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Passagens de ano 23/24

O bom velho Garrett, então ainda novo mas já exilado, tão pouco satisfeito no último dia de (18)23 como tanta gente neste final de (20)23: "Amanhã começa o ano novo. Deus mo dê mais venturoso que este. Vai-te em paz, ano de 23, que assaz de perturbações e desgraças cá deixas em teu curso."
E na entrada correspondente ao dia seguinte, 1 de Janeiro de 1824: "Que trará consigo este novo ano? Que projectos de ambição, que novos esforços de tirania aparecerão em seu decurso? Que novas opressões para a raça humana?"

[Mas para que o espírito do nosso progressista João Baptista não fique ainda menos entusiasmado, cá lhe damos a novidade: exactos dois séculos depois, vamos finalmente dar à luz em edição independente este «Diário» que nunca chegou a ver publicado em vida. Notícias em breve]

Jorge de Sena — Sobre o Romance

edições 70. (1985). In-8º de 232, [IV] págs. Br.

Conjunto de ensaios agrupados em volume, com uma nota introdutória também de Mécia de Sena e um prefácio do marido-autor que, professor nos E.U.A., começava por anunciar reunir nele "artigos, ensaios e prefácios mais ou menos substanciosos, que escrevi e publiquei, entre 1954 e 1961, sobre autores e obras dos Estados Unidos da América do Norte"; mas após a intervenção da mulher, que o concluiu, essa seria apenas a secção final sobre «Ficção Norte-Americana»; precedida das «Ficção Inglesa», «Balzac e Thomas Mann» e, logo de início, a mais genérica «Sobre teorias e práticas da ficção». 

12€

Jorge de Sena — Poesia e Cultura

Caixotim Edições (Outubro de 2005). In-8º de 228, [3], [i] págs. Br. 

"Duas vezes o título de Poesia e Cultura foi anunciado por Jorge de Sena: em As Evidências (1955) e em Da Poesia Portuguesa (1959), mas não teve nunca oportunidade de organizar e publicar e não ficou nenhuma orientação que me guiasse na escolha e arrumação dos textos", começava por dizer a irmã de Óscar Lopes e mulher de Jorge de Sena, Mécia, na sua Introdução ao volume, explicando a seguir a organização e os critérios que a levaram a seccioná-lo "em quatro partes, introduzidas por uma "Carta ao jovem poeta"", texto escrito a um iniciante brasileiro a pedido de Sophia, outra portuense a juntar ao trio; sendo a capa do também portuense José Rodrigues, que para ela cedeu um desenho inédito.

Vários exemplares disponíveis em fundo.

10€

António Gedeão — Poemas Escolhidos

Poemas Escolhidos (antologia organizada pelo autor)

Edições João Sá da Costa, Lisboa. In-8º de 128, [iv] págs. Br.

O volume recolhe composições de Movimento Perpétuo (1956), Teatro do Mundo (1958), Máquina de Fogo (1961), Linhas de Força (1967), Poemas Póstumos (1983) e Novos Poemas Póstumos (1990), estes dois últimos já nesta mesma editora.

12€ (novo) / 8€ (usado)

António Gedeão — Poesias Completas [1956-1967]

Portugália, 1970. In-8º de LXXVI, 311, [V] págs.

Volume integrado na abundante e conhecida colecção «Poetas de Hoje», na que foi a primeira versão desta recolha, logo com várias tiragens sucessivas - esta mais uma. 

Exemplar com ligeiro desgaste exterior.

14€

António Gedeão — Poesias Completas [1956-1967]

Poesias Completas [1956-1967] / 9.ª edição

Livraria Sá da Costa Editora (1983). (Impresso por Guide, Odivelas). In-8º de 192, [II] págs. Br.

Ia já na nona publicação esta recolha, num total de dezenas de milhares de exemplares vendidos, coisa não propriamente comum no meio literário português, e no poético menos ainda; reproduzindo os originais Movimento Perpétuo, Teatro do Mundo, Máquina de Fogo e Linhas de Força, aqui acrescentados de 4 Poemas da Gaveta e apresentados pelo preliminar e longo (meia centena de páginas) «A poesia de António Gedeão, esboço de análise objectiva por Jorge de Sena», sempre muito crente em análises objectivas do fenómeno poético. 

Exemplar com ligeiros defeitos exteriores.

10€

Boletim bibliográfico 6/23

   O último boletim do ano vai buscar assunto ao primeiro que esta casa publicou: poesia portuguesa do século XX, aquilo que tantos de nós preferem e que aqui mais se compra e vende.

Uma selecção entre o que foi chegando ao longo deste pouco poético 2023, acrescida de meia-dúzia de coisas adequadas ao contexto.

Pode ser desde já consultado
  

"O sol de inverno põe-se sobre cidades e aldeias; deixa no mar um caminho rosado, como se os Sagrados passos estivessem ainda frescos à superfície da água. Uns poucos mais de instantes, e cai a pique, e a noite aí vem, e as luzes começam a brilhar na paisagem. Do lado da colina além da cidade informe e difusa, e na sossegada imobilidade das árvores que circundam o campanário da aldeia, as recordações estão talhadas em pedra, plantadas em flores vulgares crescendo na relva, entrançadas com humildes sarças em volta de abundantes montículos de terra. Na cidade e na aldeia, há portas e janelas fechadas contra o frio, há achas que ardem empilhadas ao alto, há rostos alegres, há uma sadia música feita só de vozes. Sejam todas as indelicadezas e mágoas excluídas dos templos dos Deuses Lares, mas que sejam admitidas com ternura e ânimo essas recordações! Pertencem a este tempo e a toda a sua reconfortante e pacífica tranquilidade; e a esta história que reúne ainda na própria Terra os vivos e os mortos; e à generosa beneficiência e bondade que demasiados homens tentaram desfazer em finos pedaços."     

Neste final do dia de véspera de Natal, eis o final correspondente daquele que pode bem ser o mais maravilhoso texto sobre ele alguma vez escrito, e que parece estar inédito em Portugal até hoje. Já o traduzimos e já vamos tratar disso, embora porventura com um atraso ainda superior ao dos reis; e nem é por sermos intransigentemente republicanos, mas porque o verdadeiro Mago desta mais mágica época do ano, como se sabe, foi mesmo o inglês Charles Dickens. (Além de que eles iam de camelo pelo meio do deserto, o que parecendo difícil é bastante mais fácil do que andar pelo desgraçado Porto deste da (des)Graça de 23)
Cá vos daremos conta disto em breve.
Entretanto, ficam os votos de uma rica (de espírito) Noite para tod@s as leitoras e os leitores desta página.

Bom Natal  

Poesias

Poesias de Nuno Fernandes Torneol, D. Diniz, João Roiz de Castelo-Branco, Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda, Luís de Camões, Rodrigues Lobo, Bocage, Antero de Quental, Gomes Leal, Cesário Verde, António Nobre, Camilo Pessanha, Teixeira de Pascoaes, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Florbela Espanca, José Régio / seleccção e anotações de Branquinho da Fonseca

Portugália Editora. [S/d]. In-8º de 199, [9] págs. Br.

Terceira edição da colectânea, com alguns acrescentos e alterações relativamente às anteriores.

O exemplar pertenceu ao professor e ensaísta Sá Frias, de quem tem a discreta assinatura na folha de prefácio.

10€

Campos de Figueiredo — Cancioneiro de Amor

Coimbra (nas Oficinas da Coimbra Editora), 1955. In-8º de 96, [2] págs. Br.

Primeira edição, já invulgar.

Exemplar da tiragem especial de 100, em melhor papel, numerados de I a C e assinados pelo autor. Em condição praticamente impecável e por estrear (folhas ainda por abrir).

20€

Breve Antologia de Poesia Moderna Portuguesa

Coimbra (Composto e impresso na Tip. da Atlântida, Rua Ferreira Borges, 103-111). [S/d - 1939?]. In-8º de 31, [I] págs. Br.

Sem rosto ou anterrosto, o volume apresenta uma folha preliminar, assinada por Campos de Figueiredo, que reza assim: "Esta pequena antologia, forçosamente incompleta, contém poesias de modernistas ainda vivos, que passaram por Coimbra. / Evidentemente, não podem figurar aqui poemas de outros autores, também dignos de antologia. Para isso seria necessário um volume grande. / O organizador desta publicação teve dois fins em vista: / Auxiliar a Obra de Caridade do Senhor Doutor Elísio de Moura e iniciar alguns portugueses de boa vontade nos segredos da verdadeira Poesia” presencista, portanto; estando representados Adolfo Casais Monteiro, Afonso Duarte, Alberto de Serpa, António Ramos de Almeida, António de Sousa, Branquinho da Fonseca, Campos de Figueiredo, Edmundo de Bettencourt, Fausto José, Fernando Namora, J. J. Cochofel, José Régio, Miguel Torga, Políbio Gomes dos Santos, Saúl Dias e Vitorino Nemésio.

Exemplar com algum desgaste exterior.

17€

Marta Mesquita da Câmara — Pó do teu caminho

Lisboa, Edição da «Seara Nova», 1926. In-8º gr. de 83, [5] págs. Br.

Primeira edição, já invulgar, de tiragem talvez restrita ou pelo menos inferior à média na Seara. Por esta altura, Jaime Cortesão dizia a portuense "pelo vigor da forma, a primeira poetisa portuguesa".

Exemplar em muito bom estado, salvo ligeiro desgaste da capa e uma curiosa (mas alheia à autora) dedicatória manuscrita de oferta, em Coimbra, datada de 1927.

12€

Virgínia Nuno Vilar — Chamas e Cinzas

Porto, na Pap. e Tip. da Trindade, 1937. In-8º de 105, [5] págs. Br.

Primeira edição do livro de estreia de Virgínia Nuno Vilar, impressa a duas cores e graficamente apurada, com o retrato da autora numa gravura hors-texte (guardada por papel transparente) e uma «Apresentação» da pena de Emília de Sousa Costa. Invulgar.

Exemplar em muito bom estado, descontando apenas uma ou outra marca de acidez e algum escurecimento do papel.

14€

Virgínia Nuno Vilar — Urzes: Quadros e perfis rústicos

Porto, na Pap. e Tip. da Trindade, 1939. In-8º de 94, [2] págs. Br.

Foi o segundo livro da autora.

Exemplar em muito bom estado de conservação, salvo alguma acidez e o vestígio de um ex-libris ou autocolante removido na folha de guarda.

10€

Maria de Carvalho — Folhas

Lisboa, Imprensa Libanio da Silva, 1921. In-8º de 72, [2] págs. Br.

Primeira e provavelmente única edição deste livro, de outra também hoje quase esquecida praticante feminina de há cerca de um século.

Exemplar em  bom estado, salvo leves marcas de acidez.

10€

Branca de Gonta Colaço — Abençoada a Hora em que Nasci

1945, Parceria António Maria Pereira. In-8º de 140, [4] págs. Br.

O extenso prefácio a esta recolha, de publicação póstuma mas preparada ainda pela própria autora, que nela agrupou éditos e inéditos, vem assinado por Maria de Carvalho.

Bom exemplar.

10€

Beatriz Delgado — Meus Vicios (confissões)

 
Lisboa: J. Rodrigues & C.ª. 1926. In-8º de 71, [1] págs. Br.

Segunda edição, publicada logo após a primeira e incluindo uma resenha final de apreciações críticas publicadas na imprensa da época sobre a autora – celebrizada então, sobretudo, pelo brado que já dera a sua «Sinfonia Pagã», mas hoje pouco menos que esquecida, apesar de algumas recentes tentaivas de recuperação.

Exemplar com leves manchas de acidez e uma pequena falha de papel na capa. Miolo melhor, salvo ligeiros vincos e marcas, pontuais, também de acidez.

10€

Augusto Casimiro — A Tentação do Mar

A Tentação do Mar (Poezia recitada no sarau organisado pelo Batalhão Nacional Republicano de Coimbra, no Theatro Avenida em 21 de Agosto de 1911)

Coimbra: Typ. Auxiliar d’Escriptorio – 1911. In-4º de 13, [I] págs. Br.

Edição raríssima, com tiragem provavelmente restrita, do que foi o terceiro título publicado por Casimiro (antes, indicava uma nota, apenas Para a Vida, em 1906, e A Victoria do Homem, 1910); impressa sobre bom papel de linho.       

18€

Mário Beirão — Pastorais

Pastorais(1.º milhar)

Editor: A «Renascença Portuguesa», Porto – 1923. In-8º de 133, [I] págs. Br.

Quarto livro publicado por Beirão, e salvo erro o último sob a chancela da Renascença -  hoje praticamente esquecido, falamos de alguém que, como sublinhou António Cândido Franco, conseguia o «pleno» de ser altissimamente admirado por Pessanha, Pascoaes (com quem teria depois um desentendimento, causa ou consequência?), Pessoa e Sá-Carneiro. 

Exemplar valorizado por dedicatória de oferta manuscrita e assinada pelo poeta ao confrade de letras José Osório de Oliveira, em “lembrança afectuosa do seu camarada e admirador”; mas algo prejudicado por uma pequena falha do típico papel vegetal à cabeça.

20€ (reservado)

Eduardo Vítor — Caminhos

1941. (Edição do autor / acabou de se imprimir êste livro, em 4 de Março de 1941, na Tipografia e Encadernação «A Portuense» Rua Conde de Vizela, 80-Pôrto). In-8º de 104, [IV] págs. Br.

Dedicado pelo autor “A Teixeira de Pascoaes”, terá sido este o seu terceiro publicado, após As Vozes e Ainda.

Exemplar com pequenos picos de acidez na capa; de resto, sem defeitos a salientar.

10€

João de Castro Osório — Raínha Santa (Elegia)

Edições Lusitania / Lisboa, 1920. In-4º de 44, [4] págs. Br.

Hoje francamente invulgar, este livro foi salvo erro  a estreia do autor, apadrinhada por Albert Jourdain - que pouco antes se instalara em Portugal, e que compôs para este efeito um painel reproduzido em estampa hors-texte a abrir o volume.

O exemplar, com algum habitual desgaste da capa, conserva essa folha de estampa que por vezes falta. 

20€

João de Castro Osório — O Cancioneiro Sentimental

Edições "Descobrimento" (Este livro acabou de se imprimir no mês de Junho de 1936 nas oficinas da «Atlantida», Rua Ferreira Borges, N.os 103 a 111, Coimbra). In-8º de 192, [IV] págs. Br.

Sendo a edição já de si pouco vulgar, está este exemplar valorizado por dedicatória de oferta de página inteira manuscrita pelo autor na folha de guarda - ao próprio compositor que criou música para estas canções, Hermínio do Nascimento, e a uma  "Maria Eduarda" que talvez fosse sua mulher; em contrapartida, desvalorizado por algum desgaste exterior, tendo já sofrido um reforço sobre o encaixe.

22€

Artur Maciel — Ritmo de Bilros

Ritmo de Bilros: Livro que Contem Vários Casos e Lendas da Ribeira-Lima / Dado à estampa por Artur Maciel, do Minho por Amor e Criação, com muitos desenhos do artista José Cyrne – de Viana do Castelo / Primeira Impressão

Companhia Portugueza Editora, L.da / Porto. In-8º de 175, [5] págs. Enc.

O principal interesse do volume são as ilustrações a uma e
duas cores por toda a sua extensão; sendo grande parte dos capítulos dedicados a integralistas e afins mais ou menos confrades de letras como António Correia de Oliveira, António Ferro, António Sardinha, Augusto Santa-Rita, Hipólito Raposo e Julião Quintinha.

Exemplar encadernado com lombada em pele gravada a ouro, não conservando nenhuma das faces da capa original; tem justapostos os ex-libris de António Lopes Cunha e da Livraria Manuel Ferreira, do Porto.

17€

António Correia Oliveira — Antologia I Líricas

Antologia I Líricas (escolha de João Corrêa d’Oliveira e padre Moreira das Neves / Prefácio de Luís de Almeida Braga)

1946, Livraria Tavares Martins – Porto. In-8º de XXVIII, 303, [1] págs. 

Principiando por duas composições decerto inéditas, e para o efeito, «À Portada», o livro recolhe quase duas centenas seleccionadas desde os inaugurais «Ladainha» e «Eiradas» até ao derradeiro «Saudade Nossa» (edição fora de mercado, que também temos, e de que são aqui transcritas duas dezenas). Parecendo hoje tão desinteressante a tantos de nós, esta antologia era porém habitual nas prateleiras dos nossos avós - mudam-se os tempos, mudam-se vontades e gostos. 

17€

O Livro de Amor de João de Deus

(Acabou-se de imprimir êste livro em o mês de Março de 1930, na Imprensa Portugal-Brasil. – Rua da Alegria, 100 –Lisboa). In-8º de 332, [4] págs. Enc.

Edição comemorativa do centenário do nascimento do poeta. O volume engloba «Livro de Amor Idílico», «Livro de Amor Elegíaco», «Livro de Amor das Crianças» e «O Cantico dos Canticos do Livro de Amor»; apresentando à parte quatro folhas de papel couché com um retrato tirado durante a formatura em Coimbra e alguns desenhos seus.

Exemplar bem encadernado logo à época com cantos e larga lombada em pele gravada a ouro, incluindo filetes de demarcação das pastas,  por sua vez recobertas de papel marmoreado.

28€

Carta em verso de João de Deus

Carta em verso de João de Deus / Respostas de Francisco de Almeida / precedidas de uma carta de D. João da Camara / e seguidas de um monumental discurso do dr. Manuel Gonzaga ácerca do Nephelibatismo e de algumas chochas composições de aspirantes a poetas instrumentistas, satanicos e satiricos

Lisboa: Livraria Moderna (95, Rua Augusta, 95) - 1904. (Na capa: Typographia da Empreza da Historia de Portugal, 15, Rua Ivens, 17, Lisboa). In-8º gr. de 32 págs. Enc.

Não é indicado o nome dos poetas cujas composições se reproduzem no final, e que não chegámos a conseguir averiguar, apenas se percebendo que são portugueses (o texto de Gonzaga omite-os).

Por alguma razão, são bastante escassos os exemplares que ainda vão aparecendo do opúsculo, este revestido de boa encadernação com cantos e lombada (gravada a ouro) em pele e as pastas cobertas de papel marmoreado; conservando a frente da capa de brochura, a cuja cor foram adequados os tons do referido papel.

25€

Tomás de Eça Leal — Intimos

Intimos (versos por...)

Lisboa: Portugal-Brasil Limitada, sociedade editora / Rio de Janeiro: Companhia Editora Americana, Livraria Francisco Alves. (Composto e impresso na Typographia e Papelaria Antonio Franco -Rua de S. Nicolau, 104- Lisboa. In-8º de 121, [5] págs. Br.

Carta-prefácio de Cunha e Costa e ilustrações ao longo do volume em folhas destacadas de papel couché do caricaturista Francisco Valença - a quem também é dedicada uma das composições.

12€

Pedro Homem de Melo — Pedro

Cabanas 1975 (Artes Gráficas - Porto). In-8º de 139, [5] págs. Br.

Desta espécie de antologia, organizada pelo próprio autor, destacam-se algumas das suas composições mais conhecidas: «O Rapaz da Camisola Verde», «Povo que Lavas no Rio», «O Fandangueiro», «Miragaia», «Coimbra», «Bodas Vermelhas», «Canção de Viana».

O exemplar tem uma dedicatória de oferta manuscrita pelo poeta, como habitualmente sucedia nestas suas edições.

20€ (reservado)

Cabral do Nascimento — Cancioneiro

Lisboa, 1943. (Edições Gama). (Oficina Gráfica, Limitada // Lisboa). In-8º peq. de 132, [IV] págs. Br.

Foi a edição original de um livro depois várias vezes publicado sob chancelas diversas; e a que logo nesse ano de 1943 seria atribuído o Prémio Antero de Quental do SPN de António Ferro.

Bom exemplar.

20€

Eugénio de Castro — Prologue de Sagramor

Prologue de Sagramor: poème portugais par Eugenio de Castro De l’Académie Royale des Sciences de Lisbonne publié par Leopoldo Battistini auteur du tableau Sagramor envoyé à l’Exposition Internationale de
Venise//Texte portugais/Traduction italienne par Ugo Leoni/Traduction française par Robert Durand

Coimbra: F. França Amado – Editeur, 1897. In-4º gr. esguio de 22, [2] págs. Br.

Hoje invulgar, o opúsculo reproduz, logo à entrada, várias críticas estrangeiras muito laudatórias de, entre outros, Ruben Dario e Georges Oubinot.

Exemplar com algum desgaste na capa, que apresenta pequenos rasgões e manchas, além de uma ligeira fissura no topo.

15€

Eugénio de Castro — A Tentação de São Macário

«Lumen», Empresa Internacional Editora / Lisboa – Porto – Coimbra – 1922. In-8º peq. de 58, [1], [V] págs. Br.

Exemplar com discreta assinatura na frente da capa.

10€

Eugénio de Castro — Chamas duma Candeia Velha

«Lumen», Empresa Internacional Editora / Lisboa – Porto – Coimbra – 1925. In-8º peq. de 120, [1], [I] págs. Br.

Edição original, impressa sobre papel de linho como era costume  nesta série.
As composições foram agrupadas nas duas secções «Açafate de Rosas» e (principal) «Figurinhas da Vista Alegre».

12€

Eugénio de Castro — Camafeus Romanos

«Lumen», Empresa Internacional Editora / Lisboa – Porto – Coimbra – 1921. (Acabou de se imprimir êste livro aos quatro dias do mez de fevereiro de mil novecentos e vinte e um na Tipografia Lusitania, de Mario Antunes Leitão, sita à Rua da Picaria, 73 na cidade do Porto). In-8º peq. de 120, [1], [I] págs. Br.

Primeira edição, com a mesma composição gráfica do costume mas um papel de linho menos encorpado e de qualidade aparentemente inferior – o portuense Antunes Leitão, também editor, deve ter sido apanhado sem «stock»...

12€

Eugénio de Castro — Cartas de torna-viagem

Cartas de torna-viagem (primeiro volume)

«Lumen», Empresa Internacional Editora / 1925. In-8º de 308, [4] págs. Br.

Alguns dos capítulos: «De Coimbra à Coruña», «Penela», «Aveiro, Veneza de Portugal», «Uma tarde em Pombal», «Tomar», «O Convento de Cristo, em Tomar», «A fábrica da Vista Alegre», «Sabugosa e Junqueiro», «Cesário Verde», «Os livros póstumos de Eça de Queirós».

Primeiro de dois volumes publicados (o segundo sairia um ano depois, no mesmo formato, mas na Atlântida). 

Exemplar com algumas manchas de acidez na capa, como frequentemente sucedeu.

15€

Eugénio de Andrade — Antologia [1945 ― 1961]

Antologia [1945 ― 1961] / Com um ensaio de Eduardo Lourenço e um retrato de Dórdio Gomes

Delfos. (Esta antologia, seleccionada e revista pelo autor, acabou de se imprimir aos 23 dias do mês de novembro de 1961, na Imprensa Portuguesa, Rua Formosa, 108-116 Porto). In-8º de 229, [III] págs. Br.

O extenso prefácio do ensaísta, nascido no mesmo ano de 1923 em que alguns meses mais cedo nascera o poeta, ocupa as duas dezenas e meia iniciais de páginas; seguindo-se a recolha de composições dos livros As Mãos e os Frutos, Os Amantes sem Dinheiro, As Palavras Interditas, Até Amanhã, Coração do Dia e Mar de Setembro.

Exemplar francamente bom, apenas na capa pontuado por ligeiríssimos picos de acidez. 

30€ (reservado)

Eugénio de Andrade — Coração do dia / Mar de Setembro

limiar. (Desenho: Ângelo de Sousa / Fotografia: Escultor Lagoa Henriques / Composto e impresso: Inova/Artes Gráficas / Outubro 1977). In-8º de 72, [X] págs. Br.

“Coração do Dia reimpreme-se aqui pela quinta vez. (...) A presente edição inclui um poema inédito em volume: Os Amigos. / Mar de Setembro reimpreme-se pela sexta vez. (...) A presente edição contém, inéditos em volume, os seguintes poemas: Ocultas Águas, Alba, Variações em Tom Menor, Canção, Lettera Amorosa, Musica Mirabilis”.

Exemplar por estrear, conservando os cadernos por abrir.

10€ 

Eugénio de Andrade — Primeiros Poemas (...)

Primeiros Poemas / As Mãos e os Frutos / Os Amantes sem Dinheiro

limiar. (Desenho: Ângelo de Sousa / Composto e Impresso: Inova/Artes Gráficas / Janeiro 1978). In-8º de 100, [VI] págs. Br.

“Primeiros Poemas recupera versos de dois livros juvenis, Adolescente e Pureza, ou seus contemporâneos. Tiveram antes uma edição restrita de 250 exemplares (Inova, 1977). As Mãos e os Frutos reimprimem-se aqui pela sétima vez (...) Os Amantes sem Dinheiro reimpreme-se pela sexta vez (...) Todos os textos não incluídos nesta edição de Obra de Eugénio de Andrade são definitivamente excluídos pelo autor”.
Tal como o anterior, este volume abre com a reprodução em folha destacada de uma fotografia do poeta, neste caso na juventude.

Exemplar também por estrear, conservando igualmente os cadernos por abrir, e igualmente apresentando ligeiras manchas na capa.  

10€

Afagando a Face de Lorca: uma antologia

Afagando a Face de Lorca: uma antologia (selecção e tradução de Francisco José Craveiro de Carvalho / prefácio de Manuel Portela)

(Companhia das Ilhas, Julho de 2020. Impressão e acabamentos: Europress, Lda.). In-8º q/quadrado de 249, [2], [V] págs. Br.

O grande poeta de Espanha, que temos vindo a traduzir justamente desde 2020 e em breve editaremos, não é homenageado e nem sequer o mote desta antologia: o seu nome parece apenas invocado como «padroeiro» da poesia, aproveitando o último verso de um poema lorquiano do neo-zelandês Mark Young nesta internacional recolha que contempla também, entre outros nomes mais desconhecidos do público português, Amalia Bautista, Aram Saroyan, Billy Collins, Eunice de Sousa, Luis Alberto de Cuenca, Roger Wolfe.

Tiragem declarada de 150 exemplares, que parece boa ideia adquirir, podendo esta casa ajudar com 2.  

15€ 

Centenário - Urbano Tavares Rodrigues (1923-2023)

O último «centenariado» de assinalável porte entre tantos da literatura portuguesa em 2023 é salvo lapso de memória Urbano Tavares Rodrigues, senhor de quem há bastante bibliografia nesta casa, que aliás adquiriu também uma pequena parte da sua vasta biblioteca:


Urbano Rodrigues — Sonho em Pompeia

Sonho em Pompeia / primeira edição (1.º, 2.º e 3.º milhares)

1943 / Parceria A. M. Pereira (R. Augusta, 44 a 54 - Lisboa). (Foi êste livro acabado de imprimir nas oficinas da Sociedade Industrial de Tipografia, Limitada, aos nove dias do mês de Junho do ano de mil novecentos e quarenta e três). In-8º de 231, [3], [vi] págs. Br.

Integra as novelas «Sonho em Pompeia», «Novo Paraíso», «Uma mulher sossegada», «O amante invisível», «Um inventor de mulheres» e «O segrêdo de Muley Abdallah».

Belo exemplar.

15€ (reservado)

O Lubis-Homem

O Lubis-Homem: Comédia original, e Inédita, em 3 actos / por Camillo Castello Branco, Visconde de Correa Botelho. (1859) / com um prefácio por Alberto Pimentel

Livraria Editora Guimarães, Libanio & Cª. Lisboa. 1900. In-8º de XXIV, [I], [i], 91, [I], [ii] págs. Br.

No seu longo estudo preliminar, asseverava Pimentel ter esta comédia "um alto valor psychologico, sobretudo biographico, porque o auctor, retratando-se a si mesmo no papel de protagonista, o estudante disfarçado em lubis-homem, faz-se rodear de todo o scenario que circumscreveu a sua vida em Ribeira de Pena, no tempo em que ali casou com Joaquina Pereira, do logar de Friume", acrescendo-lhe "o facto, não menos importante certamente, de se encontrar dentro d'esta comedia uma serie de quadros da vida campestre na região d'Entre-Douro-e-Minho: serões, encamisados, esturdias, danças, cantigas á desgarrada, bôdas, arraiaes, crenças e preconceitos populares" - alguns dos quais por ele próprio elucidados nesse mesmo prefácio.
[Há na bibliografia portuguesa quem suponha ter sido a peça composta pelo próprio Pimentel, não acreditando na alegada descoberta editorial]

O exemplar pertenceu a Mário Guerra, de quem tem nas folhas preliminares precisamente do prefácio uma série de anotações referentes à encenação da peça na Escola do Magistério Primário, em Lisboa, em 1932; além de apontamentos variados ao longo do volume - com algum desgaste exterior, como frequentemente sucede.
 
20€

Alberto Pimentel — Uma Visita ao Primeiro Romancista Portuguez em S.Miguel de Seide

Porto: Livraria Portuense de Lopes & Cª – Editores. 1885. In-8º de 40 págs. Br.

Primeiro dos muitos dedicados por Pimentel a Camilo, o livro é uma engraçada reportagem da viagem – de mula – de ida e volta desde Santo Tirso a Ceide, onde jantou com o velho amigo que, segundo aqui conta, não encontrava havia dez anos. 

Exemplar revestido de uma sobrecapa em papel transparente, para proteger o volume (já com ligeira fragilidade exterior). Com o miolo ainda em bom estado, apesar de marcas de acidez em grande parte das folhas.

25€

Alberto Pimentel — O Livro das Lagrimas

O Livro das Lagrimas (Legendas da vida de Santo Antonio de Lisboa)

Lisboa, Livraria Editora de Mattos Moreira & C.ª. 1874. In-8º de 192 págs. Br.

Primeira edição, integrada na «Bibliotheca Religiosa – publicação de novo genero», de que saiu também, no mesmíssimo formato, O Livro das Flores, este dedicado à «Rainha Santa» Isabel.

Exemplar revestido de muito boa encadernação com lombada em pele gravada e demarcada a ouro, acrescida de rótulo para os dizeres; conservando a capa de origem.

30€

Alberto Pimentel — Rosas Brancas

Rosas Brancas / poemeto por Alberto Pimentel precedido por uma carta do snr. Antonio Feliciano de Castilho

Porto: na Livraria de Novaes Junior – Editor – 1868. In-8º de 32 págs. Br.

Castilho, a quem o livro é dedicado, terminava assim o seu prefácio-em-carta: “Permitta-me dizer-lhe em prosa chã meu poeta, o que nas arriscadas viagens por mar se ouve sempre com delicias aos marinheiros velhos quando a proa vai em bom rumo e com vento de servir nas vellas cheias: andar assim que é bom andar.”

Um do títulos iniciais de Pimentel, já consideravelmente raro nesta sua primeira e porventura única (independente) edição.

25€

Alberto Pimentel — Seára em Flor

Lisboa: Livraria Editora Viuva Tavares Cardoso (5-Largo de Camões-6) – 1905. (Typ. a vapor da Empreza Litteraria e Typographica / 178, Rua de D. Pedro, 184 – Porto). 2 vols. in-8º de 312, [I], [i] e 365, [I], [ii] págs. Enc.

“Os quatro livros, que se fundiram n’este unico, representam para mim a madrugada da vida litteraria, a alegria de compôr, a pressa de publicar, a ancia de vencer. Elles não tiveram maior publico que o dos estudantes do meu tempo e da minha terra, dispostos ao favor da camaradagem e, portanto, ao applauso immerecido. Tão verdes e generosos como eu proprio, faltava-lhes a competencia para condemnar e, sobretudo, faltava-lhes a vontade de fazel-o. (...) Camilo e Castilho acolheram-me com paternal bondade; Julio Cesar Machado mandou-me carinhosas palavras; de Coimbra, os rapazes da Folha foram tão amoraveis para mim como os estudantes do Porto. / Adeus timidez de principiante; adeus medo do publico, pavor da critica; metti-me denodadamente ao caminho, cantando, como os intrépidos camponezes minhôtos que não sabem trabalhar senão com uma canção a esvoaçar-lhes nos labios”.

Alguns dos textos aqui reunidos, alguns deles ainda hoje lidos com proveito, pelo autor dedicados numa curiosa dedicatória «À Torre dos Clérigos»: «Na vespera de S. João», «No Bussaco», «O morgado do Urgal», «Os sinos d’Alpendurada», «O episodio do burrinho», «Historia d’uma loira», «Por causa da guerra», «Viagem ao Bussaco», «Um escriptor portuguez .. Santo», «Um episodio da vida de Castilho», «Das cartas dos namorados».

Encadernação conjunta dos dois volumes, relativamente modesta, com a lombada em percalina; de nenhum dos dois conservando qualquer das faces da respectiva capa. 

28€