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António José Saraiva — Herculano e o Liberalismo em Portugal

Herculano e o Liberalismo em Portugal: Os problemas morais e culturais da instauração do regime
 
Lisboa, 1949. (Livraria – Studium – Editora). In-8º de 239, [1] págs. Br.

Com edição já dez anos antes, foi este um trabalho que, junto aos de Nemésio, apareceu como o primeiro seriamente dedicado ao pensamento do nosso maior historiador, enquadrando-o no tempo e ultrapassando (ou, melhor dito, contornando) a biografia meramente episódica. Às considerações introdutórias sucedem no livro os capítulos «O Regresso do Proscrito», «Liberalismo e Cristianismo», «Um ecletismo filosófico-religioso», «Teoria política do Cartismo», «Um Programa de Ensino Popular» e «A Reforma literária».
 
Belo exemplar, sem defeitos a destacar.
 
15€

Cândido Beirante ― Herculano em Vale de Lobos

Herculano em Vale de Lobos (prefaciado pelo Prof. Doutor Vitorino Nemésio)
 
Edição da Junta Distrital, Santarém, 1977. In-8º gr. de 251, [3] págs. Br.
 
O prefácio de Nemésio, muito apressado, desculpava-se disso garantindo que era apenas “como quem se limita a abraçar de parabéns um amigo à porta de sua casa”, amigo – o autor – que deverá ter sido por ele arguido na Faculdade de Letras de Lisboa, e que, descendente de um trabalhador rural de Herculano em Vale de Lobos, era dito já então pelo açoriano “um dos melhores especialistas dos estudos herculanianos”. Bem documentado por ilustrações alusivas, alinha-se o livro nos capítulos principais «Personalidade de Herculano», «Nem eremita nem solitário», «Pioneiro e mestre», «Uma escola de trabalho», «Apologia do campo contra a cidade» e «Proposta de regeneração para Portugal».

Belo exemplar, só na frente da capa marcado ao de leve.
 
17€ 

Ângela Beirante ― Santarém Quinhentista

Lisboa, 1981. (Distribuidora: Livraria Portugal. Composição e impressão: Ramos, Afonso & Moita). In-8º gr. de 309, [3] págs. Br.

“Este estudo é a continuação de um outro já editado pela Universidade Nova, com o título de Santarém Medieval. Durante a pesquisa documental, que venho realizando há já alguns anos, fui reunindo material variado relativo aos séculos XII a XVI. Ao reflectir demoradamente sobre ele e ao tentar integrá-lo num trabalho de conjunto, deparei com sérias dificuldades. Verifiquei que o século XVI tinha uma individualidade própria em relação à Idade Média. Sendo o seu herdeiro e mantendo-a viva em muitas das suas facetas, há nele um conjunto de novidades que lhe imprimem uma dinâmica diferente, um ritmo novo que anima estruturas velhas. / O século XVI assiste à formação de impérios à escala do globo e à formação política de estados e principados, mecenas da arte e do pensamento. (...) Lisboa é cabeça de império e Santarém, como porto do grande rio que é o Tejo, entra na sua órbita porque neste sécuo, mais do que nos antecessores, os caminhos do mar são curtos. / É no século de Quinhentos que grande parte das igrejas e corporações religiosas de Santarém procede à medição rigorosa das suas terras e casas, à pesagem da sua prata e à feitura dos respectivos tombos (...)”.

Assim começava a autora a sua introdução ao livro, que dividiu nas secções principais «A Tessitura Urbana», «A Propriedade Suburbana», «Uma Economia em Mutação» e «A Sociedade»; e ilustrou com gravuras e mapas variados.

Bom exemplar, sem usura digna de nota, salvo ligeiros vincos à cabeça de poucas folhas iniciais.
 
20€

Joaquim Veríssimo Serrão ― Santarém: História e Arte

Santarém: História e Arte, por (...), licenciado em Letras, Leitor de Língua Portuguesa na Universidade de Toulouse

Edição da Comissão Municipal de Turismo de Santarém / 1951. (Composto e impresso na Tipografia Dias Ferreira). In-8º gr. de 78, [6] págs. Br.
 
Hoje de considerável raridade, foi este um dos trabalhos iniciais de Serrão, que, apesar de algumas tolices – já cá são costume... – em matéria de História Antiga, constitui um interessante repositório «panorâmico» de apontamentos sobre a cidade, quase sempre apresentandos em relação com os principais habitantes (naturais e adoptivos) que teve: passando por Passos Manuel, Garrett e Herculano, Anselmo Braancamp e Sá da Bandeira, Pedro Álvares Cabral, Frei Luís de Sousa, Guilherme de Azevedo, etc. O volume conta com mapas (um deles, em folha preliminar desdobrável) e abundantes gravuras com variadíssimas imagens, fotográficas e artísticas, da terra e dos monumentos.
Exemplar em bom estado no miolo, sem defeitos significativos, que apenas existem à superfície: alguma folga da lombada sobre o encaixe e pequenas manchas e marcas de corrosão na face inferior da capa, toda entretanto recoberta de papel transparente.
 
25€

Joaquim Veríssimo Serrão ― Santarém: História e Arte

Santarém: História e Arte (2.ª edição refundida, com a colaboração artística de A. Braz Ruivo)

Edição da Comissão Municipal de Turismo de Santarém, 1959. (Comp. e imp. nas oficinas da Atlântida – Coimbra). In-8º de 204, [2] págs. Br.
 
“Impunha-se, pois, uma nova edição de Santarém – História e Arte que, tendo em conta a promessa do título, conferisse ao texto uma fonte documental de melhor conteúdo e lhe retirasse o carácter de simples «roteiro» com que aparecera à luz, em 1951. Aqui a apresentamos, completamente refundida, situando-a entre o guia prático e a obra de erudição, e fazendo-a assentar em base erudita para permitir aos estudiosos a concretização e alargamento das várias matérias que trata./ Tão profunda será a diferença entre a edição de 1951 e a que agora se publica, que talvez se pudessem, com acerto, definir de livros distintos, sòmente se reconhecendo pelo título a identidade do trabalho”.
Entremeando em todas elas folhas hors-texte com fotogravuras e gravuras dos trabalhos de Brás Ruivo, o autor apresentou aqui as secções principais de capítulos «História de Santarém», «Santarenos Ilustres», «Belezas Naturais de Santarém», «Santarém Antiga», «Recheio Monumental de Santarém» e «Arquitectura Civil».

Bom exemplar, sem defeitos a salientar.
 
25€

Eugénio de Lemos ― Santarém: lenda e história

Santarém, 1940. (Composto e impresso nas oficinas do «Correio da Extremadura»). In-8º gr. de [IV], IV, [II], 66, [6] págs. Br.

“No ano áureo das comemorações centenárias presta-se homenagem aos que, no decorrer dos séculos, têm concorrido, com o fulgôr da sua inteligencia ou com o valor do seu braço, para a criação, progresso e engrandecimento da nobre e vetusta Santarém”; assim rezava o mote com que o autor, então governador-civil, apresentava o livro. Constando este dos capítulos «O Príncipe Abidis», «A Cruz e o Crescente», «Sob a dinastia Afonsina», «Da Conquista e Navegação», «Noite escura – Manhã radiosa», «Sob o govêrno da Restauração», «Horas tristes de luta», «Fim do século» e o final «Pátria Nova!», de lustre ao Estado Novo que o nomeou na função. Ilustrações na capa e ao longo do volume do conhecido artista escalabitano Brás Ruivo, prefácio de Carlos Borges.

O exemplar foi oferecido por Eugénio de Lemos à “brilhante jornalista e escritora Aurora Jardim”, tendo da autora de Romance Branco o ex-libris heráldico na contracapa.

25€

Francisco Nogueira de Brito ― Arqueologia Scalabitana

Arqueologia Scalabitana // Relatorio Elaborado por (...) / Excursão da Associação dos Arqueologos Portuguezes a Santarem em 9 de Julho de 1916 / Separata do «Boletim da Associação dos Arqueologos Portuguezes» feita a expensas do 3.º Visconde de Santarem
 
Lisboa ― Composto e impresso na Tipografia ― Casa Portuguêsa (139, Rua do Mundo, 141) 1917. In-8º gr. de 27, [1] págs. Br.
 
Relação de um périplo à maneira do que Garrett, Passos Manuel e afins fizeram mais de meio século antes, mas obviamente centrado nos temas de História da Arte do burgo santareno.
Da separata, valorizada pelas fotogravuras em folhas à parte e sobretudo pela bela capa desenhada por Alberto de Sousa, foram impressos mil exemplares correntes (como este) e seis especiais, que não terão sequer chegado a entrar no mercado.
 
14€  

Ourém: da Vila Velha à Vila Nova

Ourém: da Vila Velha à Vila Nova (conferência pronunciada nos Paços do Concelho, em 25 de Setembro de 1975)
 
Câmara Municipal de Vila Nova de Ourém, 1975. (Composto e impresso na Gráfica de Leiria). In-8º de 44, [4] págs. Br.
 
O texto da conferência aqui reproduzido baseia-se no estudo feito pelo autor (António Rodrigues Baptista) para investigar o processo de decadência da velha Ourém e respectiva «substituição», administrativa, judicial e eclesiástica, pela antiga Aldeia da Cruz situada mais abaixo – processo que tem um primeiro momento no terramoto de 1755, depois um segundo mais significativo com a destruição provocada pelas tropas de Massena que por lá estacionavam e finalmente a consagração oficial da Vila Nova após as primeiras reorganizações administrativas liberais.
Por alguma razão, a edição é já hoje relativamente invulgar.
 
14€ 

Óbidos: um convite ao olhar

Óbidos: um convite ao olhar · a different look · un autre regard

Portugal à Vista. (1989). In-8º gr. aquadratado de 69, [3] págs. Enc.

Constituída em volume encadernado em tela com sobrecapa ilustrada de papel, a monografia, que na maior parte reproduz as boas composições fotográficas – de recorte natural e quase exclusivamente paisagístico – de Rui Cunha, acolhe também textos introdutório e final da responsabilidade de Pedro Castro Henriques que oferecem notas sobre a povoação através dos tempos e a história de alguns dos seus lugares, monumentos e peças mais emblemáticos: alguns dos quais, como se sabe, reconvertidos desde há alguns anos para a vila literária.
  
15€

Luis Sepulveda [1949-2020]

Morreu o escritor chileno Luis Sepulveda, antigo guarda-costas de Salvador Allende e guerrilheiro sul-americano com pinta (e sangue) indígena que foi o primeiro caso conhecido do «Corona» em Portugal, embora apenas aqui passasse de fugida.
Justamente ao nosso país, vivendo na vizinha Espanha, sempre manifestou o romancista grande estima, que dizia ter começado logo na juventude: preso após o golpe de Pinochet, contava que a tortura diária fôra interrompida por um dia a 25 de Abril de 1974 com a seguinte justificação: "vocês hoje ganharam em Portugal". Mais tarde, numa das muitas deslocações que cá viria a fazer, um agente nosso compatriota destacado no aeroporto, não decerto nenhum destes que agora mataram guturalmente um ucraniano, tê-lo-ia deixado logo passar só por ter lido o seu livro mais célebre, O Velho que lia Romances de Amor.
Salvo umas primícias ainda no Chile aos 20, esse, aos 40 anos, era o seu primeiro título publicado. Manifesto ecológico-literário sob a forma de novela, tomando como pano de fundo a exuberante selva amazónica, entre o Chile e o Brasil, com um protagonista criado no meio dos índios, já é à partida difícil não gostar - ainda por cima bem escrito, um realismo menos mágico e mais enxuto, mais sóbrio, pouco dado ao palavroso fogo de artifício habitual no género sul-americano, por exemplo na outra «best-seller» chilena neta de Allende.
Igualmente famoso no nosso meio editorial e livreiro é o infanto-juvenil História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar; entre outra abundante bibliografia.

Trindade Coelho ― Manual Politico do Cidadão Portuguez

Manual Politico do Cidadão Portuguez / 2.ª Edição, actualisada e muito augmentada / Prefacio de Alberto d’Oliveira, Ministro de Portugal na Suissa

Porto – Typographia a Vap. da Emprêsa Litteraria e Typographica – 1908. In-8º de XVI, 720, [2] págs. Br.

Tal a primeira, de 1906, também esta segunda, definitiva e preferível edição do trabalho foi publicada pelo próprio autor d’Os Meus Amores, que, na advertência preliminar (igualmente aqui acrescentada), assim o explicava: “Até pag. 187, este livro é a adaptação a Portugal da famosa obra de Numa Droz, «Instruction Civique», o evangelho da educação civica da Suissa, escripto por um homem que principiando a vida por mestre-escola, chegou pelos seus talentos e virtudes a presidente d’aquella Republica, a mais feliz e a mais educada do mundo. / D’aquella pagina até ao fim, o livro é inteiramente nosso, original: e expõe nas suas linhas fundamentaes todo o quadro das Instituições Portuguezas, como ellas se encontram neste momento”. Após a notícia prefacial de Alberto de Oliveira, que da primeira edição se transcreve como estava, compreende o volume as partições de capítulos «Principios Geraes», «Organisação e Funcções do Estado», «Direito Internacional» e a referida, muito mais extensa, «Instituições Portuguezas».

Exemplar com a capa significativamente desgastada; ao contrário, em muito boa condição no miolo, sendo apenas de relevar algumas manchas e uma nota manuscrita de oferta, a Raul Carneiro pela irmã Ema, sobre o anterrosto.

20€

Trindade Coelho ― O Senhor Sete

O Senhor Sete (Dispersos folclóricos e de doutrina literária / Recolha, apresentação e notas de Augusto da Costa Dias)          

Portugália Editora – Lisboa (1961). In-8º de 312, [VI] págs. Br.

Para além de O Senhor Sete, publicado de origem na revista A Tradição e ainda inédito em volume, recolhe textos dispersos sobre o cancioneiro popular em geral, o cancioneiro transmontano em particular, os poetas novos (Eugénio de Castro, António Nobre, Alberto de Oliveira, Júlio Brandão...), etc. Edição comemorativa do centenário do nascimento do autor, de quem se reproduz em folha hors-texte, na anteportada, um seu retrato tirado na casa Fernandes, em Lisboa.

10€

Trindade Coelho ― In Illo Tempore (Estudantes, lentes e futricas)

In Illo Tempore (Estudantes, lentes e futricas) / quarta edição

Livraria Portugália, Lisboa. (1942). In-8º de 398, [2] págs. + [6] ff. de estampa. Br.

Edição enriquecida pelos desenhos, no texto e fora dele a página inteira, que José Contente para ela preparou. O livro, talvez hoje o mais clássico dedicado à Academia – já terá ultrapassado, até na celebridade, o Palito Métrico –, integra capítulos como «A Festa das Latas» (palermice, como se vê, já antiga, e à época nocturna, contando o autor do inglês que não podendo dormir pegou nas malas e logo se meteu no primeiro comboio enquanto gritava serem todos loucos...), «O Orfeão Académico», «A Sebenta», «A récita dos quintanistas», «A Cabra!».

Exemplar com pequena falha no pé da capa (em bom papel rugoso), sobre o encaixe; e um ligeiro vinco sobre as folhas iniciais.

10€

A Velha Alta... Desaparecida

A Velha Alta ...Desaparecida: Album Comemorativo das Bodas de Prata da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra

1984 (aliás, 1986). In-4º gr. de XII, 129, [3] págs. Br.

Teve este interessantíssimo álbum edição da Almedina e composição nas oficinas da Gráfica de Coimbra, que dele imprimiu 2000 exemplares, naturalmente exíguos para os apreciadores das coisas coimbrãs e/ou académicas. O volume é um repositório de fotografias (algumas de belo efeito) de época, anteriores e contemporâneas das demolições que o Estado Novo, embevecido pela arquitectura monumental nazi, levou a cabo durante a década de 40 na zona da Universidade.
Encadernação editorial em tela, com uma sobrecapa ilustrada de papel que o exemplar, ao contrário do que é ultimamente costume, conserva.
 
25€

Santos Cravina ― O Penedo da Saudade (2.ª edição revista e ampliada)

Coimbra Editora, Limitada / 1948. In-8º de 111, [1] págs. Br.

O livro, em verso, inclui as canções «O Penedo da Saudade», «Canção da Figueira da Foz», «Canção de Coimbra» e «Canção do Penedo da Saudade». Esta segunda edição foi publicada 10 anos após a original e teve a capa ilustrada por J. Martinez.
 
Exemplar com algum desgaste, facilitado aliás pela fraca qualidade do papel usado na impressão.
 
7€

Octaviano Sá ― A Tricana no Folclore Coimbrão

Coimbra: Separata de O Instituto, vol.I0I / Edição da Comissão Municipal de Turismo, 1942. In-8º gr. de VII, [I], 72 págs. Br.

Na sua nota prévia, explicava o autor ser o texto uma versão aumentada da conferência lida na sede do grupo folclórico «Rancho de Coimbra» - versão encorajada por Rocha Madaíl, director de O Instituto, e Aurélio de Almeida, responsável pela secção municipal de turismo. Mas destaque merece a ilustração do   volume, reproduzindo figurações da figura feminina típica de Coimbra nas artes plásticas e alguns aspectos da cidade a que a prosa alude; em gravuras das oficinas portuenses de Marques Abreu a partir dos clichés fotográficos das casas coimbrãs de Afonso Rasteiro e Vicente Madeira.

Exemplar bem conservado, ainda que ligeiramente desdourado por algum escurecimento marginal sobre a capa.
 
20€     

José Maria Viqueira ― Coimbra (impresiones y notas de un itinerario)

Coimbra Editora, Limitada / MCMLVII. In-8º de XV, [I], 386 págs. Br.

No seu curioso prefácio falava o autor dos turistas superficiais nas cidades com uma análise tão certeira que se aplica aos que visitam ainda hoje – cada vez mais... – Coimbra mas sobretudo Lisboa e Porto: “a única coisa que lhes enche a vacuidade de espírito é a frívola satisfação de conhecê-la, dando a conhecer o sentido de ter estado nela, de ter passeado pelas suas ruas percorrendo lojas – e não propriamente de livros – e gastando cadeiras e mesas de cafés”, assim os comparando com aqueles que segurando nas mãos a capa de um livro e folheando algumas breves páginas supõem ficar a conhecê-lo. [Faça-se, porém, a clássica ressalva: todos nos julgamos a nós próprios os «turistas bons» e os outros é que são uns labregos...]
Bastante completo (assinalavelmente completo para um estrangeiro, mesmo que lusitanista e apetrechadíssimo de bibliografia), dedica capítulos a quase tudo o que de relevo existia à época na Lusa Atenas, começando desde logo por «El Mondego», «El Embrujo nocturno de Coimbra desde el Mirador: Melodía lunar», «Santa Clara: Monasterio nuevo e iglesia del antiguo», «La Reina Santa, Patrona de Coimbra», «Portugal dos Pequenitos», «La «Quinta das Lágrimas»», etc. Refira-se que este encantamento em que o galego caiu à «Borda-Mondego» teria como consequência acabar a dar aulas de castelhano na Faculdade de Letras local.
 
Edição numerada pelos editores e rubricada pelo autor, pertencendo o exemplar à série que teve a capa ilustrada; sendo também bastante ilustrado o volume por gravuras a partir de desenhos e clichés fotográficos de panoramas e monumentos da cidade.
Salvo erro, o livro nunca foi publicado em português – aqui ficando à disposição de quem queira preencher essa bastante escandalosa lacuna. 
 
23€

Maria João Violante Branco Marques da Silva ― Aveiro Medieval

Edição da Câmara Municipal de Aveiro, 1991. (Tipografia «A Lusitânia»). In-8º gr. de 208 págs. Br.
 
“Constituiu um dos objectivos primaciais do Departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (Universidade Nova de Lisboa) lançar as bases de uma nova história das cidades de Portugal que fizesse jus ao avanço espectacular da historiografia portuguesa posterior à revolução de 25 de Abril. (...) A história medieval de Aveiro integra-se nesse conjunto”, assim apresentava Oliveira Marques este trabalho que orientou e que terá contado ainda, dizia a autora, com contribuições por exemplo de José Mattoso, Luís Miguel Duarte e Bernardo Sá Nogueira. O trabalho, entretanto já reeditado, foi dividido nos capítulos maiores «Introdução», «A Vila e sua População», «Senhorio e Administração», «Economia», «Os Grupos Sociais e suas Vivências Comunitárias».
 
14€

João Martins da Silva Marques ― Foral de Esgueira (1515)

Figueira da Foz: Tipografia Popular, MCMXXXV. In-4º de 19, [1] págs. Br.
 
Edição independente de um artigo inserto no volume inaugural do Arquivo do Distrito de Aveiro, num tempo em que as separatas eram menos habituais e amiúde impressas em maior formato e melhor papel – é o caso. O breve estudo do autor – indicando, por exemplo, que o mosteiro de Lorvão (na zona de Coimbra) era o donatário da vila de Esgueira, cujo concelho foi extinto na reforma administrativa liberal e incorporado no de Aveiro – antecede a reprodução do texto renascentista.

Tiragem de 250 exemplares destinados a ofertas, apresentando este uma dedicatória manuscrita pelo autor “Ao Prof. Doutor João da Silva Correia” (tratar-se-á portanto do académico e pedagogo, e não do escritor sanjoanense homónimo).
 
12€

António Dias Simões ― Ovar: Biografias (2.ª edição)

Edição da Câmara Municipal de Ovar, 1970. (Composto e impresso na Imprensa Pátria). In-8º de 255, [1] págs. Br.

A primeira edição em volume, hoje muito rara, fôra publicada em 1917 já nesta Imprensa Pátria; tendo cada uma das biografias sido publicada originalmente no correspondente periódico local A Patria em cujas oficinas esta reedição também se imprimiu. Como curiosidade, refira-se que a mãe do autor, Ana Barbosa, terá na opinião de gente da terra inspirado a Júlio Dinis a Margarida d’As Pupilas do Senhor Reitor; e o avô materno o próprio reitor.

Exemplar por estrear, conservando todos os cadernos por abrir.

15€ 

Santos Graça ― O Poveiro (Usos, Costumes, Tradições, Lendas)

Edição do Autor – Póvoa de Varzim, 1932. (Tipografia Minerva, Vila Nova de Famalicão). In-8º de 238, [2] págs. Enc.

No seu prefácio a este livro – que ocupa ainda hoje o lugar cimeiro no pódio das gentes da Póvoa –, explicava o autor ter ele resultado das notas que foi preparando a pedido de Rocha Peixoto, entretanto deixadas de lado após a morte do etnógrafo; do incentivo posterior de Leonardo Coimbra, que lhe franqueou as portas d'A Águia ; e da publicação de um volume sobre a terra, da autoria de um jornalista forasteiro, segundo ele cheio de disparates que importava corrigir. Ilustrações variadas e engraçadas em folhas à parte de papel couché.

Exemplar revestido de encadernação com cantos e lombada em pele e pastas em «pele-de-cobra» fragmentada, conservando a face superior da capa; lombada ligeiramente desbotada e fendida nas extremidades; e uma das gravuras, embora íntegra, solta. 

36€

Viriato Barbosa ― Póvoa do Mar

Póvoa do Mar (2.ª edição especial ampliada / desenhos originais de Orlando Barbosa)
 
1969. (Depositários: Fernando Machado & C.ª, L.da, Livreiros-Editores / (Rua das Carmelitas, 15) Porto). ([Na Tipografia] Costa Carregal). In-8º gr. de 178, [6] págs. Br.
 
Edição especial de 500 exemplares, sendo este o n.º469 assinado pelo autor” de “um livro de sentimento e de fé que fala ao coração poveiro”, “um livro de amor ao torrão nativo”; abundantemente ilustrada pelos desenhos mencionados no subtítulo e na capa pela reprodução do quadro «Na Hora do Banho», do pintor Marques de Oliveira. Capítulos dedicados a «A Minha Junqueira», «O Largo de São Roque», «A Rua Direita», «A Rua da Ponte», «A «Lição» do Mestre Quilôres», etc.
 
O exemplar conserva os cadernos por abrir e mantém-se em condição quase perfeita, descontando uma pequena marca de irrisão na face inferior da capa.
 
 
20€   

Hélder Pacheco ― Senhor de Matosinhos: Cartazes da Festa


1995 / Comisão de Festas do Senhor de Matosinhos. In-4º gr. de [56] págs. Cart.

Os três textos preliminares de Hélder Pacheco traçam um panorama da evolução da festa ao longo dos tempos e do uso do cartaz em geral, destacando e comentando depois alguns dos que para esta romaria se fizeram – e reproduzindo-os em seguida sobre folhas destacadas.

Tendo composição gráfica da Inova sob a direcção de Armando Alves, o álbum constou de 1500 exemplares impressos sobre encorpado papel mate; conservando-se este ainda por estrear.
 
30€ 

Hélder Pacheco ― Matosinhos: Memória e Coração da Feira da Louça

Comissão de Festas do Senhor de Matosinhos / Câmara Municipal de Matosinhos. (1994). In-8º quadrado de 153, [3] págs. Br.

“O escritor deixa perceber no correr da sua escrita, na busca da palavra de ontem, um olhar para trás de contemplação pela arte saída de mãos ingénuas, que deram valor aos tostões, essencialmente saídos dos bolsos dos mais pobres. Um retrato da Feira, de Matosinhos, da arte popular. Memória e Coração, numa argamassa do passado com o presente. Um foguetório de recordações. Um bom livro, uma festa.”

Impresso sobre papel couché com uma bela recolha iconográfica, teve o álbum tiragem de 2000 exemplares, este ainda bem conservado apesar de ligeiros defeitos exteriores.

14€

Hélder Pacheco ― Ver o Porto: 25 anos de escrita sobre a cidade

Edições Afrontamento (2008). In-4º quadrado de 216, [6] págs. Cart.
 
Álbum antológico, assinalando as «Bodas de Prata» da escrita de crónicas sobre o Porto e recolhendo, de entre 23 livros acerca da urbe e um ou outro disperso, 88 textos seleccionados para o efeito. Ilustram-no fotografias de colaboradores vários e sobretudo do próprio autor.
Prefácio de Miguel Veiga.

Exemplar novo, mas com ligeiros defeitos exteriores de armazenamento e já manuseado durante a Feira do Livro do... Porto, precisamente.
 
25€

Hélder Pacheco ― Intimidades Portuenses

Edições Afrontamento. (1997). In-4º de 286, [6] págs. Br.

Uma das típicas recolhas de textos do autor, principalmente ilustrada por fotografias do próprio e de Manuel Magalhães, além de fotogravuras variadas.

Exemplar valorizado por dedicatória de oferta manuscrita por Hélder Pacheco ao nosso belo escritor de origem checa, recentemente saído do «número dos vivos», Jorge Listopad.
 
22€ 

Hélder Pacheco ― O Porto no tempo da guerra (1939-1945)

Edições Afrontamento. (1998). In-4º  de 199, [7] págs. Br.

Resultado desenvolvido de uma prévia conferência pronunciada pelo autor, o livro consta dos capítulos «Não sei se o tempo existe», ««O Passado é um país estrangeiro: lá fazem-se as coisas de maneira diferente»», «E, entretanto, o quotidiano...», «Do romance à realidade.», «Entre a realidade e o futuro.», «Memórias do tempo da guerra: I – Do outro lado da Circunvalação», «II – No Coração do Burgo».
 

15€

Júlio Resende: Ribeira Negra, Porto (Com um texto de Eugénio de Andrade)

Fundação Eng. António de Almeida (1988). In-8º gr. quadrado de 42, [52] págs. Enc.

“«Ribeira Negra», o Painel de azulejos em grés, com ap. 54 m de comprimento ocupando uma área total de ap. 200m2, foi o motivo da presente publicação. Realizado pelas mãos de RESENDE, em réplica a um que lhe [sic] antecedeu, na técnica de polivinil, foi concretizado em 1986. Em 21 de Junho de 1987 foi inaugurado pela Câmara Municipal do Porto. / O Porto surge-nos aqui pela fotografia, como um espaço geo-humano envolvente. Uma dúzia de desenhos preparatórios ocupam as páginas seguintes, tendo a rematá-las a documentação fotográfica do Painel, durante a sua execução, montagem, e sua conclusão.”
Além do de Eugénio, há um texto de apresentação, sobre o Porto, do próprio Resende – reproduzido ainda em inglês e francês; sendo de referir que as (boas) fotografias são também do pintor e de colegas como Francisco Laranjo, Manuel Aguiar e Zulmiro de Carvalho.
O álbum, impresso sobre bom papel couché mate, foi encadernado em tela e revestido de sobrecapa ilustrada.
 
Exemplar da série corrente.
 
20€

Porto: os Sulcos do Olhar

Porto: os Sulcos do Olhar (Textos: Eugénio de Andrade / Fotografias: Dario Gonçalves / Aguarelas: Júlio Resende / Direcção Gráfica: Armando Alves)

1988, o jornal. In-4º de 139, [5] págs. Enc.

De boa composição, impresso em papel Printomat, o álbum foi encadernado pelo editor em tela revestida de sobrecapa em papel. Dos textos de Eugénio que aqui se reúnem vários estavam já publicados – incluindo alguns bem conhecidos – e outros inéditos.

Exemplar cuidado, provavelmente por estrear, apresentando apenas ligeiras marcas na referida sobrecapa.
 
20€