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Da bibliografia estrangeira, sabe pouco quem isto escreve. Mas começaria por destacar um belo romance ainda recente de poucos anos, escrito naquele andante majestoso em cujas elegância e fluência a prosa francesa não tem igual: Des Âmes Grises (Almas Cinzentas), de Philippe Claudel. E, bem mais antigo, o livro de memórias que Stefan Zweig - prosa alemã, seca e sensaborona, apesar de adjectivadíssima, quase sempre fraca, mas que muito vai valendo pelas quantidade e riqueza de apontamentos - ensaiou pairando por toda a primeira metade do século passado. Foi o último que escreveu, antes de se suicidar no exílio brasileiro, em 1942, quando dava por certa a vitória nazi na II Grande Guerra. É a esta, ao período entre-guerras e à I que mais capítulos o volume consagra. Vai ser por isso, na parte que aqui interessa, uma espécie de livro-de-bordo em bibliographias durante as próximas semanas, inteiramente dedicadas ao centenário da contenda.
[A 28 de Julho, faz hoje cem anos, o ministro austríaco do exterior, Leopold von Berchtold, declarava guerra à Sérvia]
[A 28 de Julho, faz hoje cem anos, o ministro austríaco do exterior, Leopold von Berchtold, declarava guerra à Sérvia]