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Norberto Lopes — Cruzeiro do Sul: crónicas da travessia aérea do Atlântico

Cruzeiro do Sul: crónicas da travessia aérea do Atlântico com um prefácio e autógrafo de Gago Coutinho

Editor: A Renascença Portuguesa – Porto. (1923). In-8º de 254, [2] págs. Br.
 
Dizia Gago Coutinho que Norberto Lopes conseguiu dar neste livro a impressão de que “se Pedro Álvares Cabral descobriu a terra do Brasil por mar, nós, portugueses do século XX, fomos pelo ar descobrir, no Brasil moderno, o coração e o sentimento”, chamando-lhe com exagero q.b. “um dos Caminhas de hoje, um dos nossos mais talentosos cronistas, ou jornalistas, como agora se diz”. Após numerosos capítulos dedicados às principais etapas e escalas percorridas durante a aventura, o volume termina com um interessante perfil de cada um dos aviadores, apresentando o autor Gago Coutinho como mais reservado e Sacadura Cabral mais satisfeito no papel de herói e «pinga-amor» do mulherio brasileiro. Primeira edição, ilustrada na capa por Stuart.
 
22€

Saudação aos Aviadores Portuguezes

Em Nome da Sociedade de Geographia de Lisboa (na Tip. Renascença – Rio [de Janeiro]). [S/d]. In-4º de [8] págs. Br. 
 
Opúsculo hoje raro, preparado por Rui Chianca e integrando, a abrir, um texto inédito de Junqueiro em homenagem a Gago Coutinho e Sacadura Cabral – “ A gloria eterna das nossas descobertas, que unificaram e deslumbraram o mundo, evocada por vós, levanta-se da Historia e vem saudar-vos (…) Voltamos a viver, numa hora infinita, o passado augusto, e o grandioso coral das duas patrias abraza-se de amor e desenrola-se em livro ardente do futuro. E então o vosso acto heroico nimba-se por milagre dum esplendor sagrado e religioso. É que nas azas da vossa caravella harmonicamente iam voando a bandeira da patria e a cruz de Christo.”
 
Exemplar por estrear, com as folhas ainda por abrir. 
 
20€

João Chagas — As minhas razões

Lisboa: Livraria Central de Gomes de Carvalho, editor (158, Rua da Prata, 160) – MCMVI. (Na capa: A’ venda na Livraria Chardron, de Lello & Irmão, Rua das Carmelitas, 144 – Porto). In-8º de 462, [8] págs. Enc.

Recolhe as crónicas que este jornalista republicano publicara n’O Primeiro de Janeiro entre Janeiro e Junho de 1906.
Exemplar com assinatura de propriedade (quase um século atrasada) sobre a folha de rosto.
 
23€

João Chagas — Bom Humor

Lisboa: Ferreira & Oliveira, L.da – Editores (Rua do Ouro, 132 a 138) – 1905.

“O mundo christão celebra mais uma vez o nascimento do Christo, ou seu salvador, com abundantes ingestões de alimentos solidos e liquidos; e esta pratica é por tal fórma a unica que accusa no meio das idéas e dos costumes humanos a existencia do christianismo, que, reflectindo bem, perguntámos a nós proprios se a doutrina christã é com effeito uma velha religião, ou apenas uma velha receita para assar perús”, assim começava uma das típicas crónicas, esta a 25 de Dezembro e pouco católica, que o volume agrupa.
 
23€

João Paulo Freire — O Aldrabão Pimenta e a sua «História»

O Aldrabão Pimenta e a sua «História» (Análise contundente às parvoíces insanáveis dum – magalómano mental –)   

Edição do Autor. (Comp. e imp. na Imprensa Lucas & C.ª – Lisboa). 3 vols. in-4º de 60; 75, [1]; e 86, [2] págs. Br.

“Cá o temos! Aos saltos, às upas, em cabriolas de palhaço, é vê-lo a espolinhar-se como javardo nas 568 páginas duns pseudo Elementos de História de Portugal.
Que elementos! Que História! Nemo dat quod non habeo, ninguém dá o que não possui, e é bem certo. Há de tudo, neste calhamaço, menos probidade e vergonha”, assim começava o jornalista a sua apresentação a este exercício que faz o Manifesto Anti-Dantas, de Almada, quase parecer meigo, e que por alguma razão publicou em edição de autor: ou para poupar editores, ou porque eles próprios se quiseram precaver contra consequências como processos penais...
Embora seja o único por inaugurar, conservando ainda os cadernos por abrir, o primeiro volume é o que se apresenta em pior estado, com a frente da capa manchada (exposição à luz solar) e pequenos rasgões junto ao encaixe, mal de que também padece o terceiro.
 
25€

João Paulo Freire — Alcácer-Kivir !

Alcacer-Kivir !  (Apontamentos historicos sobre a acção da Hespanha antes do dominio dos Filippes)

1928 – Parceria Antonio Maria Pereira, livraria editora (Rua Augusta – 44 a 54), Lisboa. In-8º de 128, [2] págs. Enc.

Livro de “apenas ligeiros apontamentos, cuidadosamente rebuscados nos escriptores coévos d’esse tremendo desastre nacional, e que se colligem hoje para os que por estas coisas se interessam, sem tempo para grandes estudos”.
Exemplar recoberto de uma boa encadernação recente com lombada gravada a ouro e pastas marmoreadas; conservando ambas as faces da capa de publicação.
 
22€

João Paulo Freire — Fogos-Fátuos

Edição de «A Renascença Portuguesa», Pôrto – 1925. In-8º de 173, [3] págs. Br.

Volume dedicado “à memória sagrada de António Granjo, ao mais infeliz dos homens honrados desta terra e ao mais leal dos amigos” (de quem aliás faz a reportagem do funeral com milhares de pessoas, em Chaves, após «A Noite Sangrenta», e no qual entre outros Leonardo Coimbra improvisou um discurso que também «Mário» diz ter sido impressionante); e justamente a Leonardo, “ao mais extraordinário e mais brilhante talento da minha geração”. Recolhe os textos publicados no jornal lisboeta A Imprensa da Manhã, dividindo-os aqui pelas duas secções «Alguns problemas nacionais à margem... da política» e «Documentos para a história do movimento revolucionário do «19 de Outubro»».
O exemplar tem no rosto o carimbo da livraria de Pedro Dias, de Lagos.

15€

António Cabral — Homens e Episódios Inolvidáveis

Homens e Episódios Inolvidáveis (Cartas Inéditas de Camilo/O Berço de Eça/Páginas de Memórias Políticas)

Livraria Bertrand. Lisboa. (1947). In-8º de 218 págs. Br.

O volume inclui os capítulos «Camilo e Eça de Queirós», «Algumas páginas de Memórias Políticas», «Cartas régias», «Páginas tristes», «Páginas alegres» e «Quatro prefácios».

Exemplar em muito bom estado, talvez por estrear, conservando ainda o papel praticamente limpo.

17€

António Cabral — Homens e Episódios Inolvidáveis

Homens e Episódios Inolvidáveis (Cartas Inéditas de Camilo/O Berço de Eça/Páginas de Memórias Políticas)

Livraria Bertrand. Lisboa. (1947). In-8º de 218 págs. Enc.

Outro exemplar, este revestido de muito boa encadernação, conservando ambas as faces da capa de brochura (um tanto manchada na frente) 


25€

António Cabral — Cartas d’El-Rei D. Manuel II

Cartas d’El-Rei D. Manuel II (O Homem, o Rei, o Portuguez / - Notícias e revelações / - Memorias Politicas)

Livraria Popular de Francisco Franco —  Lisboa – 1933. In-8º de 378, [6] págs. Br.

Uma primeira parte do volume cumpre-lhe o subtítulo, compondo-se de apontamentos do próprio António Cabral; seguindo-se o repositório das várias cartas do bibliófilo e melancólico monarca a uma dezena de destinatários, entre eles José Luciano de Castro, José Maria Rodrigues, o organizador do volume e o seu pai, Alexandre Cabral.
 
15€

Carlos Malheiro Dias — Pensadores Brasileiros (pequena antologia)

Lisboa: Livraria Bertrand (73, Rua Garrett, 75). [S/d – Pref. 1934]. In-8º de 154, [2] págs. Br.

Depois de um longo prefácio do próprio Malheiro Dias, o livro dedica capítulos a Gilberto Amado, Ronald de Carvalho (a quem o volume é dedicado), Baptista Pereira, Azevedo Amaral, Gilberto Freire (de quem temos várias edições originais), Tristão de Ataíde e Plínio Salgado (idem aspas).
Bom exemplar, ainda por estrear – conserva a totalidade dos cadernos por abrir. Ligeiro desgaste exterior; selo da «Livraria Universitária (Livros de todo o mundo)» no Campo Grande em Lisboa; discreta assinatura de propriedade na primeira folha (de anterrosto), datada de 1963.
 
14€ 

Carlos Malheiro Dias — O «Piedoso» e O «Desejado»

Lisboa: Portugal-Brasil (sociedade editora / Arthur Brandão & C.ª) – 1925. In-8º de [VI], 178, [VI] págs. Br.

Edição impressa a duas cores e castiçamente ilustrada em letras capitais, vinhetas e ornamentos gráficos vários. Conforme o título insinua, um dos ensaios é dedicado a um menos popular D. João III e o outro a um bastante mais batido D. Sebastião – que, para os monárquicos portugueses como o autor, é duplamente simbólico: tal como a monarquia, desapareceu.

Belo exemplar, tendo como único defeito significativo pequenas manchas no pé da capa, na frente.

18€

Carlos Malheiro Dias — Zona de Tufões

Zona de Tufões, por (...) / (Da Academia de Sciencias de Lisboa e da Academia Brasileira de Lettras)

Aillaud, Alves & Cia | Francisco Alves & Cia – 1912. In-8º de 591, [7] págs. Br.

Numa nota preliminar, anunciava este monárquico (em comparação) reconhecidamente civilizado e tolerante, mas que como quase todos nunca chegou a conseguir aceitar a República, constituir o volume um “índice, embora prolixo [pôr prolixo nisso, sobretudo na prosa...], dos successos politicos incluidos no periodo que decorre desde a incursão monarchica de Outubro (1911) até a catastrophe sinistra de Miragaya, que consideramos como o corolario do desvario nacional n’estas sombrias paginas narrado”.
O exemplar conserva a curiosa e penitente tarja aposta sobre o anterrosto “Este livro deveria ter sahido em Outubro de 1912, mas um desarranjo de machina tendo inutilisado grande parte da composição, os editores tiveram de recomeçar todo o trabalho, motivo pelo qual esse é posto em venda com quatro mezes de atrazo”.

18€

Carlos Malheiro Dias — Entre Precipicios...

Entre Precipicios... (Na capa: Chronicas politicas dos ultimos tempos)

Lisboa: Empresa Lusitana Editora (Calçada do Ferregial 23). In-8º de 335, [1] págs. Enc.

Conjunto de XXIV capítulos todos no mesmo género, bastando para ter uma ideia o elenco do primeiro e do último: «A hora que passa – O erro republicano – Suas causas e suas consequencias – A anarchia portugueza – Vulcão em actividade»; «A cella de uma prisioneira – A neta de Vasco da Gama no Aljube – Uma santa do seculo XX – A mãe de setecentas creanças pobres». Não estando datada, a capa indica tratar-se da segunda edição, sendo de crer que só ela e a folha de rosto divirjam da original (1913).
Exemplar encadernado em percalina conservando a referida capa de brochura.
 
12€

As Constituintes de 1911 e os seus Deputados

As Constituintes de 1911 e os seus Deputados (Obra compilada e dirigida por um antigo official da Secretaria do Parlamento)

1911 – Livraria Ferreira (Ferreira, L.da, Editores / 132, R. Aurea, 138), Lisboa. In-8º de 541, [3] págs. Br.
 
“Nos principais paizes e em cada legislatura são publicadas, official ou particularmente, e sob diversos titulos obras no genero da que, pela primeira vez, agora apparece em Portugal contendo os retratos e notas biographicas dos membros do Parlamento. (...) Aproveitando a circumstancia de ser a actual Camara muito numerosa e de importancia historica pela missão que lhe esteve confiada, damos n’esta obra, sob o titulo de As Constituintes de 1911 e os seus Deputados, não só os retratos de todos os membros das Constituintes, que hoje compõem o primeiro Senado e a primeira camara dos deputados da Republica, como tambem varias notas interessantes e uma resenha dos principais factos occorridos na Assembleia Nacional, desde a sua abertura, em 19 de Junho de 1911, até ás eleições do Presidente da Republica e do Senado, com as quaes, nos ultimos dias de agosto do mesmo anno, findaram os seus trabalhos”. (Da introdução «Ao Leitor»).
Não estando atribuída no volume a autoria, corre que o "antigo official" em causa foi o escritor Alberto Pimentel.
 
45€ (reservado)

Alberto Pimentel ― A Princeza de Boivão

A Princeza de Boivão: Romance original

Lisboa: Typ. da Companhia Nacional Editora. 1897. In-8º de 322 págs. Enc.

Primeira edição, já consideravelmente invulgar, publicada com uma dedicatória impressa «Aos Portuguezes no Brazil/Testemunho de reconhecimento da Mala da Europa». O romance, dos mais conseguidos de Pimentel, tem como pano de fundo as terras de Alto-Minho, em particular a bonita e verdejante zona de Boivão, Valença.

Exemplar protegido por uma razoável encadernação com lombada em pele – já um tanto descorada – gravada a ouro; não conservando a capa de brochura. Em bom estado no miolo, mantendo-se ainda as folhas de modo geral limpas, só algumas pontuadas por marcas de acidez.
 
23€