Na «Introducção» ao volume que preparou com a colaboração do irmão Alberto, contava José Maria d’Eça de Queirós (filho) serem estas notas, por si encontradas 57 anos depois entre os papéis do pai, o fruto das impressões colhidas pelo escritor na viagem que empreendera com o Conde de Resende rumo a Oriente - chegariam mesmo a Jerusalém e à Palestina -, aproveitando o pretexto da abertura do Canal de Suez (a cujas festas viriam a assistir). Escritas numa altura em que Eça, então com 23 anos, era “mais notavel pelas suas gravatas do que pelas suas obras”, poderiam ler-se, ainda segundo o filho, como o melhor testemunho a revelar “a sua expontaneidade, a facilidade do termo, a propriedade da expressão, a abundancia do commentario”, pretendendo desmentirem a ideia de ter sido ele “um escriptor lento, torturado, produzindo pouco – e que esse pouco o concebia com esforço e devagar”.
Primeira edição, já relativamente invulgar; reproduz um retrato do romancista em 1875 em folha destacada junto ao frontispício.
Exemplar revestido de encadernação recente em tecido sintético imitando pele; ainda bem cuidado e conservando por inteiro a capa de brochura. Miolo também em boa condição geral, descontando alguns irregulares vestígios de acidez.
36€