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Aquilino Ribeiro ― Quando os Lobos Uivam

Lisboa, Livraria Bertrand. 1958. In-8º gr. de 411, [1] págs. Br.

Primeira edição do decerto mais célebre romance de Aquilino, proibido pelo lápis azul do Estado Novo pouco após a publicação, iniciando o processo que haveria mesmo de levar o escritor à barra dos tribunais; parecendo hoje relativamente invulgar (mais do que seria de esperar, até pelo confronto com os outros volumes desta série, «Obras de Aquilino Ribeiro»), supõe-se que boa parte dos exemplares tenham sido logo retirados do mercado. Com uma extensa dedicatória ao médico – opositor também da ditadura – Francisco Pulido Valente, em que se lia, a propósito da vida de escritor exilado, “Numa fauna exaustiva tive de desatender à vida de relações, não cultivar como devia a amizade, remeter os meus à vis própria quando poderia com um pouco de arte, salamaleque, e o quantum satis da desvergonha cívica nacional, consagrada e triunfante, guindá-los a ministros ou banqueiros.” (uma nota curiosa, a respeito disto, é que o filho mais velho viria a ser eleito o primeiro presidente da Câmara de Lisboa sobrevindo o 25 de Abril, mais de uma década depois da morte do pai). Transcreve, nas abas, um conjunto de apreciações feitas por personalidades várias – o próprio Salazar (como ele beirão, e que nele reconhecia o grande escritor), Cecília Meireles, Cortesão, Régio, Nemésio, Júlio Dantas, Raul Rego, etc. – acerca do romancista.

Exemplar em bom estado geral, salvo ligeiras marcas de acidez. 
 
25€