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Nos 100 anos do «Manifeste du Surréalisme»

Comemora-se hoje precisamente um século sobre a publicação do primeiro Manifesto do Surrealismo, de 
André Breton, saído dos prelos em Paris a 15 de Outubro de 1924. "Para sempre" é muito tempo, mas o mínimo que se pode dizer é que mudou a História da Literatura («malgré lui») pelo menos para mais outro século... Desde o Romantismo progenitor, e até hoje, não apareceu nada que se lhe possa sequer equiparar. Além disso, que é objectivo (mas não acaso), mudou também a relação de muitos de nós com a leitura e a literatura, com a arte, e até com a vida, o que não parece pouco. De resto, e sem especular demasiado, serão bastantes os livreiros que, se o surrealismo não tivesse existido, provavelmente não o seriam (livreiros) - e por conseguinte muitas livrarias, em Portugal e no estrangeiro, nunca teriam chegado a abrir portas. "O ser que desejas, existe": interpretando por extenso, assim nasceram editoras, assim nasceram livrarias. 

José Saramago — Discursos de Estocolmo

Fundação José Saramago [S/d - 2018?]. In-8º de 23, [I] págs. Br.

Edição comemorativa do 20º «aniversário» do único Prémio Nobel português, para o qual tinha já Pascoaes estado na short list nos anos 40 e outros nomes depois mais ou menos aventados: Aquilino, Ferreira de Castro e Torga, pelo menos. Reproduz o longo discurso pronunciado na Academia Sueca a 7 de Dezembro de 98 («De como a personagem foi mestre e o autor seu aprendiz») e o mais breve no banquete do Nobel, a 10; finalizando com uma pequena resenha biográfica de Saramago. 


Vários exemplares disponíveis; e também na edição anterior em português, inglês e castelhano, com capa diversa.

5€ (P.V.P.)

Manuel António Pina — Dito em Voz Alta (Organização de Sousa Dias)

Pé de Página Editores (Abril de 2007). In-8º de 127, [I] págs. Br.

"Estas entrevistas têm também esse atributo: são coisas raras que nos despertam a curiosidade por nos darem a conhecer o lado de dentro de um poeta nas suas relações com o que escreve, com o que lê, com a cidade onde vive, com os gatos com que partilha a existência, com a infância, o amor, a memória, a morte, enfim, com os grandes temas que atravessam a sua obra e, claro, com a própria vida, aquilo que motiva as interrogações de que é feita a sua poesia" [Do prefácio de Inês Fonseca Santos] 
Conjunto de entrevistas por A.A.Lindeza Diogo e Osvaldo Manuel Silvestre (talvez a mais interessante), Carlos Vaz Marques, Ana Marques Gastão, Sarah Adamopoulos, etc.
Edição original, há uns anos reeditada noutra(s) casa(s). 

Exemplares por estrear, em fundo de edição.

10€

Cartas de Eugénio de Andrade a Jorge de Sena / António Oliveira (org.)

(Letras & Coisas / Livros Arte Design). (Impressão e Acabamento: Rainho & Neves / 25 de Abril de 2015). In-8º gr. de 67, [1] págs. Br.

As cartas aqui reproduzidas haviam sido devolvidas a Eugénio por Mécia de Sena (irmã de Óscar Lopes) após a morte do marido, tendo-lhe o poeta de As Mãos e os Frutos remetido igualmente as do seu correspondente. Vale citar desde logo a primeira, de 30 de Maio de 1955, ano e meio após a morte do propriamente Eu-Génio que adoptou o pseudónimo Pascoaes: "Diga-me quando puder qualquer coisa sobre a antologia do Pascoaes. Não voltou a pegar-lhe? Era bonito aparecermos com isso no próximo inverno. Quando passar pelo Porto previna-me". A segunda, de Novembro do mesmo ano, falava de um amigo não menos genial de Pascoaes - Federico García Lorca.

10€

Eugénio de Andrade — inéditos ou quase

inéditos ou quase (Poemas inéditos, dedicatórias e variantes poéticas de Eugénio de Andrade) // Prefácio: Arnaldo Saraiva   Organização e texto: António Oliveira

(imagem e layout: Aurélio Mesquita  1.ª edição: Agosto de 2024  impressão: Greca artes gráficas). In-4º gr. de 167, [i] págs. Br.

Do prefácio de Saraiva: “Eu sabia da existência na Fundação e fora dela de alguns textos eugenianos inéditos (poucos), de variantes inéditas de textos editados (muitas) e de textos inacabados ou imperfeitos (alguns); sabia, até por exemplos como ainda o de Pessoa, que mais tarde ou mais cedo seria inevitável a sua publicação e poderíamos ter de nos confrontar com o delicado problema da inclusão ou exclusão da sua obra canónica. (...) António Oliveira refere oportunamente vários casos em que a vontade expressa de um autor foi desrespeitada por amigos ou editores, e que isso contribuiu afinal para a sua maior glória, ou redundou em benefício para os leitores. Não admira que se tenha empenhado tanto na publicação de “inéditos ou quase” (...), como os que já distribuíra por obras como Cartas de Eugénio de Andrade a Jorge de Sena, Correspondência de Eugénio de Andrade a Dario Gonçalves, e Fotobiografia de Eugénio de Andrade” (temos todos na livraria).  
A edição é do próprio António Oliveira, investigador eugeniano a quem Dario Gonçalves doou o seu espólio, no qual este trabalho quase exclusivamente se baseia.   

27€ 

Boletim bibliográfico 3/2024

Composto quase todo em Julho, o boletim de Verão tem em destaque a França e a literatura francesa, mas também algumas novidades editoriais independentes, algumas raras antiguidades francesas e portuguesas, etc.

A consultar no sítio do costume:

De volta, com livros

Depois de um mês em terras castelhanas, onde teve a cargo o Pavilhão de Portugal na Feira do Livro de Madrid representando a Rede de Livrarias Independentes, a vossa livraria está de regresso - e os vossos livros podem voltar a ser consultados no Porto ou encomendados online, quer aqui, nesta página principal, quer na plataforma.

Vieram connosco os livros de algumas das melhores editoras independentes espanholas, que passam assim a ter casa portuguesa a representá-las: esta vossa, à vossa espera.

Galiza e Feminismo en Emilia Pardo Bazán

Editora Alvarellos (xuño, 2021). In-8º de 151, [I], [ii] págs. Br.

“Emilia Pardo Bazán (A Coruña, 1851-Madrid, 1921) é o exemplo mais acabado de escritora profisional da literatura española do XIX. Voraz leitora desde nena, a comezar pola biblioteca familiar, publica desde moi cedo em prensa galega e, xa na década de setenta, as súas primeiras novelas. Desde este arranque e até a fin dos seus días escrebeu e publicou incansabelmente”.

17€


Galicia–América: cantos de emigración e exilio (1875-1951)

Galicia–América: cantos de emigración e exilio (1875-1951) // Edición a cargo de: Montserrat Capelán / Carlos Villanueva

editorial alvarellos (2022). In-8º de 418 págs. Br.  

O volume “reúne los trabajos de catorce especialistas que, en 2017, se reunieron en Santiago de Compostela para reflexionar y debatir sobre un tema estrella del Grupo Organistrum: «O espello de Galicia en América: ideoloxía, emigración e exilio (1875-1951)», fechas que enmarcan desde el gran movimiento migratorio galego a América Latina hasta la aparición de la Generación del 51, límite que refleja las consecuencias de la represión franquista.”
Por exemplo (3 primeiros): «Algunhas notas sobre música, sociabilidade e inmigración galega na Argentina (1880-1960)»; «A emigración no discurso galeguista, 1840-1936»; «Voces de la memoria: emigración y exilio em la literatura gallega». A maioria dos quais reportando-se à forte presença galega na Argentina; e uma boa parte deles sobre música – o que de imediato convoca o início do fabuloso poema «Cantiga do neno da tenda», de Federico García Lorca, nos seus Seis Poemas Galegos de que há edição nesta mesma editora.

22€

25 de Abril, 50 anos, 100 livros: Catálogo

Nos 50 anos do 1.º de Maio de 1974, eis enfim o catálogo de livros seleccionados entre os muitos que sobre o tema esta casa tem sempre em acervo, dedicado aos 50 do 25 de Abril.
Seguiu-se o critério já mais ou menos fixado na bibliografia alusiva - antecedentes, período revolucionário propriamente dito e consequentes, neste caso ainda para lá do habitual limite da nossa abençoada Constituição de 76.
Cem peças à vossa escolha, entre literatura e poesia, trabalhos documentais, ensaios históricos, recriações mais ou menos «livres», etc.
Várias pertenceram à biblioteca do escritor Urbano Tavares Rodrigues, ele mesmo resistente à ditadura, e algumas têm dedicatórias dos respectivos autores mencionando o facto.
De resto, Henrique Galvão, Humberto Delgado, Álvaro Cunhal, Francisco Salgado Zenha, Mário Soares, Manuel Alegre, Francisco Sá-Carneiro, etc. etc.

Na capa, uma das variantes em forma de cartaz pintadas por Maria Helena Vieira da Silva sob o mote «A Poesia está na Rua», verso que faz hoje 50 anos a compagnonne-de-route Sophia dedicava numa composição aos militantes do Partido Socialista.

Pode e deve ser desde já consultado

Claudio Rodríguez Fer — Lugo Blues (Ilustrado por Sara Lamas)

editorial alvarellos (decembro de 2023). In-8º de 83, [I], [ii] págs. Br.

“Cando em 1987 apareceu a primeira edición de Lugo Blues axiña se converteu nun libro de culto, e os seus versos -que percorren a memoria persoal do autor mais tamén interpelan a nosa memoria colectiva- ían pasando de man en man descifrando o espírito desta cidade amurallada. Agora, tantos anos despois, era tempo de regresar a esta gran creación de Claudio Rodríguez Fer; que aquí revisa e amplía con numerosos poemas, e que incorpora ademais o suxestivo traballo artístico de Sara Lamas”.

16€

Ernesto Guerra da Cal — Antologia Poética (Edição de Paulo Fernandes Mirás)

Através editora (2021). In-8º de 238, [vi] págs. Br.

Não sendo exaustivo, o volume recolhe grande parte das composições dos principais títulos poéticos publicados por este republicano galego-português-exilado norte-americano no tempo das ditaduras ibéricas, prova provada de que na mesma cidade – Ferrol – podem nascer criaturas do melhor e do pior: Lua de Além-Mar (1959), Rio de Sonho e Tempo (1963), Futuro Imemorial (1985), Deus, Tempo, Morte e Outras Bagatelas (1987) e Caracol ao Pôr-do-Sol (1991). Há várias delas dedicadas à genial padroeira galega Rosalía, mas pelo menos nesta antologia nenhuma ao amigo Lorca, ele próprio cantor-a-meias da grande poeta do Padrón, única cujo génio se lhe compara no séc.XIX das letras hispânicas (portuguesas incluídas) – um dos seis magníficos poemas galegos compostos a par pelos dois amigos, e quem disso tivesse dúvidas basta pegar neste livro para as perder; a toada herdada das cantigas luso-galaicas medievais não engana. Esse prolongado silêncio de Guerra da Cal em relação ao mais brilhante dos seus muitos amigos de letras, e a essa «parceria» de 1935, um ano antes da morte do maior poeta de Espanha, é aliás algo que nunca foi muito bem compreendido, e provavelmente nunca será. 

14€

Federico García Lorca — Seis poemas galegos

Seis poemas galegos de (...) / Prólogo de E. B. A.

Biblioteca Similar Compostelana // Ara Solis     Consorcio de Santiago. (O facsimile de Seis poemas galegos, de Federico García Lorca, rematouse de imprentar no Nadal de 1995, LX aniversario da edición príncipe e C do nacemento de Ánxel Casal, fundador da Editorial Nós). In-8º de págs. inums. Cart.

O volume teve tiragem de 1500 exemplares, 100 dos quais numerados e fora de mercado – pertencendo este à série comum posta à venda.
Cartonagem editorial com idêntica, mas a duas cores, sobrecapa de papel.

15€

Federico García Lorca — Seis poemas galegos

Editorial “Nós” – Compostela. [Aliás, Alvarellos Editora]. [“Esta edición facsimilar e ilustrada dos Seis poemas galegos de Federico Garcia Lorca reimprimiuse no mês de febreiro de 2024”]. In-8º q/quadrado de [30] ff. inums. Br.

Quarta tiragem desta edição em fac-simile originalmente publicada em 2018, com outras intermédias em 2019 e 2021 – vencedora do «Premio ao libro mellor editado» na Gala do Libro Galego de 2019. Ao fac-simile do livro de apenas seis poemas de que tanto porém haveria a dizer, e que um dia diremos numa nossa edição portuguesa, o editor Henrique [Quique] Alvarellos, fervoroso lorquiano, acrescenta uma recolha fotográfica de Federico na Galiza, que comenta – depois de ter procurado e descoberto as imagens em arquivos vários. O mesmo Quique afiança, como já nos afiançou em pessoa, serem estes os poemas galegos mais editados e reeditados (e traduzidos) em todo o séc.XX, mais do que os da própria Rosalia de Castro – que Lorca tanto apreciava, e a quem precisamente dedica uma destas maravilhosas composições. Maravilhosas e um nadinha lusas: foi o galego-luso Ernesto Guerra da Cal, natural da mesma Ferrol do caudilho Franco que lhe provocaria o exílio, quem verteu para galego tradicional os poemas que o amigo andaluz lhe ia ditando. É uma longa e misteriosa história… E “amigo”, incluindo o sentido medieval do termo, é vocábulo que vem muitíssimo a propósito, porque estas são cantigas de amigo «2.0».

Falando em Franco: o editor da edição original na Nós, Anxél Casal, seria assassinado no mesmíssimo dia de Lorca,pelas mesmíssimas (na Galiza como na Andaluzia, em Santiago como em Granada) matilhas fascistas.

15€



Henrique Alvarellos — Federico García Lorca en Santiago de Compostela

editora alvarellos (2020). In-8º de 201, [5] págs. Br.

Precioso trabalho de investigação de Quique Alvarellos, o simpatiquíssimo filho homónimo do fundador e actual responsável por esta casa galega fundada em Maio de 1977; se interessa aos assuntos galegos e à bibliografia lorquiana, interessa duplamente os interessados em ambas as coisas, como é o nosso caso. O filólogo, escritor e editor lucense fixado em Santiago dá detalhada conta das várias estadias do poeta na cidade e respectivas incidências: a primeira na juventude, durante a grande visita-de-estudo ao centro e ao norte de Espanha; e as três restantes no ano de 1932, duas consecutivas em Maio (para uma conferência sobre Rosalía) e a derradeira em Agosto, para a histórica representação da sua «Barraca» na praça compostelana da Quintana, à qual assistiram entre 6 mil e 7 mil almas - 1/4 da população da cidade.

Disponível nas duas edições/tiragens, uma em galego e outra em castelhano, ambas ricamente ilustradas (incluindo muitas fotografias inéditas).  

19€

El Gran Viaje de Estudios de García Lorca

El Gran Viaje de Estudios de García Lorca / Narrado en 1916 por su compañero Luis Mariscal / Incluye las cartas y escritos del propio Federico García Lorca / Edición al cuidado de Henrique Alvarellos

editora alvarellos (2023). In-8º esguio de 335, [III] págs. Br.

Auxiliaram o lorquiano editor na preparação deste volume Juan Luis Tapia, também editor e poeta, que aqui deixava sobre Mariscal - o discípulo dilecto do professor Berrueta, que não terá dado conta do diamante que tinha em mãos (até aí, Lorca tocava e estudava piano, raramente escrevia) - alguns apontamentos e uma resenha biográfica; e Carla Fernández, académica especialista em História da Arte. 
Quanto aos textos de Lorca, incluem cartas (como as que escreveu então à família) e algumas das primeiras prosas, entre as quais justamente das Impresiones y paisajes, seu primeiro livro publicado, constituído por notas tiradas nesta viagem. 
A edição primitiva saíra em 2018. 

22€   

Pascoaes — Santa Teresa e Soror Mariana

Santa Teresa e Soror Mariana (Posfácio de Eduardo Brito / Tradução de Regina Guimarães)

Editora Exclamação (Agosto de 2023 / Impressão: Rainho & Neves / Grafismo: lina&nando). In-8º de 73, [I], [ii] págs. Br.

A edição baseia-se num manuscrito oferecido por Pascoaes em 1944 que deverá ter-se baseado – ou sido a base – no texto da conferência que sob o mesmo título proferiu, e de que há registo gravado da sua fabulosa leitura; manuscrito que se reproduz em fac-simile, seguindo-se-lhe a transcrição, as traduções de Regina Guimarães (cidade de Eduardo Brito, o já conhecido realizador de cinema irmão do nosso colega e amigo Francisco Brito) de alguns dos poemas da santa de Ávila e de passagens das cartas da não tão santa de Beja, e o referido posfácio.
O texto é basicamente um «remix» d’A Alma Ibérica – que estamos a preparar em edição independente (e logo duas, diferentes: uma em português e outra em castelhano), a que o amarantino misturou outras digressões. Parece coisa feita à pressa, bastante inferior a esse belo texto original de 1942 destinado a servir de prefácio ao Epistolário Ibérico. Ainda assim, a comprar e a guardar.

16€  

Pascoaes — Tierra Prohibida

Tierra Prohibida (traducida del portugués por Valentín de Pedro)

Calpe ● Los ● Poetas. (Este libro se acabó de imprimir en Madrid, por la «Tipográfica Europa», ela día trece de noviembre de MCMX). (Papel fabricado especialmente por «La Papelera Española»). In-8º peq. de 193, [I], [vi] págs. Br.

O tradutor: “Los líricos modernos suelen pecar de monocordes; Pascoaes abarca toda la lira, y va desde la elegía más breve y sutil, hasta el poema dantesco, como en su Regresso ao Paraiso. / No es un artista torturado por la forma. Por el contrario, se expresa con una divina simplicidad. (…) / En cierta ocasión le oímos expresarse de esta manera: — Yo no sé de literatura; sólo soy un poeta —.” 

12€

A Casa de Teixeira de Pascoaes (fotografias actuais de Sérgio Freitas)

Opera Omnia (Março de 2017). In-4º de 47, [VII] págs. Cart.

“A Casa de Pascoaes não deixa esquecer o Poeta. / Tão vetustas quanto robustas, as paredes do velho solar prometem resistir à efemeridade e perpetuar a memória de um dos maiores autores das letras lusas. / “Existir não é pensar: é ser lembrado”, escreveu Pascoaes, longe de imaginar que a sua casa, que elegeu como fortaleza e considerava o paraíso, seria, a par da sua obra literária, garante de uma existência perene”. [Não exageremos... A casa é  extraordinária, nem há que recear o adjectivo «mágica», mas é só a casa...]
Casa que Eugénio de Andrade defendia dever dar lugar a um «Museu Português da Poesia» / «Museu da Poesia Portuguesa», e até os que mais costumam torcer o nariz a essas coisas (como é o caso do nosso próprio órgão nasal) não conseguirão sequer discutir a justeza (para não dizer justiça) dessa ideia. Em vez disso, foi mais uma adaptada a turismo, aqui não “local” – embora mais local do que qualquer outra... – mas “rural”. Vá lá que a traça se manteve e as pessoas que lá estão a hospedar os turistas, incluindo os literários, são as mesmas que estavam e deveriam estar.

18€

Quem liam os modernistas? O «saudosista» Pascoaes

[Lidas há pouco as memórias lorquianas de Rafael Alberti, uma das mais recentes entre as múltiplas leituras a que um tradutor português de um gigante como Federico García Lorca se deve entregar - não tem a desculpa da dificuldade do idioma. A páginas tantas, conta das sessões que o grupo da «Resi» (a madrilena Residencia de los Estudiantes), incluindo ele próprio, Lorca, Aleixandre, Guillen, Salinas e outros membros da «Geração de 27», o ex-estudante Juan Ramón Jiménez, etc., fazia pelos serões poéticos. Liam: Gide, Valéry, Aragon, Eluard e... "Teixeira de Pascoaes", que aliás os viria a visitar in loco / in Lorca 1 ou 2 vezes, uma das quais correspondendo ao convite para lá pronunciar uma conferência (1923). 4 franceses e... Pascoaes. Nem este vosso amigo, adepto devoto e confesso do amarantino, faz às vezes perfeita ideia do prestígio naquela época do nosso génio Europa fora, Espanha em particular - quando nele se falava para o Nobel, em cuja short list viria mesmo a figurar. Depois, muito pouco depois, começou o investimento do Estado Novo na monomania pessoana, que após o tão ou mais centralista 25 de Abril ainda aumentaria, e juntando isso à estreiteza de vistas (salvo raríssimas excepções) da Academia e ao golpe-de-sorte brasileiro (via Adolfo Casais Monteiro e Cecília Meireles, principalmente), foi o que se sabe. 
Eis o pouco interesse dos «cânones», literários ou religiosos. Valem o que valem, e com frequência espalham-se ao comprido, sendo disso bom exemplo o descaso do «saudosismo» e «passadismo» que atribuem a Pascoaes, e que significa apenas ou que não sabem ler, ou que não perceberam nada.
Os modernistas portugueses liam Pascoaes (é aludindo a Pascoaes que Pessoa se anuncia como "Super-Camões", porque seria deselegante anunciar-se como Super-Pascoaes...). Pelos vistos, os modernistas espanhóis também. Um surrealista como Cesariny considerava-o mesmo "o mais importante poeta português". Mas a douta academia lusa decreta que Pascoaes é do passado, e a douta academia é que sabe.]

Aitor Francos — Las gafas de Pessoa

Fundación José Manuel Lara / Vandalia (se terminó de imprimir esta primera edición de Las gafas de Pessoa, de Aitor Francos, obra galardonada con el VIII Premio Iberoamericano de Poesía Hermanos Machado, en Sevilla, el día 3 de Mayo de 2018). In-8º de 127, [IV], [v] págs. Br.

"Los poemas de Las gafas de Pessoa hablan del desdoblamiento, de esa pérdida de identidad que encontramos detrás de toda escritura y que hace que el poeta sea alguien que casi no se reconoce en sus palabras, que juega a ser a la vez otro y el mismo, en diferentes y paralelas realidades accesorias / Fernando Pessoa vigila estos poemas, pero no está solo; y, en cualquier caso, cada lector puede proponer nuevas compañias".

8€

António Muñoz Molina — El invierno en Lisboa

Seix Barral (octubre 1988). In-8º de 187, [I], [vi] págs. Br.

El invierno en Lisboa es al mismo tiempo un homenaje al cine «negro» americano (y a sus antecedentes lierarios) y al mundo del jazz. Pero es también, y ante todo, sobre el cañamazo de una historia de amor e intriga, una singular y poderosa creación literaria, cuya concisión casi sentenciosa propicia un envolvente aliento poético con escasos parangones en nuestra narrativa reciente. El invierno en Lisboa confirma plenamente las cualidades de un autor que se cuenta ya por derecho propio entre los valores más firmes de la novela española", assim rezava a nota da capa a este célebre romance que ia já aqui na oitava edição e nesse mesmo ano de 1988 obtinha em Espanha o Prémio Nacional de Literatura e o da Crítica. [Várias das capas, como esta, têm aliás o «jazz» por fundo]

8

Histoire de la Littérature Américaine de langue Espagnole

Librairie Hachette. (1953). In-8º de [4], 354, [2] págs. Br. 

Dedicado pelo autor a Marcel Bataillon e aqui publicado em primeira edição, o trabalho foi dividido nas secções «Conditions spécifiques des littératures hispano-américaines», «La génération 1800-1830» (Olmedo, Heredia, etc.), «La génération 1830-1870» (Mármol, Sarmiento, Estanislao del Campo, etc.), «La génération 1870-1900» (José Martí, Rubén Dario, Amado Nervo, Leopoldo Lugones, etc.) e, em apêndice, «Coup d'oeil sur les littératures contemporaines» e «Les littératures nationales».

Exemplar por estrear, conservando os cadernos por abrir. 

15€

Nueve Poetas Cubanos del Siglo XX (Selección de Rolando Sánchez Mejías)

Mondadori (Impreso y encuadernado en Mateu Cromo, Artes Gráficas). (2000). In-12º de 141, [i], [II] págs. Br.

Esta antologia, a cargo de um ensaísta e xadrezista cubano fixado em Espanha (desconhecemos se há ligação familiar ao toureiro cantado por Lorca e compagnon-de-route da Geração de 27 - caso atípico de toureiro com queda para as letras), contemplou Dulce María Loynaz (cá editada pelos nossos jovens e recomendáveis colegas da Flanêur), Emilio Ballagas, José Lezama Lima, Virgilio Piñera (outro nome publicado em Portugal nos últimos anos), Gastón Baquero, Roberto Fernández Retamar, José Kozer e Reina María Rodríguez.
Em 2000, ano da transição para o euro, a coisa custava 495 pesetas / 2,98€. Compreender-se-á que aumente agora significativamente este preço e far-se-á o favor de nem por isso ser esta casa acusada de especulação - porque ainda assim esta edição primitiva, de um trabalho que teve aliás continuação, costuma ser vendida mais cara.

10€      

Juan Gómez Casas — Histórias do Cárcere (tradução de José Rolim)

1970 (Distribuição: Ulmeiro – Livraria e Distribuidora) (Este livro, edição do tradutor foi composto e impresso na Prensa Ferro & Peres, Lda.). In-8º peq. de 156, [I], [iii] págs. Br.

Lia-se no texto de apresentação por Carmen Ruiz: "Ao terminar a leitura destas histórias podemos sentir-nos amargurados, oprimidos com a falta de ar livre em que o autor respira... Juan Gomez Casas quebrou os muros da sua prisão para nos contar como as coisas s passam por dentro. Devemos ouvi-lo e que, pelo menos uma noite, não durmamos tranquilos, porque para que uns vivam, outros morrem lentamente".

Quarto título publicado na colecção «Cadernos Peninsulares». 

8€

Miguel Angel Asturias — O Senhor Presidente

Romances exemplares n.º 9 / Publicações Dom Quixote. (Este livro foi composto e impresso na Sociedade Industrial Gráfica Telles da Silva, Lda. em Março de 1968). In-8º de 358, [VI] págs. Br.

O livro que consagrou aquele que viria a obter o Prémio Nobel da Literatura em 1967, nesta primeira edição portuguesa com tradução de Lopes de Azevedo e capa de Lima de Freitas.

10€

Alejo Carpentier — Literatura e Consciência Política na América Latina

publicações dom quixote. (Lisboa, 1971). In-8º de 144, [4] págs. Br.

Primeira edição portuguesa deste interessante conjunto de textos do escritor cubano, publicada na série «Cadernos de Literatura» dois anos após a original espanhola. O volume reúne «Problemática do actual romance latino-americano», «Do folclorismo musical», «Literatura e consciência política na América Latina», «Ser e estar», «Do real maravilhoso americano» e «Papel social do romancista», ensaios que tomam o contexto ibero-americano como simples mote para digressões bem mais largas sobre a literatura de todos os tempos e continentes - quer respigando escritores e livros, quer deixando notas mais teóricas sobre a natureza e função do romance enquanto género literário.
8€

Octavio Paz — El Arco y La Lira

El Arco y La Lira (El poema. La revelación poética. Poesía e historia)

Fondo de Cultura Economica, México (1982). In-8º de 305, [3] págs. Br.

Com tiragem de 3000 exemplares, foi mais uma reimpressão de um trabalho dedicado a Alfonso Reyes e já então pela oitava vez dado a lume desde 1956. Os ensaios, com variadíssimas digressões e remissões, foram agrupados nas secções de capítulos indicadas no subtítulo.


10€

Octavio Paz — Signos em Rotação

Editôra Perspectiva São Paulo. (1972). In-8º de 319, [I] págs. Br.

"Octavio Paz é o mais importante poeta-crítico da América Espanhola e um dos nomes mais significativos da literatura contemporânea. Esta coletânea de ensaios, a primeira de Paz que se publica em língua portuguesa, dá-nos uma visão radial e radical do pensamento crítico desse grande mexicano e cidadão do mundo". Textos ensaísticos mais ou menos digressivos ou evocativos sobre/de Matsuo Bashô, Mallarmé, André Breton, e.e.cummings, Buñuel e Fernando Pessoa - o famoso «Fernando Pessoa, o Desconhecido de Si Mesmo»; entre outros mais teóricos e abstractos, incluindo o que deu título a este volume. Tradução de Sebastião Uchoa Leite e revisão a meias de Celso Lafer e nada menos que Haroldo de Campos, o qual assina ainda o posfácio final sobre o poeta mexicano, seguindo-se a outros dois mais.

14€

Gabriel García Márquez — Ninguém escreve ao coronel (Romance)

Publicações Europa-América (composto e impresso na Sociedade Astória, em Lisboa, e concluiu-se em Dezembro de 1972). In-8º de 144, [V], [iii] págs. Br.

"Simbiose de contradições humanas, o velho e maníaco Coronel, veterano das memoráveis guerras de Aureliano Buendía, espécie de menino prodígio envelhecido,  louco e sensato, duro e comovedor, maravilhado e tragicómico, é uma daquelas figuras que rasgam um sulco dificilmente apagável na memória do leitor".
Terminado em Paris em 1957 mas apenas publicado em 1961, foi o segundo título publicado pelo romancista colombiano.  

8€

Gabriel García Márquez — A Incrível e Triste História da Cândida Eréndira e da sua Avó Desalmada

Publicações Europa-América (1974). In-8º de 167, [5] págs. Br.

Primeira edição portuguesa deste outro livro de contos, a saber «Um senhor muito velho com umas asas muito grandes», «O mar do tempo perdido», «O afogado mais famoso do mundo», «Morte constante para além do amor», «A última viagem do navio fantasma», «Blacamán, o bom vendedor de milagres» e o que lhe deu título.

10€

Gabriel García Márquez — Os Funerais da Mamã Grande (Contos)

Publicações Europa-América (1972). In-8º de 184, [4] págs. Br.

“É este o único livro de contos do autor de Cem Anos de Solidão e O Veneno da Madrugada, já publicados nesta mesma colecção. Narrativas que datam de 1952, respira-se a inquietante atmosfera de Macondo em todas elas: nas flores trazidas para a cova do ladrão embrulhadas em jornais, na singular cena do dentista, no sumiço das bolas de bilhar, no esplendor da gaiola de Baltasar, na tristeza da viúva Montiel, na melancolia dos pássaros que morrem e dos ratos dizimados e, finalmente, nos pomposos funerais da fabulosa Mamã Grande, a que comparecem o Presidente da República e Sua Santidade o Papa”. 

Presumível primeira edição portuguesa, publicada na «colecção século XX».

10€

Gabriel Garcia Márquez — El General en su Labirinto

Mondadori (1989). In-8º de 286, [4] págs. Enc.

Primeira edição espanhola, simultânea da original colombiana, do que foi o último romance do autor - no seu posfácio, explicava ter «roubado» a ideia (a última expedição de Símon Bolívar, já doente, ao longo do rio Madalena) a Álvaro Mutis, que chegara a começar o seu esboço mas depois o interrompera e deixara em pousio durante vários anos; e ter feito questão de a «roubar» dada a sua ligação àquele rio, que lhe vinha desde a infância. Após esse posfácio há ainda uma não tão «Sucinta cronología de Simón Bolívar», elaborada por Romero Martínez, que ocupa o final do volume, rematado por um mapa da expedição.

Encadernação do editor em tela com sobrecapa ilustrada de papel. No exemplar, a tela está já um pouco manchada e a sobrecapa marcada por alguns picos de acidez; acresce uma nota de compra (embora muito engraçada) a discreta tinta de anteriores proprietários, que o terão vendido ao alfarrabista galego que o vendeu depois a esta casa.

14€

Pablo Neruda — Confesso que Vivi (Memórias)

Confesso que Vivi (Memórias) / 2.ª edição

Publicações Europa-América (1979). In-8º de 339, [9] págs. Br.

“As memórias do memorialista não são as memórias do poeta. Aquele viveu talvez menos, mas fotografou muito mais, recreando-nos com a perfeição dos pormenores. Este entrega-nos uma galeria de fantasmas sacudidos pelo fogo e pela sombra da sua época”: entre os quais Garcia Lorca, Rafael Alberti, Miguel Hernández, Paul Éluard, Pierre Reverdy, Cesar Vallejo, Gabriela Mistral, Vicente Huidobro; e falando também de políticos como Videla, Estaline, Fidel Castro e Salvador Allende, cuja campanha presidencial aborda brevemente (recorde-se que Neruda fôra ele próprio «pré-candidato» em 1969 e que seria assassinado após o golpe de Estado em que as forças armadas chilenas, lideradas por Pinochet e apoiadas pelos EUA, também num 11 de Setembro também terrorista, depuseram o democrático vencedor de 1973).  

Uma primeira edição saíra em 1975, e uma segunda, na tiragem anterior a esta, em 1976.

12€

Jorge Luis Borges — O Aleph

Editorial Estampa (1976). In-8º de 150, [2] págs. Br.

Publicada numa das melhores colecções de que há memória na edição portuguesa («novas direcções»), a edição aproveita a tradução para o Brasil de Flávio Cardoso, aqui adaptada para português de Portugal pelo nosso bom surrealista Mário-Henrique Leiria (que na mesmíssima colecção publicara os seus «Velhos» e «Novos Contos do Gin-Tonic»). 
Nada distingue esta tiragem da predecessora senão a nova capa de José Luís Tinoco. 
Alguns dos capítulos: «Os Teólogos», «Biografia de Tadeo Isidoro Cruz», «A Busca de Averróis», «O Zahir», «A Escrita do Deus», «Os Dois Reis e os Dois Labirintos», «O Homem no Umbral», «O Aleph».

10€

Jorge Luis Borges — O Livro de Areia

Editorial Estampa (1981). In-8º esguio de 133, [1] págs. Br.

Volume saído na colecção, bastante propensa ao fantástico e agora recentemente recuperada, «Livro B»; com tradução de Antonio Sabler. O livro integra os seguintes contos: «Ulrica», «O Congresso», «There Are More Things», «A Seita dos Trinta», «A Noite das Mercês», «O Espelho e a Máscara», «UNDR», «Utopia de um Homem que Está Cansado», «O Suborno», «Avelino Arredondo», «O Disco» e o titular «O Livro de Areia»; terminando por um epílogo do próprio Borges.

7€

As Doze Figuras do Mundo

As Doze Figuras do Mundo

Crime imperfeito (Relógio d'Água). [S/d]. In-8º de 133, [III] págs. Br.

Conjunto de cinco pequenos textos compostos pelo famoso par de amigos Adolfo Bioy Casares e Jorge Luis Borges, algures entre o conto e a novela, com aquela extensão a que no mundo anglófono e anglófilo tão caro a Borges se costuma chamar short story: «As Doze Figuras do Mundo», «As Noites de Goliadkin», «O Deus dos Touros», «As Previsões de San Giácomo» e «A Prolongada Busca de Tai An»; os três primeiros traduzidos por Miguel Serras Pereira, o quarto pelo próprio editor Francisco Vale e o quinto por Carlos Pessoa.

Exemplares novos, em fundo de edição (sobram 3).

9€

Adolfo Bioy Casares — O herói das mulheres

O herói das mulheres / Tradução do castelhano (Argentina): David Machado

cavalo de ferro (2008). In-8º de 175, [I] págs. Br.
 
"Um jornalista perseguido por um regime opressivo, um estudante que foge dos exames por um túnel impossível, um jovem aldeão ansioso por conhecer a cidade ou um empregado de sanatório que descobre que a dor dos pacientes pode ser usada para produzir eletricidade: com a sua escrita elegante e hipnótica, (...) Casares apresenta nestas histórias uma galeria de personagens únicas que parecem partilhar um estranho destino, na fronteira entre o sonho e a realidade."
Nota preliminar do próprio autor: "Este volume reúne os contos e os romances curtos que escrevi depois de El gran serafín (1967)"

Último exemplar disponível.

10€

Adolfo Bioy Casares — dormir ao sol

Editorial Estampa (1980). In-8º de 176, [IV] págs. Br.

Com tradução também de António Sabler e capa também de José Luís Tinoco, foi este o 39.º título da colecção «novas direcções»; a edição original argentina  saíra em 1973.

Exemplar igualmente novo, igualmente fundo de edição.

8€

José Agustín Goytisolo — Palabras para Julia y otros poemas

Palabras para Julia y otros poemas / Colección dirigida por Ana María Moix / Selección de Ana María Moix

Plaza & Janés Editores, S. A. (1997). In-8º peq. de 90, [IV], [ii] págs. Br.

Um de vários irmãos de uma família com genética literária acentuada, José Agustín, porventura dos três Goytisolo’s o menos conhecido em Portugal, é descrito aqui assim: “una de las personalidades literarias e intelectuales más importantes de la generación de los 50, o del medio siglo, constituye, junto a Carlos Barral y Jaime Gil de Biedma, uno de los pilares fundamentales de la llamada escuela poética de Barcelona”, que de resto publicou Borges em Espanha e traduziu para o idioma castelhano os italianos Pavese, Quasimodo e Pasolini, além dos compatriotas catalães Espriu e Vinyoli, entre alguns outros.  

7€

Jorge Guillén — antología

antología / Aire Nuestro: Cántico, Clamor, Homenaje / Selección y prólogo de Manuel Mantero

Plaza & Janés, S. A.  Editores. (Cuarta edición: Abril, 1980). In-8º de 316, [II], [iv] págs. Cart.

É bastante extenso o prólogo de Mantero – quase cinco dezenas de páginas.

Exemplar com uma discreta mancha marginal na frente da capa, além das habituais de escurecimento nas margens das folhas, praticamente inevitáveis dado fraco tipo de papel utilizado.

8€

Jorge Guillén — Antología poética

Antología poética (Selección e introducción de Francisco Javier Díez de Revenga)

El libro de bolsillo / Literatura española / Alianza Editorial (2010). In-8º peq. de 252, [iv] págs. Br.

Estende-se por quatro dezenas de páginas o longo estudo introdutório de Revenga acerca de mais um dos membros da chamada «Geração de 27» que gravitava à volta do génio de Lorca, incluindo uma útil recolha bibliográfica no final. A antologia contempla composições dos livros «Cántico», «Clamor», «Homenaje», «Y Otros Poemas» e «Final».

8€

Emilio Prados — Cancionero Menor para los combatientes (1936-1938)

Editorial Hispamerca, Madrid. (1977). In-8º peq. de 60 págs. Br.

Edição fac-similada de 1.100 exemplares numerados, tendo a este cabido o nº988.
Fique já agora a transcrição do frontispício da original: "(...)seleccion y notas por Manuel Altolaguirre, la impresion en campaña con papel fabricado exprofeso por soldados de la Republica para las Ediciones Literarias del Comisariado del Ejercito del Este / Guerra de Independencia, año de 1938".
Mesmo que nunca tenham lido Prados, os leitores habituais de Lorca lembrar-se-ão da dedicatória em que classifica este seu amigo de "caçador de nuvens".

Bom exemplar.

10€

Federico Garcia Lorca — A Sapateira Prodigiosa

C.I.T.A.C / Coimbra (Dactilografou: António da Silva / Rua Tenente Valadim. Coimbra). In-8º de 51, [I] págs. Br.

Como habitualmente em edições dactilografadas, a tiragem desta, do Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, deverá ter sido relativamente exígua - e daí aparecer tão pouco, sendo uma «peça» quase desconhecida do "Respeitável público" com que começa a peça propriamente dita.

Ou toda, ou este exemplar ostenta o carimbo - branco, em relevo - do referido CITAC. 

15€