

O júri era de peso: além do novelista lisboeta Joaquim Paço de Arcos, incluía, entre outros, nomes como os de Hervé Bazin, Jean Albert Sorel, Miguel Angel Asturias, Alba de Cespedes, Gore Vidal e Isaac Singer. E foi o próprio Paço de Arcos quem contou a história.
Depois de sucessivos filtros, alinhavam-se no final como principais candidatos Ferreira de Castro, Lawrence Durrell e Konstantin Simonov - e recorde-se que quer o inglês quer o russo viriam a ganhar o Nobel. As coisas pendiam para Durrell, senhor já nessa época de muita fama, até que no almoço decisivo o criador de Ana Paula diz ter sacado um discurso em louvor do seu compatriota tão mas tão eloquente que conseguiu a eleição por unanimidade: mencionando-se explicitamente que se premiava também a importância da literatura portuguesa; donzela, como se sabe, até aí pouco habituada a panegíricos e pedestais.
Mas talvez pouco se saiba deste episódio, que por isso aqui fica.