

Lisboa, Edições Romero, s/d. In-8º de 33, [3] págs. Br.

Primeira edição, integrada na série «Eça de Queiroz» da colecção «Pensamento Contemporâneo». 

Exemplar em bom estado, descontando pequenas manchas na capa e na guarda e muito leves vincos no miolo.

7€

Joaquim Costa — Eça de Queirós: Criador de Realidades e Inventor de Fantasias

Livraria Civilização / Pôrto – 1945. (Acabou de imprimir-se este livro na Emp. Industrial Gráfica do Porto, L.da, 174, Rua dos Mártires da Liberdade, 178 no ano de 1946). In-8º de 295, [III], [ii] págs. Enc. 

«¿Quem era Eça de Queirós? – O Homem e o Artista», «A obra do Escritor e as suas características essenciais», ««O Crime do Padre Amaro»», «O estilo de Eça de Queirós», «Camilo, Eça e Fialho (Três escritores, três ironias diferentes», «Eça de Queirós e o «Romance experimental»», «Eça de Queirós païsagista», «Depoimentos dos filhos», «¿Foi Eça de Queirós um plagiário?» [está há muito comprovado que sim], «Eça de Queirós e a estética literária», «O sacrifício no trabalho e a dignidade da profissão», «As conferências do Casino», «O grupo dos «cinco»», «Opiniões de Eça de Queirós sôbre a Arte, a Literatura, a vida e os homens».

Exemplar bem encadernado com lombada em pele gravada a ouro (já infelizmente um tanto esboroada no encaixe e nas comissuras); conservando ambas as faces da capa.

20€

Campos Matos — Diário Íntimo de Carlos da Maia (1890-1930)

Diário Íntimo de Carlos da Maia (1890-1930) / Prefácio e Nota Final de Carlos Afonso da Maia. Anotações e posfácio de A. Campos Matos

Edições Colibri (Lisboa, Setembro de 2014). In-8º de 421, [I], [ii] págs. Br.

Exercício ficcionado em entradas de diário onde o queirosiano-mor – que morreu em 2023, facto que passou praticamente despercebido na imprensa portuguesa – aproveitou para «enxertar» entre a prosa poemas que talvez já tivesse redigido antes, «atribuindo-os» aqui ao «filho» (esse nem na literatura existira...) do protagonista de Os Maias. Algumas das entradas são  interessantes, com aspectos amiúde pouco conhecidos não apenas da literatura e da vida de Eça, mas da(s) portuguesa(s) em geral.
Fique para exemplo o final de uma, abrindo o livro a 224 páginas tantas:
“Nenhuma paisagem é tão bela, tão confortável, tão colorida, como esta de livros arrumados numa estante... Gosto de ver e percorrer a biblioteca dos meus amigos, avaliar as suas leituras, as suas preferências, e descobrir, por vezes, obras desconhecidas ou edições raras. Gosto sobretudo de avaliar os critérios de arrumação usados. E de verificar se uma biblioteca é vivida ou se é uma mera herança que se tem por ter, e se exibe depois. E ora deparo com a escrupulosa ordem ou com o caos mais inaudito, sinal, muitas vezes, de hábitos salutares de leitura”.  

Exemplares novos.

15€ 

Campos Matos — Imagens do Portugal Queirosiano

Colecção Portugal ontem, Portugal hoje (Composto e impresso nas oficinas gráficas de Terra Livre em Novembro de 1976 Ano III da Liberdade / Gravação offset de Neogravura, Lda.) In-8º de págs. inums. Br.

“Só se conhece deveras aquilo que se ama, aquilo que se conhece com amor – pessoas, ideias, terras, objectos. A cognição é sempre, afinal, paixão, e isto em todo o sentido da palavra: sofrimento e prova. O autor do livro que agora editamos conhecia* Eça porque apaixonadamente amava* a obra do artista e conhecia-a* sob um prisma por onde ninguém a tinha ainda observado: tecnicamente, como arquitecto e como urbanista, como especialista que constrói objectos espaciais, reorganizando a paisagem e o meio geográfico. (...) Seja como for, mesmo que estas ruas e estas paisagens rurais sejam menos verídicas do que o real imaginário de Eça, a verdade é que o autor do Portugal Queirosiano ajuda-nos, por um lado, a rever sítios e atmosferas que o olhar de Eça visitou e fixou na tela absoluta do seu verbo, e, por outro, a passar em revista algumas das mais belas paisagens portuguesas.”

[* Não se entende o insistente pretérito imperfeito, porque o então vivíssimo Campos Matos apenas se iria deste mundo em 2023, tendo aliás entretanto reeditado este seu trabalho pelo menos uma vez]

10€

Beatriz Berrini — Portugal de Eça de Queiroz

temas portugueses / Imprensa Nacional-Casa da Moeda (Composto e impresso na Gráfica Maiadouro, Vila da Maia com uma tiragem de três mil exemplares em Junho de 1984). In-8º de 443, [v], [VI] págs. Br.

O trabalho aqui publicado em edição impressa foi a tese de doutoramento da autora apresentada à Universidade de São Paulo em 1982; dividida nas secções de capítulos «Uma sociedade de classes», «A condição feminina», «O catolicismo português oitocentista», «A parceria lisboeta», «O espaço português» e «Estatuto do autor».

15€ 

João Paulo Cavalcanti — Eça de Queirós, agitador no Brasil

Eça de Queiroz, agitador no Brasil (edição revista e aumentada)

Edição «Livros do Brasil» Lisboa (Rua dos Caetanos, 22). In-8º de 363, [V] págs. Br. 

"A obra de Eça de Queiroz não teve repercussão apenas no plano literário. Entre as suas consequências noutras esferas da vida social contam-se os variados incidentes que veio a desencadear no Brasil devido ao modo como as «Farpas» trataram a visita de Pedro II ao nosso país. É esse o tema central deste valioso ensaio de Paulo Cavalcanti" - ensaio não será talvez o mot just para este mui documentado estudo que se debruça mais sobre a história brasileira (e pernambucana, em particular) ao longo do séc.XIX do que do incidente per se de 1872 com aquele a que o autor, no seu prefácio com alguns apontamentos de interesse, chamava o maior romancista luso-brasileiro. 

14€

Maria Filomena Mónica — Eça de Queirós

Quetzal Editores, Lisboa / 2001. In-8º gr. de 394, [II] págs. Br.

A biografia obedecia ao propósito "essencial" de "colocar o romancista [sic] na época em que viveu. Só desta forma poderemos compreender não só a sua vida e a sua obra mas a forma como esta nos influenciou. É isso que, numa prosa directa e acessível, este livro pretende fazer" da maneira que já se esperaria: prosa apressada e descuidada, muita ignorância, muita tolice, muita coquetterie (nem a meio da biografia a senhora consegue deixar de falar de modo afectado dela própria na primeira pessoa), mas apesar disso também informação e anedotário úteis q.b. para qualquer queirosiana criatura mais ou menos coleccionadora.

Exemplar da edição original; por estrear, tendo apenas como defeito uma quebra de impressão num dos cadernos. 

15€

Alberto de Oliveira — Eça de Queiroz: páginas de memórias

Eça de Queiroz: páginas de memórias / 2.ª edição, com um Preâmbulo de Maria d’Eça de Queiroz e cinco cartas inéditas do Autor

Portugália Editora, Lisboa. (Composto e impresso na Gráfica Santelmo, Rua de S. Bernardo, 84). In-8º de 231, [vi], [III] págs. Br.

No seu prefácio redigido em Santa Cruz do Douro e datado de 1945 [ano do Centenário], a filha do romancista cujos restos de Santa Cruz acabaram precisamente de sair dizia que “ninguém como Alberto de Oliveira soube evocar êsses serões portugueses de Neuilly, onde a figura de meu Pai predomina, ora de pé, mimando com largos gestos uma anedota, espalhando em sua volta gargalhadas e admiração com a graça irresistível da sua fantasia, ora prendendo o auditório, num lento e luminoso desenrolar de idéias, recostado na sua poltrona, as longas pernas cruzadas, o fino cigarro na mão esguia”.
Além das cartas do próprio Alberto de Oliveira a Eça, há também no final do volume – que talvez fosse merecendo reedição – a transcrição de uma que este endereçou àquele.

Exemplar com algum desgaste exterior.

14€

Eça de Queirós — Almanaques

Almanaques (Introdução: Carlos Reis / Transcrição e nota prévia: Irene Fialho)

Biblioteca Nacional / Lisboa, 2002. In-8º peq. de 69, [iv], [VII] págs. Br.

É demasiado abundante de informação útil a nota prévia em que Reis, recuperando por sua vez alguma informação útil avançada por Ernesto Guerra da Cal na sua Bibliografia Queirosiana, começava por notar como os últimos anos da vida de Eça foram assim «desperdiçados» em colaborações avulsas e variadas para a imprensa ou, como neste caso, para editoras - entre a publicação de Os Maias em 1888 e 1900 [morte], o romancista não terá composto nenhum livro novo.
A organização do Almanaque Enciclopédico para 1896 (e depois também o de 1897) foi assegurada por Eça a pedido/encomenda do editor António Maria Pereira; e é um pormenor da capa do de 1897 que Humberto Caldeira aqui aproveitou para a capa deste pequeno volume. O texto é o longo prefácio composto pelo próprio escritor para o de 1896. 

8€ [P.V.P.]

Eça de Queirós — Alves & C.ª (terceira edição)

Porto: Livraria Chardron, de Léllo & Irmão, L.da  editores. – 1928. In-8º de XII, 215, [I] págs. Enc.

Reproduz em folha preliminar destacada o conhecido retrato a sépia do romancista por António Carneiro e depois, a apresentar o volume, a «Nota Previa» em que o filho, José Maria, se queixava por ter de reduzir desta vez “a habitual e pomposa Introdução ás proporções mais modestas de Nota”, dado que, ao contrário dos outros inéditos por si publicados, este “Não se sabe d’onde veio, nem de quando data. Não se sabe sequer o titulo que o auctor lhe destinava. (…) Nunca o auctor se lhe referiu n’uma carta, ou n’uma conversa, ou n’um artigo; nunca o offereceu ao editor; nunca sequer o mencionou!”; e destacava no romance do pai “a justeza dos seus typos, o seu intenso sabor lisboeta, a graça dos seus dialogos, o equilibrio da sua composição, a ironia das suas situações”.

Exemplar revestido de encadernação em bom tecido sintético, conservando a frente da capa de brochura ilustrada por Alberto de Sousa, infelizmente demasiado aparada no pé.

15€

Eça de Queirós — Alves & C.ª (Quarta Edição)

Livraria Lello & Irmão – Editores. 1944. In-8º de XII, 215, [I] págs. Br.

Exemplar com a capa ligeiramente prejudicada por pequenas falhas de papel e manchas de humidade na margem lateral; miolo melhor, mas afectado por alguma acidez.

8€

Eça de Queirós — A Capital (terceira edição)

Porto: Livraria Chardron, de Lello & Irmão, L.da (Aillaud e Bertrand – Lisboa-Paris) – 1926. In-8º de 573, [i] págs. Enc.

Edição publicada logo no ano seguinte ao da original, reproduzindo o importante prefácio que dela constava, «Os ultimos ineditos d’Eça de Queiroz», da pena do filho do romancista; que dava conta das suas hesitações e dúvidas e, no que mais nos interessa, de alguns aspectos e detalhes que envolveram quer a descoberta e o tratamento dos manuscritos, quer a publicação. José Maria reproduz também alguns passos da correspondência do pai com o editor-leão Chardron que deitam luz sobre o facto de, mesmo para um já habitualmente romancista-perfeccionista, ter sido este seu romance uma espécie de obra de Santa Engrácia – Eça ia-o escrevendo junto com O Primo Basílio e a revisão d'O Crime do Padre Amaro, depois junto com Os Maias, aos quais dava prioridade, depois foi estendendo a dimensão de um volume contratado para 200 páginas e que chegava (já no tempo em que ele nota isso a Chardron) quase a 600... e depois, com a morte do talvez mais importante nome da edição portuguesa e a passagem da casa para as mãos dos igualmente franceses sócios Lugan & Genelioux, Eça terá quiçá aproveitado para voltar a meter o manuscrito na gaveta, aguardando posteriores núpcias que nunca chegaram (a publicação apenas se deu no profuso ano de 1925, 25 depois da morte).

Exemplar revestido de boa encadernação gravada a dourado na lombada; conservando ambas as faces da capa primitiva, na frente com ligeiros restauros.

19€  

Eça de Queirós — Uma Campanha Alegre (Das Farpas)

Porto, Livraria Lello, 1933. 2 vols. In-8º de X, 425, [1] e 310, [2] págs. Enc.

Exemplares da série encadernada pela editora com a efígie do escritor na pasta e dourados nos ornatos e nos dizeres da lombada, apresentando uma mancha de humidade nas margens laterais (mais extensa a de trás). Miolo em bom estado geral de conservação.

20€



Eça de Queirós — Uma Campanha Alegre (Das Farpas)

1933 / Livraria Lello, Limitada – Editora (144, Rua das Carmelitas – Porto). 2 vols. In-8º de X, 425, [1] e 310, [2] págs. Enc.

“As paginas d’este livro são aquellas com que outr’ora concorri para as Farpas, quando Ramalho Ortigão e eu, convencidos, como o Poeta, que a tolice tem cabeça de touro, decidimos farpear até á morte a alimaria pesada e temerosa”, páginas aqui no entanto revistas e retocadas – quer por razões de estilo, quer por razões de conveniência – segundo explicava o autor na sua «Advertencia» inicial. 
“2ª edição conforme a de 1890” – faltando uma vírgula, a formulação parece ambígua, mas é de facto a terceira edição, após a de 1890 e a de 1927, com a reprodução do retrato de Eça, a sanguínea, por António Carneiro nas folhas de rosto.

Ambos os volumes revestidos da mesma encadernação em bom material sintético, conservando a primitiva capa de publicação.  

20€

Eça de Queirós — Notas Contemporaneas / quinta edição

Notas Contemporaneas / quinta edição (De Port-Said a Suez – Ramalho Ortigão – Brasil e Portugal – A Inglaterra e a França julgadas por um inglez – Victor Hugo – Tres Prefacios: I. Prefacio dos «Azulejos» do Conde de Arnoso. II. Prefacio do «Brasileiro Soares» de Luiz de Magalhães. III. Prefacio das «Aguarellas» de João Diniz – A Academia e a Litteratura – A Europa – A decadencia do riso – A proposito dos «Maias» [etc.])»

Porto: Livraria Chardron, de Lelo & Irmão, L.da editores – Rua das Carmelitas, 144 (Aillaud e Bertrand – Lisboa-Paris) – 1927. In-8º de 522, [ii] págs. Enc.

Encadernação em pele granulada, gravada a dourado na lombada; conservando ambas as faces da capa de publicação.

17€

Eça de Queirós — Cartas de Inglaterra

Porto: Livraria Chardron, de Lello & Irmão – editores – 1905. In-8º de [4], 242, [2] págs. Br.

Edição original de um livro que recolhe os textos «Afghanistan e Irlanda», «Ácerca de livros», «O inverno em Londres», «O Natal», «Litteratura de Natal», «Israelismo», «A Irlanda e a Liga Agraria», «Lord Beaconsfield», «Os inglezes no Egypto», «O Brazil e Portugal», «A festa das creanças» e «Uma partida feita ao Times». Em folha preliminar de papel couché, na anteportada, reproduz-se o monumento a Eça esculpido por Teixeira Lopes.

Exemplar em brochura, muito bem conservado. Tem aposto o ex-libris (pequeno) da livraria portuense Manuel Ferreira.

25€

Eça de Queirós — Cartas de Inglaterra

Porto: Livraria Chardron De Lello & Irmão, editores (R. das Carmelitas, 144) – 1907. In-8º de 246, [I], [i] págs. Enc.

Esta segunda edição trazia um retrato menos habitual de Eça na anteportada, em folha destacada de papel couché.

Exemplar revestido de modesta e sóbria encadernação em percalina, toante com a capa primitiva, da qual conserva ambas as faces, e cujo esbatido verde acinzentado replica; com um selo colado na guarda indicando “Encadernado na Cadeia Penitenciária de Lisboa».

17€

Eça de Queirós — A Cidade e as Serras / quarta edição

Porto – 1913 / Livraria Chardron, de Lello & Irmão, editores / (Rua das Carmelitas, 144). In-8º de 385, [ii], [I] págs. Enc.

Exemplar revestido da mesma encadernação, igualmente conservando ambas as faces da capa de brochura.

15€

Eça de Queirós — Prosas Barbaras

Prosas Barbaras (Com uma Introducção por Jayme Batalha Reis - Segunda Edição)

Porto: Livraria Chardron, Lello & Irmão, editores - 1909. In-8º de LXVIII, [II], 284, [II] págs. Enc.

Esta propriamente nova edição apresenta em folha preliminar de papel couché, na anteportada, um retrato menos conhecido do romancista.

Exemplar revestido de boa encadernação com a lombada em carneira gravada a ouro e as pastas em papel marmoreado; conserva ambas as faces da capa de publicação.

23€

Eça de Queirós & Ramalho Ortigão — O Mistério da Estrada de Sintra

O Mistério da Estrada de Sintra (Cartas ao «Diário de Notícias»)

1967 / Lello & Irmão ― editores (144, Rua das Carmelitas) ― Porto. In-8º de 277, [ii], [I] págs. Br.

A edição reproduz, na anteportada, em folha à parte, uma gravura colorida da litografia com o retrato de Eça publicada por Rafael Bordalo Pinheiro no seu «Álbum das Glórias»; e uma outra, mais à frente, com um de Ramalho para o mesmo álbum.
Transcreve a nota preliminar à 4.ª edição em que Ramalho se queixava da morte do amigo mais novo (e ex-aluno no Porto); e a «Carta ao editor (...)» deste romance sob a forma de livro antes publicados em folhetim no «DN», onde se lia: "O que pensamos hoje do romance que escrevemos há catorze anos? Pensamos simplesmente - louvores a Deus! - que ele é execrável; e nenhum de nós, quer como romancista, quer como crítico, deseja, nem ao seu pior inimigo, um livro igual. Porque nele há um pouco de tudo quanto um romancista lhe não deveria pôr e quase tudo quanto um crítico lhe deveria tirar".  

8€  

Stendhal — La Chartreuse de Parme

La Chartreuse de Parme (texte établi avec introduction, bibliographie, chronologie, notes et variantes par Henri Martineau)

Paris: Libraririe Garnier Frères (achevé d'imprimer sur les presses de l'Imprimerie Paul Dupont (...) le 5 Janvier 1942). In-8º de 685, [III] págs. Enc.

A extensa introdução crítica e bio-bibliográfica do poeta, crítico literário e jornalista, especialista e talvez principal divulgador de Stendhal ao longo da primeira metade do séc.XX, ocupa as duas dezenas iniciais de páginas.

Exemplar com simples encadernação em percalina, tendo as faces da capa original coladas sobre as guardas.

15€

Stendhal — La Chartreuse de Parme

La Chartreuse de Parme (Illustrations hors-texte de J.-M. Breton

Paris: Société d'Édition Française et Étrangère. [S/d]. In-8º de 253, [III] págs. Br.

Graciosa edição com o texto disposto a duas colunas e as ilustrações impressas sobre folhas à parte de papel couché. Decerto o segundo romance mais famoso do autor, só superado por O Vermelho e o Negro, passa-se também, como tantos outros da sua bibliografia, no tempo de Napoleão.

Exemplar nº210? (número impresso na face inferior da capa); com uma pequena falha de papel nessa mesma capa, à cabeça do respectivo encaixe.

15€