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Luís de Camões [Obras Completas]
Sob a orientação gráfica de Sebastião Rodrigues, a edição foi impressa em grande formato sobre bom papel encorpado e é particularmente apreciável pela riqueza das ilustrações, sendo de destacar os dois volumes da Lírica ilustrados pelo pintor setubalense Lima de Freitas, habitual ilustrador camoneano; além de outros como Júlio Gil e Paulo Ferreira e da reprodução de quadros de Columbano, Malhoa, Condeixa, etc. nos dois dedicados a’Os Lusíadas e a Autos e Cartas.
Os volumes foram encadernados com gravações a ouro e cores variadas para cada um.
Os volumes foram encadernados com gravações a ouro e cores variadas para cada um.
75€
1572-1972: 4.º Centenário da 1.ª Edição de «Os Lusíadas»
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“Nos fins do século XVI Luís de Camões escreveu, em versos apaixonados, a gloriosa gesta dos Portugueses. Neste ano de 1972 comemora-se o 4.º centenário da primeira edição do seu poema, “Os Lusíadas”, obra-prima do património universal. / Consideramos que recordar este acontecimento histórico seria a melhor maneira de lhe dar a conhecer o prazer com que o recebemos em Portugal. Por esse motivo, como oferta simbólica da nossa hospitalidade, entregamos-lhe reproduções ampliadas das estampas que ilustram a mais célebre edição de “Os Lusíadas””.
Com uma capa de papel a alojá-las, a edição reproduz as doze gravuras da famosa edição do Morgado de Mateus publicada em Paris, algumas a partir de trabalhos de pintores famosos: «Retrato de Luís de Camões» (na imagem), «Gruta de Camões em Macau», «Concílio dos Deuses», «Visita do Rei de Melinde a Vasco da Gama», «Assassínio de Inês de Castro», «Sonho de El-Rei D.Manuel no qual lhe aparecem os rios Indo e Ganges», «Aparição do Gigante Adamastor na Passagem do Cabo da Boa Esperança», «Vénus aplaca os Ventos e a Tormenta», «Desembarque de Vasco da Gama em Calecute», «Segunda Audiência do Samorim a Vasco da Gama», «Ilha de Vénus» e «Audiência de El-Rei D.Manuel a Vasco da Gama».
[No leilão da extraordinária biblioteca de Laureano Barros (160€) bem como em dois outros mais recentemente decorridos, esta peça ultrapassou os 100€, valor que parece porém bastante excessivo em relação à sua habitual – e mais razoável – cotação.]
Os Lusíadas de Camões: quatrième centenaire
35€
O Episodio do Adamastor nos «Lusiadas» de Luis de Camões
Reedição no mesmo local, um ano depois, de uma ainda mais rara edição de apenas 56 exemplares preparada por Joaquim de Araújo tomando como mote o cruzador «Adamastor»; esta, (também?) com três estampas em folhas à parte – o retrato de Camões, uma fotogravura do navio de guerra e uma outra com os promotores da lusa iniciativa em território italiano –, tem declarada uma tiragem de 192 exemplares, “simbolicos do numero de versos do Episodio”, dos quais aquele que aqui se apresenta está ainda por estrear, com os cadernos por abrir (apesar de algum desgaste da capa, principalmente sobre o encaixe).
45€
Luís de Camões ― Os Lusíadas
Os
Lusíadas: poema épico (Nova edição, contendo: Notícia acerca de Vasco da Gama e
da sua viagem à Índia / Índice de palavras alatinadas e antiquadas / Dicionário
dos nomes próprios usados no poema)
Lello
Editores (2000). In-16º de XII, 536 págs. Enc.
“A
edição de Os Lusíadas agora novamente apresentada em cuidada edição de
excelente aspecto gráfico, e encadernação semelhante a um guarda-jóias encerrando
o poema, apareceu há quase um século como espécie comemorativa do tricentenário
de Camões”, assim começava Lopes de Almeida a sua introdução à edição de 1980,
aqui igualmente reproduzida; referindo-se à edição lisboeta de 1881 da
responsabilidade de Teófilo Braga. Com um retrato de Camões em folha à parte na
anteportada, o destaque vai justamente para a boa encadernação em veludo
gravado a ouro, revestida de plástico transparente para melhor protecção.
25€
Luís de Camões ― Os Lusiadas
Coimbra: Imprensa da Universidade & Braga: Livraria Cruz – Editora. M DCCCC XXIII. In-4º de XIX, [III], 448, [IV] págs. Br.
Importante edição, reconhecido marco da bibliografia camoneana, preparada por Gonçalves Guimarães a partir da 1ª, que reproduz. Inclui a abrir um competente prefácio, da sua pena, em que são deixados apontamentos sobre a prioridade temporal das edições iniciais do poema e as várias alterações introduzidas; e, a fechar, uma nota com as variantes da 2ª edição, a que se seguem os dois apêndices (I – Sobre a pronúncia geral do português no tempo de L. de Camões. II – Algumas reflexões sobre a métrica) de aspectos técnicos gramaticais, com curiosas estatísticas e quadros vários. Inclui ainda uma gravura com a reprodução do frontispício da 1ª edição, além da reprodução do alvará com a licença de impressão passado em nome do rei (D. Sebastião) e do parecer de Fr. Bertholameu Ferreira, pela Inquisição.
Exemplar nº260 da tiragem especial de 300, em maior formato e melhor papel (de linho), assinados pelo editor. Com falhas de papel na lombada, que apresenta várias desconjunções parciais e aconselha, por isso, uma futura encadernação. Miolo em bom estado, salvo manchas de acidez em algumas folhas.
40€
Luís de Camões ― Os Lusiadas
Coimbra: Imprensa da Universidade & Braga: Livraria Cruz – Editora. M DCCCC XXIII. In-4º de XIX, [III], 448, [IV] págs. Br.
Outro exemplar, este da tiragem corrente; encadernado com cantos e lombada em pele gravada a ouro; pastas revestidas de papel marmoreado; corte das folhas carminado à cabeça; marcador em cetim; conservando ambas as faces da capa primitiva.
35€
Outro exemplar, este da tiragem corrente; encadernado com cantos e lombada em pele gravada a ouro; pastas revestidas de papel marmoreado; corte das folhas carminado à cabeça; marcador em cetim; conservando ambas as faces da capa primitiva.
35€
Luís de Camões ― Os Lusiadas
Porto: Livraria Figueirinhas – Editora (75, Rua das Oliveiras, 77) – 1907. 10 vols. in-8º. Enc.
Frequentes sublinhados e apontamentos a lápis ao longo dos volumes, de resto sem defeitos significativos a assinalar - salvo o primeiro, que apresenta mais desgaste.
28€ (reservado)
Luís de Camões ― Os Lusiadas, de (...)
Graciosa edição, impressa sobre bom papel, em fac-simile da original de 1572; com um estudo introdutório para o efeito da autoria de Hernâni Cidade.
Exemplar por estrear, conservando os cadernos por abrir.
25€
Os Lusiadas de Luís de Camões. Edição nacional.
Encadernação da própria editora em tela, gravada a ouro na lombada e na pasta superior.
Exemplar por estrear.
Luís de Camões ― Os Lusíadas
Livraria Civilização/Editora. (1983). In-8º de 427, [1] págs. Br.
A capa foi ilustrada na frente por um desenho de Abreu Pessegueiro, de quem parece ser também o da portada; há ainda duas ilustrações em encorpadas folhas hors-texte no miolo, a partir de duas gravuras antigas figurando o poeta, que aparece ainda na face inferior da capa – reproduzindo um conhecido medalhão.
É bastante extenso o dicionário preparado por Guedes de Oliveira no final do volume, principal interesse da edição (pelo contrário, o estudo preliminar é relativamente breve).
14€
Os Lusíadas: Antologia temática e texto crítico
Este livro de Borges Coelho apresenta de entrada uma «Ficha Biográfica» do poeta e um «Roteiro Cronológico» da sua vida e da sua época, entremeando depois os trechos seleccionados com cerca de vinte textos que cruzam notas críticas e bibliográficas, apontamentos vários e curtos ensaios («Para o estudo da epistemologia camoniana», «Formação de Portugal», «O «fogo» de Aljubarrota», «Coimbra ou Lisboa», «Faltam provas para o fazer cristão novo», etc.).
Exemplar por estrear, praticamente perfeito (só ligeiríssimas marcas na capa).
Luís Francisco Rebelo ― Variações Sobre o Teatro de Camões
Entre os oito capítulos (variações) aqui representados, merece destaque, no final, a panorâmica sobre as representações das peças de Camões nos palcos portugueses, ilustrada por algumas fotografias de algumas dessas encenações; rematando o volume uma antologia das peças camoneanas (Os Anfitriões, El-Rei Seleuco e Filodemo).
Exemplar por estrear.
8€
Luís de Camões ― Auto de El-Rei Seleuco
Editorial Domingos Barreira, de Manuel Barreira (Rua Oliveira Monteiro, 343 –) Porto. [S/d]. In-8º peq. de 135, [1] págs. Br.
O extenso prefácio de Augusto César Pires de Lima consta dos capítulos «As tradições nacionais na obre do Poeta», «Queixas contra as injustiças dos homens», «O espírito religioso», «Lição de civismo a tirar da obra de Camões» e «O auto de El-Rei Seleuco».
Volume publicado na Colecção «Portugal».
5€
Luís de Camões ― Autos
Lisboa: Imprensa Nacional, 1928. In-4º gr. de 110, [6] págs. Br.
“Nova edição dos Anfitriões e do Filodemo de Luís de Camões conforme a Edição de 1587 – (...) – que tem o título: Primeira Parte dos Autos e Comedias Portuguesas (...) O texto do ElRey Seleuco é o da 1.ª Edição – devida a Paulo Craesbeeck, que em 1644-1645 publicou em dois tômos Os Lusíadas e as Rimas”. “É a reprodução exacta da 1.ª edição o texto dos Autos que publicamos. Como na edição anotada das Eclogas de Bernardim Ribeiro (1923), procurámos igualmente nesta dos Autos de Luís de Camões apresentar as suas fontes nacionais e estrangeiras. E como não se pode compreender a nossa literatura sem o conhecimento da riquíssima literatura espanhola, de que Camões foi tributário, cotejamos com os seus versos passos dos clássicos castelhanos”.
Edição de referência nos estudos camoneanos; graficamente cuidada e apresentando em folha à parte os frontispícios das edições originais mencionadas.
O exemplar foi valorizado pela dedicatória de oferta manuscrita por Marques Braga “Ao prezado amigo, o ilustre Professor Senhor Dr. João da Silva Correia”, que entretanto o sublihou e anotou com vários apontamentos da sua lavra. Em contrapartida, está um tanto desdourado por alguns defeitos exteriores – a capa apresenta sinais de desgaste.
22€
Luís de Camões ― Rhytmas
“Esta edição, comemorativa do IV centenário da estada de Luís de Camões na ilha de Moçambique, foi autorizada por despacho de 26 de Fevereiro de 1968, de Sua Excelência o Ministro do Ultramar, Prof. Doutor Joaquim Moreira da Silva Cunha”; impressa sobre folhas de papel couché, é um fac-simile da primeira edição da obra, a partir do exemplar da biblioteca do rei Manuel II – do qual se reproduzem as guardas floreadas e o respectivo ex-libris real numa delas aposto.
Boa encadernação original inteiramente em pele.
Luís de Camões ― Sonetos
Lisboa: A Educadora – Empreza Editora, 1913. 2 vols. in-8º de 94 e 72, [II] págs. Enc.
Edição preparada por Teófilo Braga, cujo estudo introdutório ocupa as primeiras 26 páginas. Com a capa ilustrada por um trabalho de Acácio Lino e uma série de gravuras em folhas destacadas.
Encadernação conjunta dos dois volumes, tendo os cantos e a lombada em percalina gravada a dourado; e conservando por inteiro a capa primitiva.
23€
Sonetos de Luís de Camões
Exemplar valorizado por uma expressiva dedicatória de oferta manuscrita pelo próprio Magalhães Basto na folha de anterrosto.
35€
Sonetos de Luís de Camões
Outro exemplar, este prejudicado por alguma folga da lombada face ao volume e por uma assinatura de anterior propriedade traçada igualmente sobre a folha de anterrosto. Fora isso, também bastante cuidado.
20€
Versos e Alguma Prosa de Luís de Camões
Editorial Inova Limitada. (Porto. 1972.) In-8º de 159, [23] págs. Br.
Primeira edição desta conhecida antologia camoniana, organizada e prefaciada («Camões e as altas torres») por Eugénio de Andrade. Graficamente apurada, sob a direcção de Armando Alves, tem na capa uma gravura a negro com um desenho de Ribeiro de Pavia e, ao longo do volume, ilustrações em folhas destacadas reproduzindo um retrato do poeta, a primeira página da edição original de «Os Lusiadas» (1572), uma «Carta de Perdão a Luís de Camões», duas gravuras antigas («A Morte de Inês de Castro» e «Lisboa no Séc. XVI) e uma tapeçaria flamenga do séc.XVI que representa Vasco da Gama e alguma da sua tripulação em terra.
Exemplar da tiragem de 2000 – houve uma outra, suplementar e especial, de 200 – em bom papel vergé.
20€
Versos e Alguma Prosa de Luís de Camões
Editorial Inova, Limitada. (1972). In-8º de 96, [6] págs. Br.
Segunda edição, publicada na colecção «duas horas de leitura».
O exemplar pertenceu a Moreira da Silva, de quem tem o ex-libris (cuja divisa reza, rezava, Sapientia, Amor, Labor).
10€
Cruz Malpique — História de um Elegante do Romantismo
Editora: Livraria Progredior. Porto – 1954. In-4º de 264, [2] págs. Br.
Primeira edição, publicada na série «Historia Una, Species Mille»; em grande formato, e ilustrada sobre folhas destacadas de papel couché (por retratos de Garrett, documentos vários, objectos pessoais, casas onde nasceu e morreu no Porto e em Lisboa, etc.). Esta biografia de Malpique é ainda hoje das mais consideradas – com as Memorias Biographicas de Gomes de Amorim, a quem de resto foi, a par de Costa Pinto, dedicada – de todas as votadas ao escritor.
25€
Cruz Malpique — História de um Elegante do Romantismo
História de Um Elegante do Romantismo (uma biografia de Garrett)/1799-1854
Editora: Livraria Progredior. Porto – 1954. In-4º de 264, [2] págs. Enc.
Outro exemplar da mesma edição original, este revestido de uma boa encadernação (aparentemente, já recente) com a lombada, gravada a ouro, e os cantos em pele; conservando por inteiro a capa de brochura.
35€
Editora: Livraria Progredior. Porto – 1954. In-4º de 264, [2] págs. Enc.
Outro exemplar da mesma edição original, este revestido de uma boa encadernação (aparentemente, já recente) com a lombada, gravada a ouro, e os cantos em pele; conservando por inteiro a capa de brochura.
35€
Almeida Garrett ― O Arco de Sant'Ana
Série Popular, n.º51. Livraria Civilização – Editora (Rua Alberto Aires de Gouveia, 27) – Porto. (1956). In-12º de 247, [1] págs. Br.
Exemplar impecavelmente conservado em brochura, ao contrário do que habitualmente sucede com estes pequenos volumes da «Colecção Civilização».
8€
Almeida Garrett ― Miragaia
O Mundo do Livro. Lisboa. 1954. In-8º de 34, [4] págs. Br.
C
Exemplar em condição praticamente impecável, descontando o ligeiro desgaste da capa.
12€
Almeida Garrett ―Teatro
Edição publicada na colecção «Obras Completas de Almeida Garrett», da mão de Jacinto do Prado Coelho, sendo esta série de «Teatro» a única que ainda chegou a sair: o primeiro volume, prefaciado por longo estudo introdutório de Andrée Crabbé Rocha acerca da dramaturgia garrettiana, reproduzindo Catão, o segundo Merope e o terceiro Um Auto para Gil Vicente e O Alfageme de Santarem. (Viria a ser ainda composto um IV, Frei Luiz de Sousa ; mas que mal entrou no mercado, se é que chegou a entrar, e não teve esta série especial). O texto foi fixado e revisto por uma equipa de especialistas e a mulher de Torga acrescentou-lhe ainda notas no vol. II.
Exemplares da tiragem especial de 350 impressa em maior formato sobre belíssimo papel avergoado e encadernada, carimbada, rubricada e numerada pelos editores, que a estes atribuíram o n.º 79. A encadernação foi integralmente em pele, tendo gravados a seco a efígie de Garrett, na frente, e atrás o brasão de família, sobre a marca editorial.
75€
Almeida Garrett ― Folhas Caídas (introdução: José Gomes Ferreira)
Elaborada com algum descuido gráfico (a mancha teve a tinta espalhada deficientemente em várias folhas da parte final do volume, neste como em muitos outros exemplares) para umas planeadas «Obras Literárias de Almeida Garrett» que se ficariam por este terceiro título, a edição, a partir da ilustrada que a mesma Portugália publicara na década anterior, aproveita dela o intuitivo, impressivo e importante prefácio de Gomes Ferreira – outro portuense tornado lisboeta, como Garrett –, que se espraia por seis dezenas de páginas; apesar de várias teses muito discutíveis, é ainda assim das mais importantes peças escritas sobre este livro, por sua vez o mais importante do nosso romantismo, só com possível paralelo no Amor de Perdição camiliano.
Exemplar algo desgastado na capa; conservando o miolo, pelo contrário, incólume.
15€
Almeida Garrett ― Viagens na Minha Terra
Portugália Editora, 1963. In-8º de LXVII, [5], 343, [XXVII] págs. Br.
Dando de barato a asserção, o interesse principal deste volume inaugural das «Obras Literárias de Almeida Garrett» era a apresentação dessas notas manuscritas pelo próprio e inéditas durante mais de um século - facto deveras notável tratando-se de uma das obras-primas da prosa portuguesa, sublime digressão acerca da digressão à volta de Santarém que com o anfitrião Passos Manuel e outros compagnons-de-route, figurados e literais, o autor fizera.
Bom exemplar, ainda por estrear.
17€
Almeida Garrett ― Viagens na Minha Terra
1949 / Livraria Simões Lopes de Manuel Barreira – editor, (Rua do Almada, 119) Porto. In-8º de 352, [4] págs. Br.
Ao prefácio segue-se uma útil «Bibliografia Concernente a Almeida Garrett» que se estende por quatro páginas.
Exemplar em muito bom estado, aparentemente nunca lido.
8€
viagens com Garrett (Texto de Isabel Lucas / fotografias de Paulo Alexandrino)
“Ao decidir fazer aquela viagem pelo Ribatejo, Almeida Garrett não se baseou em nenhum guião. O objectivo a que nos propusemos agora é o de seguir um percurso com paragens ao ritmo do acaso, tentando refazer o roteiro original que o escritor nos deixou. Século e meio depois, como estão as paisagens e os lugares que Almeida Garrett descreveu no livro Viagens na Minha Terra? Sem qualquer tipo de pretensão literária, fomos recolhendo impressões, apontando as marcas dos sítios, das gentes, das paisagens, de alguns costumes, das belezas e das fealdades numa determinada época, aliando o texto à imagem que muitas vezes deve ser entendida enquanto metáfora, assumindo um discurso independente da escrita, mas que não lhe é alheio”.
Um dos bons álbuns da Contexto, amplamente ilustrado pelas fotografias referidas e com graça para a bibliografia ribatejana; sairia a seguir pelo Círculo de Leitores, com capa diferente.
Exemplar por estrear.
20€
Eça de Queirós ― Primeiro de Maio (Ilustrações de João Abel Manta)
“Tão brando se tornou o Anarquismo que, em lugar de destruir, na sua cólera de semanas, centenas de moradas e milhares de vidas, como no século XIV, tem apenas em longos meses causado duas mortes, e rachado vinte paredes. Tão branda se tem tornado a ordem que, em vez de matar com simplicidade e alegria sete mil desordeiros numa só tarde, como o conde de Foix e os seus cavaleiros que eram a ordem do século XIV, se perturba quando atacada, e grita, e treme, e a si mesma ansiosamente pergunta se não deve desaparecer para dar lugar a outra ordem mais igual e mais justa. Que é tudo isto senão o mundo avançando seguramente para a Bondade, fim supremo do Ser?
E se assim é, o Primeiro de Maio, tão temido, tem de ser
marcado com traço de ouro, porque nos mostra maior doçura, maior paz entre os
homens - e como outrora, neste dia de renovação primaveril da terra, deveremos,
em agradecimento aos deuses, pendurar à nossa porta ramos de giesta em flor.”
Longa e pouco conhecida crónica publicada pelo escritor
português na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, onde tinha colaboração
regular; inédita em volume até à primeira edição deste, saída em 1979; composto
pela Intergráfica com impressão na Tipografia Lugo.
Bom exemplar.
10€
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