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João Gaspar Simões — A Arte de Escrever Romances
João Gaspar Simões — Crítica
Crítica. I (A Prosa e o Romance Contemporâneo)
Livraria Latina Editora Porto. (1942). In-8º de 499, [3] págs. Enc.
Após uma lamurienta «Explicação prévia» acerca das inimizades a que um crítico fica ipso facto sujeito, foi o livro dividido nas quatro partições «Preâmbulo», «A Prosa e o Romance Contemporâneos» (ocupa a grande maioria do volume, com capítulos dedicados a nacionais como Aquilino, Teixeira Gomes, Carlos Malheiro Dias, Nemésio, Torga, Marmelo e Silva, Almada, Joaquim Paço de Arcos, Namora, Redol, Loureiro Botas, etc.; e a brasileiros como Lins do Rego, Graciliano Ramos, Ciro dos Anjos e Erico Veríssimo) e «O Problema do Romance», terminando por um apêndice «Considerações melancólicas a propósito de uma carta do Sr. Aquilino Ribeiro».
Exemplar forrado de uma boa encadernação com cantos e lombada em couro, esta última gravada a ouro, e as pastas em «pele-de-cobra»; mas que infelizmente o desproveu da capa original.
António Carneiro ― Solilóquios
1936. (Na Tipografia Costa Carregal). In-4º peq. de XXII, [VI], [IV] págs. + 71 ff. nums. Enc.
António Carneiro ― Solilóquios
"Destes sonetos póstumos fizeram os filhos do artista uma primeira edição em 1936, limitada a trezentos e vinte exemplares, numerados e que rubricaram. / Esta segunda edição, de quinhentos exemplares, todos numerados, realiza-se no ano do 1.º cinquentenário da morte do pintor", tendo a este exemplar, ainda por estrear, conservando os cadernos por abrir, sido atribuído o n.º 091; com duas manchas de amarelecimento na frente da capa que se deverão provavelmente a alguma cinta editorial que cobrisse a parte em «reserva», tendo em conta que outros exemplares que já vimos as apresentavam também.
De resto com a mesmíssima composição gráfica da edição original, a diferença desta vai para o magnífico auto-retrato do amarantino impresso sobre delicada folha preliminar em anteportada.
Joaquim Freitas Gonçalves ― O Natal
A festa do Natal: Arranjos Ornamentais de Mesas e Interiores
Edições inapa / Lisboa, 1993. In-4º de 95, [1] págs. Cart.
Natal: Armindo Rodrigues ● Graça Pina de Morais ● Taborda de Vasconcelos
(Maquete de Edmundo Muge / Composto e impresso em Bertrand (irmãos), Lda. Lisboa). In-8º de págs. inums. Br.
Foi o volume relativo a 1969 desta publicação destinada a médicos e constituída por textos originais de médicos escritores. Armindo Rodrigues apresentava o conto «A Única Mulher do Barba-Azul»; a ultimamente recuperada Graça Pina de Morais o conto «Serenidade»; e Taborda Vasconcelos a short-story «O Evangelho».
Exemplar com a capa (em cartolina) algo marcada.
8€
Natal: Orlando de Albuquerque / Pedro Mayer Garção / Teixeira de Sousa
(Maqueta de Edmundo Muge ● Impressão da Tipografia Comelita). In-8º de [2], 32, [2] págs. Br.
Volume relativo a 1970, com a capa em cartolina revestida a dourado, apresentando os textos inéditos, respectivamente, «O Cego», «A Alma Prisioneira» e «Na Corte d'El-Rei D. Pedro».
7€
A. M. Couto Viana — Retábulo para um Íntimo Natal
Edição do autor, com tiragem de 600 exemplares.
A. M. Couto Viana — As (e)vocações literárias (estudos & memórias)
Lisboa, 1980. (Composição e impressão: Oficinas Gráficas da «Livraria Editora Pax, Lda.» - Braga). In-8º de 255, [5] págs. Br.
“O livro que, semelhante a este, publiquei em 1977, intitulado Coração Arquivista, teve a simpatia dos críticos e a de muitos leitores que me agradou o tenham lido e apreciado. Daí que novo conjunto de memórias e novo esboço de estudos literários se reunam [sic] e se dêem à estampa”; precisamente desse livro anterior sendo transcritas nas dobras apreciações elogiosas de Mourão-Ferreira, Pinharanda Gomes, Gaspar Simões, Bigote Chorão e Álvaro Salema. Textos de crónica literária quase sempre interessantes e ricos em apontamentos sobre Lopes Vieira, Alberto de Oliveira, António Correia de Oliveira, António Patrício, Camilo, Eça, João de Deus, Almada, Régio, Júlio Brandão, Pascoaes e Nemésio, entre outros – nomeadamente integralistas, alguns quase irrelevantes mas aqui chamados por afinidade ideológica. No final do volume há ainda alguns acerca de temas vários, mais ou menos peregrinos: «Cancioneiros Galantes», «A Poesia Viaja de Comboio», «Os Poetas e o Comércio», «Poesia Militante», «A Sátira à Política na Poesia Portuguesa» e «Queixas contra a Inglaterra na Poesia Portuguesa».
Tiragem de 1000 exemplares, dos quais temos ainda vários.
Líricas Portuguesas (2.ª série)
Portugália Editora, Lisboa (1957). In-8º de 352, [4] págs. Br.
Esta segunda série contemplou a poesia então contemporânea entre parnasianos, simbolistas, modernistas e presencistas, grosso modo; começando em António Feijó e terminando em Adolfo Casais Monteiro.
Líricas Portuguesas (1.ª série)
Líricas Portuguesas (1.ª série / 3.ª edição, corrigida e aumentada / Selecção, prefácio e notas de José Régio)
Portugália Editora, Lisboa (1959). In-8º de 408, [6] págs. Br.
Reproduz o mais longo prefácio da segunda edição e acrescenta um novo, aquele sobretudo explicando as opções tomadas e este, além disso, respondendo a críticas que Régio dizia ter por elas recebido. Esta primeira série abarcou poemas e poetas desde o rei Dinis até ao imperador Pascoaes.
Exemplar com leve rasgão na face inferior da capa e assinatura de propriedade, conservando-se grande parte dos cadernos ainda por abrir.
José Régio — Fado : versos de José Régio e desenhos de Júlio
Primeira edição, já significativamente rara; impressa em bom papel e ilustrada, a cada uma das 15 canções, com um desenho a tinta de Júlio (dos Reis Pereira, o irmão do autor, a.k.a. Saul Dias nas letras). Inclui, entre outras, «Romance de Vila do Conde», «Fado Português», «Balada de Coimbra», «Toada de Portalegre», «Os Cristos».
Jose Régio — Há Mais Mundos (contos)
Com capa de Câmara Leme, foi esta a edição original de um volume que agrega «Os Três Vingadores ou Nova História de Roberto do Diabo», «O Fundo do Espelho», «Conto do Natal», «Os Paradoxos do Bem», o conhecido «Os Três Reinos», «Os Alicerces da Realidade» e o mais conhecido ainda «As Historietas dum Coleccionador de Antiguidades».
Bom exemplar, sem defeitos significativos.
25€
José Régio — As Encruzilhadas de Deus
Editorial Inquérito Limitada, Lisboa. (1946). In-8º de 206, [VI] págs. Br.
A edição original deste que foi o terceiro título de poesia de Régio saíra dez anos antes na Presença; aparecendo esta indicada como a sua oitava de poesia, entre edições e reedições.
Exemplar com algum
desgaste na capa, que na face inferior tem uma pequena marca de
incisão e na superior também de amarelecimento na margem lateral.
José Régio — Mas Deus é Grande
Editorial Inquérito Limitada, Lisboa. (1945). In-8º de 110, [6] págs. Br.
Edição original do quinto livro em verso de Régio, por ele consagrado à memória de Miguel de Sá e Melo, que lhe dedicara, pouco antes da morte temporã, um estudo crítico, e de quem entretanto se tornara amigo.
35€
José Régio — Mas Deus é Grande (2.ª edição)
Portugália Editora, Lisboa. (1961). In-8º gr. de 83, [9] págs. Br.
Edição impressa em bom papel, com capa de Câmara Leme.
Bom exemplar.
20€
Na Mão de Deus: Antologia da Poesia Religiosa Portuguesa
Portugália Editora (1958). In-8º de 383, [1] págs. Br.
“(...) tendo de procurar, no tesoiro da nossa poesia, os poemas inspirados pela vida religiosa, achámos que a nossa antologia teria de abarcar a distância entre a concepção dum poeta como Antero e a dum anónimo poeta popular”, o que explica que o volume – começando com o século XV e arrolando uma excessiva falange presencista, e todo ele muito ao gosto de Régio – termine pela recolha de meia-dúzia de quadras populares. Dos antologiados, foram os mais representados Camões, Agostinho da Cruz (o mais), Baltazar Estaço e Bocage.
Exemplar em muito boa condição, quase impoluto e inteiramente por aparar.
Poesia de Amor: Antologia Portuguesa
1945, Livraria Tavares Martins – Pôrto. In-8º peq. de 301, [3] págs. Br.
Divide-se a recolha em secções respeitantes aos séculos XII a XVI, XVI, XVII e XVIII, XIX, XIX e XX; começando em Sancho I e terminando com Francisco Bugalho, um mais entre dez exagerados presencistas. O curto prefácio dos antologiadores destaca o móbil amoroso como propriamente definidor do «sentimento» e da «raça» (duvidosa que seja a palavra) portugueses; as ilustrações de Paulo, a pena e tinta, aparecem a página inteira em folhas contadas.
Lopes Rodrigues — Nótulas Florbelianas (I. Florbela na Intimidade)
Carlos Passos — Em Louvor e Memória de Soror Saudade
Transcreve o texto lido pelo autor na sessão de homenagem a Florbela levada a cabo nos Fenianos Portuenses em 1946, a que acresce no final uma útil recolha bibliográfica. Edição cuidada e impressa sobre bom papel, hoje já nada vulgar, reproduzindo nas folhas couché destacadas três retratos da poetisa: dois fotográficos, e o belo óleo pintado por Demóstenes Espanca.
16€
Florbela Espanca — Sonetos Completos
Coimbra MCMXXXVI – Livraria Gonçalves (Rua Sá de Miranda, 60). In-8º de 211, [1] págs. Br.
A edição apresenta em hors-texte preliminar um busto de Flobela da autoria do escultor Diogo de Macedo.
Exemplar bem conservado, apenas com ligeiríssimo desgaste exterior.
10€
Florbela Espanca — Sonetos (Edição Integral)
Edição dada a lume assinalando os “trinta anos após a morte da poetisa”, impressa sobre bom papel encorpado nas oficinas da portuense Imprensa Portuguesa e muito enriquecida pelos «brindes» gráficos que a entremeiam: vários clichés fotográficos recortados sobre algumas das composições, com retratos de Florbela ao longo da curta existência terrena, num deles acompanhada do irmão de ainda mais curta Apeles; um folheto reproduzindo uma análise grafológica publicada num número de 1929 da Civilização; e uma cópia da certidão de baptismo da então recém-nascida FlorBella em folha desdobrável também à parte.
O exemplar tem uma nota de compra na Feira do Livro do Porto de 1960.
Miguel de Unamuno — Soledad
Edição primitiva, de publicação já póstuma, saída na «Colección Austral». O volume recolhe os escritos «!Ramponería!», «Soledad», «Sobre la erudición y la crítica», «Poesía y oratoria», «La crisis actual del patriotismo español», «Sobre el rango y el mérito (Divagaciones)», «La patria y el ejército» e «Qué es verdad?».
Exemplar com manchas de acidez que deverão ser típicas, dada a qualidade do papel; e plausível falta da típica sobrecapa original. Pertenceu a José Eugénio de Castro, de quem tem manuscrita a lápis a assinatura.
12€
Miguel de Unamuno — Do Sentimento Trágico da Vida
Do Sentimento Trágico da Vida (tradução de Cruz Malpique, professor do liceu de Alexandre Herculano, do Porto)
1953, Editora Educação Nacional de Adolfo Machado / Rua do Almda, 125 – Porto. In-8º de 387, [5] págs. Br.
Apresentado na badana pelo editor como “uma extraordinária e apaixonada série de meditações em torno dos problemas fundamentais do espírito e do destino humanos. No conceito unânime da crítica, afirma-se este livro com a obra capital do grande pensador espanhol”; apresentando-o o tradutor com aquela clássica técnica de engodo “O leitor tem, na sua frente, um livro perturbador, pelos angustiosos problemas que nele são debatidos. Não é livro para gente que, no cérebro, tenha vazios interplanetários. Lá isso não! Exige o agudo trinchar do espírito. Ora, se o leitor não possui esse dom, desista. É o conselho que lhe dá / O Tradutor”.
Alguns dos capítulos: «A Fome de Imortalidade», «A Essência do Catolicismo», «Amor, Dor, Compaixão e Personalidade», «Fé, Esperança e Caridade», «Religião, Mitologia de Além-Túmulo e Apocatástase».
10€
Miguel de Unamuno — Por Terras de Portugal e Espanha
assírio & alvim (1989). In-8º gr. de 155, [1] págs. Br.
Logo no início do prefácio, o recém-finado José Bento dava justamente conta do espanto que merece o facto de este livro ter esperado 78 anos até conhecer aqui a sua primeira edição portuguesa – sobretudo se tivermos em conta que, desmentindo q.b. a geografia ibérica, a este rectângulo à beira-mar plantado é muito irmamente dedicada metade do volume: com capítulos como «Eugénio de Castro», «A literatura portuguesa contemporânea», «As Sombras de Teixeira de Pascoaes» (ao Solar de Gatão do nosso génio amarantino, que chegou a hospedar nele o amigo espanhol, foi a capa aproveitar um pormenor da Fonte dos Golfinhos), «As almas do purgatório em Portugal», «A pesca de Espinho» (na praia do livreiro várias vezes passou férias Unamuno com o amigo residente Manuel Laranjeira e veraneantes tão famosos como Amadeo, só por exemplo), «Braga», «O Bom Jesus do Monte», «Guarda», o célebre «Um povo suicida» e «Alcobaça».
Exemplar ainda por estrear.
10€