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Boletim bibliográfico 2/2024

Preparado tendo em vista o centenário de nascimento de Fernando Campos (no passado dia 22 de Março) e os 175 anos do nascimento de Alberto Pimentel (que se assinalaram anteontem), o segundo deste ano é principalmente dedicado ao romance histórico, género que o primeiro praticou quase em exclusivo e o segundo também q.b.
Além desses dois senhores, entram romances mais ou menos históricos de outros afamados praticantes como Garrett, Herculano, Camilo, Arnaldo Gama, Pinheiro Chagas, Campos Júnior e Saramago, entre muitos outros.
Mas como a vida não é só romance (a bem dizer, raramente o é...), mistura-se também alguma História, privilegiando a bastante romanceada (muitas vezes praticada por... romancistas). 

Pode consultar-se

Nos 175 anos do nascimento de Alberto Pimentel

Comemoram-se hoje os 175 anos do nascimento do escritor portuense - depois tornado lisboeta,  conforme aconteceu a tantos desde a instituição de Côrtes na Côrte... - Alberto Pimentel, que deu nome ao largo vizinho de uma livraria sempre bem servida de livros dele. (Não por essa razão; já o era antes)
Dotado de uma capacidade de trabalho de que se auto-vangloriava, «herdada» do padrinho literário Camilo e assumidamente desta sua cidade-natal, que nunca deixou de louvar à distância nos seus livros e em dedicatórias, como a do Seara em Flor, dedicado em página inteira à... Torre dos Clérigos; o autor de O Porto por fora e por dentro deixou-nos largas dezenas de títulos, dos quais temos nesta altura duas (dezenas), e já tivemos mais...   

Comemoram-se hoje se houver quem o comemore, claro. Já quase ninguém o lê, salvo a malta da bibliofilia, mas o remédio é simples - basta «clicar» aqui

Gabriel Garcia Márquez — El General en su Labirinto

Mondadori (1989). In-8º de 286, [4] págs. Enc.

Primeira edição espanhola, simultânea da original colombiana, do que foi o último romance do autor - no seu posfácio, explicava ter «roubado» a ideia (a última expedição de Símon Bolívar, já doente, ao longo do rio Madalena) a Álvaro Mutis, que chegara a começar o seu esboço mas depois o interrompera e deixara em pousio durante vários anos; e ter feito questão de a «roubar» dada a sua ligação àquele rio, que lhe vinha desde a infância. Após esse posfácio há ainda uma não tão «Sucinta cronología de Simón Bolívar», elaborada por Romero Martínez, que ocupa o final do volume, rematado por um mapa da expedição.

Encadernação do editor em tela com sobrecapa ilustrada de papel. No exemplar, a tela está já um pouco manchada e a sobrecapa marcada por alguns picos de acidez; acresce uma nota de compra (embora muito engraçada) a discreta tinta de anteriores proprietários, que o terão vendido ao alfarrabista galego que o vendeu depois a esta casa.

14€

Jorge Luis Borges — O Aleph

Editorial Estampa (1976). In-8º de 150, [2] págs. Br.

Publicada numa das melhores colecções de que há memória na edição portuguesa («novas direcções»), a edição aproveita a tradução para o Brasil de Flávio Cardoso, aqui adaptada para português de Portugal pelo nosso bom surrealista Mário-Henrique Leiria (que na mesmíssima colecção publicara os seus «Velhos» e «Novos Contos do Gin-Tonic»). 
Nada distingue esta tiragem da predecessora senão a nova capa de José Luís Tinoco. 
Alguns dos capítulos: «Os Teólogos», «Biografia de Tadeo Isidoro Cruz», «A Busca de Averróis», «O Zahir», «A Escrita do Deus», «Os Dois Reis e os Dois Labirintos», «O Homem no Umbral», «O Aleph».

10€

Jorge Luis Borges — O Livro de Areia

Editorial Estampa (1981). In-8º esguio de 133, [1] págs. Br.

Volume saído na colecção, bastante propensa ao fantástico e agora recentemente recuperada, «Livro B»; com tradução de Antonio Sabler. O livro integra os seguintes contos: «Ulrica», «O Congresso», «There Are More Things», «A Seita dos Trinta», «A Noite das Mercês», «O Espelho e a Máscara», «UNDR», «Utopia de um Homem que Está Cansado», «O Suborno», «Avelino Arredondo», «O Disco» e o titular «O Livro de Areia»; terminando por um epílogo do próprio Borges.

7€

As Doze Figuras do Mundo

As Doze Figuras do Mundo

Crime imperfeito (Relógio d'Água). [S/d]. In-8º de 133, [III] págs. Br.

Conjunto de cinco pequenos textos compostos pelo famoso par de amigos Adolfo Bioy Casares e Jorge Luis Borges, algures entre o conto e a novela, com aquela extensão a que no mundo anglófono e anglófilo tão caro a Borges se costuma chamar short story: «As Doze Figuras do Mundo», «As Noites de Goliadkin», «O Deus dos Touros», «As Previsões de San Giácomo» e «A Prolongada Busca de Tai An»; os três primeiros traduzidos por Miguel Serras Pereira, o quarto pelo próprio editor Francisco Vale e o quinto por Carlos Pessoa.

Exemplares novos, em fundo de edição (sobram 3).

9€

Adolfo Bioy Casares — O herói das mulheres

O herói das mulheres / Tradução do castelhano (Argentina): David Machado

cavalo de ferro (2008). In-8º de 175, [I] págs. Br.
 
"Um jornalista perseguido por um regime opressivo, um estudante que foge dos exames por um túnel impossível, um jovem aldeão ansioso por conhecer a cidade ou um empregado de sanatório que descobre que a dor dos pacientes pode ser usada para produzir eletricidade: com a sua escrita elegante e hipnótica, (...) Casares apresenta nestas histórias uma galeria de personagens únicas que parecem partilhar um estranho destino, na fronteira entre o sonho e a realidade."
Nota preliminar do próprio autor: "Este volume reúne os contos e os romances curtos que escrevi depois de El gran serafín (1967)"

Último exemplar disponível.

10€

Adolfo Bioy Casares — dormir ao sol

Editorial Estampa (1980). In-8º de 176, [IV] págs. Br.

Com tradução também de António Sabler e capa também de José Luís Tinoco, foi este o 39.º título da colecção «novas direcções»; a edição original argentina  saíra em 1973.

Exemplar igualmente novo, igualmente fundo de edição.

8€

Juan Ramón Jiménez — Platero e Eu

Livros do Brasil, Limitada / Lisboa. [S/d]. In-8º de 139, [5] págs. Br.

Foi a mais conhecida incursão em prosa do poeta modernista - ela mesma constituída por curtos capítulos que em muitos trechos são prosa quase poética.
Tradução do castelhano por José Bento e ilustrações a toda a extensão do volume de Bernardo Marques.

Exemplar por estrear.

8€