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Dalila Pereira da Costa — Duas Epopeias das Américas

Duas Epopeias das Américas: Moby Dick e Grande Sertão: Veredas (ou o problema do Mal)

1974 / Lello & Irmão – Editores, Porto. In-8º peq. de 147, [i] págs. Br.

Duplo ensaio: o primeiro, «A Baleia», constando dos capítulos «A Baleia Branca», «Os baleeiros», «As pradarias marinhas», «O capitão Ahab», «O filho do século» e «O prisioneiro e a muralha»; e o segundo, «O Andrógino», com «Da existência e essência do Demónio», «Os que se decidiram: milícias celestes e jagunços», «Os gerais: o campo da luta», «Riobaldo», «A procura da vereda estreita», «O homem ensimesmado e a perplexidade lúcida», «Para o vislumbrar de Deus», «A sobrecoisa e o instantâneo de realidade» e «O andrógino».

12€  

Dalila Pereira da Costa — Elegias da Terra-Mãe

Edições Nova Renascença (Composto e Impresso na Tipografia Camões, Póvoa de Varzim / Dezembro de 1983). In-4º de 44, [IV] págs. Br.

"Em louvor da Padroeira e Anjo de Portugal", é este um conjunto de composições naquele registo esotérico-lusitano que fez uma certa moda à época, bastando pensar em alguns escritos de Lima de Freitas e de vários outros adeptos desta «derivação» da impropriamente chamada «filosofia portuguesa».

Exemplar ainda em boa condição no miolo, mas prejudicado por ligeiro desgaste da capa e o que parece a marca de remoção de um ex-libris na folha preliminar.

8€

Agostinho da Silva — Considerações

(Composto e impresso nas Grandes Oficinas Gráficas «Minerva» de Gaspar Pinto de Sousa – V. N. de Famalicão, 1944). In-8º peq. de 110, [ii] págs. Br.

Volume publicado em edição de autor, a primitiva de um livro que, salvo erro, apenas viria a ser reeditado no final da década de 80 pela Assírio & Alvim, em conjunto com outros textos agostinianos.

Exemplar por estrear, conservando os cadernos por abrir.

15€

Artur Manso — Agostinho da Silva (1906-1994)

Agostinho da Silva (1906-1994) / 2.ª edição revista e aumentada

Biografias ――― estratégias criativas (Impresso em Setembro de 2025, na Totem printing company). In-8º de 128, [II] págs. Br.

“O presente ensaio, de carácter biográfico, estabelece os principais marcos da vida e da obra de Agostinho da Silva (1906-1994), contando, ainda, com uma antologia de textos, a transcrição de uma conversa inédita com Ilídio de Sousa e um conjunto de cartas fac-similadas” - a primeira edição saíra há 20 anos, em 2005, seguindo-se a outro trabalho biográfico acerca de Agostinho que o autor, transmontano de Izeda, publicara há 25, no ano 2000.  

11€

A corrente idealístico-gnóstica do pensamento português contemporâneo: Antero, Pascoaes, Pessoa

estratégias criativas (Impresso em Agosto de 2010 na gráfica Rainho & Neves, Portugal). In-8º de 134, [i], [I] págs. Br.

“O presente estudo contém, ampliada, a comunicação feita pelo autor, ao Seminário sobre a problemática da Criação – “De Creatione”. Ciência, Filosofia e Teologia no século XX, em Portugal –, organizada pela Secção Portuguesa da Associação Europeia para a Teologia Católica, no Porto, em Maio de 2009”.

Exemplar com dedicatória de oferta manuscrita pelo autor (Ângelo Alves) “À «Crítica» - Revista de Filosofia”, datada de 6 de Novembro de 2010.

12€

Joaquim de Carvalho — Reflexões sobre Teixeira de Pascoaes

Edições do Tâmega, 1991. (Acabou de se imprimir em Novembro de 1991 nas oficinas da Gráfica do Norte – Amarante). In-8º de 47, [I] págs. Br.

Conforme António José Queirós dava conta na sua nota final à edição, este importante texto foi a versão mais desenvolvida do discurso de homenagem ao poeta em Amarante em 1951 – versão originalmente publicada noutra homenagem, já póstuma, da Academia de Ciências de Lisboa, e depois recuperada nos Arquivos do Centro Cultural Português da Gulbenkian (1975) e, last but not the least, como introdução à 2.ª edição de Os Poetas Lusíadas, pela Assírio & Alvim (1987), enriquecidíssima pelo confronto (ora conjuntivo, ora disjuntivo) que Cesariny estabelece com as notas deste a quem alguém chamou “o maior historiador da cultura portuguesa” no séc.XX – e que assegurara o estudo preliminar do Epistolário Ibérico (Pascoaes e Unamuno), cuja edição original saíra em Angola da mão do seu filho, Joaquim Montezuma de Carvalho.

10€

Pascoaes — Embryões

Embryões (...) / Ilustrações de Joana Antunes // (Transcrição de Nuno Ribeiro a partir do fac-simile da edição original, publicado pelo Município de Amarante em 2015)

(Officina Noctua, Agosto 2025). (Impressão: Papelmunde). In-8º peq. de 98, [ii] págs. Br.

Edição de 300 exemplares, 30 dos quais numerados à parte. 
O prefácio ficou a cargo do nosso colega e amigo Francisco Brito, livreiro antiquário da Cólofon, de Guimarães, um dos poucos (e salvo erro o mais recente) que terão posto à venda um exemplar da raríssima edição original deste livro que, dado a ler a Junqueiro, mereceu deste a resposta “dize a teu filho que se deixe de versos”, o que levou o dito filho do Sr. Conselheiro – Pascoaes – a queimar os que lhe restavam. [Mais tarde, ao ler o terceiro/quarto, o Sempre, o poeta de Os Simples manifestou o desejo de conhecer a mãe do jovem poeta, para a abençoar. As voltas que a vida – e a musa... – dá...]

13€ [P.V.P.]

o gosto é fugitivo, a sorte escassa: antologia de poesia do Abade de Jazente

o gosto é fugitivo, a sorte escassa: antologia de poesia do (...) / ilustrações de Vera Matias // Transcrição de Nuno Ribeiro, baseada no fac-simile da edição de Bernardo António Farropo intitulada Poesias de Paulino Cabral de Vasconcelos Abade de Jazente (Porto, Oficina de António Álvares Ribeiro, 1786-1787) – editado em 2009 pela Câmara Municipal de Amarante – cotejada com a edição de 1944 (edição de Mário Gonçalves Viana, Porto, Livraria Figueirinhas) e a de 1983 (edição de Miguel Tamen, Lisboa, Editorial Comunicação).

officina noctua (Novembro 2023). In-8º peq. de 170, [I], [i] págs. Br.

É bastante extenso – quase três dezenas de páginas – o prefácio de Fernando Pinto do Amaral a esta recolha, “cerca de 100 poemas, todos sonetos, salvo o texto final, alusivo ao terramoto de 1755 em Lisboa”; sublinhando, entre outras, a curiosidade de a edição em 2 volumes de 1786-1787 ter escoado 2 mil exemplares em menos de um ano. 

19€ [P.V.P.]

Abade de Jazente — Poesias (texto integral da 1ª edição)

Imprensa Nacional - Casa da Moeda (Esta edição foi composta e impressa por Sociedade Industrial Gráfica Telles da Silva, Lda. / Acabou de imprimir-se em Novembro de 1985). In-8º gr. de 561, [ii], [I] págs. Br.

“ 'Abade de Jazente’ é o nome da função que desempenhou durante a maior parte da sua vida (1719-1789) Paulino António Cabral, a quem um editor do Porto acrescentou em 1786 o apelido 'Vasconcelos’. Acidentalmente foi um dos maiores poetas menores portugueses do século XVIII”, lia-se no início da nota final na face inferior da capa, seguindo a toada de Miguel Tamen – que num monótono prefácio académico, estendendo-se por duas monótonas dezenas de páginas, arguía este poeta de monotonia... acusação algo injusta para um sonetista que, não tendo o génio de um Camões, um Bocage ou um Antero, tinha porém muito mais graça (pelo menos a que vem com letra pequena). Certeira, certeira era essa nota ao assim rematar: “poetas bem menores têm bibliografias bem maiores”...
A anterior integral datava de 1909, e depois desta, saída precisamente há 40 anos, nenhuma mais houve. Veremos se a antologia acima apresentada, pela conterrânea Officina Noctua, consegue alguma coisa quanto a isso, chamando a atenção para este injustamente esquecido senhor.

28€

Bocage — Opera Omnia (direcção de Hernâni Cidade)

Livraria Bertrand / Lisboa / MCMLXIX (a MCMLXXIII). 6 vols. in-8º. Br.

O primeiro volume recolhe os «Sonetos» (prefácio, preparação do texto e notas de Hernâni Cidade); o segundo «Odes – Canções – Epístolas – Idílios – Cantos e Cantatas (aparato de Herculano de Carvalho); o terceiro «Elegias – Epicédios – Poesias Várias – Fragmentos – Elogios Dramáticos – Dramas Alegóricos – Fragmentos Dramáticos – Traduções» (Herculano de Carvalho e Maria Helena Paiva); o quarto «Poesia Anacreôntica – Poesia sobre Mote – Poesia Epigramática – Apólogos ou Fábulas Morais – Vária» (António Salgado Júnior); o quinto «Dramas Traduzidos» (Helena Paiva) e «Poemas Traduzidos do Latim» (Álvaro Saraiva de Carvalho); e o sexto «Poemas Didácticos Traduzidos» (Helena Cidade Moura).

50€

Obras Poeticas de Bocage

Porto: Imprensa Portugueza – Editora, 1875 (e 1876). 8 vols. in- enc. em 5.

As Obras Poeticas não cobrem rigorosamente todo o espectro desta edição na «Bibliotheca da Actualidade», nem sequer o dos 7 volumes assim designados: «Sonetos», «Canções, Elegias, Idylios, Cantatas, Epistolas e Satyras», «Redondilhas (Anacreonticas), Cançonetas, Glosas, Fabulas, Epigrammas», «Elogios dramaticos, Dramas allegoricos, Fragmentos», «Versões lyricas, Episodios Traduzidos, Fastos», «Poemas didacticos traduzidos» e «Dramas traduzidos». O oitavo e último volume é o estudo independente Bocage: sua vida e epoca litteraria, por Theophilo Braga.

Encadernação em cinco tomos, com lombada em pele gravada a ouro e as pastas revestidas de papel em efeito mosqueado; só o último volume, de Teófilo Braga, conserva a capa original (imagem da esquerda, acima).

125€

Satyras de Francisco de Saa de Miranda.

Satyras de Francisco de Saa de Miranda. Impressas no Porto por Ioão Rodriguez. Com as licenças necessarias. Anno 1626.

(Esta edição comemorativa do quarto centenário da morte de Sá de Miranda,  acabou de se imprimir em Março de mil novecentos e cinquenta e oito, e dela se fizeram: quarenta e três exemplares em papel Whatman numerados de um a quarenta e três, e rubricados pelo editor, apenas entrando no mercado os números um a vinte; Trinta exemplares em papel inglês Goat-skin, imitação pergaminho numerados de quarenta e quatro a setenta e três, rubricados pelo editor; Quatrocentos exemplares em papel Ingres francês numerados de setenta e quatro a quatrocentos e setenta e três, rubricados pelo editor, dos quais os últimos cem ficam fora do mercado.) 
In-8º peq. de [X], 140 [aliás, 240], [II] págs. Enc.

O exemplar aqui apresentado tem o nº 171, pertencendo portanto à série mais «comum»,
mesmo assim impressa num belíssimo papel Ingres. 
Revestido de bonita cartonagem editorial, o volume, carminado à cabeça, foi ainda coberto de estojo para protecção, numa das edições d’«O Mundo do Livro», que é como quem diz do seu livreiro: outro João Rodrigues, mas Pires e lisboeta. 
E acompanha a edição em fac-simile, dentro do mesmo estojo, o livrinho impresso à parte (também na casa Minerva do Comércio) 

Francisco de Sá de Miranda (elementos iconográficos), por Ernesto Soares
O Mundo do Livro / Lisboa, 1958. In-8º peq. de 19, [I] págs. Br.

Um pequeno estudo de algumas páginas acompanhado da reprodução de vários retratos atribuídos ao poeta e impressos em folhas couché destacadas. 

40€ 

A Egipciaca Santa Maria: poema de Francisco de Sá e Miranda

A Egipciaca Santa Maria: poema de Francisco de Sá e Miranda / pela primeira vez publicado por Theophilo Braga

Porto: Livraria Chardron, de Lelo & Irmão, editores. 1913. In-8º de XIII, [I], 228, [2] págs. Br.

Crê-se esta a primeira edição do poema atribuído a Sá de Miranda, preparada por Teófilo a partir de uma cópia do suposto manuscrito original, que pertencia a Pereira Merello, bibliómano coleccionador lisboeta cuja biblioteca (constituída durante décadas sem qualquer freio nos gastos, segundo constava) fôra posta a leilão com um catálogo revisto e prefaciado, justamente, pelo escritor – o qual na nota preliminar dá conta de todo o processo e das quezílias que a intransigência do coleccionador provocaria com Inocêncio e Carolina Michaelis, entre outros curiosos assuntos bibliográficos. O volume recolhe ainda, no final, cinco sonetos (também tidos como inéditos) em castelhano e ainda a «Vida de Maria Egipcia», a «Legenda de Santa Maria Egipciaca» e «Morte da Egipcia penitente» (o texto de um manuscrito do séc.XIV, um capítulo da «Legenda Aurea» de Voragine e um canto do livro de Leonel da Costa, respectivamente).

Exemplar por estrear, com as folhas ainda por abrir. 

20€

Thomas de Quincey — La Rivolta dei Tartari

G. C. Sansoni Editore, Firenze. (Finito di stampare nelle Officine Grafiche Fratelli Stianti / Maggio 1943 – XXI). In-12º de 97, [II], [i] págs. Br. 

Pequeno volume publicado na colecção «La Meridiana», com uma extensa nota final que se presume do tradutor - segundo o catálogo de uma livraria italiana, Nicola de Feo.
Salvo erro, não há edição portuguesa deste que é porém um dos títulos mais conhecidos do escritor inglês.

15€

Thomas de Quincey — O Camponês de Portugal

O Camponês de Portugal: Um conto das Invasões Francesas // bilingue // Tradução de Ricardo Tinoco

estratégias criativas (junho de 2020). In-8º peq. de 53, [ii], [III] págs. Br.

O escritor inglês estava quase «predestinado» a escrever acerca deste tema, uma vez que o pai serviu no exército britânico precisamente durante as guerras peninsulares e, como o seu nome indica, teria alguma mais ou menos remota ascendência francesa. Publicado de origem num periódico londrino em 1823, o conto seria «redescoberto» apenas na década de 1980.
Edição graficamente cuidada, com uma ilustração da Oficina Gato Bravo.

Vários exemplares disponíveis. 

9€ [P.V.P.]

Cervantes e Portugal: História, Arte e Literatura

Cervantes e Portugal: História, Arte e Literatura / Cervantes y Portugal: Historia, Arte y Literatura // Organização: Aurelio Vargas Díaz-Toledo, José Manuel Lucía Megías

estratégias criativas (impresso em Março de 2018, na gráfica Diário do Minho). In-8º gr. de 254, [iii], [I] págs. Cart.

Pontuado por ilustrações cervantinas da artista plástica Irene Sanz Montero, e cartonado com idêntica sobrecapa de papel reproduzindo um painel de azulejos figurativo de caravelas portuguesas, o volume reúne as comunicações apresentadas ao congresso homónimo que teve lugar na nossa Biblioteca Nacional, onde compareceram “algunos de los más destacados cervantistas ibéricos” – a maioria dos quais, naturalmente, do país vizinho.
Foram algumas dessas comunicações: «Cervantes e Portugal – Breve Nota...» (Guilherme de Oliveira Martins), «Miguel de Cervantes y la corte de la monarquía hispana tras la anexión de Portugal» (Eduardo Torres Corominas), «Los amigos portugueses de Cervantes en el cautiverio argelino: Francisco Aguiar y los hermanos Sousa Coutinho» (Teijeiro Fuentes), «El entorno portugués de Cervantes» (Díaz-Toledo), «Nombres cervantinos en algunas novelas cortas portuguesas del XVII» (Isabel Colón Calderón), «La recepción más desconocida de Cervantes en Portugal en el siglo XX» (Alexia Dotras Bravo).   
   
Exemplares novos.

25€ [P.V.P.]

Sebastián Juan Arbó — Cervantes (Tradução de Manuel de Seabra)

Editorial Aster, Lisboa. (Acabou de se imprimir a 16 de Setembro de 1963 nas oficinas da Gráfica Saraiva, Lda. - Lisboa). In-8º de 356, [IV] págs. Br.

“Uma biografia de Cervantes, mesmo para o público mais culto, é necessàriamente uma surpresa (…) Sebastián Arbó deu a esse nome uma figura humana. O seu Cervantes vem cheio dos sonhos e grandezas dum fidalgo espanhol do séc.XVI. Mas traz também, bem vivas, a dor da escravidão, a amargura das desilusões, a funda melancolia do herói reduzido à condição de burocrata. (…) O A. trata frequentemente assuntos portugueses. Trata-os com grande delicadeza, mas não se pode estranhar que tenha, de alguns problemas e casos nossos, uma visão espanhola” 

15€

Cervantes — O Velho Ciumento

Publicações Dom Quixote / Setembro de 1965. (Este livro foi composto e impresso na Sociedade Industrial Gráfica, Lisboa, para Publicações Dom Quixote, Rua da Misericórdia, 117, 2.º, em Junho de 1965). (Versão livre de Tomás Ribas / Capa de Homero Amaro). In-8º esguio de 38, [2] págs. Br.

Esta edição de estreia da editora lisboeta da sueca Snu Abecasis, cervantina como não poderia deixar de ser, aproveitava a “versão livre” de Tomás Ribas para a encenação que apresentou em Arganil, na famosa Casa da Comarca, em Junho de 1951 – exactos 14 anos antes da impressão deste pequeno volume exactos 60 antes de o assinalar neste verbete.
No final da peça aparecia a seguinte nota de apresentação: "Se chegou até aqui, é porque tem o hábito de ler os bons livros de ponta a ponta. E ainda bem, porque «Publicações Dom Quixote» - que ao iniciar a sua carreira lhe oferece esta pequena obra de Cervantes - vai publicar muitas obras exemplares, daquelas que vale a pena ler da primeira à última linha. / Essas obras, contudo, não serão já para oferecer; esperamos que no-las comprem, pois se é verdade - como disse Thomas Fuller por volta de 1630 - que «o saber mais tem progredido através dos livros que mais prejuízo têm dado aos editores», não será menos verdade que só poderemos vir a prestar ao saber e à cultura portuguesa aqueles serviços que de nós se hão-de esperar se os nossos prejuízos  não forem grandes de mais". 

12€  

Cervantes — Novelas Exemplares (Traduzidas por Aquilino Ribeiro)

Livraria Bertrand. Lisboa. (1967). In-8º gr. de 505, [7] págs. Br.

Segunda edição destas versões de Aquilino, anunciada pelo próprio como a primeira integral que por cá se fez. No seu extenso prefácio, em que tecia uma breve análise literária de cada uma das novelas e, en passant, de Cervantes e de toda a literatura espanhola, dizia delas o escritor “tantas vezes pitorescas, de leitura empolgante, estão cravejadas de lindas imagens, que brilham aqui e além como anémonas à flor das águas mortas dum lago”; mas ressalvando que “Sem o Quixote, todavia, ficariam amortecidas na sombra, nunca ultrapassando a segunda zona literária, onde chega já tamisado o sol da glória”.

Exemplar por estrear, com as folhas ainda por abrir. Um quanto manchado de acidez e apresentando já ligeira folga da capa, que no entanto conserva a tarja editorial sobreposta. 

17€

Frédéric Fayot — Histoire de la Révolution

Histoire de la Révolution des 27, 28 et 29 juillet 1830, a partir de la promulgation des ordonnances jusqu’a l’avénement de Sa Majesté Louis-Philippe Ier; par M. Frédéric Fayot, ancien professeur d’Histoire dans plusieurs universités etrangères.

Paris. A. Hocquart Jeune, Éditeur, (Quai des Augustins, nº 25). 1830. 4 vols. in-16º de 204; 216; 212; e 216 págs. Enc. em 2.

Quatro volumes publicados por Fayot no próprio ano dos acontecimentos (!) que levariam Carlos X a abdicar, após todo um típico programa reaccionário de supressão de liberdades disfarçado por uma guerra para distrair - um clássico. 

Muito boa encadernação ao gosto romântico, com a lombada em carneira gravada a ouro e o corte das folhas pintado.   

50€

Pinheiro Chagas — História da Revolução da Communa de Paris

História da Revolução da Communa de Paris, por M. Pinheiro Chagas / edição illustrada com os retratos de Rossel, Cluseret, Délescluze, Flourens, Raoul Rigault e Rochefort
Editor: José Augusto Vieira Paré – Lisboa. In-8º de 304 págs.

Encadernado em conjunto com: 

Processo dos Membros da Communa de Paris / edição illustrada com os retratos de Ferré, Assi, Urbain, Billioray, Jourde, Courbet, Trinquet, Champy, Régère, Lullier, Paschal Grousset, Verdure, Ferat, Clement, Rastoul, Descamps, Parent e Lisbonne  
Editor: José Augusto Vieira Paré – Lisboa. In-8º de 359, [i] págs.

Apenas o primeiro dos dois volumes foi redigido por Pinheiro Chagas, que, classificando-se como um liberal progressista, como que a meio termo entre os revoltosos e os reaccionários, faz amiúde a figura destes últimos – «reaccionário» é mesmo a palavra que ocorre quando vamos lendo a sua interessante (retoricamente, não ideologicamente) prosa. De resto, os rapazes e as raparigas da Iniciativa Liberal regalar-se-iam com algumas das ideias de Chagas: desde logo, a do “mérito” individual, defendendo o autor, talvez sem se rir, que já naquela altura era perfeitamente possível ao homem do povo chegar a qualquer função pública que quisesse, desde que se esforçasse um bocadinho...   
 
Encadernação da época, com a lombada em carneira gravada a dourado; nenhum dos volumes conservando a primitiva capa de publicação. 

40€

Lopes de Oliveira — História da Revolução Francesa

História da Revolução Francesa (suas causas – os Estados Gerais – a Assembleia Nacional Constituinte)

Editorial Minerva, Lisboa (Tipografia das Edições Universo, Ltd.ª – Rua da Misericórdia, 100 a 104 – Lisboa). In-4º de 356 págs. Br.

Dedicado pelo autor “Á Memória de todos os portugueses que morreram lutado pela Liberdade”, dedicatória cuja substância perdoa a forma, o livro foi ilustrado por gravuras alusivas – algumas pouco conhecidas entre nós – ao longo do volume.

Exemplar no geral bem conservado, apesar de ligeiros defeitos da capa.

20€

Franz Funck-Brentano — Scenes et Tableaux de La Révolution

Paris: Éditions Gautier-Languereau – 1934. In-8º de 252, [4] págs. Br.

Primeira edição de um dos trabalhos de referência acerca da Revolução-mor, integrando os capítulos «La prise de la Bastille», «La Grande Peur», «Les journées d’octobre», «Les volontaires aux armées de la République», «Robespierre», «Marat», «Le tribunal révolutionnaire», «La mort de la reine», «La Terreur», «Thermidor», «Le règne de Barras», «Brumaire»; capa ilustrada pela reprodução de uma gravura antiga que parece figurar a demolição da Bastilha, e o volume pela de várias outras em folhas destacadas.

20€

O Retrato em França de 1610 a 1789

Museu Nacional de Arte Antiga/Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, Junho de 1976. (Composto e impresso na Litografia Amorim). In-8º gr. de [100] págs. inums. Br.

Catálogo da exposição itinerante que em Portugal foi organizada pela Gulbenkian e montada no MNAA; impresso em papel couché com tiragem de 1000 exemplares, sendo os textos traduzidos por Alexandre O’Neill e o arranjo gráfico de Américo Silva. Os trabalhos em causa foram seleccionados a partir de museus provinciais (não nacionais) franceses e aparecem reproduzidos, em parte, na segunda secção do volume, ocupada a primeira por uma ficha técnica, crítica e biográfica (notas dedicadas aos artistas escolhidos, entre os quais Derouet, Mignard, Greuze e Fragonard).

10€

Obras de Gil Vicente

Obras de Gil Vicente (autos – farsas – comédias – tragicomédias – obras várias – contribuições para o conhecimento das obras de Gil Vicente)

1965 / Lello & Irmão – Editores (144, Rua das Carmelitas – Porto). In-8º de 1468 págs. Enc.

“A presente edição das obras completas de Gil Vicente em «papel bíblia» visa proprocionar ao leitor uma visão de conjunto das manifestações artísticas de um dos gigantes do século XVI (...) um dos grandes génios da plêiade do Renascimento, sem haver renegado a Idade Média. (...) Espírito superior, a sua obra teatral é fonte preciosa para o estudo da linguagem, dos costumes, da vida social do tempo”.
Mais uma edição dada a lume por ocasião do penta-centenário, com a típica encadernação em pele maleável comum à generalidade destas monumentais da Lello; infelizmente, não é sequer indicada a responsabilidade pela fixação do texto.

40€ 

Gil Vicente e as crianças

(Prefácio de Paulo Quintela / Textos seleccionados por Maria Leonor de Carvalhão Buescu / Ilustrações de Tòssan)

Edição da Comissão Nacional do V Centenário de Gil Vicente. (Composto e impresso nas Oficinas Gráficas de Bertrand (Irmãos), Lda. Travessa da Condessa do Rio, 7 – Lisboa). In-8º gr. de 36, [III], [i] págs. Br.

Com uma selecção de textos que pudesse agradar em simultâneo ao público infanto-juvenil e ao ideário do Estado Novo organizador das comemorações, o volume dividiu-se nas partições de capítulos «A Terra Portuguesa», «A Vida», «Cristianismo».

Exemplar usado e já com algumas notas de desgaste.

10€

Versos de João de Deus, para o povo e para as creanças

Versos de João de Deus, para o povo e para as creanças, com desenhos de António Carneiro

(PortugalMundo, 1995). In-4º de 65, [5] págs. Cart.

Com a capa cartonada reproduzindo o célebre quadro alusivo de Rodrigo Soares, a edição aproveita os desenhos de António Carneiro compostos para a primitiva; e apresenta um prefácio do organizador e antologiador do volume, o escritor e estudioso de literatura infantil Fernando Vale, sempre ligado a esta editora.

Bom exemplar, embora com pequenos defeitos próprios da impressão.  

10€

Maria Lamas — Vale dos Encantos

vega (Impressão e acabamento: LAG-Artes Gráficas, Lda.) In-8º peq. de 173, [i], [II] págs. Br.

“Algures, no interior de Portugal, existe um vale onde o sonho e a liberdade das crianças se unem criando uma nova realidade. Esta é a história da Luzinha de quem todos gostam, dos seus sonhos, dos seus contos de fadas (…)”

Edição do recentemente falecido Assírio Bacelar e capa e ilustrações de Zé Paulo.
Exemplar em 2.ª mão.

5€

Maria Lamas (1893-1983)

Lisboa, 1993. In-8º gr. de 139, [5] págs. Br.

Catálogo comemorativo do centenário do nascimento, celebrando sobretudo a jornalista, a activista e a escritora infantil, e servindo de apoio à exposição coetânea. Ricamente ilustrado ao largo do volume, como habitualmente neste tipo de publicações da BN, tem textos de apresentação de Maria Leonor Machado de Sousa (neta de Maria Lamas directora à época do Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro, promotor da iniciativa), Maria Antónia Fiadeiro («Maria Lamas: uma Mulher em Pessoa», biografia) e Alice Vieira («Maria Lamas: uma Escritora para a Infância», útil recensão de bibliografia). Composição da Qualigrafe – Artes Gráficas.

10€ [P.V.P.]

Sophia — Contos Exemplares

figueirinhas (38ª edição, 2012). In-8º de 165, [ii], [I] págs. Br.

Reproduzindo o prefácio de António Ferreira Gomes para a 3.ª edição que passou a figurar nas seguintes, integra os contos «Pórtico», «O jantar do bispo», «A viagem», «Retrato de Mónica», «Praia», «Homero», «O homem» e «Os três reis do oriente» - que a editora faria sair em edição autónoma, ilustrada. 

Exemplar novo.

10€

Sophia — Contos Exemplares

Contos Exemplares (3.ª edição, com um Prefácio de D. António Ferreira Gomes)

Portugália Editora (1970). In-8º de 195, [9] págs. Br.

85.º título publicado na célebre colecção «contemporânea», com a habitual capa de Câmara Leme, o volume apresenta na face inferior da dita capa um retrato de Sophia e nas abas apreciações críticas ao livro da pena de Álvaro Salema e José Palla e Carmo. É nesta edição que pela primeira vez aparece o longo paratexto do bispo do Porto aproveitado nas dezenas de edições seguintes que o livro conta até hoje, pelo menos até à Figueirinhas (não acompanhamos a actividade da Porto Editora).

Exemplar relativamente bem conservado, mas padecendo já a capa de algum desgaste.

14€        

Sophia — A Fada Oriana

A Fada Oriana (Ilustrações de Luís Noronha da Costa / 5.ª edição)

Edições Ática, Lisboa. (Composto e impresso nos [sic] oficinas gráficas da Tipografia Macario, Lda. – Lisboa. Acabou de imprimir-se em Maio de 1978). In-8º gr. de 78, [I], [i] págs. Br.

Tardaram duas décadas para que se publicassem cinco edições deste livro originalmente saído dos prelos em 1958 - mas a partir da passagem para a portuense Figueirinhas, logo na década seguinte se foram multiplicando, fazendo deste não só o livro mais vendido da autora como talvez de toda a literatura infanto-juvenil portuguesa.
Antes da passagem para a «vulgata», o que há a salientar é o apuro gráfico das reproduções das ilustrações de Noronha da Costa, mais salientes neste formato (maior) e neste papel. 

Exemplar com ligeiro desgaste exterior.

14€

Sophia — A Fada Oriana

a fada oriana (ilustrações de Natividade Corrêa)

figueirinhas (Impressão e Acabamento: Gráfica Maiadouro). In-8º q/quadrado de 82 págs. Br.

Livro cuja prosa, citando Garcia Barreto, "é sublinhada por uma escrita límpida, cingida ao essencial e claramente poética, com grande atenção ao maravilhoso e aos elementos da Natureza, escrita que não cede ao fácil, deixando no olhar de quem lê uma proposta de sonho".
Esta foi a última edição publicada pela Figueirinhas, até ao fim a editora da literatura infanto-juvenil de Sophia, cujos herdeiros preferiram depois, como sói/dói acontecer, passá-la para um grupo editorial que aliás se encarregou de rapidamente lhe apôr feiosas capas.

Exemplar novo.

10€ 

Natércia Rocha — Bibliografia Geral da Literatura Portuguesa para Crianças

Editorial Comunicação (Acabou de se imprimir em Julho de 1987 / Guide – Artes Gráficas, Lda. / Lisboa – Portugal / Tiragem: 2000 ex.). In-8º de 260, [iii], [I] págs. Br.

No seu breve prefácio, precedendo a introdução da própria autora, David Mourão-Ferreira resumia, quase a terminar, assim o livro: “Abrangendo o largo período de 1778 a 1986, alfabeticamente ordenada [sic], este trabalho, realizado com paciência beneditina, oportunamente se propõe, por um lado, reunir todos os dados disponíveis e, por outro, fomentar a indispensável base de apoio a ulteriores estudos que, neste domínio, se mostram cada vez mais urgentes”.
Ao importantíssimo – embora naturalmente muito longe de exaustivo – core desta recensão acrescem no final «Índice de textos para teatro», «Índice de ilustradores», «Prémios nacionais de literatura para crianças» e uma lista de «Obras e autores premiados».

14€ 

Raquel Patriarca — O Livro Infantojuvenil em Portugal entre 1870 e 1940

O Livro Infantojuvenil em Portugal entre 1870 e 1940: Uma Perspetiva Histórica

caleidoscópio [Dezembro 2024]. In-8º gr. de 399, [i], [XXIX], [i] págs. Br.

Tese de doutoramento da autora em História do Livro, apresentada em 2012 mas tendo de esperar que o relógio dos anos desse uma volta completa, até aos 24, para ser finalmente publicada no mercado. O trabalho, bastante minucioso, foi dividido nas partições principais «História e Educação entre 1870 e 1940», «Literatura Infantojuvenil entre 1870 e 1940», «Os Livros para Crianças e Jovens nas últimas décadas do Constitucionalismo Monárquico (1870-1910)», «Livros para Crianças e Jovens durante a I República (1910-1926)», «Livros para Crianças e Jovens na Ditadura Militar e inícios do Estado Novo (1926-1940)». 

25€ [P. V. P.]

Ernest Hemingway — O Velho e o Mar

O Velho e o Mar (tradução e prefácio de Jorge de Sena / ilustrações de Bernardo Marques)

Edição «Livros do Brasil» · Lisboa (Os trabalhos gráficos deste livro foram executados na primeira quinzena do mês de Novembro de mil novecentos e cinquenta e seis). In-8º de 133, [II], [i] págs. Br.

Do prefácio do tradutor: “Ante uma obra como esta — da mais alta qualidade artística e da mais nobre categoria ética — um obra que nos eleva à contemplação da dignidade do homem e do mundo em que é um ser pensante, através da mais avassaladora singeleza: devemos curvar-nos gratamente e fazer votos porque, numa tradução que procurei fosse escrupulosa e fiel, pouco se tenha perdido de tão pura obra-prima, do seu poder encantatório, da sua frescura narrativa”

8€

Ernest Hemingway — For Whom the Bell Tolls

The Sun Dial Press / Garden City, New York. (1940). In-8º gr. de [IV], 410 págs. Enc.

Reimpressão do romance publicada sob licença da Charles Scribner´s Sons, que o dera a lume originalmente também em 1940; nesse ano terão sido impressas, pelo menos, duas tiragens na casa-mãe (a original com 75.000 cópias), esta e uma outra em Filadélfia; não foi possível concluir a esta livraria portuguesa, sem grande conhecimento da bibliografia norte-americana, qual a exacta ordem cronológica de saída.

Boa encadernação pelo editor em tela, ligeiramente desgastada no topo da lombada. A ter havido sobrecapa, ela falta ao exemplar.

30€

Mark Twain — Tom Sawyer Abroad

Tom Sawyer Abroad, by (...) / (Copyright edition.). Leipzig: Bernard Tauchnitz, 1894. [Aliás, na capa, 1921]. In-8º peq. de 202, [2] págs. Enc.

Volume publicado na conhecida e profusa «Collection of British (/and American) Authors», tendo o exemplar sido bem encadernado em percalina gravada a ouro conservando ambas as faces da capa de brochura, a inferior dando a entender que esta reedição será de 1921.

15€

Mark Twain — Um americano na corte do rei Artur

Portugália Editora (1979). In-8º de 384, [VI] págs. Br.

"Mark Twain faz uma sátira magistral ao espírito cavalheiresco da nobreza medieval. Um Americano na Corte do Rei Artur é a história dos cavaleiros da Távola Redonda vista do avesso. Nele manifesta Mark Twain algumas das características mais salientes do seu génio: a imaginação poderosa, sempre fresca e imprevista, o humor, a força satírica, a lucidez crítica, o conhecimento da vida humana (passada e presente) e dos seus ridículos. Ao apresentá-lo agora, em tradução portuguesa, pretendemos servir não apenas o público juvenil, mas todos os leitores em geral. Trata-se de uma obra-prima que merece estar ao lado do Dom Quixote, de Cervantes". 

Capa de Paulo Guilherme.

12€

Mark Twain — aventuras de Huckleberry Finn

aventuras de Huckleberry Finn (Tradução de Ricardo A. Fernandes / 4.ª edição)

Portugália Editora, Lisboa (composto e impresso nas oficinas gráficas da Sociedade Astória, Lda. / Maio de 1970). In-8º de 387, [VII] págs. Br.

"Para Huck, cada dia traz uma nova experiência: encontra-se com o egoísmo, as habilidades dos oportunistas que o fascinam mas não o confundem, a cobiça, a traição. Aprende por si próprio a distinguir o bem e o mal, conhece a alegria e o remorso. Onde a aventura o chama, ele lá vai! São irresistíveis de graça os comentários, as contínuas e coloridas fantasias, os malabarismos de que se serve para atingir os seus fins".

10€

Lewis Carroll — Alice au Pays des Merveilles

Alice au Pays des Merveilles (Traduction d'André Bay / Images de Prassinos)

Éditions Stock (Delamain et Boutelleau), Paris. (1942). In-8º de 185, [5] págs. Cart.

"La Collection Maïa est composée de vrais livres copieux, captivant l'imagination sans la gatêr et d'une véritable valeur littéraire - Illustrée avec gout, présentée avec soin, (...) s'adresse a toute la jeunesse moderne, filles et garçons", eis o programa da colecção - com a capa cartonada e graciosas ilustrações a p/b e uma cor, graficamente recortadas a fazer de cliché.

10€

Jonathan Swift — Viagens de Gulliver: adaptação livre (...) por João de Barros

Viagens de Gulliver: adaptação livre da obra de Jonathan Swift por João de Barros / ilustrações de Sara Sá da Costa

Livraria Sá da Costa, editora. In-8º de 285, [iii], [II] págs. Br.

João de Barros dividiu esta sua versão em quatro partes, cada qual com vários capítulos: «Viagens a Liliputia e a Blefusco», «Viagem a Brobdignac», «Na terra dos Cavalos Civilizados (Honyhnhnms)» e «Acabam as aventuras e aprendo a amar os Portugueses» (!); justificando no seu prefácio esta última patrioteira partição, espécie de maxi-capítulo 11 (já de si dos mais pequenos do livro...), “em que a generosidade e a lhaneza dos Portugueses, simbolizados na figura simpática do comandante do Galeão que salva Gulliver de perigoso acidente, prova e demonstra de incisiva maneira a opinião favorável (e aliás jamais desmentida) dos estrangeiros a nosso respeito, quando mantínhamos ainda supremacia marítima na Europa e no Globo” – o que, convenhamos, já não era há muito o caso. 
[Recorde-se, já agora, que noutro livro contemporâneo «semelhante», o Cândido, de Voltaire, há também um capítulo «português», com a descrição de um auto-de-fé em Lisboa, que por si só complica bastante esta tese da “opinião favorável dos estrangeiros a nosso respeito” – João de Barros também o isolaria aumentado em secção principal?] 
Quanto às boas ilustrações de Sara Costa, além das da capa há mais uma a cores, na anteportada, sendo as restantes a p/b em friso nas páginas capitulares.

10€