Parece uma anedota, e não é. Há tempos, numa daquelas rápidas entrevistas televisivas em modo «flash», perguntava-se a um qualquer dito notável - daqueles que só quem ligue à nossa televisão notará - o que andava ele a ler. "Kafka", respondeu. Sim, mas qual Kafka, voltou a perguntar-se. "Kafka", respondeu de novo, impávido, o homem. Sim, mas que livro?, insistiu ainda o entrevistador. "Kafka !", já algo impaciente, a cultivadíssima «figura pública». O perguntador (sentindo-se quase n'O Processo, talvez) desistiu.
Kafka seja.
Kafka seja.