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A leitura: máscaras e abismos

Dizem que é a única figura leitora de um quadro de Amadeu de Sousa Cardoso; e foi justamente a tela que abriu no Porto a famosa exposição de 1916, no Jardim de Passos Manuel, agora dentro do possível recriada no Museu Soares dos Reis. Quem a quiser visitar, tem até ao final de 2016. É melhor começar a pensar nisso, que vale bem a pena.
 
Duas notas:

- O público portuense sempre cultivou, nos jardins e fora deles, o hábito de dizer alto e bom som o que pensa (e às vezes o que não pensa). De vez em quando, engana-se. Foi o caso. Cuspiu-se, vociferou-se, insultou-se a arte do homem e o próprio homem, «só» o maior clarão de génio - goste-se mais ou menos - da pintura portuguesa. Columbano e Helena Vieira da Silva que perdoem isto, porque não parece sequer discutível, mesmo que os prefiramos.

- Chama-se a este quadro «Máscara de Aço». «Máscara de Aço contra Abismo Azul» foi como o realizador portuense Paulo Rocha chamou ao seu filme sobre Amadeo e o modernismo português. Está ainda por cá um livro-manuscrito em que o realizador esboçou planos do filme: https://bibliographias.blogspot.pt/2016/04/correspondance-de-quatre-artistes.html