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No 180º aniversário de Eça de Queirós

Para quem não tenha problemas mal resolvidos com o 25 de Abril, o único 25 de Novembro a assinalar hoje é o de 1845: Eça de Queirós nasceu há 180 anos. 
Uma vez que morreu há 125, e que ainda para mais se deu há 100 uma espécie de «segundo nascimento» do escritor, com a publicação de boa parte da impropriamente chamada «Obra Póstuma», quando os leitores puderam enfim conhecer «A Capital», «O Conde d'Abranhos», o volume de «Correspondência», etc... Pareceu um óptimo pretexto, aliás triplo, para acrescentar/actualizar a queirosiana, que pode agora ser consultada (quase) por inteiro

Boletim bibliográfico 3/2025

O terceiro deste ano chama à mesa (de trabalho) Gil Vicente, Fernão Mendes Pinto, Cervantes, o abade de Jazente, o conterrâneo Pascoaes e os seus dois amigos García Lorca e Eugénio de Andrade (que não o chegou a conhecer mas traduziu-o), Leite de Vasconcelos, Almada Negreiros e Lima de Freitas, Magalhães Basto, Raul de Carvalho, etc. 

Já disponível para consulta

Shakespeare — Medida por Medida

Medida por Medida (Introdução, tradução e notas por M. Gomes da Torre)

Campo das Letras (Novembro de 2001). In-8º de 152, [I], [iii] págs. Enc. 

“O enredo de Medida por Medida foi algumas vezes usado por outros dramaturgos como base para adaptações expurgadas das partes mais escabrosas em situações e linguagem, assim se adaptando à mentalidade dominante dos períodos em que tais adaptações foram feitas. Em face de tudo isto, pode ser um tanto ou quanto surpreendente que no último meio século (...) tenha figurado entre as peças de Shakespeare mais frequentemente representadas” 

Volume publicado na colecção «Shakespeare para o século XX», com capa cartonada gravada a dourado. 

Exemplar novo.

12€

Shakespeare — Muito Barulho por Nada

Muito Barulho por Nada (Introdução, tradução e notas por Maria João Pires)

Campo das Letras (Novembro de 2001). In-8º de 151, [v], [II] págs. Enc.

No texto introdutório, a tradutora dizia esta a terceira edição da comédia publicada em Portugal, tendo-a precedido uma de Sophia (que traduziu o Hamlet, recorde-se) uma década antes e a de Henrique Braga e João Grave na década de 1920, para a Lello, na colecção shakesperiana que começou nessa altura – embora Maria João Pires, por lapso, referisse noutro passo que datou da segunda metade do século. “Nada nesta peça se afigura previsível: a vivavidade e a espontaneidade, com as quais os brilhantes jogos de palavras e de wit se revelam, mantêm sempre presente o compromisso entre a liberdade, a criatividade e o carácter formal das personagens e suas atitudes.  

Outro que tal (ver acima).

12€

Shakespeare — Como Queiram

Como Queiram (tradução e prefácio: Daniel Jonas)

húmus (Impressão: Papelmunde / Maio de 2014). In-8º de 121, [vi], [I] págs. Br.

"A tradução aqui publicada foi realizada para a criação apresentada no Teatro Carlos Alberto (Porto), entre 14 e 23 de Fevereiro de 2014", com encenação de Beatriz Batarda e interpretações de, entre outros, Bruno Nogueira, Leonor Salgueiro, Marco Martins, Nuno Lopes, Rui Mendes e Sara Carinhas.

12º título da «Colecção Teatro Nacional São João», no habitual figurino gráfico da série.  

8€

Georg Büchner — Woyzeck (tradução e prefácio: João Barrento)

húmus (Impressão: Papelmunde / Março de 2010). In-8º de 

Woyzeck é o mais (in)acabado exemplo de “drama aberto” da dramaturgia pós-moderna. Não se saberá nunca o que seria esta peça que não chegou a sê-lo, se Georg Büchner não tivesse morrido prematuramente [sic], de tifo, aos vinte e três anos, no exílio suíço. (...) Os fragmentos dos quatro manuscritos de que dispomos poderiam ter evoluído para uma tragicomédia absurda da qual saltasse a imagem ampliada da grande opacidade, impenetrável, da natureza humana (como na farsa trágica Leôncio e Lena). Ou também numa monumental sátira, escrita da perspectiva tomista-materialista, céptica e cínica, do médico e do pensador anti-idealista Georg Büchner. (...) Assim, fragmentária e redundante como nos chegou, é matéria movediça e fulgurante, como a dos sonhos”
Assim começava Barrento o seu longo prefácio, a que chamou “a majestade do absurdo”.

9€

Pirandello — Cecè / O Barrete de Guizos / O Homem com a Flor na Boca / Sonho (ou talvez não)

Cecè / O Barrete de Guizos / O Homem com a Flor na Boca / Sonho (ou talvez não) // tradução e prefácio: Simão do Vale Africano

húmus (Impressão: Papelmunde / Novembro de 2018). In-8º de 144, [ii], [II] págs. Br.

Como todas as desta série, a edição é graficamente cuidada, revestido o volume de sobrecapa ilustrada de papel.

10€

Maria Velho da Costa — Madame / versão de cena (2000)

húmus (Impressão: Papelmunde / Novembro de 2018). In-8º de 80 págs. Br. 

Publicada na colecção Teatro Nacional São João, que a co-edita, a edição contou com prefácios da própria Maria Velho da Costa (explicando como e porque reconfigurou a peça para esta encenação, após várias conversas com encenador e actrizes, alterando substancialmente a verão original publicada na Dom Quixote) e do encenador Ricardo Pais; e com um posfácio de Abel Barros Baptista, aproveitado do programa de sala à altura da encenação.
O texto cruza temas e personagens femininas (Maria Eduarda e Capitu, representadas por Eunice Muñoz e Eva Wilma, que pelos vistos pretendiam contracenar – funcionando esta peça quase como encomenda para esse efeito) dos romances Os Maias, de Eça, e Dom Casmurro, de Machado de Assis. 

8€   

Maria Teresa Horta: A Life of Writing, Writing Lives

Maria Teresa Horta: A Life of Writing, Writing Lives / Uma Vida de Escrita, Escrevendo Vidas // Edited by Ana Raquel Fernandes / Translations and notes by Patricia Odber de Baubeta and Margarida Vale de Gato

ULICES • CEAUL / húmus (Printing / Impressão: Papelmunde – V. N. Famalicão, Maio 2019). In-8º de 114, [ii] págs. Br.

A nota editorial na capa dizia este “um projecto singular, que justapõe poesia e ficção breve, no original e em tradução, de uma autora notável. (...) Cruzando as fronteiras da linguagem e do género literário, o presente volume oferece uma seleção [sic] de contos e poemas para dar a conhecer a obra multifacetada da autora nas línguas inglesa e portuguesa”. Há ainda dois textos de homenagem das tradutoras, uma para as prosas e outra para os versos, que naturalmente abordam também alguns dos tópicos das respectivas traduções.  

12€ [P.V.P.]

Maria Teresa Horta — Os Anjos

Litexa Portugal, 1983. In-8º de 120, [4] págs. Br.

Edição publicada na colecção poética «De Viva Voz» (dirigida por Artur Lucena).

Exemplar valorizado por autógrafo da autora, sem mais, na folha de rosto.
 
15€

Filomena Cabral — Os anjos andam nus

imagem do corpo, n.º 22 (Ulmeiro, Fevereiro de 1985). In-8º de 57, [ii], [V] págs. Br.

Exaustiva ou não, a lista apresentada de bibliografia da autora indicava este como o seu quinto título, depois de Sol Intermitente (1976), Poemas do Amor e da Morte (1977), Muxima (1979), todos estes de poemas, e Staccato (1981).

Bom exemplar. 

10€

Filomena Cabral — Iluminuras

átrio, 1987 (Impressão: Tipografia do Carvalhido, Porto). In-8º de 99, [i] págs. Br.

Este livro de poesia da portuense foi o segundo título publicado na colecção Harpa, e ilustra bem os  traços que alguém muito mais tarde apontaria quer à poética, quer à prosa (muitas vezes poética) desta escritora e jornalista: “uma inscrição do feminino no que de mais secreto e inapreensível ele 
possui, aqui cercado na sensualidade dos olhares, dos perfumes, das relações espectaculares. Escrita  de um erotismo algo místico”.

10€

Dalila Pereira da Costa — Duas Epopeias das Américas

Duas Epopeias das Américas: Moby Dick e Grande Sertão: Veredas (ou o problema do Mal)

1974 / Lello & Irmão – Editores, Porto. In-8º peq. de 147, [i] págs. Br.

Duplo ensaio: o primeiro, «A Baleia», constando dos capítulos «A Baleia Branca», «Os baleeiros», «As pradarias marinhas», «O capitão Ahab», «O filho do século» e «O prisioneiro e a muralha»; e o segundo, «O Andrógino», com «Da existência e essência do Demónio», «Os que se decidiram: milícias celestes e jagunços», «Os gerais: o campo da luta», «Riobaldo», «A procura da vereda estreita», «O homem ensimesmado e a perplexidade lúcida», «Para o vislumbrar de Deus», «A sobrecoisa e o instantâneo de realidade» e «O andrógino».

12€  

Dalila Pereira da Costa — Elegias da Terra-Mãe

Edições Nova Renascença (Composto e Impresso na Tipografia Camões, Póvoa de Varzim / Dezembro de 1983). In-4º de 44, [IV] págs. Br.

"Em louvor da Padroeira e Anjo de Portugal", é este um conjunto de composições naquele registo esotérico-lusitano que fez uma certa moda à época, bastando pensar em alguns escritos de Lima de Freitas e de vários outros adeptos desta «derivação» da impropriamente chamada «filosofia portuguesa».

Exemplar ainda em boa condição no miolo, mas prejudicado por ligeiro desgaste da capa e o que parece a marca de remoção de um ex-libris na folha preliminar.

8€

Agostinho da Silva — Considerações

(Composto e impresso nas Grandes Oficinas Gráficas «Minerva» de Gaspar Pinto de Sousa – V. N. de Famalicão, 1944). In-8º peq. de 110, [ii] págs. Br.

Volume publicado em edição de autor, a primitiva de um livro que, salvo erro, apenas viria a ser reeditado no final da década de 80 pela Assírio & Alvim, em conjunto com outros textos agostinianos.

Exemplar por estrear, conservando os cadernos por abrir.

15€

Artur Manso — Agostinho da Silva (1906-1994)

Agostinho da Silva (1906-1994) / 2.ª edição revista e aumentada

Biografias ――― estratégias criativas (Impresso em Setembro de 2025, na Totem printing company). In-8º de 128, [II] págs. Br.

“O presente ensaio, de carácter biográfico, estabelece os principais marcos da vida e da obra de Agostinho da Silva (1906-1994), contando, ainda, com uma antologia de textos, a transcrição de uma conversa inédita com Ilídio de Sousa e um conjunto de cartas fac-similadas” - a primeira edição saíra há 20 anos, em 2005, seguindo-se a outro trabalho biográfico acerca de Agostinho que o autor, transmontano de Izeda, publicara há 25, no ano 2000.  

11€ [P.V.P.]

A corrente idealístico-gnóstica do pensamento português contemporâneo: Antero, Pascoaes, Pessoa

estratégias criativas (Impresso em Agosto de 2010 na gráfica Rainho & Neves, Portugal). In-8º de 134, [i], [I] págs. Br.

“O presente estudo contém, ampliada, a comunicação feita pelo autor, ao Seminário sobre a problemática da Criação – “De Creatione”. Ciência, Filosofia e Teologia no século XX, em Portugal –, organizada pela Secção Portuguesa da Associação Europeia para a Teologia Católica, no Porto, em Maio de 2009”.

Exemplar com dedicatória de oferta manuscrita pelo autor (Ângelo Alves) “À «Crítica» - Revista de Filosofia”, datada de 6 de Novembro de 2010.

12€

Joaquim de Carvalho — Reflexões sobre Teixeira de Pascoaes

Edições do Tâmega, 1991. (Acabou de se imprimir em Novembro de 1991 nas oficinas da Gráfica do Norte – Amarante). In-8º de 47, [I] págs. Br.

Conforme António José Queirós dava conta na sua nota final à edição, este importante texto foi a versão mais desenvolvida do discurso de homenagem ao poeta em Amarante em 1951 – versão originalmente publicada noutra homenagem, já póstuma, da Academia de Ciências de Lisboa, e depois recuperada nos Arquivos do Centro Cultural Português da Gulbenkian (1975) e, last but not the least, como introdução à 2.ª edição de Os Poetas Lusíadas, pela Assírio & Alvim (1987), enriquecidíssima pelo confronto (ora conjuntivo, ora disjuntivo) que Cesariny estabelece com as notas deste a quem alguém chamou “o maior historiador da cultura portuguesa” no séc.XX – e que assegurara o estudo preliminar do Epistolário Ibérico (Pascoaes e Unamuno), cuja edição original saíra em Angola da mão do seu filho, Joaquim Montezuma de Carvalho.

10€

Pascoaes — Embryões

Embryões (...) / Ilustrações de Joana Antunes // (Transcrição de Nuno Ribeiro a partir do fac-simile da edição original, publicado pelo Município de Amarante em 2015)

(Officina Noctua, Agosto 2025). (Impressão: Papelmunde). In-8º peq. de 98, [ii] págs. Br.

Edição de 300 exemplares, 30 dos quais numerados à parte. 
O prefácio ficou a cargo do nosso colega e amigo Francisco Brito, livreiro antiquário da Cólofon, de Guimarães, um dos poucos (e salvo erro o mais recente) que terão posto à venda um exemplar da raríssima edição original deste livro que, dado a ler a Junqueiro, mereceu deste a resposta “dize a teu filho que se deixe de versos”, o que levou o dito filho do Sr. Conselheiro – Pascoaes – a queimar os que lhe restavam. [Mais tarde, ao ler o terceiro/quarto, o Sempre, o poeta de Os Simples manifestou o desejo de conhecer a mãe do jovem poeta, para a abençoar. As voltas que a vida – e a musa... – dá...]

13€ [P.V.P.]

o gosto é fugitivo, a sorte escassa: antologia de poesia do Abade de Jazente

o gosto é fugitivo, a sorte escassa: antologia de poesia do (...) / ilustrações de Vera Matias // Transcrição de Nuno Ribeiro, baseada no fac-simile da edição de Bernardo António Farropo intitulada Poesias de Paulino Cabral de Vasconcelos Abade de Jazente (Porto, Oficina de António Álvares Ribeiro, 1786-1787) – editado em 2009 pela Câmara Municipal de Amarante – cotejada com a edição de 1944 (edição de Mário Gonçalves Viana, Porto, Livraria Figueirinhas) e a de 1983 (edição de Miguel Tamen, Lisboa, Editorial Comunicação).

officina noctua (Novembro 2023). In-8º peq. de 170, [I], [i] págs. Br.

É bastante extenso – quase três dezenas de páginas – o prefácio de Fernando Pinto do Amaral a esta recolha, “cerca de 100 poemas, todos sonetos, salvo o texto final, alusivo ao terramoto de 1755 em Lisboa”; sublinhando, entre outras, a curiosidade de a edição em 2 volumes de 1786-1787 ter escoado 2 mil exemplares em menos de um ano. 

19€ [P.V.P.]

Abade de Jazente — Poesias (texto integral da 1ª edição)

Imprensa Nacional - Casa da Moeda (Esta edição foi composta e impressa por Sociedade Industrial Gráfica Telles da Silva, Lda. / Acabou de imprimir-se em Novembro de 1985). In-8º gr. de 561, [ii], [I] págs. Br.

“ 'Abade de Jazente’ é o nome da função que desempenhou durante a maior parte da sua vida (1719-1789) Paulino António Cabral, a quem um editor do Porto acrescentou em 1786 o apelido 'Vasconcelos’. Acidentalmente foi um dos maiores poetas menores portugueses do século XVIII”, lia-se no início da nota final na face inferior da capa, seguindo a toada de Miguel Tamen – que num monótono prefácio académico, estendendo-se por duas monótonas dezenas de páginas, arguía este poeta de monotonia... acusação algo injusta para um sonetista que, não tendo o génio de um Camões, um Bocage ou um Antero, tinha porém muito mais graça (pelo menos a que vem com letra pequena). Certeira, certeira era essa nota ao assim rematar: “poetas bem menores têm bibliografias bem maiores”...
A anterior integral datava de 1909, e depois desta, saída precisamente há 40 anos, nenhuma mais houve. Veremos se a antologia acima apresentada, pela conterrânea Officina Noctua, consegue alguma coisa quanto a isso, chamando a atenção para este injustamente esquecido senhor.

28€

Bocage — Opera Omnia (direcção de Hernâni Cidade)

Livraria Bertrand / Lisboa / MCMLXIX (a MCMLXXIII). 6 vols. in-8º. Br.

O primeiro volume recolhe os «Sonetos» (prefácio, preparação do texto e notas de Hernâni Cidade); o segundo «Odes – Canções – Epístolas – Idílios – Cantos e Cantatas (aparato de Herculano de Carvalho); o terceiro «Elegias – Epicédios – Poesias Várias – Fragmentos – Elogios Dramáticos – Dramas Alegóricos – Fragmentos Dramáticos – Traduções» (Herculano de Carvalho e Maria Helena Paiva); o quarto «Poesia Anacreôntica – Poesia sobre Mote – Poesia Epigramática – Apólogos ou Fábulas Morais – Vária» (António Salgado Júnior); o quinto «Dramas Traduzidos» (Helena Paiva) e «Poemas Traduzidos do Latim» (Álvaro Saraiva de Carvalho); e o sexto «Poemas Didácticos Traduzidos» (Helena Cidade Moura).

50€

Obras Poeticas de Bocage

Porto: Imprensa Portugueza – Editora, 1875 (e 1876). 8 vols. in- enc. em 5.

As Obras Poeticas não cobrem rigorosamente todo o espectro desta edição na «Bibliotheca da Actualidade», nem sequer o dos 7 volumes assim designados: «Sonetos», «Canções, Elegias, Idylios, Cantatas, Epistolas e Satyras», «Redondilhas (Anacreonticas), Cançonetas, Glosas, Fabulas, Epigrammas», «Elogios dramaticos, Dramas allegoricos, Fragmentos», «Versões lyricas, Episodios Traduzidos, Fastos», «Poemas didacticos traduzidos» e «Dramas traduzidos». O oitavo e último volume é o estudo independente Bocage: sua vida e epoca litteraria, por Theophilo Braga.

Encadernação em cinco tomos, com lombada em pele gravada a ouro e as pastas revestidas de papel em efeito mosqueado; só o último volume, de Teófilo Braga, conserva a capa original (imagem da esquerda, acima).

125€

Satyras de Francisco de Saa de Miranda.

Satyras de Francisco de Saa de Miranda. Impressas no Porto por Ioão Rodriguez. Com as licenças necessarias. Anno 1626.

(Esta edição comemorativa do quarto centenário da morte de Sá de Miranda,  acabou de se imprimir em Março de mil novecentos e cinquenta e oito, e dela se fizeram: quarenta e três exemplares em papel Whatman numerados de um a quarenta e três, e rubricados pelo editor, apenas entrando no mercado os números um a vinte; Trinta exemplares em papel inglês Goat-skin, imitação pergaminho numerados de quarenta e quatro a setenta e três, rubricados pelo editor; Quatrocentos exemplares em papel Ingres francês numerados de setenta e quatro a quatrocentos e setenta e três, rubricados pelo editor, dos quais os últimos cem ficam fora do mercado.) 
In-8º peq. de [X], 140 [aliás, 240], [II] págs. Enc.

O exemplar aqui apresentado tem o nº 171, pertencendo portanto à série mais «comum»,
mesmo assim impressa num belíssimo papel Ingres. 
Revestido de bonita cartonagem editorial, o volume, carminado à cabeça, foi ainda coberto de estojo para protecção, numa das edições d’«O Mundo do Livro», que é como quem diz do seu livreiro: outro João Rodrigues, mas Pires e lisboeta. 
E acompanha a edição em fac-simile, dentro do mesmo estojo, o livrinho impresso à parte (também na casa Minerva do Comércio) 

Francisco de Sá de Miranda (elementos iconográficos), por Ernesto Soares
O Mundo do Livro / Lisboa, 1958. In-8º peq. de 19, [I] págs. Br.

Um pequeno estudo de algumas páginas acompanhado da reprodução de vários retratos atribuídos ao poeta e impressos em folhas couché destacadas. 

40€ 

A Egipciaca Santa Maria: poema de Francisco de Sá e Miranda

A Egipciaca Santa Maria: poema de Francisco de Sá e Miranda / pela primeira vez publicado por Theophilo Braga

Porto: Livraria Chardron, de Lelo & Irmão, editores. 1913. In-8º de XIII, [I], 228, [2] págs. Br.

Crê-se esta a primeira edição do poema atribuído a Sá de Miranda, preparada por Teófilo a partir de uma cópia do suposto manuscrito original, que pertencia a Pereira Merello, bibliómano coleccionador lisboeta cuja biblioteca (constituída durante décadas sem qualquer freio nos gastos, segundo constava) fôra posta a leilão com um catálogo revisto e prefaciado, justamente, pelo escritor – o qual na nota preliminar dá conta de todo o processo e das quezílias que a intransigência do coleccionador provocaria com Inocêncio e Carolina Michaelis, entre outros curiosos assuntos bibliográficos. O volume recolhe ainda, no final, cinco sonetos (também tidos como inéditos) em castelhano e ainda a «Vida de Maria Egipcia», a «Legenda de Santa Maria Egipciaca» e «Morte da Egipcia penitente» (o texto de um manuscrito do séc.XIV, um capítulo da «Legenda Aurea» de Voragine e um canto do livro de Leonel da Costa, respectivamente).

Exemplar por estrear, com as folhas ainda por abrir. 

20€

Thomas de Quincey — La Rivolta dei Tartari

G. C. Sansoni Editore, Firenze. (Finito di stampare nelle Officine Grafiche Fratelli Stianti / Maggio 1943 – XXI). In-12º de 97, [II], [i] págs. Br. 

Pequeno volume publicado na colecção «La Meridiana», com uma extensa nota final que se presume do tradutor - segundo o catálogo de uma livraria italiana, Nicola de Feo.
Salvo erro, não há edição portuguesa deste que é porém um dos títulos mais conhecidos do escritor inglês.

15€

Thomas de Quincey — O Camponês de Portugal

O Camponês de Portugal: Um conto das Invasões Francesas // bilingue // Tradução de Ricardo Tinoco

estratégias criativas (junho de 2020). In-8º peq. de 53, [ii], [III] págs. Br.

O escritor inglês estava quase «predestinado» a escrever acerca deste tema, uma vez que o pai serviu no exército britânico precisamente durante as guerras peninsulares e, como o seu nome indica, teria alguma mais ou menos remota ascendência francesa. Publicado de origem num periódico londrino em 1823, o conto seria «redescoberto» apenas na década de 1980.
Edição graficamente cuidada, com uma ilustração da Oficina Gato Bravo.

Vários exemplares disponíveis. 

9€ [P.V.P.]

Cervantes e Portugal: História, Arte e Literatura

Cervantes e Portugal: História, Arte e Literatura / Cervantes y Portugal: Historia, Arte y Literatura // Organização: Aurelio Vargas Díaz-Toledo, José Manuel Lucía Megías

estratégias criativas (impresso em Março de 2018, na gráfica Diário do Minho). In-8º gr. de 254, [iii], [I] págs. Cart.

Pontuado por ilustrações cervantinas da artista plástica Irene Sanz Montero, e cartonado com idêntica sobrecapa de papel reproduzindo um painel de azulejos figurativo de caravelas portuguesas, o volume reúne as comunicações apresentadas ao congresso homónimo que teve lugar na nossa Biblioteca Nacional, onde compareceram “algunos de los más destacados cervantistas ibéricos” – a maioria dos quais, naturalmente, do país vizinho.
Foram algumas dessas comunicações: «Cervantes e Portugal – Breve Nota...» (Guilherme de Oliveira Martins), «Miguel de Cervantes y la corte de la monarquía hispana tras la anexión de Portugal» (Eduardo Torres Corominas), «Los amigos portugueses de Cervantes en el cautiverio argelino: Francisco Aguiar y los hermanos Sousa Coutinho» (Teijeiro Fuentes), «El entorno portugués de Cervantes» (Díaz-Toledo), «Nombres cervantinos en algunas novelas cortas portuguesas del XVII» (Isabel Colón Calderón), «La recepción más desconocida de Cervantes en Portugal en el siglo XX» (Alexia Dotras Bravo).   
   
Exemplares novos.

25€ [P.V.P.]

Sebastián Juan Arbó — Cervantes (Tradução de Manuel de Seabra)

Editorial Aster, Lisboa. (Acabou de se imprimir a 16 de Setembro de 1963 nas oficinas da Gráfica Saraiva, Lda. - Lisboa). In-8º de 356, [IV] págs. Br.

“Uma biografia de Cervantes, mesmo para o público mais culto, é necessàriamente uma surpresa (…) Sebastián Arbó deu a esse nome uma figura humana. O seu Cervantes vem cheio dos sonhos e grandezas dum fidalgo espanhol do séc.XVI. Mas traz também, bem vivas, a dor da escravidão, a amargura das desilusões, a funda melancolia do herói reduzido à condição de burocrata. (…) O A. trata frequentemente assuntos portugueses. Trata-os com grande delicadeza, mas não se pode estranhar que tenha, de alguns problemas e casos nossos, uma visão espanhola” 

15€

Jean Babelon — Cervantes (Traducido del francés por Luis Echávarri)

Losada / Anaya & Mario Muchnik (Barcelona el 15 de abril de 1994). In-8º de 235, [XXV], [ii] págs. Br.

“Jean Babelon – prestigioso y celebérrimo hispanista francés – ha compuesto un libro exacto y completo, lleno de encanto y equilibrio. A lo largo de sus páginas desfilan los hechos verdaderamente comprobados del creador de la novela europea, y los episodios históricos de la vida española en los siglos XVI y XVII relacionados con ella. Además, se nos da una caracterización expositiva crítica no sólo del Quijote sino de las principales obras cervantinas". No final do volume, há ainda um «Historama de Cervantes», quadro dos principais acontecimentos contemporâneos da biografia do escritor não só em Espanha e na Península como no resto da Europa e, incidentalmente, possessões ultramarinas. 

10€  

Cervantes — O Velho Ciumento

Publicações Dom Quixote / Setembro de 1965. (Este livro foi composto e impresso na Sociedade Industrial Gráfica, Lisboa, para Publicações Dom Quixote, Rua da Misericórdia, 117, 2.º, em Junho de 1965). (Versão livre de Tomás Ribas / Capa de Homero Amaro). In-8º esguio de 38, [2] págs. Br.

Esta edição de estreia da editora lisboeta da sueca Snu Abecasis, cervantina como não poderia deixar de ser, aproveitava a “versão livre” de Tomás Ribas para a encenação que apresentou em Arganil, na famosa Casa da Comarca, em Junho de 1951 – exactos 14 anos antes da impressão deste pequeno volume exactos 60 antes de o assinalar neste verbete.
No final da peça aparecia a seguinte nota de apresentação: "Se chegou até aqui, é porque tem o hábito de ler os bons livros de ponta a ponta. E ainda bem, porque «Publicações Dom Quixote» - que ao iniciar a sua carreira lhe oferece esta pequena obra de Cervantes - vai publicar muitas obras exemplares, daquelas que vale a pena ler da primeira à última linha. / Essas obras, contudo, não serão já para oferecer; esperamos que no-las comprem, pois se é verdade - como disse Thomas Fuller por volta de 1630 - que «o saber mais tem progredido através dos livros que mais prejuízo têm dado aos editores», não será menos verdade que só poderemos vir a prestar ao saber e à cultura portuguesa aqueles serviços que de nós se hão-de esperar se os nossos prejuízos  não forem grandes de mais". 

12€  

Cervantes — Novelas Exemplares (Traduzidas por Aquilino Ribeiro)

Livraria Bertrand. Lisboa. (1967). In-8º gr. de 505, [7] págs. Br.

Segunda edição destas versões de Aquilino, anunciada pelo próprio como a primeira integral que por cá se fez. No seu extenso prefácio, em que tecia uma breve análise literária de cada uma das novelas e, en passant, de Cervantes e de toda a literatura espanhola, dizia delas o escritor “tantas vezes pitorescas, de leitura empolgante, estão cravejadas de lindas imagens, que brilham aqui e além como anémonas à flor das águas mortas dum lago”; mas ressalvando que “Sem o Quixote, todavia, ficariam amortecidas na sombra, nunca ultrapassando a segunda zona literária, onde chega já tamisado o sol da glória”.

Exemplar por estrear, com as folhas ainda por abrir. Um quanto manchado de acidez e apresentando já ligeira folga da capa, que no entanto conserva a tarja editorial sobreposta. 

17€

Diderot — Pensamentos sobre a Interpretação da Natureza

Pensamentos sobre a Interpretação da Natureza & Pierre Louis Moreau de Maupertuis – Ensaio sobre a Formação dos Corpos Organizados / Tradução, Introdução e Notas de Luís Manuel A. V. Bernardo

húmus (Impressão: Papelmunde / 1.ª edição: Setembro de 2012). In-8º gr. de 169, [v], [II] págs. Br.

Espraiando-se por quatro longas dezenas de páginas, a introdução, que contou com a transcrição preliminar de um texto de Colas Duflo, terminava com uma nota a esta primeira edição portuguesa e uma bem mais sucinta recensão bibliográfica.

Exemplar novo.

12€  

Diderot — A Religiosa (Tradução de João Gaspar Simões)

Editora Arcádia (Novembro de 1971). In-8º de 219, [1], [IV] págs. Br.

Na nota de apresentação, explicava-se que a actividade romancista de Diderot só viria "a ser conhecida pòstumamente mas contribuiu também, e muito, para a sua glória literária já que se revelou duma actualidade sempre renovada. É o caso de A Religiosa, sátira plena de acção dos costumes conventuais no século XVIII, onde sob roupagens subtilmente maliciosas são copiadas do vivo figuras de freiras e de confessores; este romance - escrito em 1760 mas só descoberto e publicado em 1796 - revela-se, na verdade, possuidor de um estilo vigoroso, próprio só de um espírito que tudo apaixona e nada detém". Capa de Manuel Dias.

10€

Diderot — Ecrits philosophiques (Présentation et notes de Hervé Falcou)

Jean-Jacques Pauvert (Achevé d’imprimer le 15 Avril 1964 sur les Presses de l’Imprimerie Bosch à Utrecht). In-8º esguio de 322, [X], [iv] págs. Br.

Uma das sempre apreciadas edições de Pauvert, numa colecção de que dispomos de mais alguns volumes, recolhendo este «Lettre sur les aveugles à l’usage de ceux qui voient» (com sequência), «Lettre sur les sourds et muets à l’usage de ceux qui entendent et qui parlent», «Entretien entre d’Alembert et Diderot», «Rêve de d’Alembert», «Suite...», «Supplément au voyage de Bougainville», «Entretien d’un philosophe avec la Maréchale de XXX».

Exemplar com pequenos defeitos.

Diderot — Oeuvres Romanesques

Oeuvres Romanesques (texte établi avec une présentation et des notes par Henri Bénac, ancien élève de l’École Normale Superieure, agrégé des Lettres)

Paris: Éditions Garnier Frères. (Achevé d’imprimer sur les presses des Imprimeries Paul Dupont a Paris le 19 Octobre 1951.) In-8º de XVII, [I], 906, [VI] págs. Br.

A recolha integra o acima apresentado «Les bijoux indiscrets», «La Religieuse», «Le Neveu de Rameau», «Jacques le Fataliste», «Les deux amis de Bourbonne», «Ceci n’est pas un conte» e «Sur l’inconséquence du jugement public de nos actions particulières»; alguns deles, salvo erro, ainda inéditos em Portugal até hoje.

18€

Diderot — Les Bijoux Indiscrets (Roman)

Paris: Librairie Anti-Cléricale (26 et 35, rue des Ecoles, 26 et 35). (Typ. Collombon et Brûlé). In-8º de 285, [I] págs. Br.

A anteportada anunciava alguns dos títulos à venda pela casa, sempre sublinhando a veia anti-clerical que lhe deu (curioso, daquelas coisas só possíveis na «sagrada» e «abençoada» França) nome; recomendando um “aos pais de família republicanos que têm a fraqueza de deixar a mulher ir à missa e a filha à catequese”, dedicando outro à juventude “de modo a inculcar-lhe o desprezo da superstição e a aversão ao clero”, etc.
Les Bijoux Indiscrets  foi o primeiro romance de Diderot, “publicado anonimamente em 1748. É uma alegoria que retrata Luís XV da França como Mangogul, sultão do Congo, dono de um anel mágico que faz falar as vaginas das mulheres”; existe uma tradução portuguesa na recentemente extinta Europa-América.
Parece ser invulgar esta edição mesmo em França, não estando anunciado nenhum exemplar à venda no momento da redacção destas linhas.

Exemplar bastante razoável, apesar de natural desgaste exterior.

18€

Voltaire — Contos e Novelas

Contos e Novelas (Plano da edição e introdução biográfica de Roger Bastide / Prefácios de Sérgio Milliet / Tradução de Mário Quintana / Com 18 ilustrações fora do texto // 1.ª edição, 2.ª impressão

Editôra Globo, Rio de Janeiro - Pôrto Alegre - São Paulo. (1960). In-8º gr. de LXXI, [i], 642, [i], [I] págs. Br.

Parece lapso a indicação no frontispício de prefácios (no plural e tudo...) de Milliet, que apenas terá é traduzido o primeiro, o longo (meia centena de páginas) e importante e interessantíssimo de Bastide; ao qual ainda se segue o não indicado «Voltaire e o Novo Mundo», de Gilbert Chinard, este já traduzido por Quintana - outra mais-valia, principal, desta edição. 
Foram recolhidos «Zadig ou o Destino», «Micrômegas», «Cândido ou o Optimismo», «O Ingênuo», «A Princesa de Babilónia», etc.; apresentando-se ainda um conjunto de pequenos textos curtos até hoje praticamente desconhecidos do público português, como sejam «Aventura da Memória», «Sonho de Platão», «Carta de um Turco», «Aventura Indiana», «Elogio Histórico da Razão».  

30€

Voltaire — Romances e contos completos

Editora Arcádia (composto (...) e impresso em offset nas Oficinas da Altagráfica (...) no mês de Fevereiro de 1977). 2 vols. in-8º de 672, [XII] págs. nums. em conjunto. Br.

Não sendo rigorosamente «completos», estão  recolhidos, por exemplo, livros e pequenos textos como Zadig, ou o destino, Memnon ou a sabedoria humana, O branco e o negro, Cândido, ou o optimismo, O Ingénuo, Pot-Pourri, etc.; com traduções de, entre outros, João Gaspar Simões, João Paulo Monteiro e Fernandes Costa.

Ligeiro desgaste exterior de ambos os volumes.

24€ 

Voltaire — O Cão e o Cavalo

O Cão e o Cavalo (tradução de Gabriel Bonito) / [na capa:] ilustrado por Keleck 

Contexto & Imagem (Acabado de imprimir em Abril de 1983 por Gris, Impressores). In-8º  de [20] págs. inums. Cart.

Edição portuguesa baseada na que a Gallimard publicara em 1979, autonomizando para o público infanto-juvenil um capítulo  do «Zadig».

8€

La Fontaine — Fables (illustrations de Perot)

Éditions Nicolas / Paris. Niort. 3 vols. in-12º de 93, [I]; 91, [iii]; e 93, [I] págs. Br.

Graciosa edição em pequeno formato, impressa a duas cores sobre bom papel encorpado Marais e ornada de ilustrações miniatura.

25€

La Fontaine — Fables Choisies

Fables Choisies de La Fontaine / édition a l'usage des classes supérieures / annotés Par Fréd. Godefroy (Auteur de l'Histoite de la littérature française et du Lexique comparé de la langue de Corneille) / ouvrages couronnés par l'Académie Française

Paris: Gaume et Cie, Editeurs. [S/d]. In-8º de 428 págs. Cart.

Dizia o autor no início do seu prefácio pretender com este seu trabalho oferecer ao público duas coisas que não encontrara ainda publicadas em lado algum:
- "Offrir un texte si sévèrement expurgé qu'il satisfasse les plus scrupuleux";
- "Présenter des études biographiques et littéraires, et un commentaire continu, qui puissent rivaliser avantageusement avec les plus excellents travaux en ce genre, en leur empruntant ce qu'ils ont de meilleur, et en les complètant à bien des égards", com notas acerca dos variados aspectos "de grammaire, de lexicographie, d'étymologie, de style, de gôut, d'histoire, de mythologie, de géographie, de morale, qui se rencontrent dans cet auteur si varié".

Exemplar artesanalmente cartonado, parecendo aproveitar ambas as faces da capa primitiva.

15€

Considérations sur les Dernières Révolutions de l’Europe

Considérations sur les Dernières Révolutions de l’Europe. Par le Marquis de Salvo

A Paris, chez J. P. Aillaud, Libraire, Quai Voltaire, nºII. – 1828. In-8º de [II], [ii], 152, [I], [i] págs. Enc.

Depois de logo a abrir desmerecer q.b. da ideia de revolução, feita por homens que “n’ayant calculé que d’après leurs principes et leur espérances, s’étonnent de voir leurs plans déjoués, sans pouvoir comprendre comment la réalité a pu démentir leurs calculs”; e retomando o velho (na altura, quase novo) argumento kantiano de que não se pode dar aos povos uma Liberdade para a qual não estão preparados (nunca estariam, é coisa que só se treina com o uso…); dizia o autor: “Chaque année de cette période qui vit finir le dernier siècle, et commencer le siècle actuel, forme une époque très intéressante. (…) Des observations judicieuses et une étude réfléchie de cette période si extraordinaire, nous mettront à même de décider par l’évidence des résultats, si les peuples devaient agir comme ils l’ont fait en Espagne, à Naples, en Piémont, en Portugal, ou si la marche à suivre devait être entièrement différente, puisque celle qu’ils ont adoptée n’avait servi qu’à les humilier et à les combler de maux”.

Pela parte que nos toca, o assustado aristocrata precipitou-se: decorria então 1828, o infante Miguel acabara de dar o golpe, e deu de barato o respectivo sucesso.
Dois capítulos mais longos dedicados à Nápoles natal do marquês e à nossa vizinha Espanha, outros dois mais curtos dedicados ao Piemonte e a Portugal.
Editado pelo depois «nosso» Aillaud, o livro deve ser raro, pois no momento destas linhas não está anunciado em lado algum.

Exemplar encadernado à época, em carneira, com gravações a ouro na lombada.  

200€