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«Traduttore, traditore»: os reis também podem trair.

Supondo que Deus não seja estrangeiro, a Bíblia não conta, mas um dos candidatos a livro da literatura estrangeira mais variadamente traduzido por cá talvez seja o «Hamlet»: assim de memória, foram tradutores o rei Dom Luís, Santos Quintela, Domingos Ramos, Sofia de Melo Breiner e António Feijó, por exemplo.
Para quem não saiba, o nosso  monarca foi um dos mais denodados tradutores de Shakespeare, e um dos primeiros - ou mesmo o primeiro - a traduzi-lo sistematicamente a partir do original. Camilo, no afã de dar graxa para obter o tão solicitado título de Visconde, chegou mesmo a publicar um opúsculo a que chamou "esboço de crítica" acerca da tradução do «Othello». E Junqueiro diria que mais valia ter ensinado o filho a escrever antes de se preocupar com traduções. Quase todas em exposição na Biblioteca Nacional.