“Este livro composto de poemas inéditos vem juntar-se à Praça da Canção, O Canto e As Armas e Um Barco para Ítaca, livros que no seu conjunto deram corpo a uma das vozes poéticas que mais alto ergueu [sic] a esperança histórica do povo português, mais marcadamente se exprimiu em consonância com a sua revolta. / Manuel Alegre dá-nos com Letras uma obra diferente das anteriores, mas inscrita na mesma trajectória duma poesia apontada ao coração do futuro”, assim rezava na capa a encomiástica nota de apresentação a este livrinho saído no ano da Revolução (Junho, escrito quase todo em Janeiro), num tempo em que o poeta era bastante mais considerado do que em 2018, quando meio país literato achou muito ridículo que ganhasse o Prémio Camões, achando depois em 2019 que Chico Buarque pelo contrário sim senhor, está muito bem. Consta ele de 23 composições, tantas quantas as letras do alfabeto – de A a Z – que toma por mote, num esquema aparentemente inspirado em Rimbaud.
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